Bom, por definição a sociedade não deve ser militarizada.
Nós não estamos num regime militar, para se proceder a uma desmilitarização.
Quando ao deficit. Ele não é apenas falado. Ele é uma realidade. Ele é o principal problema de Portugal desde o século XIV pelo menos.
Não podemos esperar ter umas forças armadas, realmente armadas enquanto os politicos não entenderem que nenhum país que pretende sobreviver aos desafios do futuro pode gastar mais que aquilo que consegue cobrar de impostos.
Qualquer família entende que se gastar mais que o que ganha, acaba por se endividar de tal maneira, que a própria integridade familiar fica em risco.
O deficit é o caminho para o fim.
E com pessoas com um comportamento irresponsável que afirmaram que "Há vida para além do deficit" o caminho para o fim torna-se mais curto.
O comportamento de Jorge Sampaio, por exemplo, foi o equivalente a afirmar que uma família endividada até às orelhas, que já não consegue pagar o empréstimo da casa e que se arrisca a ir para a rua, não se pode preocupar com esse facto, e que tem que continuar a comprar electrodomésticos a prestações porque tem que se preocupar com a sua qualidade de vida.
O deficit é um problema nacional, que se não for debelado, acabará com o país. Isso é evidente.
Não podemos culpar as tentativas de controlar o deficit. Devemos apontar os dedos aos responsáveis pelo descalabro que começou com António Guterres, durante a década perdida, a «A década de Sampaio» e tentar evitar o descontrolo.
uma só palavra :NAVANTIA
O que era a Marinha Espanhola em meados dos anos 70 e o que é hoje
Investiram a sério num estaleiro que constroi navios de guerra topo-de-gama, e exporta, ganha até aos Americanos (encomenda da Austrália)
Cá no burgo achou-se melhor destruir a Lisnave e o Arsenal do Alfeite, entre outros
A Navantia é o resultado dos investimentos do Estado, de um estado que
controlou o deficit. Um ESTADO SUPERAVITÁRIO.
Um Estado que resistiu aos sindicatos, às máfias dos grupos de pressão que quiseram benesses que o país não podia pagar.
Portugal não fez a mesma coisa porque os governos não quiseram. Portugal não fez a mesma coisa porque as pequenas «máfias», pouco numerosas mas poderosas, impediram que se impusesse o rigor orçamental. É assim há anos.
Ainda há meses atrás, quando o famoso deficit baixou dos 3% as mesmas «máfias», com alguns sindicatos da CGTP à cabeça, vieram afirmar que já se podia começar a gastar à vontade.
A Espanha tem um superavit de 20.000 milhões de Euros.
Nós não fomos sequer capazes de reduzir o deficit, e aumentámos o numero de funcionários públicos até valores absolutamente impensáveis, com mais de 700.000 pessoas que não estão ligadas a nenhum processo produtivo, incrementando as despesas públicas mais e mais e mais.
Acabar com o deficit é o único caminho, se queremos que o país exista no futuro. E não podemos falar nas tentativas de controlar o deficit como se fosse uma coisa má.
Mas ainda neste fim-de-semana, vimos uma das caras do país que quer «mamar» sem pagar, mas isso é outra história.
PS
Quanto ao navio francês, há uma coisa que temos que pensar.
A marinha de guerra de um país, como o seu exército ou força aérea, tem que ser planeada conforme os interesses e necessidades de um país.
É com base nessas necessidades, que devemos adquirir os equipamentos. Não podemos inverter o processo e adquirir os meios que estão disponíveis, para depois decidir quais são os objectivos da marinha.