Empresas de Defesa Portuguesas

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Malagueta

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Re: Empresas de Defesa Portuguesas
« Responder #180 em: Janeiro 20, 2025, 09:51:01 am »
Caldas da Rainha: Tekever, dos drones para todo o mundo aos satélites no espaço

https://www.publico.pt/2025/01/18/tecnologia/noticia/caldas-rainha-takever-drones-mundo-satelites-espaco-2119271

Líder na área da vigilância autónoma a Tekever é conhecida por fornecer drones para a Ucrânia, mas da empresa instalada nas Caldas da Rainha saem aparelhos para vigilância de oleodutos, controle de pirataria e até componentes para satélites no espaço.

Quando foi fundada, em 2001, a Tekever "não tinha nada a ver com drones", lembra o CEO da empresa, Ricardo Mendes, um dos co-fundadores que, então, convictos de que "a computação ia ser altamente distribuída, não se ia passar apenas nos computadores", apostaram na criação de software "capaz de correr em coisas com uma capacidade de processamento de dados mais baixa.

Com o objectivo de desenvolver software que pudesse estabelecer a ligação em rede entre vários dispositivos diferentes, a Tekever começou por desenvolver sistemas para a banca, saúde, seguros e telecomunicações. Entre eles, "o primeiro sistema mobile banking, ou o primeiro sistema mobile para os colaboradores da EDP que iam fazer instalação ou leitura de contadores", exemplificou Ricardo Mendes.

"Este tipo de coisas permitiu-nos ganhar dimensão, ganhar capacidade de investimento", contou à Lusa o CEO da empresa que em 2009 avançou para a produção e operação de sistemas aéreos não tripulados (Unmanned Aerial Vehicle - UAS), mais conhecidos como drones, para os sectores da segurança e defesa.

Ao sector dominado por empresas que se focavam mais no "hardware", a Tekever trouxe, na altura "o factor determinante que é a computação, a comunicação e a inteligência artificial (IA)", aliando-o à área mecânica e da aeronáutica para começar a construir os seus próprios drones.

O papel dos drones AR3 e AR5 no apoio à guerra da Ucrânia trouxeram a Tekever para bocas do mundo, mas muito antes já a empresa que exporta 99,9% da sua produção, tinha drones a voar por todo o mundo em missões de monitorização de áreas de difícil acesso, utilizando a IA para detectar ameaças à vida humana e ao ambiente.

Entre os clientes contam-se governos, agências civis e militares e empresas privadas. O Home Office inglês e a Agência Europeia de Segurança Marítima, para a qual desenvolveram, em 2017 "o maior projecto da altura", são alguns dos exemplos destacados por Ricardo Mendes. Mas há mais.

Na América do Norte, os drones da Tekever monitorizam infra-estruturas críticas de petróleo e gás, trabalhando em paralelo com a protecção civil no combate a incêndios. No Norte de África, vigiam as águas ao largo da costa para detectar pirataria e efectuam missões de vigilância de oleodutos.

Na Europa, monitorizam o Canal da Mancha e a costa portuguesa, em colaboração com a GNR, para detectar ameaças como o tráfico de seres humanos, o contrabando de droga e a pesca ilegal. São também usados para monitorizar a vida selvagem marinha no santuário protegido de Pelagos, ao largo da costa de Itália.

Tal como os drones, a própria empresa atravessou fronteiras, abrindo em 2013 o seu primeiro escritório em Southampton, no Reino Unido, a que se juntou uma unidade de produção no Aeroporto de West Wales, em Aberporth e, mais recentemente, instalações em França.

Por cá, às instalações de Lisboa e Porto, acrescentou os centros de produção das Caldas da Rainha (onde prepara a expansão para um terceiro espaço na zona industrial) e em Ponte Sor, onde se concentra a maior parte da produção.

Actualmente, a equipa da Tekever tem mais de 800 pessoas e Ricardo Mendes estima que "deverá ultrapassar os 1000 trabalhadores até ao final de 2025", face ao crescimento da empresa cujas receitas "duplicaram em 2023 e tornaram a duplicar em 2024"

Em 2024, a massa salarial ascendeu, só em Portugal, a 25 milhões de euros e a expectativa é de que em 2025 esse valor ascenda a 40 milhões de euros.

"Na Tekever, o salário mínimo é de 1000 euros, ninguém, desde o sector da limpeza, aos escritórios ao trabalho mais especializado, ganha abaixo desse valor", afirmou, sublinhando não ser "o maior factor de atractividade da empresa que tem nos seus quadros pessoas de mais de 20 nacionalidades" e uma relação muito próxima com universidades e centros de investigação.

Além da criação de emprego, a Tekever efectuou em 2024, em Portugal, compras no valor de 12 milhões de euros e planeia gastar no país, até 2027, cerca de 100 milhões de euros.

No que toca a drones, 2025 será marcado pela estreia comercial do ARX, o primeiro drone capaz de coordenar um "enxame" de drones mais pequenos a partir de um drone maior.

O sistema está a ser desenvolvido no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e irá potenciar as capacidades de vigilância e de salvamento, combinando missões de longo alcance e de longa duração com a capacidade de observar pontos de interesse a curtas distâncias e de vários ângulos.

Para a empresa líder na Europa o desafio é agora "manter a agilidade para escalar" num sector onde a evolução tem que ser cada vez mais rápida.

A par dos drones, a Tekever está agora envolvida em três missões espaciais com a Agência Espacial Europeia (ESA). A tecnologia ISL (Inter-Satellite Link) empresa foi utilizada na primeira missão de defesa planetária da ESA, a Hera, que ajudará a determinar se um dia se poderão desviar asteróides que se dirigem para a Terra.

A tecnologia da empresa já demonstrou "com sucesso a sua resistência ao ambiente electromagnético do satélite" e, para Ricardo Mendes, o foco é agora desenvolver "redes de pequenos satélites que colaboram entre si para atingir objectivos", área em que a Tekever é a principal "fornecedora de sistemas de comunicação entre satélites da Agência Espacial Europeia e da Agência Espacial Francesa".
 
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Re: Empresas de Defesa Portuguesas
« Responder #181 em: Março 27, 2025, 02:55:56 pm »
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/defesa/detalhe/fabrica-de-municoes-do-estado-pode-custar-40-milhoes-de-euros-diz-presidente-da-idd

Infelizmente não tenho acesso à noticia paga

Fábrica de munições do Estado pode custar “40 milhões de euros”, diz presidente da IdD
Uma das prioridades de Ricardo Pinheiro Alves enquanto presidente da IdD é até ao final do ano chegar a uma conclusão e apresentar uma proposta no sentido de construir a fábrica ou não.

 

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Re: Empresas de Defesa Portuguesas
« Responder #182 em: Março 29, 2025, 04:48:25 pm »
Notícia publicada no DN/Dinheiro Vivo de hoje, 29/03.

Citar
Das fábricas portuguesas saem camiões autónomos, drones e materiais para proteção balística

O pacote de 800 mil milhões que a Comissão Europeia quer por no terreno para rearmar a Europa, através da aposta na indústria europeia, é visto como uma oportunidade de ouro para as empresas nacionais.

https://dinheirovivo.dn.pt/economia/das-f%C3%A1bricas-portuguesas-saem-cami%C3%B5es-aut%C3%B3nomos-drones-e-materiais-para-prote%C3%A7%C3%A3o-bal%C3%ADstica
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: Empresas de Defesa Portuguesas
« Responder #183 em: Março 31, 2025, 06:25:26 pm »

Land Defence Industry Day


Citar
É um dia dedicado à Defesa e uma oportunidade para conhecer os Programas do Exército, assim como a experiência de empresas nacionais com competências no contexto da Defesa e ainda de três OEM (Original Equipment Manufacturers) internacionais: General Dynamics European Land Systems, Rheinmetall e Urovesa.

Esta iniciativa é organizada pelo Exército Português, em parceria com a AICEP, IAPMEI e idD Portugal Defence, com o apoio do Cluster AED Portugal


Evento completo:

« Última modificação: Março 31, 2025, 08:14:40 pm por HSMW »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 
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Re: Empresas de Defesa Portuguesas
« Responder #184 em: Março 31, 2025, 07:40:37 pm »
Jacinto lança marca de defesa.
https://jacintodefense.com/pt/sobre-nos/
 
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Re: Empresas de Defesa Portuguesas
« Responder #185 em: Março 31, 2025, 10:24:26 pm »
Jacinto lança marca de defesa.
https://jacintodefense.com/pt/sobre-nos/

Fiquei bastante curioso com a proposta/ideia do Tudor
 

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miguelbud

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Re: Empresas de Defesa Portuguesas
« Responder #186 em: Abril 01, 2025, 09:09:52 am »
Jacinto disputa concurso de 200 milhões para produzir 800 veículos para exército argentino
https://eco.sapo.pt/2025/04/01/jacinto-disputa-concurso-de-200-milhoes-para-produzir-800-veiculos-para-exercito-argentino/
 
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Re: Empresas de Defesa Portuguesas
« Responder #187 em: Abril 01, 2025, 01:47:35 pm »
Jacinto lança marca de defesa.
https://jacintodefense.com/pt/sobre-nos/

Fiquei bastante curioso com a proposta/ideia do Tudor

Têm potencial para fazer coisas interessantes. No mercado do socorro são competitivos a nível internacional.
 

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Malagueta

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Re: Empresas de Defesa Portuguesas
« Responder #188 em: Abril 02, 2025, 01:55:18 pm »
Mais um empresa defesa que desconhecia.

https://rodasa.pt/defesa-seguranca/

A Rodasa está  capacitada para dar   o seu contributo  nos seguintes domínios:


- Recondicionamento de veículos especiais para prolongar o seu ciclo de vida;
- Modernização de veículos táticos com incorporação de novas tecnologias;
- Preparação de viaturas para missões;
- Montagem de proteções e blindagens;
- Fabrico e reparação de sistemas contentorizados móveis de campanha (solução versátil para apoio a bases militares);
- Reparação de (shelters) sistemas de comunicações móveis;
- Produção de subcomponentes industriais para o Setor da Defesa, em parceria com empresas locais;
- Fornecimento e assistência técnica de cisternas homologadas, rebaixadas e preparadas para o armazenamento, transporte e reabastecimento de combustiveis em operações militares;
- Concepção, desenvolvimento e fabrico de postos de comando e gestão operacional;
 

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Malagueta

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Re: Empresas de Defesa Portuguesas
« Responder #189 em: Abril 02, 2025, 02:12:45 pm »
https://www.dn.pt/economia/ind%C3%BAstrias-de-defesa-valem-16-do-pib-mais-do-que-a-autoeuropa

Citar
Indústrias de defesa valem 1,6% do PIB, mais do que a Autoeuropa
Nuno Melo defende que as indústrias de defesa podem ter um papel "fundamental no fortalecimento da economia". Vê também "inúmeras oportunidades" para as empresas portuguesas neste setor.

"Os indicadores recentes mostram que as indústrias de defesa já representam mais de 1,6% do PIB (Produto Interno Bruto) e, por isso, mais do que o peso da Autoeuropa na economia que, em 2024, foi de 1,4%", disse esta segunda-feira Nuno Melo, ministro da Defesa, na sessão de encerramento da conferência Land Defence Industry Day, uma iniciativa do Exército português, que decorreu em V.N. de Gaia.

Na ocasião, Nuno Melo defendeu que "as indústrias de defesa podem ter um papel estratégico cada vez maior na mobilização das Forças Armadas e no fortalecimento da economia do país". Como recordou, as indústrias de defesa agregam cerca de 380 empresas, que garantem perto de 40 mil postos de trabalho. Assumem também "o dobro dos salários em comparação com a economia geral, investem muito mais em investigação e no desenvolvimento e mostram-se também mais produtivos", sublinhou.

Segundo Nuno Melo, o objetivo do governo em funções é o da criação de um ecossistema que promova a autonomia estratégica do Estado e potencie a economia nacional, promovendo a inovação e o desenvolvimento tecnológico. "Nós acreditamos que o setor privado da economia têm inúmeras oportunidades na defesa nacional", disse ainda.

O ministro relevou também que "uma equipa conjunta do Ministério da Defesa Nacional e do Ministério da Economia está a ver as regras da contratação pública", uma questão que "consideramos absolutamente fundamental". Para Nuno Melo, "as leis não podem dificultar de forma absurda o acesso das nossas empresas à contratação". E acrescentou: "O que acontece em Portugal estará , em vários casos, nas leis. Se as leis não servem, mudam-se as leis".

Segundo Nuno Melo, o objetivo é "criar uma verdadeira via verde para a contratação pública em Portugal, em que as coisas fluam, em que os processos sejam excelentes, em que a litigância seja reduzida, em que as empresas tenham oportunidades".

https://www.dn.pt/economia/empresas-portuguesas-a-postos-para-produzir-para-o-setor-da-defesa

Citar
Empresas portuguesas a postos para produzir para o setor da defesa
Indústrias nacionais querem ter uma palavra no processo de rearmamento da Europa. Afirmam ter conhecimento, experiência e capacidade produtiva

Portugal necessita de mais investimento no setor da defesa e terá de recorrer à compra externa de equipamentos, mas também à capacidade do tecido industrial nacional. "Temos de ter uma defesa aérea robusta, temos de ter helicópteros multiusos com múltiplas capacidades, temos de garantir o esforço da defesa terrestre nos nossos arquipélagos, temos de ter capacidade ao nível da emergência, temos de ter capacidade na área de ciberdefesa, etc", sublinhou esta segunda-feira o Coronel António Oliveira, chefe da Divisão de Planeamento Militar Terrestre do Estado Maior do Exército, na conferência Land Defense Industry, que está a decorrer em Vila Nova de Gaia.

Empresas portuguesas das áreas da metalomecânica, dos materiais compósitos avançados e de soluções tecnológicas em defesa e segurança estão a postos para dar resposta às necessidades do país, numa altura em que a União Europeia determinou a urgência do rearmamento dos países-membros. A. Silva Matos, Beyond Composites, Optimal Defence e Promecel são exemplos disso. Estas empresas participaram no painel "Veículos terrestres e sistemas de defesa", numa oportunidade de darem a conhecer o que fazem e o que podem aportar ao processo de forte investimento que se avizinha para os próximos anos.

A metalomecânica A. Silva Matos, que já ganhou um projeto para o CERN – Centro Europeu para a Investigação Nuclear, está disposta a ser uma parceira industrial no setor da defesa na área das soluções em aço e também a firmar parcerias com empresas de atividades complementares à sua, revelou Pedro Pinheiro, administrador da empresa de Sever do Vouga, no painel da conferência "Veículos terrestres e sistemas de defesa".

Segundo Pedro Pinheiro, a A. Silva Matos conta no seu portfólio com projetos desenvolvidos para a indústria de defesa, estando inclusive acreditada pela NATO, para os setores do petróleo & gás, e química e petroquímica, entre outros. A metalomecânica portuguesa tem apostado no desenvolvimento de produtos inovadores, de que é exemplo o Turtle, um veículo preparado para imergir nos mares até quatro mil metros de profundidade. Como frisou o responsável, "são construções de metalomecânica que podem facilmente ser adaptadas a outros fins".

A Beyond Composite, especializada no desenvolvimento de materiais compósitos avançados, tem uma área de negócio dedicada à defesa, com foco na proteção balística de pessoas e bens. No evento, Fernando Cunha, CEO da empresa que recentemente foi adquirida pelo grupo Sonae, sublinhou que uma das contribuições mais relevantes da Beyond Composites é "a redução do peso das viaturas, que permite aumentar a mobilidade desses veículos". Numa encomenda para o Banco Central Europeu, a empresa conseguiu reduzir em 57% o peso dos veículos de alta segurança, frisou Fernando Cunha. Como adiantou, "trabalhamos diretamente com o cliente e de acordo com as suas necessidades". A Beyond Composites, que fornece também equipamentos de proteção individual, está prestes a fechar um contrato para distribuição de material balístico na América Latina e está também a trabalhar para os mercados dos Estados Unidos e Canadá.

Por sua vez, a portuguesa Optimal Defence já garantiu 16 licenças das 21 categorias da lista militar comum. Como sublinha Filipe Duarte, CEO da empresa especializada no desenvolvimento de software, controlo autónomo de navios e produção de sensores, "o futuro da defesa não pode depender só dos outros". A Optimal Defense está preparada para desenvolver projetos ao nível da desminagem e descontaminação, entre outros. A empresa está já a trabalhar para a Agência Europeia de Defesa e para a NATO. "Não produzimos só software e sistemas", realça Filipe Duarte.

Também a metalomecânica Promecel quer ter uma palavra neste processo de rearmamento da Europa. A empresa tem agora uma nova fábrica e capacidade de expansão para responder a um potencial crescimento da atividade. Segundo José Manuel Silva, diretor da Promecel, a empresa "está preparada para chegar a todos os ramos do setor da defesa". Maquinação de componentes de alta precisão, fundição, estampagem e galvanoplastia são as suas áreas de especialização.
« Última modificação: Abril 02, 2025, 02:17:41 pm por Malagueta »
 
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Re: Empresas de Defesa Portuguesas
« Responder #190 em: Abril 03, 2025, 04:22:01 pm »
Os fornecedores e subcontratados portugueses  das Urovesa ( construtora do uro vamtac st5)

Subcontratadas

EID -  sistemas de comunicação e informação.  Amplamente conhecida aqui no fórum


Rodasa

Now-how assente numa experiência de mais de 70 anos dedicada à prestação de serviços de assistência técnica, na manutenção, reparação e restauração geral de frotas de veículos ligeiros e pesados multimarcas.

s Forças de Segurança
nos veículos especiais, incluindo modelos de alta performance para intervenções rápidas;
nos veículos blindados para operações de controlo de distúrbios e situações de alto risco;
nos veículos para patrulhamento, intervenção e operações especiais;

às Forças Militares
nos veículos táticos blindados de rodados, com alta mobilidade, utilizados para transporte de tropas, reconhecimento e combate.
nos veículos táticos ligeiros de rodados, com a tipologia de ambulância e comunicações, utilizados em operações especiais;
nos veículos táticos blindados de lagartas, para combate, com elevada capacidade de fogo;

A Jacinto Defense
 é uma referência na engenharia e fabricação de veículos especializados para defesa e segurança nacional. Com um compromisso inabalável com a inovação, desenvolvemos soluções robustas e tecnologicamente avançadas para apoiar forças de segurança e operações militares em cenários exigentes.

Somos uma ramificação da Jacinto, empresa de renome no fabrico de veículos de bombeiros, e aplicamos essa experiência no desenvolvimento de viaturas que garantem proteção, resistência e desempenho superior.

Parceiro tecnológico

LTA

Laboratório de Tecnologia Automóvel - O Laboratório surge para dar resposta a diferentes necessidades, principalmente as do mercado automóvel interno. Neste sentido o LTA encontra-se acreditado em alguns serviços e em contínua fase de acreditação, condição essencial para o seu reconhecimento por parte do Instituto de Mobilidade e dos Transportes e das Entidades Homólogas Europeias.


Fornecedores

Beyond Composite

Empresa especializada no desenvolvimento e produção de materiais compósitos avançados, que gera 90% da sua faturação nos mercados internacionais. ( recetemente comprada pelo grupo sonae )

Sunviauto | Indústria de Componentes de Automóveis

"Empresa industrial com desenvolvimento de produto e processo, fornecedora de bancos e componentes metálicos, principalmente, para o setor dos transportes, incluindo indústria automóvel, indústria ferroviária, autocarros e outros."

A ROSC Cablagens, lda

 é uma empresa sediada em Vila Nova de Gaia que conta com quase uma década de experiência no sector de cablagens na área dos transportes e mobilidade sustentável.
 

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Re: Empresas de Defesa Portuguesas
« Responder #191 em: Abril 03, 2025, 05:33:43 pm »
https://www.dn.pt/economia/alf%C3%A2ndegas-travam-exporta%C3%A7%C3%B5esde-drones-portugueses

Alfândegas travam exportações de drones portugueses

Portugal já dá cartas no fabrico de drones para as Forças Armadas. Há até uma empresa nacional a fornecer a Ucrânia desde o início da guerra.

A Beyond Vision, fabricante portuguesa de drones, tem enfrentado muitas barreiras na exportação, que vale 95% das suas receitas. "Uma das maiores dificuldades são as questões com as alfândegas portuguesas", disse esta segunda-feira Pedro Lousã, responsável pelas operações e pelo departamento de eletrónica da empresa, na conferência Land Defence Industry Day, evento promovido pelo Exército e que decorreu em V. N. de Gaia. "Serviço muito lento, completamente imprevisível e ineficaz que nos tem feito perder eventos e negócios", frisou. Pedro Lousã revelou que não conseguiu levar um drone policial a uma feira no Brasil, tendo a empresa sido obrigada a promover o produto com o stand vazio. A Beyond Vision tem ganho concursos para o fornecimento de drones da Marinha e do Exército português.

A Tekever é outro exemplo de uma fabricante portuguesa de drones que trabalha para o setor da defesa nacional, e também para mercados externos. Segundo Pedro Petiz, diretor da empresa, "Portugal já é conhecido como centro de excelência" neste setor. A Tekever tem na Ucrânia o seu maior mercado na defesa. E esta ligação permitiu à empresa implementar, nestes últimos dois anos e meio, mais de 100 micro evoluções nos drones que fornece à Ucrânia. Como frisou no âmbito do painel "Sistemas não tripulados, OEM [Original Equipment Manufactures]", a Tekever tem conseguido acompanhar o cliente na linha da frente e isso tem permitido atualizar o equipamento de acordo com as necessidades no terreno.

Já a Atlos, marca do grupo CME de veículos autónomos industriais, ainda não fechou nenhum contrato com as Forças Armadas portuguesas, mas acredita ter um papel a desempenhar no setor da defesa. Como disse André Pardal, responsável da Atlos, "achamos que a nossa tecnologia pode servir o Exército português". A título de exemplo refira-se que a Atlos forneceu veículos autónomos, 100% elétricos, à Continental Mabor. Estas soluções podem transportar cargas de 30 toneladas. Como frisou o responsável, este sistema de transporte é "relevante numa altura em que a mão de obra é escassa". O veículo cumpre a missão atribuída sem qualquer intervenção humana.

A UAVision já fornece a Marinha, a Força Aérea e, mais recentemente, o Exército. Nuno Simões, CEO da empresa, sublinhou que estes fornecimentos "têm sido uma mais valia para o desenvolvimento de produtos". Segundo adiantou, a empresa ganhou o desenvolvimento de um drone aéreo para Itália "dada a experiência com as Forças Armadas". Para este responsável, Portugal tem uma indústria muito vocacionada para o fabrico de peças e componentes e precisa de começar a fazer sistemas, para atingir uma verdadeira supremacia tecnológica.
 

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Re: Empresas de Defesa Portuguesas
« Responder #192 em: Abril 22, 2025, 02:35:07 pm »
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/tecnologias/detalhe/protecao-balistica-da-sonae-capital-industrials-chega-ao-brasil

A Beyond Composite, que foi recentemente adquirida pela “holding” da família Azevedo, abre as portas da América Latina para fornecer a sua tecnologia de proteção balística para aplicação em veículos militares, helicópteros, drones, lanchas e navios, assim como nos soldados.

Meia dúzia de semanas depois de ter anunciado a compra de uma participação maioritária na Beyond Composite, a Sonae Capital industrials (SC Industrials) avança que a sua especialista no desenvolvimento e produção de materiais compósitos avançados firmou uma parceria com um colosso industrial brasileiro para a disponibilização da sua tecnologia "made in" Vila Nova de Gaia de proteção balística Compactshield no Brasil.


...
Meia dúzia de semanas depois de ter anunciado a compra de uma participação maioritária na Beyond Composite, a Sonae Capital industrials (SC Industrials) avança que a sua especialista no desenvolvimento e produção de materiais compósitos avançados firmou uma parceria com um colosso industrial brasileiro para a disponibilização da sua tecnologia "made in" Vila Nova de Gaia de proteção balística Compactshield no Brasil.

A parceria com a brasileira Protecta "vai permitir acelerar o crescimento e internacionalização da Beyond Composite, prevendo a possibilidade de abordar outros mercados da América Latina", revela a empresa portuguesa, esta terça-feira, 22 de abril, em comunicado.

A Protecta é uma empresa estratégica de Defesa no Brasil, que se apresenta como líder de mercado no segmento de coletes balísticos, ocupando um lugar de destaque no de blindagem de veículos, por exemplo.

"Esta parceria é um reconhecimento do trabalho de investigação e desenvolvimento realizado pela equipa da Beyond Composite, que nos permitiu criar uma tecnologia inovadora de proteção de pessoas e bens. A Protecta vai abrir-nos as portas o mercado brasileiro, levando a nossa solução de defesa e proteção Compactshield a um número crescente de pessoas e bens", enfatiza Fernando Cunha.

 

No âmbito da parceria, a Beyond Composite vai fornecer a sua tecnologia de proteção balística para aplicação em plataformas terrestres (veículos militares), aéreas (helicópteros e drones) e marítimas (lanchas e navios).

 

"O acordo prevê também a proteção pessoal dos soldados, prevendo-se o desenvolvimento de placas para coletes balísticos, capacetes e escudos", detalha a empresa.

A Beyond Composite, que emprega atualmente "mais de duas dezenas de colaboradores e integra uma equipa de investigação e desenvolvimento composta por profissionais altamente qualificados", fechou o último exercício com uma faturação "superior a um milhão de euros", tendo os mercados internacionais gerado "mais de 90%" das suas receitas.

A SC Industrials, que agrega os ativos industriais das antigas Sonae Capital e Sonae Indústria, é detida pela Efanor, "holding" da família de Belmiro de Azevedo.