O problema do Patiño, além do preço falado, é que duraria uns 10/15 anos, ou seja, a sua substituição encaixava na fase crítica de 2030-2035, em que se pensa substituir as fragatas, F-16, P-3 e tantas outras coisas. Ao contrário do Wave, que aguentava sem problemas até 2040, talvez 45, fugindo aos grandes gastos da década anterior.
Por outro lado, o Patiño com um valor mais justo, de uns 20 milhões, para durar 10/15 anos, poderia permitir o avanço nesta década de outros programas, aproveitando o resto do orçamento do AOR. Para isto era preciso ginástica orçamental, e mudar os planos da LPM para incluir a compra de fragatas. Mas parece que não, 130 milhões do orçamento do AOR + 135 milhões do MLU das VdG + o dinheiro da venda destas fragatas, já pagava uma boa parte da sua substituição.
Se juntarmos a isto o orçamento do LPD, de 150 milhões, podíamos muito bem ir buscar um par de Absalon ou Crossover XO, colmatando logo dois dos problemas. Uma Marinha como a nossa não justifica ter um LPD puro, quando tudo o resto anda à espera de manutenção. Já estes navios que mencionei, juntam capacidade de combate com capacidade "logística", o verdadeiro "duplo-uso".