https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/ponte-de-sor-inaugura-fabrica-de-capacetes-aeronauticos-de-2-milhoes-que-voam-em-25-paisesPonte de Sor inaugura fábrica de capacetes aeronáuticos de 2 milhões que 'voam' em 25 países
A empresa investiu "cerca de dois milhões de euros" nesta unidade fabril no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, em maquinaria, mobiliário e diversas outras componentes.
Uma empresa que produz capacetes aeronáuticos civis e militares de última geração inaugurou hoje uma fábrica em Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, num investimento a rondar os 3,3 milhões de euros, com apoios comunitários.
O diretor executivo da LD Helmet, Richard Françoise, revelou que, da parte da empresa, foram investidos "cerca de dois milhões de euros" nesta unidade fabril no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, em maquinaria, mobiliário e diversas outras componentes.
Uma outra fonte da empresa explicou à agência Lusa que a fábrica está instalada num novo hangar do aeródromo construído pela Câmara de Ponte de Sor, com o apoio de fundos comunitários, que custou cerca de 1,3 milhões de euros.
Na cerimónia de inauguração oficial da unidade, realizada hoje no aeródromo municipal, o diretor executivo da LD Helmet indicou que a fábrica já está a laborar e tem "muitas encomendas", estando a produzir diariamente "entre cinco a 10 capacetes" para o setor aeronáutico.
"Estamos a 'voar' em cerca de 25 países em todo o mundo", nomeadamente com capacetes para civis, "na área da evacuação médica, porque ganhámos o maior mercado para a evacuação médica, que é o alemão", realçou.
A LD Helmets equipa também já a marinha e o exército franceses, a polícia dos Estados Unidos da América, a polícia alemã ou as guardas costeiras de Taiwan e do Japão, exemplificou, entre "muitos" outros ramos policiais ou militares "em todo o mundo" a partir de Ponte de Sor: "Podemos orgulhar-nos desse facto porque nos expandimos por todo o lado".
E, segundo Richard Françoise, "a história não está terminada" para a LD Helment, uma vez que aguarda receber "mais encomendas" para expandir o negócio.
"Já este ano vamos ser o segundo fabricante do mundo em número de capacetes no mercado aberto", ou seja, excluindo "chineses e russos", que estão "num mercado fechado, em que a Rússia vende para a China e a China vende para a Rússia".
Além de produzir capacetes, a empresa dedica-se também ao fabrico de componentes para os mesmos, como viseiras e acessórios, funcionando há mais de um ano no aeródromo alentejano, depois de passar por um período de adaptação e obtenção de licenças e certificações aeronáuticas e de recrutar e formar a equipa técnica.
Atualmente a unidade emprega 18 profissionais, com previsão de crescimento para cerca de mais de 25 colaboradores até ao final de 2026.
A curto prazo, a empresa prevê efetuar "um reforço" adicional de 500 mil euros na unidade, destinado à aquisição de mais equipamento, contratação de novos colaboradores e ações de formação especializadas.
À margem da cerimónia de inauguração, o presidente da Câmara de Ponte de Sor, Hugo Hilário, revelou aos jornalistas que o aeródromo municipal vai acolher mais dois investimentos, um na área de 'handling' para a aviação civil e outro na área da manutenção de aeronaves de grande porte e formação de técnicos de manutenção.
"O compromisso está fechado, mas falta formalizar e, sem formalizar, não quero avançar mais questões sobre isso. Em breve vamos revelar todos os pormenores ao nível da criação de postos de trabalho e investimento", limitou-se a acrescentar.
O Aeródromo Municipal de Ponte de Sor conta, nesta altura, com 15 empresas do setor aeronáutico já sediadas, que permitiram sido criar cerca de 600 postos de trabalho.