Olivença

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Nadie

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« Responder #810 em: Agosto 31, 2006, 11:03:01 pm »
:Palmas:
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #811 em: Agosto 31, 2006, 11:40:39 pm »
Desculpa-me Corvo, mas este tradutor é a pagar! Eu sou um pobre coitado que já tem muita despesa...

PS: já agora, fiquei com curiosidade, qual é o seu partido politico? (responda se quiser, já que é algo que não é essencial)
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Corvo

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« Responder #812 em: Setembro 01, 2006, 01:20:18 am »
Cabeça de Martelo, no final da página principal tem uma janela de tradução gratuita de 200 palavras. Se o teu texto exceder esse limite de palavras, traduzes o texto em parcelas de 200 ou menos palavras.  
 
"Traduza texto com o tradutor UNIVERSIA 1.0
Introduza o texto no quadro selecionando o sentido da tradução e pulse TRADUZIR TEXTO.
Máximo de 200 palavras
."

Em relação ao meu Partido, não gostaria de politizar, neste fórum, a minha intervenção sobre um tema eminentemente nacional como é Olivença.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #813 em: Setembro 01, 2006, 02:14:06 am »
Obrigado pela informação.  :wink:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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carlovich

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« Responder #814 em: Setembro 01, 2006, 08:22:07 am »
Estimado Corvo.

Na Paz de Westfalia se reconheceu legalmente a independência das Províncias Unidas.Bastante anos antes eram independentes ainda que Espanha não o reconocia.

Com respeito à perda da hegemonia espanhola no século XVII só indicar-te que se perdeu porque se tinha que perder (por esgotamento econômico, bélico, político, etc).Ao império inglês lhe passou o mesmo.

Com respeito a que a situação dos Paises Baixos Católicos tão insustentável, como teu comentas, era a mesma que outros territórios de muitos outros impérios (Goa por exemplo, Gibraltar, Mahón, etc).


Bueno, respecto a tu petición de falar portugues en este foro, pués...., no la veo mal pero como saben muchos foristas portugueses es más fácil para un portugués entender el español que viceversa.

Si te sirve de consuelo yo soy de Ayamonte y estamos aconstumbrados a falar en espanhol con nuestros vecinos algarvianos y a escuchar en portugués y,por ahora, no hay ningún problema mientras exista respeto.

En cuanto a Olivenza, suerte con tú partido político pero mucho me temo que, salvo la novedad y que prometais entregar dinero, poco vais a conseguir

Cumprimientos.
 

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Aponez

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« Responder #815 em: Setembro 01, 2006, 01:29:45 pm »
Citação de: "Corvo"
 Como espanhol que é, acho inaceitável que faça esta afirmação: “Unos años antes España si consiguió no perder ningún territorio en la Paz de Westfalia que cerraba la Guerra de los 30 años.”
Sabe perfeitamente que no tratado de Westfalia a Espanha reconheceu a independência das Províncias Unidas (Holanda), até aí considerado território da coroa espanhola. Isto significou uma perda territorial importante uma vez que deixou a Espanha numa situação geoestratégica impossível nos Países Baixos do Sul (actual Bélgica).
 O esforço de defesa dos Países Baixos é, na minha perspectiva, o mais ruinoso e irracional esforço político-militar da história. Foi a causa da ruína da Espanha no século XVII (45% das despesas da monarquia espanhola eram directamente realizadas na defesa dos Países Baixos, um território literalmente isolado geoestrategicamente).
 As outras afirmações sobre a luta isolada da Espanha contra todas as potências europeias não correspondem, também, à realidade. As forças imperiais dos Habsburgos austríacos, os Príncipes Católicos do Sacro-Império e o Papado, só para dar alguns exemplos, apoiaram a Espanha.
A Espanha perdeu a hegemonia europeia no século XVII porque, tal como hoje, o seu projecto estatal não congregava o interesse e o entusiasmo das nações peninsulares periféricas.
A derrota final deve-se, sobretudo, não ao potencial militar francês, mas à situação insustentável em que ficou a coroa espanhola com as revoltas simultâneas da Catalunha e de Portugal.
A catalã ainda mais insustentável geopoliticamente porque permitiu à França criar uma cunha territorial e militar na própria Península.
 Em relação à minha afirmação de que Portugal está, há nove séculos, presente nos mapas europeus, não vejo o que se possa contestar. É evidente que os limites territoriais actuais de Portugal (que incluem Olivença que está sob ocupação ilegal da Espanha) não são, naturalmente, os mesmos que vigoravam no século XII (aqui deve ter sucedido alguma confusão linguística).


En Westfalia non se perde nenhum territorio Corvo, só se reconhece oficialmente algo que se reconhecía tacitamente dende que Felipe III asinou en 1609 a, aqui chamada, Tregua dos Doce Anos, máis que Flandes as principais causas da decadencia eran: Corrupción generalizada, iniciar demasiadas guerras ó mesmo tempo (despois da conquista de Breda son enviadas tropas espanholas a Alemanha e se mal non recordo iniciase unha nova guerra en Italia) guerras que impediron unha paz ventajosa coas Provincias Unidas (actual Holanda), imperio demasiado extendido (demasiados territorios e muito poucas tropas en comparación) e o máis importante, a maior parte dos gastos belicos do Imperio correspondían só a um dos reinos Castilla, precisamente a Unión de Armas tinha por objectivo solucionar isto e cuando se tentou de levar a cabo comezaron as revoltas.

Despois de Westfalia, Espanha esta en guerra contra Francia e Inglaterra, e ten as revoltas de Nápoles (esta non estou seguro se finalizou en 1647 ou 1649), Portugal e Cataluña e esta sozinha os Habsburgo Austriacos que pediran ajuda en 1618, e a recibiron, decidiron que eles ja tiveran bastante guerra e miraron para outro lado igual que os principes católicos alemaes, e do Papado melhor nem falar.
 

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sierra002

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« Responder #816 em: Setembro 02, 2006, 10:03:47 am »
Corvo dixo:

"Atenção. Nada me move contra os cidadãos do Estado espanhol, mas sim contra o Estado espanhol em questões como Olivença ou o direito de autodeterminação de todas as nações (ou nacionalidades) peninsulares."

¿Cuando un referundum de autodeterminaçao da naçao mirandesa e madeirense?
http://www.mirandes.net/

Ni España ni Portugal son naçones homogeneas.

Cumprimentos.
 

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« Responder #817 em: Setembro 02, 2006, 10:37:56 am »
Citação de: "sierra002"
Corvo dixo:

"Atenção. Nada me move contra os cidadãos do Estado espanhol, mas sim contra o Estado espanhol em questões como Olivença ou o direito de autodeterminação de todas as nações (ou nacionalidades) peninsulares."

¿Cuando un referundum de autodeterminaçao da naçao mirandesa e madeirense?
http://www.mirandes.net/

Ni España ni Portugal son naçones homogeneas.

Cumprimentos.


Referendo para a auto determinação de Miranda do Douro e Vimioso?
Ou está a brincar ou revela alguma falta de conhecimentos.

Alguns link úteis:

http://www.eb2-miranda-douro.rcts.pt/mi ... andes.html
http://mirandes.no.sapo.pt/
http://en.wikipedia.org/wiki/Mirandese_language

Quanto à "nação" madeirense à qual eu pertenço a realidade é outra:
 :arrow: O presidente do Governo Regional é um "pouco radical" nas suas declarações que, por vezes não refletem a opinião dos madeirenses. Aliás, nunca o ouvi a defender a independência do Arquipélago
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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sierra002

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« Responder #818 em: Setembro 02, 2006, 11:34:49 am »
Citar
Referendo para a auto determinação de Miranda do Douro e Vimioso?
Ou está a brincar ou revela alguma falta de conhecimentos.


No era más que una respuesta a Corvo que ve "la paja en el ojo ajeno y no la viga en el propio" (Es un refrán español que dice que se ven los defectos en los demás pero no en uno mismo. Yo no quiero decirle a los portugueses lo que deben hacer en su politica interna. Solo quería recorderle que si España tiene nacionalides internas, Portugal también. Los mirandeses tienen su propia lengua y cultura aunque nunca hayan tenido un estado. Cómo los vascos.
 

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Luso

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« Responder #819 em: Setembro 02, 2006, 11:40:41 am »
Sierra,

Eu e uns amigos também somos separatistas. Queremos formar o Reino de Badalhocas de Baixo e içar a nossa bandeira:



Mas tencionamos expulsar as minorias étnicas (mouros)! Nós não brincamos.

Junte esta à lista! :wink:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Bravo Two Zero

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« Responder #820 em: Setembro 02, 2006, 11:51:51 am »
Citação de: "Luso"
Sierra,

Eu e uns amigos também somos separatistas. Queremos formar o Reino de Badalhocas de Baixo e içar a nossa bandeira:



Mas tencionamos expulsar as minorias étnicas (mouros)! Nós não brincamos.

Junte esta à lista! :shock:

Apelamos a uma intervenção da ONU e FIFA :!:

Mas adiante com o tema.....
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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sierra002

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« Responder #821 em: Setembro 02, 2006, 12:18:23 pm »
Si llevan la bandera del Oporto, tendreis mis brazos para combatir y aplastar la rebelión. Soy del Benfica.
 

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JLRC

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« Responder #822 em: Setembro 02, 2006, 01:42:12 pm »
Citação de: "Luso"
Sierra,

Eu e uns amigos também somos separatistas. Queremos formar o Reino de Badalhocas de Baixo e içar a nossa bandeira:



Mas tencionamos expulsar as minorias étnicas (mouros)! Nós não brincamos.

Junte esta à lista! :lol:
 

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« Responder #823 em: Setembro 02, 2006, 02:11:50 pm »
Citação de: "sierra002"
Si llevan la bandera del Oporto, tendreis mis brazos para combatir y aplastar la rebelión. Soy del Benfica.


Eu sabia que eras um tipo porreiro!  :wink:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Corvo

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« Responder #824 em: Setembro 02, 2006, 02:32:05 pm »
Bom, o debate está a sair da temática central desta discussão que é Olivença, mas, como este é um fórum em que se discutem temáticas geopolíticas e militares, parece-me apropriado esclarecer o Carlovich, o Aponez e o sierra002 em relação a alguns factos e conceitos:

1)   A paz de Vestefália (que inclui um numeroso conjunto de tratados de paz), no que diz respeito às Províncias Unidas, significou o final da Guerra dos Trinta Anos e da Guerra dos Oitenta anos - é esta a designação porque que é conhecido o conflito entre a Espanha e a região rebelde dos Países Baixos do Norte (1568-1648). No final desta Guerra (1648) a Espanha reconhece – de jure - a perda territorial dos Países Baixos do Norte. Ora quando um tratado estabelece, no final de um conflito, a perda de um território, a potência amputada sofre uma perda territorial. Mais, a Trégua de 12 anos (1609-1621), não significou o reconhecimento de qualquer perda territorial. Este episódio significou apenas, por parte da Espanha, o reconhecimento, meramente conjuntural, que não tinha capacidade económica para continuar a suportar as exorbitantes despesas do conflito. Não foi reconhecido, por nenhuma das partes, como uma solução final para o conflito (a prova é que terminada a Trégua (1621), o conflito se reiniciou). Mesmo que fosse aceite a tese – insustentável - dos senhores Carlovich e Aponez, de que não existiu perda territorial porque ela já tinha ocorrido anteriormente (algo verdadeiramente extraordinário de se considerar quando se sabe que as operações militares no território disputado continuaram durante mais 27 anos), a tese da ausência de perdas territoriais da Espanha em Vestefália cairia por terra, pela simples evolução territorial dos Países Baixos do Norte entre 1621 e 1648. Durante este período as Províncias Unidas conquistam a Região a Sul da Zelândia e de Grave (ou seja, o que a historiografia espanhola designa como a “desembocatura del Escalda y las Regiones de la Generalidad”). A este respeito recomendo vivamente a consulta do Atlas Histórico do George Duby. Não me vão agora dizer que, como a perda territorial – de facto – aconteceu 10, 5 ou seis anos antes da assinatura do Tratado de Paz, o Tratado de Vestefália não significa qualquer perda territorial porque esta já tinha sucedido anteriormente ao Tratado. Esta nova teoria de interpretação histórica dos senhores Carlovich e Aponez, se generalizada, significaria que nunca ninguém tinha perdido território num Tratado porque o inimigo já o tinha conquistado – de facto – numa data anterior ao mesmo (mesmo que as operações militares se tivessem prolongado com conquistas e reconquistas de território durante todo o período que antecede o Tratado). Percebem o ridículo da questão?



2)   Uma coisa que me “chateia” é a descrição que a historiografia espanhola faz da evolução histórica do seu próprio país. As vitórias são exaltadas incontroladamente e as derrotas – muitas – são sempre gloriosas e descritas sempre num quadro de grande inferioridade numérica. Com uma historiografia destas, não me admira que os nossos amigos espanhóis aqui presentes tenham interiorizado a ideia que estiveram quase a ganhar a Guerra dos Trinta Anos – uma grande Guerra Religiosa – sozinhos contra toda a Europa. Não estiveram sozinhos – o ramo austríaco dos Habsburgos esteve ao lado da Espanha, assim como os Príncipes Católicos do Império e o Papado, isto para não referir outros pequenos potentados europeus – e nunca tiveram possibilidades de ganhar. Outra coisa é dizer que os aliados não foram particularmente eficazes – a mesma coisa poderia dizer a Alemanha dos Italianos na Segunda Guerra Mundial – e fiéis.

3)   Quanto à comparação “extraordinária” da situação geopolítica do esforço de manutenção da Flandres – que a Espanha fez durante dois séculos – com as situações de Goa ou de Gibraltar, considero-a completamente despropositada. Calcula Paul Kennedy, in Ascensão e Queda das Grandes Potências, que, “entre 1556 e 1654, a Espanha enviou pelo menos 218 milhões de Ducados para a Tesouraria Militar dos Países Baixos e recebeu, no mesmo período, 121 milhões de Ducados provenientes da América (Índias)”. Compare o esforço de Portugal em Goa ou da Grã-Bretanha em Gibraltar, para se aperceber que os exemplos que deu são totalmente desadequados, em termos de escala e de leitura geopolítica (que é, obviamente, muito mais complexa que a simples constatação de localizações geográficas periféricas)  

  4) Por fim, as afirmações do sierra002, são essencialmente uma tentativa, algo juvenil, deixe que lhe diga, de estabelecer um paralelismo – em jeito de vingança – entre a situação de desagregação territorial da Espanha e algumas anedotas e alucinações que encontrou na Internet. Portugal é um Estado-Nação coeso, em que não existe nenhum movimento político – com representação política nos Parlamentos nacional e insulares – ou social relevante que advogue a independência de alguma zona do seu território (não me venha com a história que não permitimos Partidos Regionais porque já os temos na prática, é o caso do açoriano PDA, que nunca conseguiu eleger um único deputado regional). O caso do Estado Espanhol é, pelo contrário, bem real. Leia o novo Estatuto da Catalunha e veja o que resta do Estado. Por todo lado da geografia do Estado espanhol existem grupos políticos, representados nos respectivos Parlamentos Regionais e até no Parlamento do Estado, que advogam explicitamente a independência política. Essas forças são mesmo maioritárias na Catalunha e em Euskadi. Se não confundir os seus desejos com a realidade, recorrendo a uma análise racional e factual, verá que a desagregação territorial da Espanha – a curto prazo – é já irreversível.