Russia invade Geórgia

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papatango

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« Responder #420 em: Agosto 29, 2008, 01:34:15 am »
Senhor JLRC, considero as suas afirmações uma ofensa pessoal.

Lembro-lhe que o seu hábito de insultar as pessoas e de criticar as pessoas em vez de criticar as ideias delas levou a que alguns dos seus posts fossem removidos.
Isso voltará a acontecer, com quem mostrar não ter capacidade para se comportar como adulto e insistir em comportar-se como uma criança mimada a quem os pais deram um açoite.

Se tem alguma coisa a acrescentar ao tema faça-o. Ninca ninguém aqui foi impedido de ter uma opinião, quando a apresenta de forma razoável e estruturada.

Não comece novamente com choradeiras, que já estamos fartos. Enquanto me for dado esse direito, continuarei a agir de forma a que isto não se transforme numa selva, onde todos têm o direito de atacar todos.

Respeite se quer ser respeitado.

Prossigamos com o tema...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
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oultimoespiao

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« Responder #421 em: Agosto 29, 2008, 01:41:00 am »
Sr. papatango comprendo o seu ponto e sei que voce tem certas responsabilidades, e se confiarao em si para desempenhar essas responsabilidades aceito as suas accoes (tambem ja apagou algumas minhas)!

O pior que tenho visto neste topico e a falta de honestidade intelectual de alguns membros! De resto nao tenho nada a dizer sobre a sua forma de supervisao!
 

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papatango

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« Responder #422 em: Agosto 29, 2008, 01:46:50 am »
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In fact, Russia's sometime-allies failed to back the Kremlin. No other country has recognized the independent Georgian breakaway regions Abkhazia and South Ossetia, which Moscow recognized on Monday. Today's final statement from the Shanghai group expressed grave concern over the conflict and urged all sides to solve the standoff through dialogue.

A China mandou a Russia resolver as questões através do dialogo.
O dialogo da Rússia, tem sido o dialogo to T-72 ... :mrgreen:

É um nó cego do ponto de vista da diplomacia.

E isto vem confirmar o que eu disse anteriormente. A Rússia abandonou a Sérvia. O reconhecimento da independência da Abkhazia, acabou por servir como sinal à Sérvia, de que já não conta com o apoio russo.

De qualquer forma o novo governo Sérvio foi claro quanto às suas opções, quando entregou o Radovan Karadzic. A partir do momento em que a Rússia não tem mais um compromisso com a Sérvia e deu a Sérvia perdida como aliado, passou à acção.

O mais engraçado, é que num dia em que alguns países próximos da Rússia se recusaram apoiar a decisão de Moscovo, o Medvedev apareça na TV russa a cantar vitória e a dizer que tem apoios internacionais.
(ter a TV completamente censurada dá jeito).

Mas acho que não deve haver grande problema, porque pelo menos o voto do Hugo Chavez ele vai ter...  :twisted:
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JLRC

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« Responder #423 em: Agosto 29, 2008, 01:57:00 am »
Citação de: "papatango"
Senhor JLRC, considero as suas afirmações uma ofensa pessoal.

Lembro-lhe que o seu hábito de insultar as pessoas e de criticar as pessoas em vez de criticar as ideias delas levou a que alguns dos seus posts fossem removidos.


Estranho. Sente-se insultado por citar as suas próprias palavras? Quem costuma insultar as pessoas tentando intimidá-las (atitude antidemocrática, tal como a censura) é o senhor. Não costumo vir com choradeiras, deve-se estar a ver ao espelho, limito-me a desmacarar as atitudes irresponsáveis e desestabilizadoras da parte de quem devia moderar em vez de desestabilizar. Se não gosta de ser desmascarado então mude de prática. Repito, lembre-se das suas palavras e ponha-as em prática.
 

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JLRC

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« Responder #424 em: Agosto 29, 2008, 02:10:19 am »
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Citação:
Energy Dependence on Russia

Europe is hungry for energy. In 2006, the 25 EU members consumed 1,722.8 million tons of oil equivalent (mtoe). Nearly two-thirds came from hydrocarbons: 706.3 million tons of oil (14.9 million barrels per day) and 420.6 mtoe (476.4 billion cubic meters) of natural gas. The remain­ing 34.6 percent came from coal, nuclear, and renewable sources.[5]

EU energy security already depends heavily on Russia. The EU imports almost half of its natural gas and 30 percent of its oil from Russia.[6] Eastern Europe consumes even higher percentages of Rus­sian gas. Table 1 shows the major European recipi­ents of Russian natural gas exports, ranked from most dependent to least dependent.

In 2006, oil imports from Russia and Central Asia reached 5.9 million barrels per day (290.8 mil­lion tons). Russia also supplied some 132 billion cubic meters (bcm) of natural gas.[7] Rising demand indicates that Europe's dependence on Russian energy will continue to grow.

Russia has the largest proven natural gas reserves (1,688 trillion cubic feet) and the seventh-largest proven oil reserves (60.0 billion to 74.4 bil­lion barrels) in the world,[8] and large areas of east­ern Siberia and the Arctic are still unexplored. Total Russian net oil exports reached 7 million barrels per day in 2006.[9] Chart 1 and Chart 2 show the current and projected increased levels of Russian oil and gas exports.

Russian Energy Strategy and Tactics

Russia's energy strategy seeks to make Europe increasingly dependent on Russian oil and gas. The Kremlin has advanced this strategy through a series of policies. It creates dependency by locking in demand with energy importers, consolidating the supply of oil and gas by signing long-term contracts with Central Asian energy producers, and securing control of strategic energy infrastructure in Europe and Eurasia. This includes extending the Gazprom monopoly and attempting to create an OPEC-style gas cartel.[10] At the August 2007 summit of the Shanghai Cooperation Organization, the presidents of Kazakhstan and Russia called for establishment of an "Asian energy club" to expand energy ties among the member states, including creation of a unified energy infrastructure to serve as the basis for a common energy market.[11]

Locking in Demand. Russia is attempting to lock in demand by signing long-term bilateral and multilateral contracts with European countries. Moscow prefers to deal with the EU member states separately rather than as a group so that Russia can price-discriminate among its customers, charg­ing each country as close to its full paying poten­tial as possible.

Gazprom has negotiated long-term supply con­tracts with most Western European countries, including France, Germany, Italy, and Austria. Rus­sia has contracted for portions of Central and East­ern European demand that are much greater than that of Western Europe. Newer EU members, such as Slovakia, Bulgaria, and the Czech Republic, are almost entirely dependent on Russian gas.




« Última modificação: Agosto 29, 2008, 02:24:22 am por JLRC »
 

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JLRC

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« Responder #425 em: Agosto 29, 2008, 02:16:28 am »
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27/08/2008
Tanques da Geórgia contra adolescentes da Ossétia: a história da resistência de Tskhinvali

Uwe Klussmann
Em Tskhinvali, Geórgia

Quando as forças georgianas avançaram para a capital da Ossétia do Sul, Tskhinvali, no dia 7 de agosto, elas subestimaram a determinação da resistência dos ossetianos. Jovens abriram fogo com Kalashnikovs e adolescentes jogaram bombas de petróleo contra os tanques. O regime local patrocinado pelos russos saiu triunfante.

Qualquer um que queira saber o valor da palavra do presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, basta olhar para a capital da Ossétia do Sul. O aposentado Wachtang Babeyev ainda fala um pouco do georgiano que aprendeu em tempos soviéticos, quando os ossetianos e georgianos viviam juntos em paz, apesar das tensões. Na tarde do dia 7 de agosto, o carpinteiro aposentado estava sentado em seu apartamento na rua Karl Marx assistindo um discurso de Saakashvilli na televisão. As palavras do presidente fizeram-no se sentir esperançoso.

Saakashvilli estava na capital da Geórgia, Tbilisi, e disse que tinha "dado a ordem muito dolorosa de não reagir com fogo" se os ossetianos do sul atirassem contra as forças de segurança da Geórgia. Ele terminou seu discurso com um apelo: "Vamos deter a espiral de medo. Dar uma chance à paz e ao diálogo". Poucas horas depois, Babeyev estava prestes a cozinhar seu jantar quando bombas começar a cair em torno de seu prédio. Ele fugiu para o porão de um bloco ao lado com nove vizinhos. Foi uma noite em branco, assustadora. Horas de bombardeio de artilharia reduziram os prédios a ruínas, destruíram carros e transformaram os jardins em buracos.

Na manhã seguinte, aviões de guerra da Geórgia lançaram bombas para terminar a destruição. Então, os tanques chegaram para "restaurar a ordem constitucional", como disse Saakashvilli - uma ordem que nunca existiu na Ossétia do Sul. Quando a URSS foi dissolvida, três Estados de fato emergiram no território da antiga república soviética da Geórgia: Ossétia do Sul, Abkházia e a nova Geórgia, que conseguiu entrar para a Organização das Nações Unidas com as fronteiras antigas traçadas por Stálin.

Desejo de autonomia
Os ossetianos do sul não conseguem entender as pessoas que os chamam de "separatistas". Eles dizem que nunca romperam com a Geórgia porque nunca se uniram ao novo país quando foi formado após o colapso da URSS. É impossível encontrar qualquer um nesta parte do mundo que imagine seriamente o território como parte da Geórgia no futuro. O que o mundo está rotulando como "separatismo" de fato é o desejo de autonomia de um povo pequeno que foi dividido contra seus desejos.

Nos tempos soviéticos, a Ossétia do Norte - hoje parte da federação russa - e a Ossétia do Sul eram divididas apenas por uma linha administrativa invisível. Desde 1992, contudo, uma fronteira nacional passou a separar irmãos, irmãs, pais e filhos. Tentativas violentas de nacionalistas georgianos de suprimir os ossetianos do sul levaram o povo da montanha a se refugiar dentro de uma república não reconhecida, como se fosse uma trincheira.

Um cessar-fogo foi firmado com a Geórgia em 1992 e trouxe as forças de paz russas para o país, por um pedido tanto dos ossetianos quanto do georgianos. O cessar-fogo durou 12 anos, até que Saakashvilli chegou ao poder em 2004. Assim que foi eleito com uma votação suspeita de 96% e com as bênçãos de Washington, ele começou a fazer discursos calorosos sobre "separatistas criminosos". Um primeiro ataque militar das tropas georgianas fracassou em agosto de 2004 devido à forte resistência da Ossétia do Sul e porque os EUA, diferentemente de hoje, detiveram a aventura de Saakashvilli.

Os invasores que avançaram para a cidade destruída de Tskinvhali na manhã do dia 8 de agosto em jipes americanos vestiam uniformes e capacetes feitos nos EUA. Muitos deles foram treinados por oficiais americanos ou serviram no Iraque ao lado dos americanos.

Eles rapidamente compreenderam que não estavam enfrentando apenas "meia dúzia de separatistas", como tinha alegado Saakashvili. A atitude dos jovens da Ossétia do Sul pode ser resumida pelo que disse a estudante Julia Beteyeva, da Universidade de Tskhinvali, ao Spiegel, em junho de 2004: "Só poderão tirar nossa república nos matando."

Defensores adolescentes
No dia 8 de agosto, grupos de jovens ossetianos, alguns deles com apenas 16 anos de idade, atacaram os tanques georgianos com bombas de petróleo. Os rapazes pegaram rifles Kalashnikovs em arsenais escondidos e combateram os georgianos em grupos ou sozinhos. Ao meio-dia, Alan Ulmbegov, 34, filho de um oficial soviético nascido na cidade de Meiningen no Leste alemão, viu as tropas georgianas chegando. Ele pegou seu rifle em um armário. Sua mãe implorou para que ele não fosse. "Eu quero proteger nosso povo", respondeu e partiu para a batalha. Lemas como "Jovens da Ossétia pela liberdade" e "Vergonha da Geórgia e de seus defensores como o traidor Sanakoyev" tinham sido pintados nos muros da cidade destruída.

Dmitry Sanakoyev, ex-primeiro-ministro da Ossétia do Sul, foi instalado por Saaskashvili como diretor de um governo para a região, que tinha o título inadvertidamente preciso de "Governo Provisório da Ossétia do Sul", e consistia de meia dúzia de aldeias georgianas no território da Ossétia do Sul. Desde então, estas foram destruídas pelo exército russo e pilhadas pelos ossetianos do sul. Grande parte da minoria georgiana fugiu. Sanakoyev era um "empresário" duvidoso, com dívidas nos jogos, uma presa fácil dos estrategistas de Tbilisi. Em julho mesmo, a secretária de Estado americana Condoleezza Rice apertou as mãos de Sanakoyev como se Washington ainda tivesse grandes planos para ele.

Desde a batalha de Tskhinvali, o poder na Ossétia do Sul está nas mãos do presidente Eduard Kokoity. Ele tem um sorriso malandro que talvez tenha adquirido durante os selvagens anos 90, quando o lutador fez fortuna em contratos questionáveis. Seu orçamento não é especialmente transparente e provavelmente consiste mais de transferências russas do que de pobres receitas fiscais locais. Suas forças militares são constituídas de uma milícia que acaba de derrotar os aliados dos EUA.

Os combatentes de Kokoity participaram de um comício na Praça do Teatro, no centro de Tskhinvali. Alguns usavam preto; um segurava uma granada de mão como se fosse uma bola de tênis. Muitos tinham barba e amplos ombros. Um deles usava chinelo e abraçava sua namorada. Eles são a geração de ossetianos do sul que nem falam georgiano, muito menos se sentem georgianos.

"Genocídio contra o pequeno povo ossetiano"
Kokoity, que não é grande orador, descreve a cidade provinciana de 30 mil habitantes como "Stalingrado do Cáucaso". Suas palavras ecoam em torno dos prédios destruídos por bombas do centro de Tskhinvali enquanto grita contra "O regime sangrento da Geórgia" que cometeu um "genocídio contra o pequeno povo ossetiano". Para amainar o sentimento de ódio, ele acrescenta: "Não estamos combatendo o povo georgiano".

Kokoity quer se unir ao palco diplomático internacional. Ele pede à Rússia que reconheça a Ossétia do Sul. Com a maior parte dos ossetianos do sul, Kokoity é cidadão russo. Quando ele fala de independência, ele quer dizer a unificação com a Ossétia do Norte e toda a Rússia. Antes da guerra, ele tinha distribuído cartazes pela região declarando: "A Ossétia é indivisível".

Hoje, Georgi Bagayev, 70, não está muito preocupado com a situação do governo. Quando ele abre a porta que até o dia 7 de agosto conectava sua cozinha com a sala de estar, ele vê uma pilha de destroços.

Uma bomba destruiu a parede externa, e a sala está cheia de destroços e roupas, além de uma foto de sua neta de cinco meses, Alana. A menina sobreviveu ao ataque em sua cidade natal. Ela foi evacuada para segurança da Ossétia do Norte pouco antes do início da guerra.

Tradução: Deborah Weinberg

Visite o site do Der Spiegel
 

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JLRC

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« Responder #426 em: Agosto 29, 2008, 02:28:38 am »
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Guerra e Paz

A guerra na Geórgia não é uma guerra antiga, pelo contrário, é um anúncio do futuro. A Rússia foi a grande perdedora da década de 90 e, ao contrário do que diz o senso comum, será a grande questionadora da nova ordem mundial, qualquer que ela seja, até que lhe devolvam - ou ela retome - o seu velho território.

José Luís Fiori

“A guerra nunca deflagra subitamente: a sua extensão não é obra de um instante”.
Carl Von Clausewitz, Da Guerra, Martins Fontes, São Paulo 1979 [1832] p: 77

Os fatos mais recentes, e importantes, são conhecidos. No mês de abril de 2008, a última reunião de cúpula da OTAN, na cidade de Bucareste, reconheceu a aspiração da Geórgia de participar da aliança militar liderada pelos EUA, apesar da resistência alemã, e da oposição explícita do governo russo. E no dia 11 de julho de 2008, aviões da Força Aérea Russa sobrevoaram o território da Ossitéia do Sul, na véspera da vista à Geórgia, da secretária de estado norte-americana Condollezza Rice, para inaugurar, no dia 15 de julho, à operação “Resposta Imediata 2008”: um exercício militar conjunto do exército norte-americano, com as tropas da Geórgia, Ucrânia, Armênia e Azerbaijão, realizado na Base Aérea de Vaziani, que havia pertencido à Força Aérea Russa, até 2001. Logo em seguida, no dia 8 de agosto de 2008, as Forças Armadas da Geórgia atacaram a província da Ossétia do Sul, e conquistaram sua capital, Tskhinvali.

Não está claro por que a Geórgia atacou a Ossétia do Sul, exatamente no dia da inauguração das Olimpíadas chinesas. Mas não há dúvida que a grande surpresa dos governos envolvidos nesta história, foi a rapidez, extensão e eficácia da resposta russa, que em poucas horas, cercou, dividiu e atacou - por terra, mar e ar - o território da Geórgia, numa demonstração contundente, de decisão política, organização militar, e poder de conquista. Tudo feito com tamanha rapidez e agilidade que deixou os governos “ocidentais”, perplexos, divididos e impotentes, obrigados a acompanhar os desdobramentos da ofensiva russa, hora a hora, através de fatos consumados, sem conseguir saber ou poder antecipar o seu objetivo final.

Logo depois da Segunda Guerra Mundial, Hans Morgenthau, pai da teoria política internacional norte-americana, formulou uma tese muito simples e clássica, sobre a origem das guerras. Segundo Morghentau: “a permanência do status de subordinação dos países derrotados numa guerra, pode facilmente produzir a vontade destes países desfazerem a derrota e jogarem por terra o novo status quo internacional criado pelos vitoriosos, retomando seu antigo lugar na hierarquia do poder mundial. Ou seja, a política imperialista dos países vitoriosos tende a provocar uma política imperialista igual e contrária da parte dos derrotados. E se o derrotado não tiver sido arruinado para sempre, ele quererá retomar os territórios que perdeu, e se possível, ganhar ainda mais do que perdeu, na última guerra” .

Em 1991, depois do fim da Guerra Fria, não houve um Acordo de Paz, que estabelecesse as perdas da URSS, e que definisse claramente as regras da nova ordem mundial, imposta pelos vitoriosos, como havia acontecido no fim da Primeira e da Segunda Guerras Mundiais. De fato, a URSS não foi atacada, seu exército não foi destruído e seus governantes não foram punidos, mas durante toda a década de 90, os EUA e a UE apoiaram a autonomia dos países da antiga zona de influencia soviética, e promoveram ativamente o desmembramento do território russo. Começando pela Letônia, Estônia e Lituania, e seguindo pela Ucrânia, a Bielorússia, os Bálcãs, o Cáucaso e os países da Ásia Central.

Neste período, os EUA também lideraram a expansão da OTAN, na direção do leste, contra a opinião de alguns países europeus. E mais recentemente, os EUA e a UE apoiaram a independência do Kosovo, aceleraram a instalação do seu “escudo anti-mísseis”, na Europa Central, e estão armando e treinando as forças armadas da Ucrânia, da Geórgia e dos países da Ásia Central, sem levar em conta que a maior parte destes países pertenceu ao território russo, durante os últimos três séculos. Em 1890, o Império Russo, construído no século XVIII, por Pedro o Grande e Catarina II, tinha 22.400.000 Km2 e 130 milhões de habitantes. Era o segundo maior império contíguo da história da humanidade, e era uma da cinco maiores potencias da Europa.

No século XX, durante o período soviético, o território russo se manteve do mesmo tamanho, a população chegou a 300 milhões de habitantes, e a Rússia se transformou na segunda maior potência militar e econômica do mundo. Pois bem, hoje a Rússia tem 17.075.200 km 2 e apenas 152 milhões de habitantes, ou seja, em apenas uma década, a década de 1990, a Rússia perdeu cerca de 5 .000.000 km2 , e cerca de 140 milhões de habitantes.

A maior parte dos analistas internacionais que se dedicam a prever o futuro se esquecem – em geral - que os grandes vitoriosos de 1991, não foram apenas os EUA, foram os EUA, a Alemanha e a China. Numa virada histórica onde só houve um grande derrotado, a URSS, cuja destruição trouxe de volta ao cenário internacional, uma Rússia mutilada e ressentida. A Alemanha e a China ainda tomarão muitos anos para “digerir” os novos territórios e zonas de influência que conquistaram, nas últimas décadas, na Europa Central e no Sudeste Asiático. Enquanto isto, o desaparecimento da União Soviética colocou a Rússia na condição de uma potência derrotada, que perdeu um quarto do seu território, e metade de sua população, mas que ainda mantém de pé o seu armamento atômico, e o seu potencial militar e econômico, junto com uma decisão cada vez mais explícita “de desfazer a derrota, e jogar por terra o novo status quo internacional criado pelos vitoriosos (em 1991), retomando seu lugar na hierarquia do poder mundial”.

Por isto, neste início do século XXI, a Rússia é um desafio e uma incógnita, para os dirigentes de Bruxelas e de Washington e para os comandantes militares da OTAN. Quando na verdade, o mistério não é tão grande, e se Hans Morghentau estiver com a razão, se trata de um segredo de Polichinelo: a Rússia foi a grande perdedora da década de 90, e ao contrário do que diz o senso comum, será a grande questionadora da nova ordem mundial, qualquer que ela seja, até que lhe devolvam - ou ela retome - o seu velho território, conquistado por Pedro o Grande e Catarina II. Por isso, a atual guerra na Geórgia não é uma guerra antiga, pelo contrário, é um anúncio do futuro.




José Luís Fiori, cientista político, é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
 

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oultimoespiao

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« Responder #427 em: Agosto 29, 2008, 03:29:43 am »
Caro JRLC, nao de credibilidade a morgenthau, este homen e o mesmo que queria fazer da alemanha no pos guerra um estado agricola sem industria. Era um zionista que e o primo direito do comunismo!
 

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Rui Conceicao

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« Responder #428 em: Agosto 29, 2008, 11:50:36 am »
JLRC fale por suas palavras poRque o outro senhor que você sita fala muito mal, ou não sabe da historia.

1º confunde URSS com RÚSSIA.
2º A Alemanha recuperou a antiga RDA, que era Alemanha antes da 2ª G.M.
Hoje dia 12 de Junho de 2006, dois F 18 Espanhois
faziam exercicios sobre territorio Portugues(concelho de Mértola, entre 8am e 9am)
 

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P44

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« Responder #429 em: Agosto 29, 2008, 12:35:17 pm »
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August 19, 2008
Who Started Cold War II?
By Patrick Buchanan

The American people should be eternally grateful to Old Europe for having spiked the Bush-McCain plan to bring Georgia into NATO.

Had Georgia been in NATO when Mikheil Saakashvili invaded South Ossetia, we would be eyeball to eyeball with Russia, facing war in the Caucasus, where Moscow's superiority is as great as U.S. superiority in the Caribbean during the Cuban missile crisis.

If the Russia-Georgia war proves nothing else, it is the insanity of giving erratic hotheads in volatile nations the power to drag the United States into war.

  From Harry Truman to Ronald Reagan, as Defense Secretary Robert Gates said, U.S. presidents have sought to avoid shooting wars with Russia, even when the Bear was at its most beastly.

Truman refused to use force to break Stalin's Berlin blockade. Ike refused to intervene when the Butcher of Budapest drowned the Hungarian Revolution in blood. LBJ sat impotent as Leonid Brezhnev's tanks crushed the Prague Spring. Jimmy Carter's response to Brezhnev's invasion of Afghanistan was to boycott the Moscow Olympics. When Brezhnev ordered his Warsaw satraps to crush Solidarity and shot down a South Korean airliner killing scores of U.S. citizens, including a congressman, Reagan did -- nothing.

These presidents were not cowards. They simply would not go to war when no vital U.S. interest was at risk to justify a war. Yet, had George W. Bush prevailed and were Georgia in NATO, U.S. Marines could be fighting Russian troops over whose flag should fly over a province of 70,000 South Ossetians who prefer Russians to Georgians.

The arrogant folly of the architects of U.S. post-Cold War policy is today on display. By bringing three ex-Soviet republics into NATO, we have moved the U.S. red line for war from the Elbe almost to within artillery range of the old Leningrad.

Should America admit Ukraine into NATO, Yalta, vacation resort of the czars, will be a NATO port and Sevastopol, traditional home of the Russian Black Sea Fleet, will become a naval base for the U.S. Sixth Fleet. This is altogether a bridge too far.

And can we not understand how a Russian patriot like Vladimir Putin would be incensed by this U.S. encirclement after Russia shed its empire and sought our friendship? How would Andy Jackson have reacted to such crowding by the British Empire?

As of 1991, the oil of Kazakhstan, Turkmenistan and Azerbaijan belonged to Moscow. Can we not understand why Putin would smolder as avaricious Yankees built pipelines to siphon the oil and gas of the Caspian Basin through breakaway Georgia to the West?

For a dozen years, Putin & Co. watched as U.S. agents helped to dump over regimes in Ukraine and Georgia that were friendly to Moscow.

If Cold War II is coming, who started it, if not us?

The swift and decisive action of Putin's army in running the Georgian forces out of South Ossetia in 24 hours after Saakashvili began his barrage and invasion suggests Putin knew exactly what Saakashvili was up to and dropped the hammer on him.

What did we know? Did we know Georgia was about to walk into Putin's trap? Did we not see the Russians lying in wait north of the border? Did we give Saakashvili a green light?

Joe Biden ought to be conducting public hearings on who caused this U.S. humiliation.

The war in Georgia has exposed the dangerous overextension of U.S. power. There is no way America can fight a war with Russia in the Caucasus with our army tied down in Afghanistan and Iraq. Nor should we. Hence, it is demented to be offering, as John McCain and Barack Obama are, NATO membership to Tbilisi.

The United States must decide whether it wants a partner in a flawed Russia or a second Cold War. For if we want another Cold War, we are, by cutting Russia out of the oil of the Caspian and pushing NATO into her face, going about it exactly the right way.

Vladimir Putin is no Stalin. He is a nationalist determined, as ruler of a proud and powerful country, to assert his nation's primacy in its own sphere, just as U.S. presidents from James Monroe to Bush have done on our side of the Atlantic.

A resurgent Russia is no threat to any vital interests of the United States. It is a threat to an American Empire that presumes some God-given right to plant U.S. military power in the backyard or on the front porch of Mother Russia.

Who rules Abkhazia and South Ossetia is none of our business. And after this madcap adventure of Saakashvili, why not let the people of these provinces decide their own future in plebiscites conducted by the United Nations or the Organization for Security and Cooperation in Europe?

As for Saakashvili, he's probably toast in Tbilisi after this stunt. Let the neocons find him an endowed chair at the American Enterprise Institute.


http://www.realclearpolitics.com/articl ... ar_ii.html
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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André

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« Responder #430 em: Agosto 29, 2008, 01:11:10 pm »
EUA desaconselharam acção militar da Geórgia

O embaixador dos Estados Unidos na NATO considerou hoje «ridículas» as acusações russas de envolvimento norte-americano no conflito na Ossétia do Sul e assegurou que Washington aconselhou a Geórgia a não enveredar por acções militares nas regiões separatistas.

«A acusação é ridícula. É extraordinário que o primeiro-ministro Vladimir Putin possa sequer dizer uma coisa dessas depois de forças russas terem invadido a Ossétia do Sul e continuarem a ocupá-la», disse Kurt Volker à Agência Lusa.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, acusou quinta-feira os Estados Unidos de orquestrarem o conflito na Ossétia do Sul por razões de política interna e afirmou que, de acordo com o que lhe foi transmitido por altos responsáveis da Defesa russa, «foram dadas ordens, no terreno, por norte-americanos».

O representante norte-americano junto da NATO assegurou, pelo contrário, que os Estados Unidos sempre aconselharam o governo da Geórgia a não enveredar por qualquer acção militar nas regiões separatistas da Abkházia e da Ossétia do Sul.

«Sempre dissemos que não há uma solução militar para esse problema e que só através do desenvolvimento da economia georgiana e da integração do país nas estruturas ocidentais essas regiões poderiam ser atraídas de volta para a Geórgia. (Sempre dissemos) Não empreendam acções militares», assegurou Kurt Volker num contacto telefónico com a Lusa.

Esta posição, explicou, foi defendida em múltiplos contactos desenvolvidos «ao longo do último ano ou mais« e mesmo quando a «pressão russa» sobre a Geórgia acentuou-se, nos primeiros dias deste mês.

«Infelizmente, eles (Geórgia) morderam o isco e isso desencadeou a acção russa», afirmou.

Questionado sobre se considera que houve uma provocação russa que conduziu ao conflito, Volker respondeu: «Completamente. Não é possível reunir milhares de tropas sem um planeamento».

Para o embaixador, essa provocação foi preparada ao longo de meses e começou com a decisão russa de se retirar do Tratado de Forças Convencionais na Europa (FCE) em Dezembro de 2007, que lhe permitiu concentrar forças militares no Cáucaso, e passou, entre vários outros passos, pela reparação de todas as pontes ferroviárias da Abkházia.

Numa altura em que a NATO, os Estados Unidos e a União Europeia estão a considerar as implicações concretas da anunciada reavaliação das relações com a Rússia, Kurt Volker sublinhou a importância de «manter aberta a perspectiva da cooperação com a Rússia», mas advertiu que «a Rússia tem de agir em conformidade com as regras do século XXI» e ser «um parceiro responsável».

Sobre as implicações de uma degradação das relações NATO-Rússia em operações da Aliança como a que está em curso no Afeganistão, Volker afirmou que a NATO «gostaria de poder trabalhar com a Rússia», mas que «não pode ficar dependente» de Moscovo.

O embaixador norte-americano congratulou-se, por outro lado, com «o grande envolvimento da presidência francesa da União Europeia» na resolução deste conflito e considerou a cimeira de emergência da próxima segunda-feira «extremamente importante», na medida em que permitirá clarificar o seguimento a dar ao acordo de cessar-fogo assinado entre a Rússia e a Geórgia que, frisou, «a Rússia não está a cumprir».

Questionado sobre a ligação que alguns responsáveis russos fizeram entre o reconhecimento da independência da Abkházia e da Ossétia do Sul e a independência do Kosovo, Kurt Volker rejeitou a possibilidade se fazer «qualquer paralelo» entre «situações completamente diferentes».

Entre essas diferenças, destacou a «limpeza étnica» empreendida por forças paramilitares sérvias e que se prolongou pelos vários meses em que o Ocidente tentou a via diplomática, a suspensão dos bombardeamentos da NATO «assim que as forças sérvias retiraram» do Kosovo, a inexistência de qualquer ocupação da província e o enquadramento legal conferido pela resolução 1244 do Conselho de Segurança da ONU, aprovado também com o voto da Rússia.

Lusa

 

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JLRC

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« Responder #431 em: Agosto 30, 2008, 12:02:53 am »
Putin's Power Play - Bluff or New Global Strategy?

David Eshel


Georgia's "Rose Revolution", like Ukraine's "Orange Revolution", is precisely the kind of popular uprising that the Russian elite fears most deeply. Any Western support for the Georgian cause will only increase Russian paranoia. The big question asked these days is whether the Kremlin bosses would have dared attacking Georgia, if it was already part of NATO?


But Moscow's recognition of Abkhazia and South Ossetia risks starting a "domino effect," by re-awakening separatist sentiments in Chechnya and other parts of the turbulent North Caucasus where Russia has been fighting to contain rebellions. Some Chechens have already expressed bitterness, of double standard, that Russia was backing separatists in South Ossetia and Abkhazia, yet fought two devastating wars to crush Chechnya's short-lived independence. In nearby Ingushetia and Dagestan, disparate groups of Islamist militants regularly mount bomb attacks and ambushes indicating their demand to establish Islamic rule there.

So what is Moscow trying to signal by it's new aggressive attitude? Less than four months after taking office, Russia's youthful figurehead Dmitrij Anatol′evič Medvedev has invaded a European country, for the first time since Prague forty years ago and cast a chill over relations with the West. On the face of it, the Kremlin may be trying to play again in the big league game, but can it afford to do so in 2008?

Russia may sound belligerent, but its leaders know very well, that they command only a fraction of the power of the old Soviet Union. The Kremlin's total defense budget is about $70 billion. America, by contrast, spends ten times more - almost half of all the military expenditure in the entire world. Moreover, America's economy is almost 14 times bigger than Russia's, even if Russia decides to spend seven per cent of its entire national output on defense it will reach a military budget that is only 11 per cent of America's today. But that's not all. The effects of Russia's first foreign war as a capitalist country already rippled through the Moscow stock markets, which dipped to their lowest level since 2006. If Washington decides to oust Russia from G8, the effect on Moscow's economy could be disastrous.

But on the other hand, Russia is far from going broke, as it did in the financial collapse of 1998. Any Western effort to punish Russia economically will surely be softened by the surging demand for Russian oil and natural gas in Western Europe and Asia. Western Europe is totally dependent on Russian gas to keep it warm over the winter. Moreover, while the stock market stumbled, the country’s trade surplus and the profits of its leading energy companies remained as robust as ever. Russia holds about $600 billion in foreign exchange and gold reserves. But whether all this wealth can render sufficient wielding power for new military adventures, remains extremely questionable.

At present, Russian analysts remain confident in their leadership's attitude. In their view, the United States and the nations of Europe may not like what Russia is doing, but officials in Moscow believe those countries lack the leverage, strength or unity to intervene. Some are saying it clearly - that the west no longer exists as a unified force.

Indeed, there are those in Moscow, who strongly believe that the time has come to flex muscles against Washington's "missile strategy" in Eastern Europe, which the Kremlin still regards part of it's sphere of strategic interest.

They regard the U.S. floundering economically and bogged down in two costly wars. Russian officials were confident that it could not and would not come rushing to Georgia's defense with a military intervention. Moreover, Europe, meanwhile, depends upon Russian oil and gas exports, and was leery of a conflict with Moscow that could further raise fuel prices. They were more or less right in their assessment. In response to Russia's aggression, NATO, and the U.S. remained passive during the war, and limited their response humanitarian aid and to verbally scolding Moscow's action. As a sign of support, the U.S. Navy guided-missile destroyer McFaul arrived at the Georgian port of Batumi unloading baby food and bottled water.

Another issue, after the lightning invasion of Georgia, is raising concern that the next flash point may be Ukraine's Black Sea peninsula, the Crimea. This area once part of Russia still provides a key warm-water port for the Russian Navy. With regional tensions inflamed over Georgia, other neo-Cold War fights are brewing. Many Russians are keeping a close eye on Ukraine, whose loss remains an existential challenge to a Russian culture that traces its empire to the banks of the Dnieper River. Moscow has long resisted the notion that Ukraine is an independent nation.

For the Russians, the Crimea is an issue of strategic importance, even more than pride or nationalism. Russia's Black Sea naval fleet is based at Sevastopol, a city located at the tip of the Crimea peninsula. Russia holds a lease to the naval base until 2017, though in recent years Ukrainian politicians have made clear that they are eager for the Russian Navy to pull out. But the Ukraine is no military pushover like little Georgia. If Moscow decides to go to war with Kiev, it would face an adversary, both well armed and motivated to give the invaders a good beating, which they can hardly afford. Moerover, geographically, bordering with post allied countries, now NATO members – Romania, Slovakia, Hungary and Poland, Ukraine may get much more active support than Georgia, located far away in the Caucasus. But an all-out military conflict involving NATO or the U.S., seems illogical, even under the worst circumstances.

Defense Secretary Robert Gates ruled out using U.S. military force in Georgia but he said the Pentagon would review all aspects of its relations with Russia's military. Gates, the most experienced Russia expert in the top ranks of the Bush administration, said Moscow's actions had "profound implications for our security relationship going forward, both bilaterally and with NATO". Gates added that "If Russia does not step back from its aggressive posture and actions in Georgia, the U.S.-Russian relationship could be adversely affected for years to come". As a former CIA director and Soviet expert at the intelligence agency, Gates meant what he told reporters at the Pentagon. "The United States spent 45 years working very hard to avoid a military confrontation with Russia. I see no reason to change that approach today, Washington does not wish to enter into a new "Cold War" era.

But there is another aspect of the present situation, which is not fully comprehended in the West. After years of total neglect and financial ruin, the Russian armed forces are still fighting to reform. Russia's armed forces have yet to complete their transition from an expensive Cold War model designed for a global conflict to a leaner, meaner modern war machine. In fact, a Washington Think Tank believes there was hardly any hope for Russia to create a modern and effective army before 2020.

Director of National Intelligence John Michael McConnell defined Russia’s military threat, taking account of the increase in investments in defense and the reform of the armed forces on the part of the Russian government. In a document presented to the US Senate he argued that “Russia’s military officials have set to the restoration of the armed forces after a long and deep crisis, which started even before the collapse of the Soviet Union. But sofar, apart from massive propaganda, little has actually been achieved to restore Russia's armed forces into a modern fighting force, capable in playing in the western court."

Efforts to reform the military are hobbled by corruption. Official Russian government sources admitted the government prosecuted 196 senior officers for corruption last year. Newly elected president Dmitry Medvedev is trying to get an anti-corruption law passed but, so deeply entrenched in Russian tradition, this new law meets heavy resistance, since so many legislators get some of their income from corrupt practices.

Earlier this year Russia's new president started to act decisively. Medvedev dismissed Russia's top military officer in an apparent effort to assert Kremlin control over the armed forces and smooth the path for reforms. The powerful general, Yuri Baluyevsky, First Deputy Minister of Defense and chief of staff of the armed forces since July 2004, was replaced by General Nikolai Makarov, an ally of the "civilian" Defense Minister Anatoly Serdyukov. Baluyevsky became known as an outspoken officer when, last January he warned that "Moscow could use nuclear weapons in preventive strikes in case of a major threat". Russian sources explained the general "had to be eliminated", since General Baluyevsky was in an open fight with the defense minister, resisting his reforms. General Makarov's new job is "to perform one of the key missions Serdyukov was given - to put some order into the Defense Ministry and its procurement program," a far from easy job in the highly traditional Russian hierarchy .

In fact, professional Russian officers are placing great hopes on General Makarov - a reformer, and perhaps most importantly, fully loyal to his new boss, the defense minister, Makarov has all the right credentials to become head of Europe’s largest military. A career military officer who has risen through the ranks, The general places greater emphasis on training and educating troops under his commands, an issue that the old Soviet army and the Russian army traditionally have always ignored. In preferring the traditional command chain, the 'old school' assured the top command full control, but left the combat command level - little or no scope for initiative. In contrast, Makarov emphasizes the formation on flexible, well trained, armed forces. This approach will be vital for the Russian ambition to establish a flexible armed forces that, like the 21st century U.S. armed forces. Whether this will actually work within the rigid former Soviet system remains to be seen, however.

While the Russian army seems far better than it was in the 1990s they are still in a crisis. In spite of some dramatic developments, which were highly publicized, Russia’s military-industrial complex was still unable to produce sophisticated, advanced equipment that could match the Western superior equipment in this field. Countries opting for Russian equipment for its competitive cost sooner or later upgrade their hardware with costly modernizations, integrating western systems where possible. Moreover a major stumbling block is manpower. Over 90 per cent of young Russians manage to dodge the draft, often through bribery, leaving only the poorest and unhealthiest to fill the ranks. According to Russia's air force commander, 55 per cent of his draftees suffered from either drug or alcohol problems, malnutrition or "mental instability", while many could not read or write. Across the board, there is a very small amount of skilled cadre in the military.

Meanwhile, there is still deep discontent growing among the highest orders of Russia’s Ministry of Defense. Senior military officers are dissatisfied with the performance of Defense Minister Anatoly Serdyukov, whom they regard as an alien outsider. Several military leaders are considering resignation, and others have already turned in their document, seeking jobs in a more lucrative civilian sector. General Makarov will have to work very hard to clean the stables and get his army on a new heading. Indeed, Russia is going to have to come to terms with the reality it can either integrate with the world or it can be a self-isolated bully. But it can't be both.
 

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« Responder #432 em: Agosto 30, 2008, 11:03:11 am »
:lol:  Bem pelos vistos, a moral não é o meu forte.......
E também ,como é uma experiência pessoal, estou limitado na avaliação dos acontecimentos.  Atrás de um PC ou através da TV é obvio que a percepção das coisas é muito mais vasta. :lol:

Para informação do ultimoespião o tal falado massacre de Sbrenica (inegavél, eu vi as valas) não foi em Sbrenica mas sim na area de Potocari a meio caminho entre Sbrenica e Bratunac, e sim, passei por lá.
Já agora sabe onde fica a Krajina? Sabe o que lá foi feito com o aval da NATO (não só politico, mas apoio militar também). Centenas de milhar de sérvios foram corridos e muitos mortos (homens, mulheres e crianças). Mas, espera lá, eles saõ maus por isso não é limpeza etnica.... Já que no Kosovo, segundo alguns aqui, aquilo foi justificado porque as mortes (milhares) eram muito mais que na Ossétia (afinal foram só umas centenas que nem chegam a mil) o qe dizer então quando em Potocari estão cerca de 8000 corpos (todos masculinos) e na Krajina foi o que pelos vistos aqui ninguem ouviu sequer falar.

Cínismo, hipócrisia,cegueira das piores aquela dos que simplesmante não querem ver.

E como a minha opinião é "limitada pela experiência pessoal" passo a limitar-me a comentários tecnico-tacticos que foi essa a minha razão de entrar neste forum.
 

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« Responder #433 em: Agosto 30, 2008, 11:57:01 am »
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From The Times
August 30, 2008

Georgia's wounded troops tell of their surprise when Russia attacked

James Hider in Tbilisi

Major Malkhaz Dumbatze was in a celebratory mood. His 14 Georgian tanks had just taken control of the rebel South Ossetian capital, Tskhinvali, and he was already looking forward to a trip to Israel to study new battle command systems. The jets flying over the city, where his men were mopping up Ossetian snipers, he took to be Georgian fighters.

Major Dumbatze is still going to Israel, but now it is to have reconstruction surgery on his legs. The aircraft he had spotted were in fact Russian, and one of them dropped two bombs on his armoured unit.

Speaking with difficulty because half his teeth had been blown out by shrapnel that exited through his throat, the battalion commander was undaunted about the future of his crushed army.

“I'm 100 per cent sure we'll recover from this,” he said, his wounded comrades on either side of his bed in a Tbilisi hospital.

Georgia's soldiers, trained by US and Israeli advisers, are gung-ho about returning to the fray, though some unanswered questions still hang in the air - such as the advisability of taking on their giant neighbour without adequate anti-air defences.

Major Dumbatze, 33, denied any knowledge of atrocities committed in Georgia's initial assault on Tskhinvali. His men were hunting down remaining militiamen and had left their armour in the open only because they thought they had won, bringing 17 years of secession to an end. “It was a dream for all Georgian soldiers,” he said. “I didn't expect the Russians. I thought it was politically sealed, the Russian and Georgian Governments made some kind of agreement.

There was no deal, as he discovered to his cost. As a loyal officer he avoided criticising his Government during the crisis, but admitted that “if you thought the Russians would attack, you'd have to be mad” to launch such an operation. “But we never expected them to attack - if you see the bear coming, you either get under a rock or out of the way.”

Corporal Tristani Chinditze, 20, never even made it as far as the battlefield. His unit was on its way to the front line in lorries and Jeeps when they were ambushed by a much larger Russian force of tanks and infantry.

“Maybe without their planes we could have won. That's why I went - I thought we could win,” he said, just before doctors wheeled him out for an operation to save his legs. Both limbs were shredded by shrapnel from a tank shell. “There were three brigades, plenty of them were wounded. We were in trucks and we had no chance to open fire.”

He lay wounded on the battlefield for two days, surrounded by the dead bodies of his comrades. “Other injured soldiers could crawl and help themselves, but I couldn't move. I'm surprised I survived.” Eventually Georgian civilians came and took him to hospital, where he remains.

Sergeant Paata Veshaguri, 24, a stocky man who was admitted to hospital for concussion before returning to the front, was also upbeat about his army's performance against the numerically superior Russians. “We were smaller but better trained,” he said, praising his US and Israeli military teachers. “We not only held our lines but advanced. But the Government was thinking of how the Russians had threatened to bomb Tbilisi.” It ordered his men to pull back.

He said that he had not expected any Western countries to give Georgia military support, but suspected that the Government may have been counting on such aid. “Probably on a high level they expected this, because of all the training and equipment and foreign investment,” he said.

All the soldiers said they were ready to fight again once they had recovered and their forces had been re-equipped. “I will go everywhere for my country, any time and anywhere,” said Major Dumbatze. “If I can walk, I'll do my best for my country.”



http://www.timesonline.co.uk/tol/news/w ... 636590.ece
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #434 em: Agosto 30, 2008, 02:30:57 pm »
Citação de: "P44"


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From The Times
August 30, 2008

Georgia's wounded troops tell of their surprise when Russia attacked



http://www.timesonline.co.uk/tol/news/w ... 636590.ece


Nada que os russos tambem não façam,portanto não é por aí que podem refilar..ou será que todos os "instrutores" russos na Guerra da Coreia,no Vietnam,em todos os conflitos àrabes estavam lá por acaso de férias?