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Nulo
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Votos totais: 63

Votação encerrada: Janeiro 23, 2011, 09:44:11 pm

Presidenciais 2011

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P44

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #105 em: Janeiro 18, 2011, 07:45:07 pm »
é este o "impoluto", o "salvador da Pátria":

Citar
Casa de férias de Cavaco sem registo no cartório

Cavaco Silva tem uma casa de férias na Aldeia da Coelha, no Algarve desde 1999 que não consta no registo da Conservatória de Albufeira nem no Notário local. Oliveira e Costa e Fernando Fantasia, dois dos responsáveis da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) também adquiriram loteamentos na mesma zona.


O Presidente da República não se lembra onde nem quando registou o terreno. A reportagem surge na edição desta quinta-feira da Visão e adianta que o loteamento nasceu e cresceu à sombra de muitas empresas e off-shores.

Cavaco Silva terá adquirido os terrenos antes de 1999 e a casa começou a ser habitada nesse ano. O registo entregue no Tribunal Constitucional pelo Presidente da República refere a casa mas o registo não consta nem da conservatória nem no cartório de Albufeira. De acordo com a revista, Cavaco Silva não se recorda quando, nem onde registou o loteamento mas a Visão cita Teófilo Carapeto Dias, ex-adjunto e amigo de Cavaco, que afirma que a casa foi adquirida através de uma permuta com um construtor civil. Carapeto Dias não sabe quem é esse construtor.

O ex-adjunto de Cavaco é, a par de Oliveira e Costa e Fernando Fantasia, vizinho do Presidente da República naquela urbanização. Também António Cardoso Alves, sócio do ex-adjunto de Cavaco, tem ali uma moradia. A explicação é avançada por aquela publicação que adianta que, em 1993, Carapeto Dias adquiriu, com outros sócios, duas sociedades off-shores que controlavam a Galvana Investimentos Imobiliários e Turísticos, Lda, empresa que promovia a Urbanização em causa. Essas off-shores tinham sede no paraíso fiscal de Gibraltar. Carapeto Dias fez, então, uso dos seus contactos para vender os loteamentos.

Cavaco Silva terá, então, posteriormente, numa fase de afastamento da vida política, adquirido os terrenos. Em 2002, Oliveira e Costa adquiriu o seu lote, que terá pago com verbas do próprio BPN. Além disso, apenas terá declarado uma parte.

Já quando rebentou o escândalo sobre o BPN, Oliveira e Costa passou a casa para o nome da mulher. Também Teófilo Carapeto Dias passou o seu lote para o nome da filha tal como o fez Fernando Fantasia.

Outro dado avançado pela Visão é a discrepância de preços pelos quais os lotes foram adquiridos. Os valores vão desde os 100 mil euros de António Carapeto Dias e Cardoso Alves até à casa de Eduardo Catroga que custou 750 mil euros. Também a avaliação das finanças é discrepante. A casa de Eduardo Catroga vale cerca de 52 mil euros, já a de Fernando Fantasia vale mais de 300 mil euros.

NC

http://tvnet.sapo.pt/noticias/detalhes.php?id=64776

este povinho tem o que merece :!:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Luso

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #106 em: Janeiro 18, 2011, 07:55:55 pm »
O povinho está iludido. Por ser de boa fé e por não se dar ao trabalho de saber, ou melhor, de querer saber o que o rodeia.
Essa notícia, P44, apenas confirma que todo o sistema está completamente podre e qualquer acto legitimador é contribuir para a sua existência. Votem NULO!
Mas adiante: quanto ao Nobre, um post roubado do "O Gládio", que confirma o quejá aqui deixei à laia de guisa...

MUITO LONGO!
http://ogladio.blogspot.com/2011/01/fer ... huria.html

Terça-feira, 18 de Janeiro de 2011
Fernando Nobre: O Candidato da Manchúria Recomendado a eleitores maduros...

Instigado por um apoiante do Sr. Fernando Nobre (FN), decidi escrever acerca das “suas ideias”, expostas no livro “Humanidade. Despertar para a Cidadania Global Solidária”, obra cujo título revela, para qualquer pessoa com conhecimentos básicos de ciência política, que é uma defesa do governo global, velha meta do socialismo internacionalista fabiano e comunista.
Sobre FN, quero fazer algumas observações a partir do que é do conhecimento público. Em primeiro lugar, parece que ele possui uma tendência a renegar as suas causas e companhias quando elas já não interessam. Foi este o caso da sua associação passada com a causa monárquica, que agora refuta, e do apoio dado por Mário Soares, prontamente negado quando alguns dos seus idiotas úteis manifestaram desconforto. Porém, no próprio livro que cito, FN se denuncia ao confessar que foi convidado para fazer uma exposição de um livro do meu amigo Jean Ziegler na Fundação Mário Soares, instituição que, como todos sabem, não está aberta a quem o seu patrono não apoia.

Acerca do meu amigo Jean Ziegler, há muito a dizer. Para além de anti-semita apoiante de negacionistas do Holocausto e que ataca Israel incessantemente, foi amigo e conselheiro do ditador Mengistu na Etiópia, que através da sua reforma agrária - defendida por Ziegler - criou a catástrofe de 1986, e é um fiel aliado de Robert Mugabe. Ao mesmo tempo que sustenta estes e outros carniceiros, acusa os EUA de serem uma ditadura imperialista que promove o genocídio em Cuba. Estranha amizade esta entre um homem que supostamente vive de lutar contra a fome e um que cria as condições para que ela mate milhões! Até parece que há uma relação simbiótica…

Antes analisar algumas ideias expostas no livro, faço mais uma observação: uma mentira precisa de poucas palavras para ser proferida, mas para desmenti-la somos obrigados a escrever volumes. Com isso em mente, fui obrigado a escolher alguns trechos que achei significativos para desmascarar este cavalheiro que alcunhei de “O Candidato da Manchúria”, sem com isso ilibar os outros candidatos presidenciais da acusação de serem eles próprios esbirros do internacional-socialismo, com excepção do Sr. Coelho, homem sobre o qual não posso fazer nenhum tipo de julgamento por ignorância.

Em primeiro lugar, destaco os temas de alguns capítulos, bem expressos nos títulos, o que, penso eu, já dá uma ideia do tipo de causa a que FN se juntou:


Primeira Parte


Introdução: Os Grandes Desafios e/ou Ameaças Globais.

Capítulo 2: A Crise Climática e Ambiental.

Capítulo 7: O Direito Internacional e a Reforma das Instituições Internacionais.


Segunda Parte


Capítulo 1: Cidadania Global Solidária

Capítulo 2: Boa Governação Global

Capítulo 3: Cidadania Empresarial Global

Capítulo 4: Condomínio da Terra


Entretanto, recomendo a todos a leitura do livro, ainda que não seja necessário ler todo aquele panfleto totalitário para se chegar à conclusão de que estamos diante de uma obra socialista menor que se encaixa no género do “Manifesto Comunista” ou do “Minha Luta”. Nada do que está lá é original, adianto, mas apenas uma reedição em linguagem cifrada e politicamente correcta dos planos apoiados pelo CFR, pelo Clube Bilderberg, pela Comissão Trilateral, pela ONU e por outras entidades internacionalistas que desejam o estabelecimento de uma ditadura tecnocrática global, objectivo das mesmas corporações que os seus advogados dizem combater (através de financiamentos milionários de fundações bilionárias financiadas pelas tais corporações). Porquê? Porque ninguém seria tão estúpido ao ponto de favorecer a delegação de poderes absolutos às corporações se estas declarassem abertamente os seus planos. O homem comum é ingénuo, mas não é burro.

Já no prólogo, FN revela traços de personalidade que denunciam uma mentalidade de propensão autoritária. Justificando o seu manifesto, ele diz que o fez para dizer o que penso em nome da humanidade, pois só perante ela me sinto obrigado! Falar em nome da humanidade? Quanta arrogância. Eu falo em nome próprio e nem sequer ouso falar em nome de uma nação. Mas ele fala em nome da humanidade, o que implicitamente coloca os seus adversários na posição de falarem contra ela. Lembro que Hitler falava em nome da imaginária raça ariana e foi responsável por uns 40 milhões de mortos, e que Estaline e Mao falaram em nome do proletariado dos seus países e mataram 130 milhões. Pergunto: quantos não seria legítimo matar em nome da humanidade? Ele não terá poder para tal, é verdade, mas dá uma ideia do perigo potencial desta ilusão partilhada por tantos poderosos ao afirmar que tenho sobretudo deveres indeclináveis para com o meu País e o Mundo, esquecendo o próximo, como é habitual nos humanistas. Sobre estes deveres para com o mundo, FN deixa bem claro o seu reconhecimento dos deveres que todos temos em relação ao Mundo (mais do que direitos!). Deveres para com o mundo? Podem justificar muita coisa. Adeus direito natural.

As questões que ele cita como fundamentais na “sua luta” são as crises humanitárias, as guerras, a fome, a corrupção, a exclusão social e a pobreza, as alterações climáticas, a governação ou desgovernação global na política ou nas finanças, as migrações, os Direitos Humanos, os povos esquecidos, o voluntariado, os conflitos sociais, o civismo, o alertar consciências, a globalização ética e cultural, a Cidadania Global Solidária, a espiritualidade,… ou seja, tudo. Poderia deixar os povos esquecidos de lado. Antes selvagem e esquecido que peça de uma engrenagem! Assim, já nem podemos contar com um exílio no caso dos fabianos conseguirem seus objectivos. Se ao menos pudesse ir viver com a tribo do chefe Águia Dourada, just in case (bem que ele me advertiu sobre o perigo do “homem branco” e dos maus espíritos que o guiam, que ele viu num sonho…).

O que é o totalitarismo a não ser a apropriação pela esfera do estado de todos os aspectos da vida humana? Esse totalitarismo, que visa o controlo global, não esqueçam, acabaria com um dos direitos que FN diz tanto defender, o direito de asilo, o mesmo que ele ataca ao apoiar um Tribunal Penal Internacional. Nas palavras, uma coisa, nos actos, outra. De todas as questões que ele cita, grande parte das quais apenas como arma de propaganda, chamo a atenção para a exclusão social, as alterações climáticas, a governação ou desgovernação global na política ou nas finanças, a globalização ética e cultural, a Cidadania Global Solidária e a espiritualidade. O que representa esse conjunto de questões, a serem combatidas globalmente, a não ser a defesa de um governo socialista mundial com poderes para moldar uma nova cultura universal, alicerçada numa religião biónica baseada no culto da “Terra”(Gaia) e que legitime um estado que, em nome do ambiente, tendo em mente que o ambiente é tudo o que nos cerca, tenha poderes realmente absolutos? Como observação final sobre estes pontos, destaco a aderência de FN à tese do aquecimento global, tese apoiada não pela evidência científica, mas pelas doações bilionárias de corporações monopolistas (com destaque para as petrolíferas, as suas maiores apoiantes). O próprio Al Gore, um dos seus expoentes, é uma cria da Occidental Petroleum, para citar apenas um caso.

Para se pôr um plano tão vasto em acção, é preciso convencer as pessoas da sua necessidade, e para isso Fernando Nobre recorre ao alarmismo tão em voga nos meios dominados pelo socialismo fabiano, promotor não só da ideia de uma catástrofe natural iminente como até de disparates como o fim do mundo em 2012.

Para conseguir isso, ele lista os seguintes problemas (faço comentários a seguir):

1 - o previsível e temível impacto das alterações climáticas na agricultura, nos ecossistemas, nas catástrofes naturais, na saúde e na emigração. Quanto ao último ponto, ele cita uma previsão de um antigo presidente da OCDE sobre uma onda migratória gigantesca do Sul para Norte, afinal, a África Negra colocará mais jovens no mercado de trabalho que todos os países do norte juntos. Bom, os bilionários que sustentam o ambientalismo e a farsa do aquecimento global antropogénico têm realmente muito medo dos escurinhos! Não é a toa que Bill Gates, Warren Buffet, George Soros e Ted Turner doam tantos bilhões para promover abortos e esterilizações entre gente de cor.

2 - A monopolização e cartelização do mercado que resultou na … péssima distribuição global das “riquezas vigentes. Esse problema existe, mas foi criado por um mercado regulamento de acordo com os interesses das grandes corporações monopolistas. “Para corrigir isso”, FN propõe retirar mais poderes aos governos nacionais, que poucos poderes já têm e sobre os quais os povos possuem um controlo escasso, e delegá-los a um organismo multinacional que ninguém controla (a não ser os realmente poderosos), como a ONU. Parece brincadeira, mas não é. A União Europeia é um exemplo do que se passaria, mas numa escala infinitamente maior.

3 - A proliferação de redes mafiosas globais… que controlam a Imigração, prostituição, pedofilia, tráfico de órgãos, drogas, armas,… Quanto ao Ocidente (não esqueçam a Rússia e a China), essas actividades são promovidas pelos mesmos que controlam a ONU (investiguem o filho do Kofi Anan, ou digitem pedofilia e ONU no Google), organização que o FN tanto preza. Por falar em tráfico de órgãos, lembro que a ONU fez da China, o país que transformou o tráfico de órgãos numa política de estado, o regime mais premiado pelas suas organizações associadas.

4 - …a limitação do acesso aos recursos hídricos…o que não acontecerá se for permitida a privatização desses recursos vitais em vez de se fazer uma gestão global e racional dos mesmos? Ou seja, para evitar a privatização desses recursos vitais à sobrevivência, há que se delegar a posse total deles para um órgão centralizado, controlado e criado pelas corporações! Lembro que é recorrente na história se estatizar os bens de pequenos e médios proprietários, ou que são realmente públicos, para depois, devido à má gestão estatal, se justificar a sua venda a preço de banana para corporações que contem com o apoio dos bancos, muitas vezes a coberto de generosas garantias pagas pelos contribuintes, ou seja, os pobres…

5 - A especulação financeira desenfreada por parte dos poderosos bancos e dos grandes fundos de pensões… A Cidadania Global Solidária deve impedir que a loucura se repita! Para acabar com o jogo de cartas marcadas nos mercados, cujas condições favoráveis são criadas por governos perdulários cujos chefes são eleitos com recursos dos mesmos que ganham com a "especulação", a solução é delegar todos os poderes a uma instituição multinacional sobre a qual os cidadãos dos vários países do mundo terão ainda menos controlo do que sobre os seus governos nacionais, instituição essa da qual os que dão mau nome à especulação, como o Sr. Nelson Rockefeller, a família Rothschild e George Soros, são os maiores promotores. Que belo conto.

6 - O desregulado, descontrolado e colossal fluxo financeiro global diário… que não paga a mísera taxa Tobin… De acordo com FN, a solução para o excesso de liberdade nos fluxos financeiros não é sua a ordenação a nível nacional e de acordo com as necessidades locais, coisa que as instituições multinacionais tentam impedir a todo o custo, mas sim a criação de um imposto global. Traduzindo: a solução é dar poder de taxação, o passo fundamental para a criação de um governo, a um organismo internacional acima de tudo e de todos, menos das multinacionais! Querem um exemplo? Quem controla a OMC e o FMI? Mais uma vez se combate o fogo com gasolina!

7 - A produção e comercialização das armas…os EUA investem mais de 45% do total mundial… O que se pretende com isso? Estaremos a assistir à preparação da terceira guerra mundial? Que eu saiba, as guerras em África, o continente onde a ONU manda de facto em quase todos os países, são feitas com AK-47, não com M-16. Quanto à 3ª guerra mundial, há de acontecer quando os EUA deixarem de investir em armas… Investiguem quem possui o maior arsenal nuclear e os maiores exércitos do mundo!

8 - A violação repetida do Direito Internacional,… Os únicos exemplos escolhidos por FN para ilustrar isso mostram de ele apoia a agenda da destruição da soberania americana, o maior entrave à ditadura global que propõe (Israel também é um empecilho). São eles: Iraque, Kosovo, Guantánamo, Abu Ghraib, voos da CIA, barcos da tortura. Segundo FN, é isso que incentiva novos conflitos e impede a resolução de outros, como acontece na Palestina. A culpa do crime é da vítima que se limita a reagir!

9 - A não implementação de um comércio justo mundial…, assim como o não perdão da dívida externa e dos juros aos “países menos avançados… Para resolver a injustiça de um comércio que é injusto graças à OMC, que obriga os países pobres a abrirem os seus mercados agrícolas e industriais sem contrapartidas, a solução é dar mais poderes à OMC! Quanto à dívida externa dos países pobres, criada por governos que os “amigos do FN” e a “querida ONU” apoiam a pedido dos bancos, a solução, depois de se ter quebrado os países pobres, escravizado as suas populações e instituído regimes monopolistas, tudo sob o manto da ONU, é remetê-la aos já super-endividados países ainda ricos para os quebrar de vez e transformar o mundo todo num campo de refugiados, onde FN poderá depois posar de herói da humanidade! Se ele sabe o que faz, digo: tanta maldade e cinismo é difícil de qualificar!

10 - A não concretização dos tão apregoados e sonhados “Objectivos de Desenvolvimento do Milénio para 2015”… Em português: é preciso dar muito mais recursos à ONU, organização cuja obra de destruição massiva em África faz Leopoldo II parecer um enfant terrible! Estudem com afinco as causas das fomes em África e da destruição da sua agricultura. Por detrás de tudo isso estão a ONU e as instituições multinacionais, posso desde já garantir. Fiz um mestrado em Estudos Europeus, me dedicando à PAC da União Europeia (mais especificamente ao mercado do açúcar), e constatei nas minhas investigações, sem prever, que os programas coordenados pela ONU e apoiados pelas corporações especializadas no comércio de produtos agrícolas destruíram a agricultura em África. Explico: a ONU favorece os programas revolucionários dos ditadores africanos, aos quais dirige posteriormente os recursos da ajuda humanitária, aumentando assim o poder destes tiranos sobre as populações carentes. Estes programas de reformas, como se vê no Zimbabué de hoje, transformam países que eram celeiros em desertos, até que venha a fome generalizada. Quando ela chega, a ONU, com a ajuda das corporações e da União Europeia, entre outros (USAID, …), aproveita para descarregar os excedentes agrícolas criados nos países ricos com recurso às políticas socialistas neles implantadas (PAC, …), e é tudo distribuído de graça. Mas “esquecem” de comprar os excedentes dos poucos agricultores locais que ainda conseguem produzir, que já não podem vender, provocando assim a sua falência e engordando a fila dos que precisam da ajuda da ONU, distribuída, é claro, pelo ditador local. Depois aparecem as nobres almas para fazer caridade e se promover…

11: As desgovernações de terror (de que são exemplos o Zimbabué e a Birmânia) e as acções dos movimentos terroristas globais, tão bem alicerçadas porque bem nutridas pela miséria e humilhação permitidas ou incentivadas pelos desmandos globais atrás referidos, inquietam-nos a todos. Para ser honesto, este ponto deveria ser reescrito. Proponho o seguinte: As desgovernações de terror socialista (de que são exemplos o Zimbabué e a Birmânia) e as acções dos movimentos terroristas globalizados, tão bem alicerçadas porque bem nutridas pela miséria e humilhação permitidas ou incentivadas pelos desmandos globais, de que a ONU é um dos principais promotores, permitem a nós, que nos promovemos através delas, que proponhamos uma cedência ainda maior de poderes dos já pouco soberanos estados nacionais para que possamos continuar a nossa obra de destruição em escala global.

FN reclama dos males do materialismo, mas ele próprio propagandeia iniciativas inspiradas pelo mais radical materialismo (na melhor das hipóteses, pois isso até parece coisa do cão…), como o Earth Condominium, iniciativa que visa gerir o planeta, desde a vida existente aos recursos, como se ele se fosse uma corporação, ou melhor, uma corporação reificada, afinal, FN advoga implicitamente a crença na ideia de que o planeta é um organismo vivo e todos nós somos partes dele, o que, para ser breve, implica que muitos de nós devem ser células cancerosas ou vírus e bactérias que devem ser erradicados para ele não morra. Como FN afirma, o planeta está doente e são os homens que causaram isso. O grande problema do planeta é a superpopulação! O que é isso a não ser um princípio legitimador da redução populacional(=democídio)?

FN, coerente com essa concepção, revela a sua adesão a um princípio promovido pela classe que o filósofo Olavo de Carvalho definiu como os metacapitalistas, princípio também abraçado pelo socialismo comunista: o de que a economia é estacionária, ou seja, um jogo de soma zero. Nessa concepção, a riqueza não é gerada pelo aumento do volume de trabalho e da sua produtividade (esta última fruto do sucesso das melhores ideias, geradas entre milhares de milhões de indivíduos anónimos de maneira imprevisível, que acabam por serem premiadas pelo chamado mercado, que não é de forma alguma um ente monolítico). Portanto, a riqueza total produzida é sempre a mesma e o bem estar de uns implica a pobreza de outros - o que de facto acontece quando há monopólio estatal ou privado. Assim, a riqueza pode e deve ser distribuída de acordo com os interesses de um super-estado com poderes absolutos sobre a propriedade e, consequentemente, sobre as vidas, o que é o desejo dos poderosos. É uma ideia auto-contraditória pois quem controla um estado assim, e vivemos muito próximos disso, controlará todos os recursos em seu favor, como já se faz dentro de limites, limites que agora os poderosos desejam derrubar. Mas como artifício de retórica, essa ideia engana bem os ingénuos.

Essa sofistica de FN, típica dos que escondem os propósitos mais nocivos sob o manto da promoção do bem, é uma táctica quase tão antiga quanto a civilização. Observem bem este “jogo de palavras”:

Nós, os afortunados, nós, a casca do ovo da avestruz, temos de aceitar apertar um pouco os nossos cintos para que outros, os Bric (Brasil, Rússia, Índia e china) e afins (Nigéria, México, Paquistão, Indonésia…), possam desapertar os deles, de seres carentes e sonhadores.

Como brasileiro que sou (sou brasileiro e português, não esqueçam), tenho duas coisas a dizer. Em primeiro lugar, nenhum brasileiro precisa desse tipo de ajuda; a dos que vivem da indústria da miséria, acreditam que somos incapazes e querem ter pena de nós. Precisamos é que eles não nos atrapalhem! Isso sim é o grande problema com que o bravo povo do meu Portugal das Américas se depara! Sei muito bem do que falo.

Em segundo, não é apertando o cinto “dos ricos”, o que significa aumentar o confisco dos que produzem no primeiro mundo pelos que dizem praticar o bem e vivem da parasitagem (os magnatas e as corporações vivem também dos erários e das leis pró-monopólios: os tais ricos que pagam as contas são apenas os remediados), que os brasileiros ficarão mais ricos. Ficarão é mais pobres e mais dependentes de quem os atrapalha! Necessitam, ainda que isso não seja tudo, é que os seus produtos sejam cada vez mais procurados e valorizados por centenas de milhões de europeus e americanos que vivam bem e consumam mais. O que os povos do Sul precisam, e eu os conheço muito bem pois não vivo numa redoma ou lido apenas com gente desesperada sobre a qual tenho poder de vida ou morte, é de independência e dignidade, e não de protectores que usam a miséria para ficarem bem em fotografias de auto-promoção que fazem as delícias de bilionários e burocratas em Nova Iorque e Genebra.

De injustiça os que dizem lutar contra ela vivem, afinal são eles, os que trabalham em organizações internacionais, que comem em restaurantes caros de Estocolmo, Paris e Oslo, tudo, claro, pago com dinheiro do contribuinte anónimo em vias de empobrecimento, seja por via directa, através dos dinheiros extorquidos pelo roubo fiscal que os estados dão aos “benfeitores do mundo”, ou indirecta, por via das corporações que sobrevivem graças aos regulamentos que garantem que os seus ineficazes monopólios se eternizem às custas dos pequenos que desejam erguer negócios e viver sem patrão ou sem dar satisfações a burocratas com o admirável novo mundo na barriga. Aos que me acusam de usar golpes baixos e moralismo para desmantelar as ideias de FN, lembro que o tom moralóide é usado por ele, sem trégua, no livro. Até agora sofro com os efeitos disso na digestão; ainda sinto o gosto do peixe do almoço na boca…

Como último ponto a sublinhar, FN faz do fim da utilização dos chamados combustíveis fósseis, responsáveis pelo suposto aquecimento global, que “provocou” neste ano o mais frio Inverno que já vivi na minha vida e que os dados estatísticos comprovam ser o mais rigoroso desde 1910, uma das suas lutas. Fernando Nobre não apenas defende o controlo da produção e da queima dos mesmos, mas também prega a não utilização da energia nuclear, propagandeando o uso das energias verdes que tanto tem enriquecido as empresas bem conectadas por via desse esquema de extorsão dos pobres consumidores. Bom, o resultado dessa política é visível, como no caso da subida em flecha dos preços dos alimentos, graças ao biocombustível; efeito que ele, para variar, defende que deve ser combatido com mais delegação de poderes aos senhores que criaram essa crise que ameaça matar a fome milhões de inocentes, como no Haiti, província da ONU, e até provoca carestia aqui em Portugal. Voltando à energia, os efeitos em Portugal já se notam. O preço da energia por estas bandas é do mais caros do mundo graças à “política verde” do socialismo. Nesse Inverno rigoroso isso tem causado muito sofrimento às famílias humildes, muitas recentemente empobrecidas pelas políticas socialistas que FN tanto defende. Conheço várias pessoas de menos posses, algumas próximas de mim, que têm sido particularmente atingidas por gripes violentas, e noto que muitos idosos têm falecido, mais que nos anos anteriores, muito mais. Se depender daquilo que FN defende, chegará o dia em que os poucos afortunados que possuem uma lareira em casa já não poderão apanhar lenha livremente e queimá-la, como querem tantos advogados dessa farsa do Aquecimento Global Antropogénico, farsa que, diante dos factos que provam o arrefecimento, passou a ser encoberta pela ideia vaga das Alterações Climáticas.

Tentei ser breve, mas não consegui. Poderia dizer ainda mais, mas novamente sugiro: leiam o livro do Sr. Fernando Nobre (se tiverem estômago). O que lá está é uma prova de que ele é um defensor consciente do pior totalitarismo já concebido pelas mentes doentes dos que desejam o poder absoluto ou, admitindo que as possibilidades são imensas, que é apenas aquilo a que Lenine chamou de Idiota Útil. Dentro dessa segunda hipótese, tendo em conta que não há uma ideia em que ele não defenda parte da agenda totalitária (e não o querendo ofender pensando que se trata de um absoluto mentecapto), sou obrigado a acreditar que o cavalheiro foi sujeito a uma lavagem cerebral. Nesse caso, Fernando Nobre faz jus à alcunha que lhe dei: ele é de facto O Candidato da Manchúria.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Desertas

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #107 em: Janeiro 21, 2011, 03:49:21 pm »
Última sondagem da Universidade católica Presidenciais 2011 .

Citar
Sondagens Eleições Presidenciais 2011 (apresentadas a 20 de Janeiro):
Cavaco Silva - 59%;
Manuel Alegre - 22%;
Fernando Nobre - 10%;
Francisco Lopes - 6%;
José Manuel Coelho - 2%;
Defensor Moura - 1%.



Sondagens Eleições Presidenciais 2011 (dados do barómetro da Marktest para a TSF/Diário Económico,18/Jan)
Cavaco Silva - 61.5%
Manuel Alegre - 15%
Fernando Nobre - 12.7%
Francisco Lopes - 3.3.%
José Manuel Coelho - 2.1%
Defensor Moura - 1.2%

Segundo as sondagens nada muda .
God and the soldier all men adore
in time of trouble and no more
for when war is over and all things righted
God is neglected and the old soldiers slighted
 

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #108 em: Janeiro 21, 2011, 07:28:35 pm »
Casa no Algarve
Cavaco só teve licença para acabar casa de férias três meses depois de estar pronta

21.01.2011 - 10:34 Por José António Cerejo

Cavaco Silva fez obras durante um ano na sua actual residência de Verão com a licença caducada e em desrespeito do processo inicialmente aprovado.

As obras foram concluídas em Agosto de 1999, mas o então professor de economia e ex-primeiro-ministro só obteve a licença para fazer as obras de alteração a 30 de Novembro desse ano. Onze dias antes, porém, já tinha requerido a licença de utilização da moradia, a qual foi emitida, sem a necessária vistoria camarária prévia, a 3 de Dezembro.

As irregularidades no licenciamento da construção da sua moradia, a vivenda Gaivota Azul, na urbanização da Coelha, concelho de Albufeira, a 600 metros da praia da Coelha, não são um caso inédito. Mas o acervo documental reunido nos três volumes do processo camarário consultado pelo PÚBLICO mostra um conjunto de procedimentos marcado por sucessivas violações das normas legais em matéria urbanística.

Numa declaração transmitida por um membro da candidatura, Cavaco Silva respondeu ontem às perguntas do PÚBLICO dizendo apenas: “Não alimento esse tipo de campanhas.”

Das irregularidades neste processo, umas são da responsabilidade da empresa Galvana — de que era sócio e representante Teófilo Carapeto Dias, um amigo de infância e antigo assessor de Cavaco. A Galvana era a proprietária e foi ela que iniciou a construção da moradia em Outubro de 1997. Outras são da responsabilidade do actual Presidente da República, que adquiriu, em Julho de 1999, os 1891 metros quadrados da propriedade, que resultaram da junção de dois lotes da urbanização, com a estrutura de uma moradia de três pisos concluída, paredes exteriores rebocadas e telhado quase pronto.

A construção arrancou devidamente licenciada, com um alvará emitido em nome da Galvana, válido até 25 de Junho de 1998. O projecto, do arquitecto Olavo Dias, começou por levantar alguns problemas, visto que a sua implantação incidia sobre dois lotes nos quais estavam previstas duas moradias, mas tudo se resolveu com uma alteração ao alvará de loteamento. A aprovação desta alteração, que fez com que o lote de Cavaco Silva tenha perto do dobro da área de todos os outros, deveria ter sido precedida de um parecer da antiga Comissão de Coordenação Regional do Algarve. Esse parecer, embora a câmara tenha deliberado no sentido de ele ser solicitado, não consta do processo.

A obra licenciada, com cave, rés-do-chão e primeiro andar, incluía cinco quartos duplos e um simples, todos com casa de banho, e totalizava uma “área bruta de construção” de 620m2, sendo a chamada “área útil” de 388m2 e a “área habitável” de 242m2. O projecto previa também uma piscina de 90m2.

Embargo em 1997

Logo em Dezembro de 1997, dois meses depois do começo, a obra foi embargada por despacho do presidente da Câmara, por a Galvana “estar a levar a efeito a alteração e ampliação” da moradia, ao nível da cave, “em desacordo com o projecto aprovado”.

Nessa altura, contudo, já a Galvana tinha entregue no município um “projecto de alterações pontuais”, subscrito por Olavo Dias a 28 de Outubro. O projecto de arquitectura chegou a merecer uma aprovação em Março do ano seguinte, mas o processo não teve andamento por falta dos projectos de especialidades, não sendo emitida a necessária licença para as alterações requeridas.

Quanto ao embargo, o mesmo foi ignorado pela Galvana que, conforme consta do Livro de Obra — um registo ofi cial no qual o director técnico anota regularmente a data de realização das partes mais importantes da obra — nunca suspendeu os trabalhos.

O incumprimento de uma ordem de embargo implicava à época, nos termos do artigo 4º do decreto-lei 92/95, “independentemente da responsabilidade criminal que ao caso couber”, a “selagem do estaleiro” e dos equipamentos em uso na obra. “Desrespeitar um embargo é um crime de desobediência previsto no regime de licenciamento e no Código Penal”, disse ao PÚBLICO um jurista especialista na área do urbanismo e edificação.

A avaliar pelos documentos camarários, a violação do embargo nunca teve qualquer consequência e a obra nunca foi objecto de desembargo. Foi assim, com os trabalhos legalmente embargados e com a licença caducada desde 25 de Junho de 1998, que Cavaco Silva se tornou proprietário do terreno e da moradia que nela se encontrava em fase adiantada de construção (ver caixa). Pela mão da mesma empresa de construção de Almada, a Manuel Afonso Ldª, que estava a trabalhar para a Galvana, Cavaco Silva prosseguiu os trabalhos em violação do projecto licenciado e sem licença válida. Dez meses depois de ter adquirido a propriedade, Cavaco Silva requereu à Câmara a passagem do processo para seu nome (o chamado averbamento) e um ano depois, a 21 de Julho de 1999, com os acabamentos da moradia praticamente concluídos, pediu a prorrogação da licença caducada há mais de um ano. No mesmo dia, solicitou também uma licença para “a execução das obras de alteração”.

No que respeita ao primeiro pedido, o da prorrogação da licença, a Câmara nem sequer respondeu, presumivelmente porque a obra continuava embargada e o projecto de alterações apresentado em 1997 nunca tinha sido licenciado.

Já no caso do novo pedido de licenciamento e com as obras terminadas desde o mês anterior, o proprietário entregou a 3 de Setembro de 1999 os projectos de especialidade referentes às alterações, incluindo o projecto de estabilidade e cálculos de betão. A 19 de Novembro pediu que lhe fosse passada a licença de utilização da moradia e só 11 dias mais tarde, a 30 de Novembro, é que o então vereador Desidério Silva, actual presidente da Câmara (PSD), assina a licença para a execução das obras de alteração há muito concluídas.

Logo a 3 de Dezembro, sem que haja registo da realização da vistoria camarária, destinada a verificar se o que foi feito é o que foi licenciado, Desidério Silva assinou a licença de utilização.


http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/cav ... ta_1476408
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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PereiraMarques

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #109 em: Janeiro 21, 2011, 09:48:45 pm »
Nota da Moderação:

Não se esqueçam de respeitar o período legal de reflexão e votação, vigente entre as 00 horas de dia 22 e as 20 horas (GMT) de dia 23, evitando comentários e notícias neste tópico. Obviamente que a excepção poderá ser algumas notícias sobre afluência às urnas ou boicotes locais no dia 23.

Obrigado pela atenção,
Pel'A Moderação,
B. Pereira Marques
 

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Luso

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #110 em: Janeiro 21, 2011, 10:49:11 pm »
Mas enquanto não chega o período de reflexão, fica aqui uma última pérola dedicada ao meus queridos confrades

http://comunidade.sol.pt/blogs/arrebenta/default.aspx

O Quarto Cavaquistão: de profundis tenebrae
21 Janeiro 11 02:01

Como deverão ter reparado, andei bastante apartado da campanha presidencial, por duas razões principais: a primeira, porque tenho muito mais que fazer; a segunda, porque, mesmo que não tivesse, o assunto é um tal nível de indecência que não deve fazer parte das preocupações das pessoas que vivem em mundos civilizados e subtis. O único problema, neste trocadilho, é que a questão, mesmo que lhe viremos as costas, diz dramaticamente respeito a cada um de nós, pelo que hoje merece este texto, com o qual  me despeço desta longa agonia que foi a exposição pública das figuras de terceiro plano, que, em janeiro de 2011, aspiravam àquela coisa sem nível, em que se tornou a "presidência da república" das bananas portuguesa.

O sr. aníbal, um fruto genético das feiras do algarve interior, fosse este um país viável, poderia ser o primeiro exemplo de um presidente, da nossa curta democracia, a não ser reeleito, e isso seria bem feito, para lhe manchar o miserável percurso..., enfim, vou substituir "miserável" por uma palavra mais ao jeito da personagem, e redizer "mesquinho percurso".
Tinha tudo para isso, pois chamo a atenção para um pormenor, que me tem movido sempre nas reeleições, e concedido uma coisa que eu adoro, que é a hipótese de não ter de votar útil, e poder votar onde bem me apetece, só para provocar estragos, e que consiste no partido que ocupa o governo costumar enturmar, nas segundas voltas, com a maré de alucinados que apoia o "paizinho" da véspera. O PS, de sócrates, honra lhe seja feita, quebrou esta tradição, e disse ao saloio de boliqueime que não lhe apetecia saloios de boliqueime. Lá foi a reboque de um etilizado de águeda, mas isso é um assunto que depois a história, no devido tempo, julgará.
O fenómeno, para o balizar, desde já, e impedir que se assuma como uma maré à moda de alexandre da macedónia, não é mais do que a apoteose da parolice de um povo, ignaro, deficiente, autocomplacente e cobarde, que encontrou uma efígie, na qual, votando, está comodamente a votar em si mesmo, ou simplificadamente, estas eleições são a ocasião ideal para o povo português colocar em belém o pior de si mesmo, numa forma descarada, assumida e decisiva.
Sociologicamente, isto é bom, porque traça, com carvão, a linha de água por onde vai passar a enchente, misto de descarga das pocilgas da ribeira dos milagres, com a cera reciclada do idolatrário de fátima, mais uma mulheres com bigode, os seus renatos seabras ao colo, e os seus maridos heterossexuais passivos, pela mão, e, portanto, permite-nos ver, claramente, onde não devemos estar, para não sermos levados pela enchente destas peles mortas da maré das "forças vivas".
Quando um povo decide votar em si mesmo, o mais saudável é tirar um fim de semana prolongado, e deixar mesmo que o autoclismo autoregule o nível dos dejetos na sanita, e só então voltar, para ficar de bancada, e com sorriso cínico, a assistir aos episódios sequentes. Esta, é talvez, a melhor, e única virtude de cavaco: impedir que o palaciozinho de província, de belém, tivesse de ser ampliado, para albergar uns quantos milhões de atrasados, substituindo-os, antes, por um parzito caduco, apoiado por bastantes procurações, que lá irão representar esses pobres milhões.

Para nós, intelectuais, e cidadãos do mundo, a coisa é mais breve, mas também não é fatal: assim como os nossos pais e avós levaram, em cima, com o carimbo "viveu sob o salazarismo", nós vamos poder dizer, ufanamente, que "vivemos sob o cavaquismo". Ainda há bocado, estava a comer mel de incenso, coisa que o sr. aníbal nunca saberá o que é, e olhei para o espelho, para ver se a coisa me tocava. A verdade, pese isso ao medíocre algarvio, é que me não faz mossa nenhuma: de aqui a 100 anos, serei um escritor de referência, que combateu o cavaquismo, e o cavaquismo já estará referenciado como um período histórico degenerado e retrógado, onde a liberdade de pensamento, expressão e oposição foi incarnada por uma geração perdida de criadores e pensadores, lucidamente ciente da menoridade dos tempos da sua contemporaneidade, que decidiu "malgré tout", não se calar.
Como se sabe, os períodos mediocremente políticos sempre foram os inspiradores das melhores prosas.

Não se podia fazer pior epitáfio à "apoteose" cavaquista, do que chamar-lhe "musa", e já o fiz aqui, esperando que, otimisticamente, me acompanhem, nesta perspetiva animadora.
Historicamente, é notável que um povo, massacrado por uma sucessão de governos incompetentes, pontapeado por fraquíssimas figuras, obrigado a presenciar escândalos sem par, violentado, insultado, gozado, oprimido, e outras belíssimas coisas afins, e tutelado por um cobarde, cujo mandato, se espremerem bem, só ficará vinculado pela aprovação de uma coisa caricata, o chamado "casamento gay", e mais nada, historicamente, dizia eu, é notável que, mesmo assim, esta massa grotesca ainda tenha conseguido reunir forças, para afinar a quinta essência do pior de si mesmo, e transformá-la em votos no provinciano de boliqueime. Convenhamos que é bom saber que um povo, que tecnicamente já devia estar extinto, ainda teve força para esta metamorfose negativa, e para conseguir dar um salto, algures, entre os 50 e os 100 anos... para trás.

O nosso tempo, à exceção desta porcaria em forma de retângulo, é vertiginoso. Indo para o campo da metáfora, enquanto, pelas fronteiras da inovação, já vamos nas portas USB3, por cá, porque nós somos mais modestos, continuamos a lutar por usar aquelas disquetes précolombianas, maleáveis, do tamanho de um pires de chávena de chá, e com etiquetas em forma de... "pügrèsso".

O Quarto Cavaquistão, no qual vamos entrar, pode resumir-se, por si próprio, a poucas figuras notáveis: se excluirmos a criminosa leonor beleza, começou por produzir, há vinte anos, um dias loureiro, e culminou, agora, numa versão 2.01, chamada renato seabra. Pelo meio, deixámos de produzir o que quer que fosse, e voltámos à penúria sebastiânica: somos um orgulhoso país importador, que anda a tentar vender, lá fora, uma dívida, que se traduz, tão simplesmente, nisto: andarmos a mendigar, a juros de agiota, dinheiro para poder pagar aquilo que precisamos de comer e já não podemos, nem sabemos produzir.

Este foi o veneno do primeiro cavaquismo, e é saudável que tenha gangrenado à porta do quarto cavaquismo.

Simplificadamente, como diz o provérbio, é justo que cavaco seja reeleito, para poder comer o pão que ele, diabo, amassou, enquanto nós, que sempre o execrámos, ficaemos a assistir.

Não me vou alongar muito, até por que já perceberam o que eu queria, e entenderam que isto é uma antevisão do que aí vem.

Embriagado pela sua saloice, o bimbo de boliqueime esqueceu-se de duas coisas: a primeira, a de aquela imagem do cacique, arrogante, que nunca se enganava, e andava rodeado da pior escória de arrivistas que portugal conheceu, e que queria passar agora pela máscara do avozinho acolhedor, acabou: mal seja reeleito, vai ter de pagar, uma a uma, as favas dos crimes todos, e do beco sem saída para onde nos empurrou. Não se pode desejar pior a um filho da P***, pelo que sou o primeiro a congratular-me com que ele esteja no lugar de exposição do tiroteio que aí vem; a segunda, de que, como já atrás disse, há três estranhos vencedores destas eleições: o povo profundo português, filho da cópula contranatura entre Neanderthal e Cromagnon, e que gerou esta permanente distrofia entre o desejo e a culpa, que levará, dia 1 de fevereiro, renato seabra a ser declarado um estudo de caso, e a posse do seu cérebro atrofiado e degenerado por 900 anos de mães de bragança e cantanhede, de interesse científico para a sociedade americana; os comprimidos do professor lobo antunes, que, por mais miraculosos que sejam, duvido que se aguentem cinco anos, e aí vamos ver o cavaco a ter ataques atrás de ataques, até que tenha de suspender o mandato; e, por fim, o grande vencedor destas eleições, Sócrates, que, qual fénix, e tenho de lhe tirar o chapéu, vai fazer gato sapato da múmia de boliqueime, quando os portugeses acordarem, e perceberem que têm de se escudar nele, para impedir o neosalazarismo que a criatura pensa poder vir a ser o seu segundo mandato. Como poderia trocadilhar, foi ao golfo buscar sarna para o outro se qatar.

Pela minha parte, vou votar nas franjas, para mandar à m****, no mesmo pacote, o aníbal, o bêbedo que o colocou lá, em 2005, e o vai voltar a colocar, em 2011, e a aquela coisa caricata do Nobre. Domingo, na hora do voto, estarei tranquilíssimo. Quando sair a vitória do sr. aníbal, ainda mais tranquilo estarei: é justo que a criatura que destruiu portugal seja chamada à pedra, pela história, para pagar a fatura dessa destruição.

Muitas fraldas vai a maria ter de lhe mudar, ao longo destes penosos cinco anos de decadência física e psíquica que aí vêm.

Que lhe se sejam bem pesados :-)
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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PILAO251

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #111 em: Janeiro 21, 2011, 10:58:17 pm »
Caro Luso
A prosa é convincente mas falta-lhe subtileza.
A subtileza da boa mistura de gasóleo com nitrato de amónio, por exemplo.
Att.
 

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jmosimoes

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #112 em: Janeiro 23, 2011, 11:18:18 am »
Citação de: "PILAO251"
Caro Luso
A prosa é convincente mas falta-lhe subtileza.
A subtileza da boa mistura de gasóleo com nitrato de amónio, por exemplo.
Att.


Falta apenas aplicação prática, a subtileza têm tido os politicos por isso é que temos que acabar com o  estado a que nós chegámos a bem ou menos bem
DEUS FEZ OS HOMENS SAMUEL COLT TORNOU-OS IGUAIS
BEM DA TRISTE E POBRE NAÇÃO  E DA CORRUPTA DEMOCRACIA
 

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FoxTroop

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #113 em: Janeiro 23, 2011, 11:34:26 am »
Citação de: "jmosimoes"
Citação de: "PILAO251"
Caro Luso
A prosa é convincente mas falta-lhe subtileza.
A subtileza da boa mistura de gasóleo com nitrato de amónio, por exemplo.
Att.


Falta apenas aplicação prática, a subtileza têm tido os politicos por isso é que temos que acabar com o estado a que nós chegámos a bem ou menos bem

Aplicação prática do "gasoilo" com o nitrato de "amóino" ?!!!!!!!!  :shock:  Isso era capaz de ser um bocadinho assim tipo p'ró....... expansivo, não?  :)
 

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Luso

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #114 em: Janeiro 23, 2011, 02:55:04 pm »
O problema é que já não há fertilizantes como antigamente... :mrgreen:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Vicente de Lisboa

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #115 em: Janeiro 23, 2011, 06:15:19 pm »
O meu partido e a sua mania de que o País é habitado exclusivamente por jovens urbanos de 30 anos com acesso à internet e interesse pela Res Publica...

Depois dá nestas merdas. Xogasse PS.  :evil:
 

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FoxTroop

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #116 em: Janeiro 23, 2011, 06:41:03 pm »
Só nesta miséria. Inacreditável...... Simplex, cartex de cidadex, creditex, modernex, magalhex, carrex eletrix, merdex, gayix, somos o povo dos ex. Vergonha das vergonhas, queremos ser tão "modernos" e cada vez estamos mais atrasados. Inventam estas mariquices de povo "avançado" sem criarem os suportes necessários para que as coisas funcionem. Só fogo de vista.... Irresponsáveis.
 

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Luso

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #117 em: Janeiro 23, 2011, 07:12:14 pm »
É a I República que contra-ataca.
Aposto que o Cavaco vai "apelar à serenidade"...
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PereiraMarques

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Re: Presidenciais 2011
« Responder #119 em: Janeiro 23, 2011, 11:02:24 pm »
Se, segundo os "técnicos especialistas", pelo menos 3% da abstenção se deve aos problemas com os CC e os numeros de eleitor, isso não é uma falha grave que mete em causa a Eleição?

Uma Eleição onde mais de 50% do eleitores não participa não deveria levar a uma profunda reflecção, levando à criação de uma lei em que eleições onde não se atingisse um mínimo de 50% de participação fossem invalidadas?

Será que estes "pulhiticos" não vêm que o "saco" dos Portugueses está a ficar preocupantemente cheio? Isto será mesmo um País de alucinados e alienados?!!!