Evidentemente, Alberto Joao Jardim non se pode cualificar a sí mesmo como independentista, posto que facer apoloxía do independentismo é delito en Portugal, e a ninguén lle gusta estar no cárcere, pero estas declaracións son, desde o punto de vista de quen as oe e as ve tódolos días nos xornáis e televisión nacionais, propios de quen quere "algo máis" para a súa "taifa".
Aquilo que ele quer é aquilo que no fundo todos os líderes do poder regional/local querem. Aumentar influência para a obtenção de fundos, fazer oposição e bater o pé a quem não alinhe nesta lógica. É só isto o que está em causa, embora e como já foi dito anteriormente, ele tenha uma forma muito particular (que eu não partilho) de o fazer. Falar de independentismo na Madeira é ridículo, é não ter a mais mínima ideia do que é a Madeira e do que são os madeirenses.
Também é lamentável ouvir certos comentários em relação aos madeirenses. Acima de tudo denotam a mais pura ignorância.
Os madeirenses assim como qualquer outro português cumpridor pagam os seus impostos, para além de pagar um elevado preço, como também já foi dito, pela sua insularidade. Parece-me hilariante falar em excessos de transferências de dinheiro para a Madeira, quando em Lisboa e no Porto, só para citar uns exemplos, se “derrete” dinheiro de uma forma escandalosa. Então como é que é? Esse não conta? Só se repara no que vai para as ilhas, que por sinal tem sido exemplarmente aproveitado?
É precisamente aí que reside a força do Alberto João Jardim: Na obra feita. Se assim não fosse, muitas das suas excentricidades não seriam toleradas. Aliás, o povo madeirense olha com um certo desdém para muitas das afirmações dele. Mas, há melhores alternativas? É aqui que está o cerne da questão. Se bem que para mim o ciclo dele acabou. Já nestas últimas eleições a maioria foi conseguida com algum “esforço”.
Por outro lado, não se pode acusar o povo madeirense do mais mínimo independentismo. Alguém tem conhecimento de algum movimento, manifestação ou movimentação neste sentido por parte do povo? Óbvio que não. Então por que sempre bater na tecla absurda de “se eles quiserem…”? A questão é que ninguém quer. Estes ruídos esporádicos que surgem de longe a longe é provocado por um número de dirigentes locais que não devem chegar as 20 pessoas. E isto como eu disse não passa de folclore político. Não é para levar a sério.
Talvez este pequeno excerto da biografia do Alberto João Jardim ajude a perceber um pouco isto tudo:
Cumpriu o serviço militar como Oficial de Acção Psicológica em Lisboa, e na Madeira.
:twisted: