Fuzileiros da Armada Portuguesa

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nelson38899

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« Responder #495 em: Junho 16, 2009, 02:13:10 pm »
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The Portuguese Navy (Marinha Portuguesa) Marine corp “Corpo de Fuzileiros da Armada´´ will receive the first PANDUR II 8×8 armoured vehicle in December. At that time, four amphibian configured armoured vehicles called VBLA (Viatura Blindada Ligeira Anfíbia) with the Navy, will be received from Steyr Daimler  Puch Spezialfahrzeug GmbH (part of General Dynamics European Land Systems) and its Portuguese partner Fabrequipa Sociedade Industrial de Equipamento Rodoviário Lda.

Portugal has ordered 20 vehicles for the Navy service, 13 Infantry Carrier Vehicles (ICVs) fitted with 12.7mm heavy machine guns, 3 Command Post (PC) vehicles fitted with EID Empresa de Investigação e Desenvolvimento de Electrónica SA PRC 525 tactical communications systems, 2 Mortar Carrier (PM) vehicles fitted with the Soltam Systems Ltd CARDOM 120 mortar system and as well 2 Infantry Fighting Vehicles (IFVs) vehicles fitted with the Elbit Systems Ltd UT-30 (Unmanned Turret) remotely operated weapon station coupled to an Alliant Techsystems Inc MK-44 30mm automatic gun and the Rafael Advanced Defence Systems Ltd SPIKE LR (Long Range) multi-purpose missile.

.The Navy has as well expressed the necessity of 33 4×4 light tactical armoured vehicles to the Ministry of Defence procurement agency DGAED under the VTLB (Viatura Táctica Ligeira com Blindagem) programme.
http://poadu.wordpress.com/
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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cromwell

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« Responder #496 em: Junho 16, 2009, 03:38:34 pm »
Citação de: "nelson38899"
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The Portuguese Navy (Marinha Portuguesa) Marine corp “Corpo de Fuzileiros da Armada´´ will receive the first PANDUR II 8×8 armoured vehicle in December. At that time, four amphibian configured armoured vehicles called VBLA (Viatura Blindada Ligeira Anfíbia) with the Navy, will be received from Steyr Daimler  Puch Spezialfahrzeug GmbH (part of General Dynamics European Land Systems) and its Portuguese partner Fabrequipa Sociedade Industrial de Equipamento Rodoviário Lda.

Portugal has ordered 20 vehicles for the Navy service, 13 Infantry Carrier Vehicles (ICVs) fitted with 12.7mm heavy machine guns, 3 Command Post (PC) vehicles fitted with EID Empresa de Investigação e Desenvolvimento de Electrónica SA PRC 525 tactical communications systems, 2 Mortar Carrier (PM) vehicles fitted with the Soltam Systems Ltd CARDOM 120 mortar system and as well 2 Infantry Fighting Vehicles (IFVs) vehicles fitted with the Elbit Systems Ltd UT-30 (Unmanned Turret) remotely operated weapon station coupled to an Alliant Techsystems Inc MK-44 30mm automatic gun and the Rafael Advanced Defence Systems Ltd SPIKE LR (Long Range) multi-purpose missile.

.The Navy has as well expressed the necessity of 33 4×4 light tactical armoured vehicles to the Ministry of Defence procurement agency DGAED under the VTLB (Viatura Táctica Ligeira com Blindagem) programme.
http://poadu.wordpress.com/


Não sabia que o programa da compra de veículos 4x4 abrangia os fuzileiros.
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

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Tilt

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« Responder #497 em: Junho 17, 2009, 07:45:28 pm »
Cromwell novas missões requerem novos veiculos, incluindo 4x4 com protecção balistica. A ver vamos se esta compra se vai efectivar :roll:
 

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Ricardo

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« Responder #498 em: Junho 18, 2009, 03:34:46 pm »
Esta viatura Land-Rover do CF está apetrechada com um sistema no topo de formato redondo, julgo tratar-se de uma antena, será de comunicações ou de Guerra Electrónica?

Alguém tem conhecimento de dados sobre a mesma?







esta foto permite verificar melhor o formato:
 

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Ricardo

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« Responder #499 em: Junho 21, 2009, 08:31:42 pm »
Ninguém? :cry:

Citação de: "Ricardo"
Esta viatura Land-Rover do CF está apetrechada com um sistema no topo de formato redondo, julgo tratar-se de uma antena, será de comunicações ou de Guerra Electrónica?

Alguém tem conhecimento de dados sobre a mesma?







esta foto permite verificar melhor o formato:
 

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Cabecinhas

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« Responder #500 em: Junho 22, 2009, 01:26:05 pm »
Queria alertar para mais uma desactualização da página da Marinha

Reparar a diferença nas Condições de Acesso:

http://www.marinha.pt/PT/carreira/categ ... eiros.aspx

http://www.marinha.pt/PT/carreira/concu ... ET2009.pdf

Refiro-me às habilitações literárias
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Lancero

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« Responder #501 em: Junho 24, 2009, 08:03:53 pm »
Citação de: "JD92"
Uma dúvida que me vai na cabeça é sobre a missão dos Fuzileiros. Eles são Tropas Especiais, especialmente treinadas. Pois bem, e quando se acaba a recruta e o Fuzileiro recebe a boina, qual será a sua missão? Quero eu dizer, qual será o seu dia-a-dia? Ficam embarcados numa fragata? Ou ficam apenas no quartel a treinar etc.?
Muito obrigado desde já. Cumprimentos.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Ricardo

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« Responder #502 em: Junho 25, 2009, 11:21:20 am »
O Pelboard no combate à Pirataria Somali:

http://fuzileiros.marinha.pt/CFuzileiro ... Somali.htm

Fragata Côrte-Real - Acção do Pelotão de Abordagem:

http://fuzileiros.marinha.pt/CFuzileiro ... e+2009.htm
 

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JD92

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« Responder #503 em: Junho 25, 2009, 02:13:50 pm »
Citação de: "Ricardo"
O Pelboard no combate à Pirataria Somali:

http://fuzileiros.marinha.pt/CFuzileiro ... Somali.htm

Fragata Côrte-Real - Acção do Pelotão de Abordagem:

http://fuzileiros.marinha.pt/CFuzileiro ... e+2009.htm

Muito forte a presença e a acção de Portugal no combate á pirataria da Somália, sem dúvida. O "problema" é que nem todos os Fuzileiros ficam embarcados, ou estou errado?
 

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Lightning

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« Responder #504 em: Junho 26, 2009, 03:11:29 pm »
Citação de: "Lancero"
Citação de: "JD92"
Eles são Tropas Especiais, especialmente treinadas. Pois bem, e quando se acaba a recruta e o Fuzileiro recebe a boina, qual será a sua missão? Quero eu dizer, qual será o seu dia-a-dia? Ficam embarcados numa fragata? Ou ficam apenas no quartel a treinar etc.?
Muito obrigado desde já. Cumprimentos.


A boina recebe-se no fim do curso de Fuzileiro, não é no fim da recruta, mas adiante.

A missão dos Fuzileiros varia consoante a sub-unidade em que for colocado após concluir o curso.

(Unidades de Fuzileiros)

http://fuzileiros.marinha.pt/CFuzileiro ... /Unidades/
 

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Lancero

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« Responder #505 em: Junho 28, 2009, 07:28:01 pm »
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28 Junho 2009 - 00h30

Comemorações: Convívio reúne em Vale de Zebro diferentes gerações
 
Fuzileiros com falta de voluntários

O Dia do Fuzileiro foi ontem celebrado com pompa e circunstância em Vale de Zebro, Barreiro, reunindo diferentes gerações de militares. Foram inúmeras as actividades – desfile militar, baptismo da parada e almoço – que marcaram aquele que é considerado "o grande dia" da instituição, que vê com alguma preocupação o futuro.




'Os jovens não estão aderir aos fuzileiros tanto quanto desejávamos. Estamos aquém, mas é um problema de todos os ramos das Forças Armadas', disse ao CM o comandante do Corpo de Fuzileiros, contra-almirante Luís Miguel Picciochi. 'Como somos uma força especial, o curso é muito exigente a nível físico e psicológico, o que leva a que também haja um elevado número de desistências.'

O responsável dos fuzileiros diz que estar na instituição 'não é um trabalho nada fácil', mas que os que tomam contacto com ela 'ficam de imediato motivados'. 'Uma coisa é certa: quem acaba o curso fica preparado para enfrentar qualquer missão.'

Ontem, nas comemorações, muitos fuzileiros que estiveram no Ultramar marcaram presença, casos de António Costa, José Ribeiro e José Santos, do destacamento 13 que, entre 1965 e 67, combateu em Angola. 'Fomos 75 e viemos 74. Só um morreu lá. Mas parece que hoje ainda vibramos mais com os fuzileiros', disse José Santos. 'Hoje não há guerra, mas o espírito entre os fuzileiros mantém-se inalterável.'

PORMENORES

DESFILE MILITAR

As cerimónias ficaram marcadas pelo desfile de 450 fuzileiros e de veículos da força.

BAPTISMO DA PARADA

Até então sem nome, a parada foi baptizada de ‘Almirante Roboredo e Silva’, um dos nomes mais importantes dos fuzileiros.

LIVRO APRESENTADO

O dia ficou ainda marcado pela apresentação do livro ‘Memórias de um Guerreiro Colonial’

João Tavares


http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 0000000010
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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SSK

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« Responder #506 em: Junho 28, 2009, 08:28:39 pm »
Um dos maiores combatentes de Portugal vai lançar um livro. O autor tem o nome de Gomes Talhadas e o lançamento será em Vale de Zebro durante os festejos do dia do Fuzileiro.
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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ShadIntel

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« Responder #507 em: Junho 28, 2009, 09:57:25 pm »
Citação de: "SSK"
Um dos maiores combatentes de Portugal vai lançar um livro. O autor tem o nome de Gomes Talhadas e o lançamento será em Vale de Zebro durante os festejos do dia do Fuzileiro.
Então a esperança concretizou-se.  :wink:
Artigo do DN de 1997, sobre o sargento-chefe Gomes Talhadas:

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Não somos uma geração de vencidos

"Não me interessava se a guerra era justa ou injusta. A Nação nessa altura precisava de mim e eu disse presente. Pensava que ia lutar por uma boa causa - ia defender a minha pátria."

Foi com esse  espírito que o ex-marinheiro fuzileiro especial José Talhadas enfrentou quatro comissões: duas em Angola e duas na Guiné. Das primeiras, prefere não falar: "Em Angola, vi muita coisa desagradável. "Estava ansioso por colocar no terreno tudo o que tinha aprendido no curso especial de fuzileiros. Quando foi mobilizado, acatou a decisão com grande satisfação. "Tinha terminado um curso árduo. Fui preparado fisica e psicologicamente para aquilo que íamos enfrentar."

Primeiro esteve em Angola. Mas foi na Guiné que encontrou uma guerra "mais a sério, mais dura, mas também mais leal". O Destacamento 12 chegou a Bissau em 1967. Os dois primeiros meses,  passados nas Instalações Navais de Bissau, foram de adaptação ao clima e ao território. Mas já aí enfrentavam alguns perigos. "Nas chamadas operacões PTO [Preparação Técnica Operacional], tivemos algum contacto com o inimigo. Quando saíamos para o mato, íamos com outra unidade que já lá estava e que nos dava um certo apoio. De Bissau eram levados para vários pontos da Guiné. "Fazíamos operacões de helicóptero e de lancha e ambas nos permitiam percorrer quase toda a Guiné." Uma vez aptos para o combate, seguiram para o Norte. Ganture passou a ser a base. Ficava situada a 2,5 quilómetros de uma unidade do Exército.  O rio Cacheu era minuciosamente patrulhado por José Talhadas e pelos camaradas. Era essa  a sua  missão. Durante a noite usavam a técnica de emboscada, aproveitando o denso arvoredo para se camuflarem. Com o auxílio dos pequenos botes,  tentavam impedir o inimigo de transportar o armamento de  uma margem para outra. "Por vezes tínhamos sorte e apanhávamos algumas embarcações. Havia contacto de fogo entre as forças e conseguíamos apanhar alguma cambança." Enquanto um destacamento de fuzileiros (cerca de 80 homens) patrulhava o rio, o outro actuava no terreno. Entre as várias missões que tinham, cabia-lhes também apoiar as forças do Exército, que por vezes eram sistematicamente bombardeadas. Foi o que aconteceu em Buba. "Uma unidade do Exército que estava a ser atacada há duas  ou três semanas pediu reforço ao meu destacamento. Na noite em que fomos lá colocados, houve um ataque fortíssimo. No dia seguinte, fomos emboscar em itinerários por onde poderiam passar. Por sorte caíram numa emboscada. Houve tiroteio, mas nós estávamos em vantagem. Ao retirar, deixaram duas baixas e nós apanhámos o armamento."

Usar a G3 foi coisa que nunca lhe colocou problemas de consciência. Até porque era a sua vida que estava em causa: "Quando combatemos, se não matamos, morremos." É com o orgulho de ser fuzileiro que nos  diz que as unidades de que fez parte sofreram poucas baixas. Era o resultado da intensa preparação dada a estes homens. Alguns truques para enganar o inimigo também ajudavam. "Tomávamos o procedimento do adversário. Por vezes utilizavámos armamento igual. Tínhamos dois camaradas negros que nestas alturas iam à frente. Quando o inimigo via um grupo em progressão com estas características, criava-se-lhe uma  indecisão grande." Apesar das poucas baixas sofridas, José Talhadas não pode deixar de lembrar o dia em que comandava uma seccão (12 homens). Ele e os camaradas passaram um mau bocado. Aconteceu em Samboia, uma zona perigosa  a que chamavam o "cemitério dos fuzileiros". A picada que tinham que atravessar depois de desembarcar não era mais convidativa - era a temida "zona da morte". "Ao desembarcar, fomos detectados pelo inimigo, que logo abriu fogo sobre nós. Refugiamo-nos na mata. Na manhã seguinte, entrámos no acampamento deles. Já não estava ninguém. Recebemos ordens para nos mantermos na zona até o helicóptero ir buscar o material deixado pelo inimigo. A "zona da morte" estava cercada e não tivemos possibilidade de nos defender. Se não tivesse sido o apoio aéreo, teríamos morrido muitos mais." É neste clima de más recordações que o nosso entrevistado enaltece o apoio dado pelas "senhoras para-quedistas" que iam buscar os mortos e os feridos. "Aproveitavam sempre para nos dar uma  palavra de incentivo." Importante também eram as visitas de Spínola, por quem Talhadas tinha grande admiração. "Não era um homem apenas de secretária. Ele ia ao terreno de combate para nos dar força e ânimo." Já do povo português não tem a mesma opinião. "Não considerem a minha geração uns vencidos, porque não fomos. E aquela não foi uma guerra da catana como já lhe ouvi chamar. Era uma guerra em que o inimigo possuía armas e experiência superiores às nossas. Mas, mesmo assim, em Angola e Moçambique  nós tínhamos o domínio da guerra."

Talhadas foi e será sempre orgulhosamente fuzileiro. É com a emoção estampada no rosto que ouve a Marcha da Associação de Fuzileiros com que se despediu de nós. E acrescenta: "Talvez assim compreendam o meu sentido de ser fuzileiro."

"Importante é estar  no local certo no momento certo"

José Talhadas é um homem de armas. Nunca se julgou um herói: "Os mais verdadeiros heróis morreram em pleno combate." "Ao obter as condecorações, não quer dizer que eu seja melhor que os meus camaradas. Às vezes, se estivermos no local certo no momento certo, somos capazes de fazer coisas maravilhosas. Foi o que aconteceu comigo."  A medalha de Valor Militar talvez seja a condecoração de que  mais se possa orgulhar. Esta medalha, como o  próprio nome diz, "não é o reconhecimento de uma acção em particular, mas sim de um conjunto de actos". A título de exemplo, eis um dos casos, que ocorreu durante uma acção de intervenção em Canjaja. Talhadas seguia à frente do seu grupo de assalto quando este contactou com os guerrilheiros, que sofreram três baixas e ficaram com algum armamento apreendido. Pouco depois, o grupo de assalto foi atacado, sofrendo três feridos graves. Apesar de ter sido também ferido, o marinheiro fuzileiro especial "demonstrou um total desprezo pela vida, lançando-se arrojadamente  a peito descoberto sobre o grupo inimigo. Arrastou com o seu exemplo os camaradas, daí resultando a debandada do grupo inimigo".


JOSÉ GOMES TALHADAS
Fuzileiro especial

Actualmente com 51 anos, José Talhadas é natural de Moura, no Baixo Alentejo. Descendente de uma família humilde, fez a 4a. classe e cedo se iniciou no mundo do trabalho. Aos 16 anos entrou como voluntário naquela que considera ser a sua outra família – os fuzileiros. Enquanto jovem, morava na Baixa  da Banheira, estando por isso perto da Escola de Fuzileiros. Lembra-se bem de como ele e os colegas ouviam falar da Marinha: "Dizia-se que tinha uma maneira diferente de tratar os seus homens." Maneira essa que ele próprio quis ver como era. Lutou pela pátria em duas das "províncias ultramarinas" - Angola e Guiné.
Atarefado com tanta comissão, conseguiu ainda arranjar tempo para casar por procuração com Dinora - a actual mulher e mãe do seu filho. Fez parte de duas companhias operacionais nos momentos conturbados  do pós-25 de Abril. Regressou à Escola de Fuzileiros, onde  tirou o curso de sargento. Deu instrução aos fuzileiros, ajudando a preparar "boas máquinas de combate". Presentemente, encontra-se ainda no activo, seguindo a máxima que o próprio orgulhosamente utiliza: "Fuzileiro uma vez, fuzileiro para sempre." É sargento-chefe na Escola Naval do Alfeite. E é lá que ajuda a preparar jovens oficiais.

José Talhadas guarda ainda a esperança de um dia, com a ajuda de alguém, vir a escrever um livro. Este  servirá para recordar as experiências vividas em oito anos de intenso combate. O amor que sente pelo continente africano fará provavelmente parte desse mesmo livro. Diz-nos com um brilho no olhar: "Tenho  África no coração e gostaria de voltar lá um dia, mas não como militar."

Diário de Notícias  23/11/97
 

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PereiraMarques

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« Responder #508 em: Agosto 08, 2009, 09:44:19 pm »


 

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zeNice

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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #509 em: Setembro 29, 2009, 04:29:51 pm »
Os Fuzileiros também fazem algum tipo de curso de Páraquedismo?