Renegocia é outra coisa. Agora cancelar o contrato com o primeiro avião já em construção, os pilotos treinados, já uns milhões pagos e até com adiantamento s já efetuados não faz qq sentido. E ainda tínhamos de pagar a multa de quebra contratual. Esqueçam isso.
Não é nada pessoalmente contra si, caro colega forista, mas as pessoas que falam em termos absolutos fazem-me confusão. "Não pode ser", "está feito e não se mexe mais", "esqueçam isso", etc, desculpe mas discordo. Não só há provas anteriores disso já ter acontecido em mais do que uma ocasião no que diz respeito à aquisição de sistemas de armas, como obviamente é algo acautelado ou não estivessem normalmente previstas penalizações para esse facto nos próprios contratos.
E ter já uma tripulação treinada não quer dizer nada; por exemplo, para os EC635 que eram destinados à UALE, encontravam-se já prontas 3 tripulações, o que não impediu que o negócio abortasse e as aeronaves fossem posteriormente parar à Jordânia. No Alfeite, em 2003/04, andava tudo num lufa-lufa de um lado para o outro com manuais e TO's referentes às fragatas norte-americanas da classe Oliver Hazard Perry, e no entanto os navios não chegaram a vir. Por isso, neste aspecto, isso não quer dizer nada.
Sinceramente, e falando agora a nível pessoal, em lugar de denunciar o contrato iria antes sentar-me à mesa com a Embraer para o renegociar, passando da encomenda original de 5 aparelhos + 1 de opção para 2/3 aparelhos no máximo, com a restante verba já paga diluída na compra de alguns Super Tucano e/ou um ou outro ERJ-135/145 para transporte VIP ou AEW. Os KC-390 ficariam para transporte táctico rápido e reabastecimento aéreo de EH-101 CSAR, eventualmente C-295M com lança, e outros meios de aliados da NATO que utilizem o sistema "probe & drogue", e tentaria a compra de 3 C-130J-30 usados ou negociava com a Airbus 2 A400M e 1 A330MRTT. Ficaríamos melhor equipados e com reconhecida interoperacionalidade com o resto da Aliança Atlântica.
Porém, com a maioria absoluta do Partido Socialista, não errarei por muito se afirmar que o mais certo é virem mesmo cá parar os cinco KC-390, talvez mesmo até o sexto de opção, e depois o resto logo se vê quando, e se, acontecer. Aliás, tem sido a matriz dos Governos do António Costa: deixa andar, e quando acontecer depois logo se vê isso.

Espero que o colega forista Visitante 123 não tenha levado a mal, como disse inicialmente não é nada pessoal ou contra si.
