Acho que todos desejamos que voçé mostre os documentos que provem as suas palavras.
Documentos a provar o quê?
Que os reis de Espanha eram reféns dos franceses, que foram aprisionados e que foram substituidos por familiares do próprio Napoleão?
Ou que Napoleão tinha planos para redesenhar as fronteiras da peninsula, removendo a Catalunha e partes de Aragão ao governo em Madrid, entregando Portugal como compensação?
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Entao, existe o Direito de Conquista o 14 de Abril de 1811 mas nao o 10 de maio de 1801?.
Se verificar bem, notará que eu nunca neguei a ninguém esse Direito de Conquista!
A Espanha, tem efectivamente o Direito de Conquista sobre Olivença na Guerra das Laranjas em que Godoy precisava de qualquer coisa para justificar uma guerra absurda.
Aliás, é uma questõa já colocada há muito tempo pelo Sierra002.
A questão não é esse direito, mas sim os tratados subsequentes.
Evidentemente que eu não sou espanhol, logo não tenho dois pesos e duas medidas.
O Direito de Conquista aplica-se nos dois casos. A ultima entidade a tomar Olivença foi o exército Luso-britânico, que doa a quem doer, era técnicamente uma força dependente em última instância do Rei de Portugal.
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Entao, existe o Direito de Conquista o 14 de Abril de 1811 mas nao o 10 de maio de 1801?.
Um pouco de seriedade.
A caducidade decorre da violação dos acordos e não do tempo que entretanto decorreu.
Concordo com voçé, nos tinhamos dois reis que nao ordenavam e uma Junta Central. Vos tinham Um rei e dos capitais: uma Rio de Janeiro para manter o orgulho e outra Londres para ordenar. A falar do rei em Brasil em Espanha se diz "que es como tener un tío en Graná, que ni tienes tío ni tienes ná". E desde tao longe a sua "Leal" Majestade diz que o Tratado de Badajoz nao era válido.
Essa é a sua opionião.
Portugal tinha apenas uma capital, chamada Rio de Janeiro. Era ali que se encontrava a corte, o Rei e a administração do Estado.
Não sei se a capital no Rio de Janeiro era só para manter o orgulho, mas o que sabemos é que a Espanha independente não tinha capital em lado nenhum, o os poucos lugares onde existia, existia porque os ingleses a apoiavam e defendiam.
E Sua Leal Majestade, tinha o direito legal de determinar se o tratado era válido ou não!!! Já Sua Majestade Católica, estava nos calabouços dos franceses e não podia dizer nada! :roll:

Então agora os bandos de espanhois que andavam rotos e nus pelas estradas a assaltar os franceses impediram que estes chegassem ao Brasil?

José M. ->
As milicias regionais espanholas, tiveram a relevância que todos lhes reconhecem, e que a que eu já me estou farto de referir.
Ao contrário dos espanhóis, nós temos capacidade para conseguir ver as coisas de forma mais racional e menos «furiosa».
As milicias no entanto nunca foram um exército. Não havia exército espanhol e se alguém o afirmar está a mentir ou por desconhecimento ou por tentativa propositada de mentir.
As várias milicias tinham comportamentos muito diferentes entre si. Algumas detestavam os ingleses quase tanto quanto os franceses e era quase impossível falar com elas. Outras eram consideradas muito mais fáceis de dialogar.
Lembro-lhe por exemplo que nas linhas de torres havia milhares de espanhóis dessas mesmas forças irregulares, muitos galegos e gente da região de Salamanca.
As forças irregulares espanholas não eram no entanto uma força combatente eficaz se vista como um exército.
Eles foram absolutamente importantes, para reduzir a capacidade dos franceses, mas não tenha ilusões.
Sem Portugal (o tal país com um rei que não mandava nada) e a sua aliança com a Grã Bretanha, sem os britânicos e sem os milhares de portugueses do exército regular (esse sim um exército a sério, ordenado organizado e enquadrado) ou das forças irregulares portuguesas, não haveria milicia espanhola que resistisse aos franceses.
Se não fosse assim, as forças do exército luso-britânico não tinham entrado em Espanha como entraram e não teriam sido elas a expulsar da peninsula os últimos franceses, quando as milicias espanholas já tinham voltado a casa.
Mas isto, é de facto um tema para outro tópico que não o de Olivença, e ainda mais porque acho que a questão de Olivença é uma questão de justiça e não uma mera questão jurídica, onde os espanhóis se escondem por detrás de questões técnicas, para defender o que é acima de tudo uma ofensa a Portugal, por parte de um povo que se diz nosso amigo e aliado, mas que nos humilha e ofende com aquela situação.
Cumprimentos