A meu ver o AC, tem razão nestes pontos (apesar de não concordar com ele em relação a substituição dos F-16), a saber:
-Aposta nas forças de choque e especiais ( Rangers, Comandos, Paraquedistas e Fuzileiros), será uma prioridade a aquisição de armamento moderno, como sejam SCAR para os fuzos( programa igual ao do Exército, mísseis SR/MR/LR da família SPIKE, blindados JLTV, URO, sistemas NVG, sistemas de apoio de fogos modernos (HIMARS), artilharia 155 mm, e um blindado anfíbio para os Fuzileiros, como sejam os Pandur ou Piranha.
-Aposta na aeromecanização e transporte rápido, com aquisição de A-400M para complementar os KC-390 e C-295;
-Aquisição de helis de apoio e ataque com capacidade naval, (poderiam ser AH-1Z, ou T-129 ou Tiger) para o CAS atuando ao lado do futuro heli médio, como o UH-60V; (reforçar o número de hélis médios);
-Aposta em sistema SAM de baixa e muito baixa altitude, por exemplo o CAMM da MBDA;
-Aquisição de um AOR (Wave ?);
-Aquisição de um LHD Tipo Mistral 1400;
-Aquisição do P-8A Poseidon, umas 5 unidades;
-Aquisição de UAVs do tipo MQ-9 "Reaper", armados com EGBU-12 e AGM-114;
Agora a outra questão, aonde "cortar" para ter o que está em cima:
-Fecho de unidades fantasma;
-Extinção das unidades pesadas do Exército, nomeadamente LEO2, M-113, etc;
-Aposta na mobilidade, e em unidades que possam ser deslocadas por mar e ar (JLTV,Pandur,UROS,M-777,HIMARS);
-Aposta no mercado de usados, para sistemas de complexidade baixa ou intermédia, como sejam veículos médios, artilharia, helicópteros médios, pesados;
-Aumento do PIB destinado a defesa e execução das LPM;
Abraços,
Fiquei um pouco confuso. Esses pontos são opinião pessoal ou ideias provenientes do Ângelo Correia (duvido)?
Mas escrutinando um pouco:
-O investimento nas tropas de "elite" é de longe o mais fácil de fazer, já que representa gastos mínimos. O maior investimento seria em veículos e armamento anti-carro. Sem LPD, adquirir 8x8 anfíbios é prematuro, o dinheiro seria melhor investido em CB-90 ou equivalentes, que seriam mais úteis no actual dia-a-dia dos Fuzos.
-Artilharia de 155mm (e HIMARS) presumo que fosse para a BrigInt, e não para as tropas especiais. Suponho que tenha sido um lapso.
-HIMARS não são uma prioridade, do ponto de vista ofensivo/defensivo, existem N coisas que fazem muito mais falta e seriam muito mais eficazes (3º SSK, fragatas, mísseis de cruzeiro para os caças, UCAVs, etc, etc). O único ponto a favor do HIMARS seria como lançador de mísseis anti-navio, servindo de artilharia de costa (nomeadamente nos arquipélagos). Ainda assim, sem defesas AA de médio/longo alcance, a sua eficácia seria reduzida.
-Também gostava de ver o A-400M na FAP. Mas se tivesse de escolher (e não podendo ter os dois), optava pelo MRTT, dado que nos traz outras valências (AAR e não só). Ter capacidade de operar caças sobre o Atlântico é crucial (e também estenderia o alcance dos P-8).
-Hélis de ataque, também eu gostava, mas só mesmo em segunda-mão é que seria possível (e mesmo assim...). Nesse caso só vejo os AH-1W ou Z americanos ou os Tiger australianos (a ser substituídos por AH-64E). De resto sim, UH-60, não havendo possibilidade de ter hélis de ataque, tentar armar estes.
-SAM, eu diria que precisamos SHORAD e HIMAD. IM-SHORAD, MML e NASAMS seria o mínimo. Reforço também do número de MANPADS.
-LHD em vez do Mistral (mesmo na versão pequena), preferia o Dokbo, que custa praticamente o mesmo e é maior. Ainda assim, acho que não passa de um sonho, e ter numa lista de prioridades um LPD/LHD sem falar em fragatas para os escoltar, não faz grande sentido.
-P-8 bastavam 4, até porque seriam complementados por UAVs. Os P-8 tornar-se-iam, na prática, uma plataforma de ataque. Só para se ter noção, o preço do 5º P-8 (que o mais certo era ficar encostado por falta de tripulações), dava para pagar 4 ou 5 Lynx Wildcat para a Marinha.
-Aos MQ-9 Reaper, juntava a versão SeaGuardian (de patrulha marítima) deste UAV.
Para se arranjar dinheiro para isto, é preciso cortar nos quartéis fantasma, e no excesso de oficiais. Mas mesmo assim, estes cortes só surtiam efeito real passado vários anos. É preciso simplificar cadeias de comando e logísticas, acabar com a duplicação de funções, etc.
É preciso também cumprir verdadeiramente com os orçamentos de defesa. Acabar com as cativações e adiamentos sem fim. Se calhar nem é necessário os 2% do PIB, mas 1.7% (por ano) bem usados, já resolviam muita coisa.
Os Leo ainda teriam utilidade, tal como IFVs de lagartas. O futuro passa por operações conjuntas entre as duas grandes brigadas. Se calhar os cortes passam pela eliminação da grande quantidade de M-113 e derivados (sobretudo os APC, substituindo por 40 a 50 IFVs de lagartas).
Só para completar o raciocínio, é preciso compreender que, eliminando a BrigMec, é preciso gastar muito dinheiro a comprar blindados de rodas para compensar as capacidades perdidas (105/120mm, porta-morteiros, recuperação, ambulâncias, AP 155mm, posto de comando, ACar, etc). Ou seja, a "poupança" teria que ser gasta num reforço em pelo menos 150 a 200 blindados de rodas. Fora as versões que ainda hoje faltam dos Pandur.