Portugal faz “adesão formal” ao programa SAFE para aceder a 5,8 mil milhõesAna Marcela
O governo tomou ainda a decisão em Conselho de Ministros de "investir 280 milhões de euros na reabilitação da Frota Pandur".Portugal avançou com a “adesão formal” ao programa SAFE dando acesso a uma fatia de 5,8 mil milhões de euros para o reforço das capacidades de defesa do país, tendo ainda decidido investir 280 milhões de euros na frota Pandur.
“Tomamos hoje várias decisões, bastante relevantes, desde logo a adesão formal, a candidatura formal ao programa europeu SAFE, que significa uma despesa na ordem dos 5.800 milhões de euros em diversos equipamentos, e capacidades militares para as Forças Armadas portuguesas”, anunciou António Leitão Amaro, ministro da presidência, no briefing do Conselho de Ministros.
Portugal, recorde-se, tinha até ao final de novembro para enviar a Bruxelas o seu plano de investimentos/compras na área da defesa para aceder às verbas deste programa europeu.
O governo tomou ainda a “decisão de investir 280 milhões de euros na reabilitação da Frota Pandur, veículos militares muito importantes, e esta despesa permite reabilitar, dar mais cerca de duas décadas de boa capacidade de vida e de operação militar, a cerca de 185 viaturas”, referiu.E, como o “esforço de defesa se faz também em aliança”, o Executivo também aprovou uma “despesa de cerca de 15 milhões de euros” para apoio a programa de cooperação com Cabo Verde e dois milhões de euros para apoio à Ucrânia, à iniciativa “Grain from Ukraine”.
“É um esforço muito grande que os portugueses no seu conjunto fazem de apostar na valorização das nossas capacidades militares que são muito importantes para defender o nosso território, o nosso espaço marítimo, a Europa enquanto conjunto”, disse ainda o ministro. “Este esforço é feito em concertação com os nossos aliados, com o esforço da União Europeia, com o esforço da NATO, contabilizando para os esforços e as metas NATO que estão a crescer”, referiu ainda.
Decisões que foram tomadas em “diálogo muito estreito com os principais partidos da oposição”, garante Leitão Amaro. “Esta candidatura ao programa SAFE e o esforço de evolução deste investimento adicional tem sido sempre feito e precedido, e esta decisão foi também precedida, de contactos com os dois principais partidos da oposição, o Chega e o Partido Socialista, que têm conhecimento, em um nível até mais detalhado, daquilo que podemos tornar público, deste esforço”, disse.
(em atualização)
https://eco.sapo.pt/2025/11/28/portugal-faz-adesao-formal-ao-programa-safe-para-aceder-a-58-mil-milhoes/