A provocação apenas serviu para mostrar que os drones estão a ser mais relevantes do que boa parte do fórum considera.
Excepto que em lado nenhum se diz que os drones são irrelevantes. Se compreendem mal, ou escolhem não compreender por uma questão "provocação", é convosco.
Não me ouviu em lado nenhum dizer que as Marinhas devem abdicar de navios com misseis. Tenho vários posts a defender fragatas, que considero essenciais, e é uma das ideias que gostava de ver o CEMA esclarecer. Afinal no plano de compras da Marinha Portuguesa estão lá fragatas, e na Marinha comandada por este CEMA existe uma unidade para estudar fragatas. Dai não entender muitas das suas afirmações sobre esses navios.
Então para quê empastelar um tópico de fragatas, com conversas de drones, e comparar a operação de drones pela Ucrânia, com a nossa necessidade de fragatas?
Eu estava a considera-lo a Marinha Ucraniana, não percebo como considera a Mariha Russa "lesionada e sem vontade de correr"". A Marinha Russa estava a ser fundamental no bombardeamento da Ucrânia.
A Marinha Russa é uma marinha com muita tecnologia ainda dos anos 80, com muitos navios antiquados, e que nem doutrinas possui para lidar com ameaças assimétricas como os drones de superfície. A mesma marinha com uma doutrina melhorada e com navios mais modernos, terá muito mais capacidade de lidar com essas ameaças.
Muitos países do Ocidente, fruto da ameaça terrorista, foram adaptando os navios para responder a ameaças assimétricas, em alguns casos até foram desenvolvidos navios especialmente dedicados a enfrentar este tipo de ameaça (LCS), desenvolveram-se muitas tecnologias que aumentam a eficácia dos meios, e até helicópteros navais passaram cada vez mais a empregar mísseis ar-superfície ligeiros (como o Hellfire nos SH-60/MH-60 ou os LMM nos Lynx Wildcat).
Não é à toa que cada vez mais vemos a implementação de mísseis tipicamente anti-carro, em navios. Seja o caso dos Hellfire em VLS, dos Akeron MP ou Spike em lançadores próprios.
Concordo, apesar que se der uma vista de olhos na Eurosatory vái ver um aumento da presença de drones de superfície, bem mais difíceis de lidar e detetar.
Aumentou a presença de tudo. A "cena" de se estar numa fase de corrida armamentista, é que as empresas começam a apresentar muito mais produtos nas "feiras". Quando o mercado existe, mais facilidade têm em investir em novas tecnologias. Há 10/15 anos atrás, era maioritariamente MRAPs e afins.
Os USVs vieram para ficar, e não são apenas os kamikaze. No entanto isso já se sabia, sem sequer se considerar a guerra na Ucrânia.
De resto, difíceis de detectar? Sim. Difíceis de lidar? Depende. É mais fácil lidar com um USV do que com um míssil balístico. As actuais fragatas portuguesas, que não são grande espingarda para os dias de hoje, têm muito mais capacidade de lidar com USVs, do que com mísseis balísticos ou hipersónicos.
Aliás, uma lancha da classe Argos, tem mais capacidade anti-USV, do que os 3 ramos combinados possuem para lidar com um único míssil balístico.
A dificuldade em lidar com uma determinada ameaça depende directamente das capacidades existentes.
Pelo menos temos uma definição, agora encontre lá algum texto meu onde considere os drones essa arma milagrosa.
Está na tua própria citação a tua afirmação de que os "milagres" estão aí. Além claro do recorrente uso de expressões tipo "a tecnologia drone X torna a tecnologia Y obsoleta", "mete-a num bolso", entre outras.
Se calhar é isso. Tenho tentado responder educadamente, mas tem razão, não sou militar e os conhecimentos que tenho se calhar são reduzidos para estas discuções.
Como estamos num pais livre, vou continuar a intervir.
Não é preciso ser militar, ou conhecedor absoluto da matéria. Basta ter um pouco de humildade, e não entrar com frases absurdas, no que se refere ao uso de drones FPV contra outros drones, do tipo "colocam meios de milhões no bolso".
Dizer que sistemas C-UAS se tornam obsoletos, é absurdo.