Apetece-me gritar bem alto, FO...

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FoxTroop

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1815 em: Dezembro 20, 2014, 02:25:54 pm »
Citação de: "Camuflage"
As empresas fixaram o 12º ano por 2 motivos:

1º Para filtrar candidatos pois são imensos sobretudo nas profissões que não requerem conhecimentos aprofundados em nada;
2º Porque a lei actualmente já obriga as pessoas a terem 12 anos de escolaridade.

Estás a brincar certamente  :shock:  Olha, que eu saiba e na área à qual estou ligado, o critério principal na filtragem de candidatos é a experiencia, mais do que qualquer outra coisa. Depois vem a formação técnica e só depois poderá entrar o nível de ecolaridade, mesmo para aqueles postos em que o que se está a fazer é passar ferramentas ao executante e pouco mais. Também penso que deverias saber que essa tal lei dos 12 anos de escolaridade não se aplica a mim nem à esmagadora maioria das pessoas deste país visto que, segundo essa mesma lei, só era obrigatório o 6ª Ano. A lei da escolaridade aplica-se conforme a faixa etária do trabalhador.


Citação de: "Camuflage"
Eu quero uma escola que me ensine a ser apto para a vida, não quero escolas que sejam repositórios de putos porque os pais estão demasiado ocupados. E o que é uma escola que ensina para a vida? É aquela que nos prepara profissionalmente, que nos ensina a preencher a porra do IRS, a fazer um CV, primeiros socorros, a cozinhar etc. Sim porque naquele ensino de horror que está no top dos rankings de educação (Finlândia) essas aptidões são ensinadas!
Eu se quiser cultura geral vou à internet, biblioteca ou compro livros, não preciso da escola para isso.

Mais uma pérola até porque o teu profundo conhecimento da Finlandia mostra que sabes que até nem se ensina o que tu considera coisas que se eu quiser saber compro um livro. Mas espera lá que até é bom que fales da Finlandia.


Citação de: "Camuflage"
As empresas devem dar formação em áreas pontuais que respeita a algo muito especializado ou procedimentos internos, não são as empresas que devem dar cursos de mecânico, serralheiro, contabilista etc.

Sabes por acaso que no Canadá, na Austrália, na Inglaterra, na Alemanha, nos paises escandinavos, etc, etc e também na Finlandia, país que atiraste para a discussão vindo do nada, existem umas coisas nas empresas chamadas de Apprenticeships?!!  :roll:


Citação de: "Camuflage"
A maioria dos patrões tem em média o 9º ano, não seria de esperar muito mais e grande parte do tecido empresarial nacional são as PME's. No entanto pergunto: então essa gente com o 12º ano rica em conhecimentos de cultura geral, porque não abre a sua própria empresa? Qualquer um se pode candidatar aos fundos nacionais e comunitários para constituição de empresa, mas a maioria não o faz, quer trabalhar para terceiros! Terceiros que tu e outros tanto criticam, mas criam postos de trabalho.
Esta mentalidade de trabalhar para terceiros demonstra a má preparação das pessoas para o mundo do trabalho, passam 12 anos a serem entretidos e a maioria é incapaz de ser trabalhador por conta própria ou empresário porque simplesmente não é dotado de conhecimentos como: gestão, contabilidade, finanças ou direito, em vez disso sabe tudo sobre os Maias, Lusíadas, equações, matrizes, psicologia, filosofia etc. Ah rica cultura geral, pena não servir para nada nem para encher a barriga!

Em vez de se demonizar os patrões, vamos incitar mais gente a criar empresas, incitar à fiscalização e celeridade da justiça. Se calhar teríamos menos desempregados, por outro lado a malta parece esquecer que o mercado pode não ter capacidade para absorção de toda a gente (nenhum mercado tem, haverá sempre desemprego).

Cruzes credo pá, Então um dos nossos maiores problemas é justamente o facto da maioria das nossas empresas serem PME's e micro-empresas, o que criou um cosmos empresarial incapaz de lidar com capacidades produtivas em escala e tu vens falar de a malta ir criar ainda mais empresas de vão de escada. Qual a percentagem de empresários e de trabalhadores por contra própria nos paises mais avançados?!! Já que falas da Finlandia apita aí um numero!

E em Portugal? E nos paises menos desenvolvidos? Saberás, por acaso, que é justamente à medida que as nações são menos desenvolvidas que vai aumentando a percentagem de empresários e de trabalhadores por conta própria?  E sim, cultura geral é muito necessária, é preciso malta com essa capacidade nas empresas porque um grunho somente capaz de mexer botões das máquinas é um robot, por acaso o "empregado" mais imbecil que se apanha nas empresas.

Quanto ao desemprego, a rotação normal entre trabalhos e malta que está a entrar no mercado, assim como a evolução normal de um ciclo económico aponta para taxas aceitaveis de 3 a 5% de desemprego. Acima disso algo vai mal na economia e acima de 10%, segundo os livros, está montada uma bomba relógio social, nem nenhuma economia consegue sustentar isso durante um largo periodo de tempo. Por enquanto a UE vai entretendo a malta com formações inuteis e subsidios para ir empurrando o problema com a barriga, a hóstia virá depois.

Justiça e fiscalidade rápida e actuante.... isso é quase um discurso de concorrente para Miss Mundo. Já agora o fim da fome e paz no mundo, mas isso vai para outras discussões e assuntos, a começar pela consciência de Povo e Nação.



Citação de: "Camuflage"
Citação de: "Edu"
Enquanto for possível a um patrão ter uma empresa lucrativa sem que a mesma seja productiva não podemos esperar uma evolução séria do trabalho e da economia em Portugal.
Não percebo o que significa.

Nem era necessário afirmares isso. Deu logo para eu perceber.
 
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1816 em: Dezembro 21, 2014, 10:19:42 am »
Citação de: "FoxTroop"
Estás a brincar certamente  :shock:  Olha, que eu saiba e na área à qual estou ligado, o critério principal na filtragem de candidatos é a experiencia, mais do que qualquer outra coisa. Depois vem a formação técnica e só depois poderá entrar o nível de ecolaridade, mesmo para aqueles postos em que o que se está a fazer é passar ferramentas ao executante e pouco mais. Também penso que deverias saber que essa tal lei dos 12 anos de escolaridade não se aplica a mim nem à esmagadora maioria das pessoas deste país visto que, segundo essa mesma lei, só era obrigatório o 6ª Ano. A lei da escolaridade aplica-se conforme a faixa etária do trabalhador.


http://www.net-empregos.com/2291920/ges ... VJXNSv8JOA

Aplica-se a lei partir da altura que entrou em vigor para as gerações correntes e não anteriores. Portanto se criei um equivoco, não era minha intenção assumi que isso estava subentendido.

Citar
Mais uma pérola até porque o teu profundo conhecimento da Finlandia mostra que sabes que até nem se ensina o que tu considera coisas que se eu quiser saber compro um livro. Mas espera lá que até é bom que fales da Finlandia.

Vá alguma cultura geral:

http://www.dn.pt/revistas/nm/interior.a ... id=1966078

http://www.salon.com/news/david_sirota/ ... er_finland

https://www.youtube.com/watch?v=70AlyhEGWf4 - coloco a versão vídeo que é para nem te cansares muito porque já deu para perceber a alergia a bons exemplos na educação.



Citar
Sabes por acaso que no Canadá, na Austrália, na Inglaterra, na Alemanha, nos paises escandinavos, etc, etc e também na Finlandia, país que atiraste para a discussão vindo do nada, existem umas coisas nas empresas chamadas de Apprenticeships?!!  :roll:

Sei, tem calma, porque não é do pé para a mão, eles não caem lá de para-quedas. Sabes, há uma coisa nesses vários países antes do estágio (que chamas Apprenticeship) e essa coisa chama-se "Curso Vocacional" que em Portugal é traduzido como curso profissional. Quem quer ser mecânico na Alemanha vai tirar um curso profissional e no final poderá fazer um estágio numa empresa, uma das empresas que recebe desses jovens é a Mercedes (somente a título de exemplo). Esses cursos profissionais têm mais ou menos a mesma duração que aqui, por norma 2 anos teórico-práticos sendo o terceiro dedicado ao estágio e projecto final (cá conhecido por PAP: Prova de Aptidão Profissional).
Em Portugal os cursos profissionais são coisas ligadas a alunos fracos, qualquer professor te poderá explicar a conotação negativa que existe face a esse ensino, isto porque desde o 25 de A se matou as escolas industriais e comerciais pois eram símbolo do fascismo apesar de formarem bons profissionais. Desde então o ensino profissional foi instituído com pouca vontade politica, interessava era garantir estatísticas, não era formar pessoas (caso aberrante das Novas Oportunidades, exemplo claro de falsificação de estatísticas), no entanto no tempo do Socras deu-se mais um pequeno impulso aos cursos profissionais, mas não é o suficiente, ainda hoje qualquer aluno que queira ser mecânico, serralheiro, electricista entre outras profissões intermédias, encontra sérias dificuldades para encontrar um curso profissional (e o pior é que depois de encontrar, os cursos nem certificados são), já se seguir o ensino normal e quiser ser engenheiro civil, eng mecânico ou outros não falta ofertas e sabe-se perfeitamente onde se podem candidatar.
Portanto o ensino nacional tem muito para evoluir e o pior, os erros são conhecidos dos países que outrora seguimos (sistema de ensino português foi importado do francês e adaptado), mas preferimos continuar cegos.


Citar
Cruzes credo pá, Então um dos nossos maiores problemas é justamente o facto da maioria das nossas empresas serem PME's e micro-empresas, o que criou um cosmos empresarial incapaz de lidar com capacidades produtivas em escala e tu vens falar de a malta ir criar ainda mais empresas de vão de escada. Qual a percentagem de empresários e de trabalhadores por contra própria nos paises mais avançados?!! Já que falas da Finlandia apita aí um numero!

E em Portugal? E nos paises menos desenvolvidos? Saberás, por acaso, que é justamente à medida que as nações são menos desenvolvidas que vai aumentando a percentagem de empresários e de trabalhadores por conta própria?  E sim, cultura geral é muito necessária, é preciso malta com essa capacidade nas empresas porque um grunho somente capaz de mexer botões das máquinas é um robot, por acaso o "empregado" mais imbecil que se apanha nas empresas.

Quanto ao desemprego, a rotação normal entre trabalhos e malta que está a entrar no mercado, assim como a evolução normal de um ciclo económico aponta para taxas aceitaveis de 3 a 5% de desemprego. Acima disso algo vai mal na economia e acima de 10%, segundo os livros, está montada uma bomba relógio social, nem nenhuma economia consegue sustentar isso durante um largo periodo de tempo. Por enquanto a UE vai entretendo a malta com formações inuteis e subsidios para ir empurrando o problema com a barriga, a hóstia virá depois.

Vou-me repetir: em média o empresário português tem o 9º ano, porque haverias de esperar que ele saiba fazer melhor? Se agora a maioria dos alunos já acaba o 12º então deveria saber fazer um pouco melhor, e se tivesse as armas e aptidões adequadas ao mercado de trabalho certamente conseguiria produzir mais quer criando a sua empresa quer sendo empregado por conta de outrem. Por outro lado temos um acesso deficitário ao financiamento, qualquer PME precisa de financiamento, porque cá, fazem-se compras e só se paga a 60/90/120 dias quando não é mais tempo e isto provoca um estagnamento da economia pois não há fluxo suficiente de capital, estão todos à espera de poder vender o produto ao consumidor final para ter $ para pagar então aos fornecedores. Já se for uma grande empresa, tem acesso rápido ao crédito, muito embora desde 2011 a coisa deixou de ser assim pelos motivos óbvios, mas as grandes empresas por cá, continuam com os vícios das pequenas (pagar demasiado tarde) e quem se lixa é o mexilhão.
Tu confundes cultura geral com conhecimento, não é por saberes recitar os Lusíadas que isso vai fazer de ti um gajo excepcional em gestão empresarial, é com conhecimentos adquiridos na escola nessa vertente (gestão, economia, fiscalidade, direito, finanças) e com a experiência de vida.

A UE não entretém com formações e subsídios inúteis, o português (falando no nosso caso) pega nesse $ e inventa cursos (ver primeira página, primeira mensagem deste tópico) para ganhar umas massas, se aplicassem o $ devidamente de certeza que teríamos mais jovens formados em áreas que a economia carece. Portanto se temos $ e nos é dado de borla, não temos que culpar os outros, temos é que o saber aplicar. Aproveitando o caso dos desempregados, significa que na esmagadora maioria já possuem maioridade, portanto já ultrapassaram a parte do ensino obrigatório, qual é agora o maior problema dos desempregados? Ofertas existem e basta ires ao netempregos, é certo que não absorvem todos, mas poderiam servir para dar emprego a muita gente, o que se passa é que as pessoas não têm formação para a oferta em questão e o pior nem é isso, é mesmo a inexistência de centros de formação certificada para adultos, porque fora do mundo universitário há poucas opções para os adultos. Dando um pequeno exemplo em informática tu até podes ser um leigo da coisa, mas agarraste a estudar para as certificações (exemplo: CCNP ou MCAD) e até consegues entrar com mais ou menos dificuldade na área e a tua formação é valorizada e reconhecida cá ou lá fora, já se a pessoa quiser ser mecânico não tem por onde escolher ou se tem não é algo acessível a todos.
Poderia dar o meu exemplo e de outros conhecidos quando passamos pelo desemprego , mas não vou dar porque não creio que valha a pena, a mecânica instituída é anti-patronato e quase que é dado a entender que devíamos era ser todos funcionários públicos do outro tempo.

Citar
Justiça e fiscalidade rápida e actuante.... isso é quase um discurso de concorrente para Miss Mundo. Já agora o fim da fome e paz no mundo, mas isso vai para outras discussões e assuntos, a começar pela consciência de Povo e Nação.

Sim porque a justiça e a fiscalização não são problema... os patrões esses malvados e rufias é que são o problema. :roll:

Uma última ressalva, não faltam funcionários preguiçosos, encostados que passam o dia a fumar e tratar de problemas pessoais nas empresas, digo-o como alguém que trabalha para terceiros e já passou por várias empresas tanto do nível de PME's como corporações. Reconheço, ao contrário da generalização que fazem do patronato, que há maus patrões, mas há também maus funcionários. No caso dos funcionários que se sintam injustiçados existem ferramentas legais que podem recorrer: tribunal do trabalho e ACT. Tive colegas que tiveram que recorrer a estes mecanismos num passado recente e funcionou na hora.
A empresa não é dos funcionários, eles fazem parte dela, mas não são o líder da mesma, se estão insatisfeitos podem recorrer aos recursos humanos caso existam, tentar dialogar com a entidade patronal ou mesmo abandonar o barco e procurar algo melhor, não são de forma alguma escravos nem obrigados a lá estar.
 

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FoxTroop

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1817 em: Dezembro 28, 2014, 11:37:15 am »
Olha, agradecido por teres reforçado ainda mais o que eu e o Edu temos dito aqui. Já te disse que mandas para o ar as coisas sem sequer teres a minima ideia sobre o que estás a falar. Um exemplo claro é o teu desconhecimento do que realmente é o "Apprenticeship", ou vires falar sobre o RVCC, um sistema criado nos países nórdicos e adaptado e desvirtuado à boa maneira portuguesa para enriquecer mais uns quantos  :roll:  :roll:  :roll:  :roll:


PS: Não tinha tomado atenção devida a esta:
Citação de: "Camuflage"
No caso dos funcionários que se sintam injustiçados existem ferramentas legais que podem recorrer: tribunal do trabalho e ACT. Tive colegas que tiveram que recorrer a estes mecanismos num passado recente e funcionou na hora.

Vá lá alguma coisa que funcione, pena que em quase todos os casos que conheço, não se tenha processado nada disso, nem sequer parecido. Uma honrosa excepção, em que o rapazinho estava a jogar com os trabalhadores de modo a que conseguia fugir tanto ao fisco como à SS. Aí foram bastante rápidos quando alguém da secretaria, irritada por o patrão lhe recusar um bocado do bolo na jogada, decidiu mandar aquilo abaixo.
 

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Camuflage

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1818 em: Dezembro 28, 2014, 02:18:02 pm »
Citação de: "FoxTroop"
Olha, agradecido por teres reforçado ainda mais o que eu e o Edu temos dito aqui. Já te disse que mandas para o ar as coisas sem sequer teres a minima ideia sobre o que estás a falar. Um exemplo claro é o teu desconhecimento do que realmente é o "Apprenticeship", ou vires falar sobre o RVCC, um sistema criado nos países nórdicos e adaptado e desvirtuado à boa maneira portuguesa para enriquecer mais uns quantos  :roll:  :roll:  :roll:  :roll:

Não é só segundo as empresas, mesmo as organizações internacionais apontam o mesmo, é algo já velho que vem antes da Troika. Faz uma pesquisa no netempregos e podes verificar a quantidade elevada de ofertas que tem, a grande questão é: em 100 ofertas daquelas, quantas estás apto para concorrer? | E nas que não tens aptidões existem no mercado locais para formação para ti como adulto te puderes reconverter? Se existem eu estou interessado em saber.
O resto que dizes sim é verdade acontece, eu não o nego, mas também não generalizo, o anúncio de trabalho mais ridículo que hoje vi, também ele no netempregos pedia um técnico de electrónica recém formado mas com 5 anos de experiência lol.
Quanto à massa salarial, é preciso saber dados que por norma não são conhecidos, a empresa oferece 600 a 750€, mas qual é o seu lucro liquido? Não tenho dúvidas que é necessário valorizar o trabalhador esforçado e actualizado, mas é preciso saber ver o que está a falhar e nem tudo passa pela simplificação do "patrão malvado" antes fosse apenas isso.
Onde estão os locais para reconversão profissional de adultos? Um pedreiro que esteja desempregado e tenha o 12º ano onde pode dirigir-se para tirar um curso profissional? E uma pessoa com o curso de ciências sociais como se pode reconverter profissionalmente em algo que o mercado procura sem que passe pelo ensino superior?
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1819 em: Janeiro 07, 2015, 12:45:14 pm »
Ataque contra jornal faz pelo menos 12 mortos em França

Homens armados abriram fogo nas instalações do jornal satírico "Charlie Hebdo" e fugiram.
07-01-2015 11:08

Pelo menos 12 pessoas morreram e dez ficaram feridas num tiroteio registado na sede do jornal satírico "Charlie Hebdo", em Paris, avança a polícia. O ataque aconteceu pelas 11h30 locais.

Entre as vítimas mortais estão dois polícias, avançou uma fonte citada pela agência France Press. A informação já foi confirmada pelas forças de segurança.

Há quatro feridos entre a vida e a morte, adiantou o Presidente francês, que se deslocou ao local da tragédia. "A França está em choque", declarou. Francois Hollande não tem dúvidas de que se trata de um atentado terrorista, que ainda não foi reivindicado.

O Presidente anunciou um reforço da segurança noutros órgãos de comunicação social, em resultado do ataque desta quarta-feira ao final da manhã.

O atentado foi levado a cabo por dois ou três homens armados e encapuzados, que invadiram as instalações do semanário, perto da estação de Metro Richard-
Lenoir, e dispararam dezenas de tiros.

"Homens armados e encapuzados entraram no edifício com metralhadoras kalashnikovs", disse à agência Reuters uma testemunha, Benoit Bringer. Adiantou que passados alguns minutos ouviu tiros e viu os suspeitos a fugir.

"Acto terrorista"
Foi agendada para as 14h00 uma reunião do Governo no Palácio do Eliseu.

Os ministros do Interior, Bernard Cazeneuve, e o da Cultura, Fleur Pellerin, também já se deslocaram ao local da tragédia.  "Estamos perante um acto terrorista", declarou o ministro do Interior aos jornalistas.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, já condenou o atentado e diz que está ao lado da França no combate ao terrorismo.

Em declarações à SIC Notícias, o vereador da Câmara de Paris, Hermano Sanches Ruivo, disse que os motivos para o ataque ainda não são conhecidos e recordou as polémicas em que esteve envolvido o jornal satírico. A mais recente aconteceu na semana passada, quando o "Charlie Hebdo" publicou caricaturas sobre a morte do general Charles de Gaulle.

O jornal satírico foi ameaçado por radicais islâmicos por ter publicado, em 2011, caricaturas do profeta Maomé.

Um cartoon com o líder do EI
A última partilha do jornal nas redes sociais é um cartoon onde pode ver-se o líder do autoproclamado Estado Islâmico Al-Baghdadi. Foi publicado pelas 11h00 (hora de Portugal continental) no Facebook e também no Twitter. No cartoon pode ler-se "Já agora, os melhores votos". "E sobretudo, saúde".


O cartoon com Al-Baghdadi


A capa da edição desta quarta-feira

 :arrow: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... did=174017
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Cabeça de Martelo

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1820 em: Janeiro 07, 2015, 04:25:44 pm »
Xeique Munir: "Se não estão satisfeitos em viver num país liberal, podem emigrar"

Xeique David Munir. Foto: Filipe d'Avillez/ RR
Imã da Mesquita de Lisboa critica "actos bárbaros" que "utilizam o Islão de forma negativa", denigrindo a "mensagem da tolerância e da paz que ele transmite"

A comunidade muçulmana de Lisboa está chocada com o ataque ao jornal satírico francês "Charlie Hebdo", que fez 12 mortos, e cujos atiradores terão gritado "vingámos o profeta", de acordo com testemunhas citadas pelo jornal "Le Parisien".

"Estamos chocados porque não esperávamos que isto acontecesse e estas pessoas – que ainda não sabemos quem são, mas se forem muçulmanos preocupa-nos ainda mais – estão a denegrir a imagem do Islão", disse à Renascença o Xeique David Munir.

O Imã da Mesquita de Lisboa criticou estes "actos bárbaros de crueldade", que não são compatíveis com o ambiente de liberdade dos países liberais.

"Se não estão satisfeitos em viver num país liberal, podem emigrar e deixem-nos em paz", afirmou peremptório.

Na sua opinião, os autores do ataque "utilizam o Islão de forma negativa" e denigrem a "mensagem da tolerância e da paz que ele transmite".

O representante da comunidade muçulmana de Lisboa aponta uma solução para estes movimentos extremistas, que passa pela "educação, integração e fazer ver as pessoas de que é possível conviver com o seu próximo, independentemente da crença que tem".

"A minha liberdade acaba onde começa a liberdade do outro", lembra.

O atentado desta quarta-feira em Paris provocou, pelo menos 12 mortos, entre os quais dos agentes da polícia e quatro cartoonistas. Há oito feridos, quatro em estado grave.

Ao que tudo indica, dois homens armados com metralhadoras kalashnikov e um lança-rockets atacaram, esta quarta-feira cerca das 11h30 locais, a sede do jornal. O ataque ainda não foi reivindicado e os suspeitos conseguiram fugir.

O “Charlie Hebdo” publicou em 2011 caricaturas de Maomé, que tinham saído originalmente nas páginas de um jornal dinamarquês. Um episódio originou uma grande polémica e ameaças por parte de fundamentalistas islâmicos.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... did=174055

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1823 em: Janeiro 09, 2015, 07:15:52 pm »
Jyllands Posten não publicará mais cartoons de Maomé por motivos de segurança


O diário dinamarquês foi o primeiro a publicar os cartoons de Maomé em 2006, originando uma onda de protestos por todo o mundo islâmico.

O Jyllands Posten anunciou hoje que não publicará os cartoons de Maomé do jornal satírico Charlie Hebdo, atacado na quarta-feira por terroristas, por considerar que está em causa a segurança.

"Temos vivido com o medo de poder sofrer um ataque terrorista durante nove anos. E sim, é por essa razão que não publicamos os cartoons, nossos ou do Charlie-Hebdo. A preocupação com a segurança é de extrema importância", escreveu o jornal dinamarquês hoje em editoral.


DN


E depois dizem que não há medo !   :roll:
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1824 em: Janeiro 10, 2015, 06:17:29 pm »
Falta de meios tinha levado serviços secretos franceses a deixar de vigiar os irmãos Kouachi



Os irmãos Kouachi, suspeitos de terem sido os autores do atentado à redação do Charlie Hebdo na quarta-feira, já estavam referenciados pelos serviços secretos franceses há algum tempo como potenciais terroristas, mas as autoridades suspenderam a vigilância aos dois homens a meio do ano passado. A partir dessa altura, a principal prioridade passou a ser as pessoas que chegam à Europa de países como a Síria e o Iraque. E os meios não eram suficientes para cobrir todas as situações.

“Temos de fazer escolhas. Eram as pessoas que vinham da Síria que nos preocupavam”, afirma ao Wall Street Journal Christian Prouteau, fundador do grupo de intervenção da Gendarmerie, a polícia francesa que foi responsável pelo assalto à gráfica onde Said e Cherif Kouachi foram mortos.

Os serviços secretos franceses foram alertados pelos congéneres norte-americanos de que os irmãos tinham recebido treino militar no Iémen, junto da célula da Al-Qaeda existente naquele país. Depois de três anos de vigilância e sem que os Kouachi dessem sinais de atividades suspeitas, França decidiu deixar de seguir os dois homens, concentrando os esforços em informações relativas à Síria e ao Iraque, países para onde muitos cidadãos francófonos se têm dirigido para lutar nas fileiras do autoproclamado Estado Islâmico.

O facto de os Kouachi não fazerem nada foi interpretado pelas autoridades francesas como um sinal de que representariam baixo risco para o país, mas para os Estados Unidos significava precisamente o contrário. “Estes tipos estavam discretos há já muito tempo para poderem preparar alguma”, disse, por sua vez, um alto funcionário dos serviços secretos norte-americanos ao mesmo jornal.

Segundo o periódico canadiano The Globe and Mail, alguns vizinhos de Said e Cherif Kouachi, preocupados com o que se estaria a passar na casa dos dois irmãos, decidiram, há cerca de dois meses, forçar a porta do apartamento e encontraram “um esconderijo de armas” antes de serem surpreendidos pelos Kouachi, que regressavam nesse momento. Os vizinhos terão sido então ameaçados de que não deveriam dizer nada à polícia.

“Não se consegue monitorizar tudo ao mesmo tempo com a mesma qualidade e é por isso que se trocam informações”, diz um agente francês. As agências de informações secretas de todo o mundo comunicam entre si para vigiar zonas onde a sua presença não é tão forte. França, por exemplo, tem uma vasta rede no Norte de África e menos presença no Iémen, enquanto os Estados Unidos dependem dos franceses para monitorizar alguns países africanos.

Com o surgimento do ISIS, entretanto autodenominado Estado Islâmico, França viu-se a braços com um número bastante grande de pessoas suspeitas de poderem preparar ataques terroristas na Europa. Neste momento, os serviços secretos estarão a vigiar mais de 1.000 pessoas, o que, segundo os especialistas, torna difícil perceber quem realmente representa uma ameaça real.


Observador
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1825 em: Janeiro 10, 2015, 10:32:38 pm »
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1826 em: Janeiro 12, 2015, 12:45:29 am »
Off-topic mas referente à discussão enorme que anteriormente aqui houve sofre o desemprego, falta de pessoal qualificado, falta de formação adequada e umas quantas outras coisas:
Mike Rowe Asks Congress To Support More "Dirty Jobs"


Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1827 em: Janeiro 12, 2015, 01:25:11 pm »


e pronto são os canais de televisão que temos no nosso país, cheios de profissionalismo, isenção e tal ...  :roll:  :roll:
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1828 em: Janeiro 16, 2015, 04:51:48 pm »
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Luso

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1829 em: Janeiro 19, 2015, 09:32:10 pm »
Armazém de urânio sem vigilância é convite a terroristas

Luís Miguel Loureiro/David Araújo/Marcelo Sá Carvalho
 16 Jan, 2015, 21:33 / atualizado em 16 Jan, 2015, 21:33

O Sexta às 9 descobriu um armazém com cerca de 200 toneladas de urânio, capazes, segundo os especialistas, de provocar um ataque radiológico de grandes dimensões. Fica na Urgeiriça, no edifício da administração da antiga empresa nacional de urânio mas não está sujeito a qualquer plano de vigilância das autoridades. Este material com capacidade para envenenar populações e paralisar o país está apenas à guarda de uma empresa de segurança privada que só garante presença humana a partir das 4h da tarde. Nas últimas semanas, várias equipas do Sexta às 9 estiveram no local e testemunharam a facilidade com que se entra e sai do perímetro deste armazem de urânio.

https://www.youtube.com/watch?v=xeVwOko8Fo0


https://www.facebook.com/ricardoamaralpinto
(I´m so sexy for my shirt...)

http://www.portugal.gov.pt/en/the-gover ... prego.aspx
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...