Corrupção em Portugal

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Cabeça de Martelo

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #555 em: Outubro 09, 2012, 12:23:26 pm »
Ó P44, no entanto...



Ah pois é... :N-icon-Axe:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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P44

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #556 em: Outubro 11, 2012, 05:06:35 pm »
Cabeça seu comuna!!!! Isso são tudo calúnias! Toda a gente sabe que no PS(D) são todos Virgens e Vestais imaculadas!!!!
Basta ver que neste forum, tirando o bando de comunas maldizentes do costume (assim tipo eu, tu e o Luso  :P

 Fundo Social Europeu
Relvas ajudou empresa ligada a Passos a ter monopólio de formação em aeródromos do Centro

10.10.2012 - 22:20 Por José António Cerejo




    O projecto aprovado em 2004, no valor de 1,2 milhões de euros, destinava-se a formar centenas de técnicos municipais para trabalharem em sete pistas de aviação, parte delas fechadas, e em dois heliportos da região Centro. No total, estas pistas tinham dez funcionários, agora têm sete.

A Tecnoforma, empresa de que Passos Coelho foi consultor e depois gestor, conseguiu fazer aprovar na Comissão de Coordenação Regional do Centro (CCDRC), em 2004, um projecto financiado pelo programa Foral para formar centenas de funcionários municipais para funções em aeródromos daquela região que não existiam e nada previa que viessem a existir. Nas restantes quatro regiões do país a empresa apresentou projectos com o mesmo objectivo, mas foram todos rejeitados por não cumprirem os requisitos legais. As cinco candidaturas tinham como justificação principal as acrescidas exigências de segurança resultantes dos ataques às torres gémeas de Setembro de 2001.

O programa Foral era tutelado por Miguel Relvas, então secretário de Estado da Administração Local, e na região Centro o gestor do programa Foral (e presidente da CCDRC) era o antigo deputado do PSD Paulo Pereira Coelho, que foi contemporâneo de Passos Coelho e de Relvas na direcção da Juventude Social Democrata (ver PÚBLICO de segunda-feira).

O projecto da Tecnoforma destinado a formar técnicos para os aeródromos e heliportos municipais espalhados pelo país começou a ser preparado no início de 2003, deparando-se desde logo com dificuldades várias ao nível da aprovação dos cursos pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), a única entidade que os podia homologar, e da possibilidade de ser financiado pelos fundos europeus do programa Foral.

No Verão desse ano, a administração da Tecnoforma negociou o assunto com a secretaria de Estado da Administração Local e a 31 de Julho escreveu ao seu titular, Miguel Relvas, ao cuidado da sua então secretário pessoal (Helena Belmar), que agora ocupa as mesmas funções no gabinete de Passos Coelho. “Na sequência das reuniões que têm vindo a ser realizadas com a área dos Transportes e com a Secretaria de Estado da Administração Local fomos incumbidos de apresentar um projecto nacional” de formação de técnicos de aeródromos e heliportos municipais, lê-se no ofício.

Seis meses depois, a 23 de Janeiro de 2003, Miguel Relvas e Jorge Costa, então secretário de Estado das Obras Públicas (com a tutela do INAC) assinaram um protocolo que visava criar as condições para que o INAC aprovasse um conjunto de cursos para técnicos de aeródromos e heliportos municipais, que eram, palavra por palavra, os anteriormente propostos pelas Tecnoforma; e arranjar maneira de o programa Foral os pagar.

O documento estipulava também que o gabinete de Miguel Relvas deveria sensibilizar as empresas privadas de formação profissional, para se envolverem na formação desses técnicos, e autarquias que possuíam aeródromos e helipistas, para inscreverem os seus funcionários nos cursos.

Dezassete dias depois, a 9 de Fevereiro, a Tecnoforma, invocando aquele protocolo, candidatou-se, com dossiers de centenas de páginas, a financiamentos do Foral para realizar aqueles mesmos cursos nas cinco regiões do país. A candidatura maior, que previa 1063 formandos (correspondentes a um total entre 300 e 400 pessoas distintas, porque algumas poderiam frequentar vários cursos) foi entregue na região Centro e apontava para um custo global de 1,2 milhões de euros. E foi a única, que foi aprovada.

Foi aliás a mais cara de todas as que foram financiadas no quadro do programa Foral nos seis anos que este durou (2002-2008). O protocolo patrocinado por Miguel Relvas não foi objecto de qualquer espécie de divulgação e nenhuma empresa, além da Tecnoforma, se candidatou formar os tão necessários técnicos de aeródromos e heliportos municipais.

A execução do projecto da Tecnoforma, cujas contas finais foram assinadas por Pedro Passos Coelho em Março de 2007 (já com o PS no Governo), acabou por não ver aprovada a última das várias prorrogações solicitadas e revelou-se um fracasso. Dos 1063 formandos, a empresa acabou por formar apenas 425 (embora a esmagadora maioria deles tenha participado apenas em sessões de apresentação dos cursos) e em vez dos 1,2 milhões de euros recebeu cerca de 311 mil euros. Nenhum dos cursos que foram ministrados foi concluído e os 36 funcionários que municipais que os frequentaram nunca foram certificados pelo INAC. Leia mais na edição impressa de quinta-feira e na edição online para assinantes

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/rel ... 566812?p=2

maldicência...
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Luso

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #557 em: Outubro 11, 2012, 06:49:24 pm »
Eu devo ter ido a dezenas de "formações" dessas.
Nas primeiras julgava que ia aprender qualquer coisa. Depois constatei que era apenas um esquema para dinheiros e vaidades.
Numa delas, há uns 10 anos, o nosso primeiro lá palestrou qualquer coisa, umas banalidades qualquer sobre "redesenvolvimento industrial", que qualquer um dotado de vocabulário um nadinha mais sofisticado pode bocejar.
Quem está ligado a estas "formações" está indelevelmente "tingido".
No mínimo dos mínimos, chico-espertos.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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HSMW

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #558 em: Outubro 11, 2012, 10:29:16 pm »
Queixar? Até para isso já não há forças...  A podridão é demasiada...
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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P44

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #559 em: Outubro 14, 2012, 05:23:30 pm »
Investigação
Relvas e Passos agiram em simultâneo para angariar contratos para a Tecnoforma

13.10.2012 - 21:20 Por José António Cerejo

Registos da Ordem dos Arquitectos, testemunhos dos seus antigos dirigentes e sobretudo declarações de Relvas e de Passos – as do primeiro de 2004 e as do segundo de há dois meses – mostram que ambos trabalharam em simultâneo com o mesmo objectivo.



Helena Roseta afirmou em Junho, na televisão, que Miguel Relvas tentou convencer a Ordem dos Arquitectos (OA), de que ela era presidente, a candidatar-se, entre 2003 e 2004, a um projecto de formação profissional para arquitectos que trabalhassem nas câmaras municipais.

Relvas era então secretário de Estado da Administração Local e responsável pelo Foral, um programa financiado por fundos europeus e destinado a requalificar o pessoal das autarquias. E terá posto uma condição à Ordem: para o seu projecto ser aprovado teria de subcontratar a sua execução a uma empresa ligada a Passos Coelho. Esta parte da história é conhecida, tal como o facto de Roseta ter afirmado que não tinha nenhuma informação que lhe permitisse dizer que Passos Coelho estava ao corrente das diligências do seu amigo Relvas em favor da empresa.

O trabalho que o PÚBLICO publica neste domingo na sua edição impressa e para assinantes, na sequência de outros dois que publicou na semana passada sobre a Tecnoforma, a empresa de que Passos Coelho era consultor e depois foi gestor, mostra que, afinal, Passos tentou vender àquela entidade um projecto de formação profissional com contornos muito próximos daquele que Relvas propusera a Roseta.

A reunião entre o secretário de Estado e Helena Roseta ocorreu a meio do mês de Dezembro de 2003. Passos Coelho solicitou uma reunião à então presidente da Ordem menos de um mês depois. E Roseta, que tinha ficado desagradada com a conversa de Relvas – embora não lhe tenha dado uma resposta imediata porque a área da formação profissional dependia das secções regionais da Ordem –, escusou-se a recebê-lo.

Passos Coelho acabou por ser recebido por Leonor Cintra Gomes, também dirigente nacional da Ordem, e apresentou-lhe um projecto de protocolo que visava a colaboração entre a Tecnoforma e a OA, com vista à apresentação de candidaturas ao programa Foral.

Documentos guardados nos arquivos da Ordem, conjugados com testemunhos de alguns dos seus antigos dirigentes e funcionários, e com declarações de Relvas de 2004 e de Passos Coelho de há dois meses, não deixam agora margem para dúvidas. O actual primeiro-ministro e o seu ministro adjunto actuaram em simultâneo, com um objectivo coincidente: levar a Ordem dos Arquitectos a candidatar-se a um projecto de formação de arquitectos, no quadro do Foral, para prepararem planos de emergência e segurança de edifícios públicos.

Roseta diz que Relvas fez depender a viabilização do projecto que lhe foi apresentado da contratação da Tecnoforma. A informação agora reunida mostra que Passos Coelho apresentou à Ordem, pouco depois, um protocolo exactamente com a mesma finalidade do acordo proposto por Relvas a Roseta.

Passos Coelho diz que a Ordem dos Arquitectos recusou tudo, mas não há registos de que o tenha chegado a fazer formalmente.

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/rel ... ar-1567238
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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #560 em: Outubro 20, 2012, 11:05:32 am »
HOJE às 10:44


Passos Coelho «apanhado» em escutas no caso Monte Branco


O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foi «escutado fortuitamente no âmbito do processo Monte Branco», noticia este sábado o semanário Expresso. Segundo o jornal, no penúltimo dia no cargo como Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro pediu ao Supremo Tribunal de Justiça para validar escutas em que intervém Passos Coelho.

O caso Monte Branco, relativo a fraude fiscal e brabqueamento de capitais, envolve quatro banqueiros portugueses e suíços e um cambista, detidos em Maio. De acordo com o Expresso, Passos Coelho foi «apanhado» numa conversa telefónica escutada durante a investigação, embora a fonte do jornal não tenha conseguido indicar qual o interlocutor do primeiro-ministro.

O CD com a gravação foi entregue na Procuradoria-Geral da República pela directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida.

Posteriormente, Pinto Monteiro endereçou um pedido de validação ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha de Nascimento.

O procurador Rosário Teixeira, que lidera a investigação ao caso Monte Branco, não especificou no pedido de validação os motivos para considerar o teor da conversa suspeito, acrescenta a mesma fonte.

Na passada segunda-feira, o Público noticiou que o ministro-adjunto, Miguel Relvas, foi escutado numa conversa com José Maria Ricciardi, do Banco Espírito Santo Investimento (BESI), no âmbito do mesmo processo.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=597761
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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #561 em: Outubro 20, 2012, 11:29:33 am »

UIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII... ainda é vivo! :P

Não estou a conseguir colocar: http://www.youtube.com/watch?v=HyQ-LhTzzKo&feature=youtu.be
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #562 em: Outubro 20, 2012, 03:32:48 pm »
Citação de: "Cabecinhas"

UIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII... ainda é vivo! ;)

"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #563 em: Outubro 20, 2012, 05:12:07 pm »
Gracias, este é para si  :twisted:

Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #564 em: Outubro 31, 2012, 09:43:09 am »
Investigador aponta indícios de corrupção na implementação da TDT

Alexandra Sofia Costa 31 Out, 2012, 08:15 / atualizado em 31 Out, 2012, 09:33
O investigador da Universidade do Minho Sérgio Denicoli defende que há fortes indícios de corrupção na implementação da Televisão Digital Terrestre (TDT) em Portugal. O processo terá sido conduzido de forma a que a TDT não funcione em pleno.

Sérgio Denicoli considera que a PT foi a principal beneficiada pelo processo da TDT, levando novos clientes para a MEO. O investigador defendeu na terça-feira na Universidade do Minho a sua tese de Doutoramento em Ciências da Comunicação, especialidade de Sociologia da Comunicação e da Informação, intitulada “A implementação da televisão digital terrestre em Portugal”.

(com Sandra Henriques)

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=61
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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #565 em: Novembro 26, 2012, 12:53:01 pm »
Ex-gestores dos CTT respondem por danos de 13,5 milhões de euros
José Augusto Moreira  
26/11/2012 - 07:44

Citar
MP fala de gestão danosa. No centro do caso está um prédio em Coimbra que num só dia foi vendido por 14,8 milhões de euros e revendido por 20 milhões

Quase uma década depois dos factos e três anos após a acusação, três ex-administradores dos Correios e outros oito arguidos começam hoje a ser julgados no Tribunal de Coimbra, acusados de participação económica em negócio e gestão danosa. Além dos antigos administradores dos então CTT há também, entre os outros arguidos, figuras ligadas ao PSD. Alguns estão acusados por actos de corrupção.

Na acusação, o Ministério Público (MP) calcula que aquela empresa pública terá sido lesada em cerca de 13,5 milhões de euros em função de cinco actos de gestão, que vão desde a alienação de imóveis à contratação de serviços de consultoria e de formação até à extinção do Banco Postal.

Todos estes actos foram concretizados no mandato da equipa de gestão presidida pelo antigo secretário-geral do PSD Carlos Horta e Costa, que decorreu entre 2002 e 2005, abrangendo os governos liderados por Durão Barroso e Santana Lopes. Horta e Costa é um dos acusados, tal como outros dois administradores: Manuel Batista e Gonçalo Rocha.

Entre aqueles negócios avulta a venda do edifício central dos Correios de Coimbra, transacção que no mesmo dia proporcionou aos compradores uma mais-valia a rondar os 5,2 milhões de euros. Além de não ter havido qualquer concurso ou anúncio público sobre a intenção de venda por parte dos Correios, os mesmos compradores viriam meses depois a adquirir um outro prédio aos Correios, na Av. da República, em Lisboa, por 12,5 milhões.

Neste caso, o pagamento foi feito com um cheque que se verificou não ter provisão, isto, apesar de ter sido aceite com uma data de cinco dias após a assinatura da escritura. O "incidente" foi ultrapassado com um acordo em que os CTT exigiam apenas receber metade do montante que o comprador obtivesse com a venda do imóvel acima dos 12,5 milhões da compra.

Outras das particularidades deste negócio reside no facto de ele se ter concretizado antes de obtida a necessária autorização do Ministério das Finanças, então tutelado por Manuela Ferreira Leite. A escritura teve lugar a 30 de Dezembro de 2003 e só no dia seguinte é que seria emitida aquela autorização.

É, no entanto, no caso de Coimbra que entronca o grosso da acusação, o que terá, de resto, justificado que o processo tenha sido remetido para o tribunal desta cidade. A investigação teve origem numa denúncia anónima em 2005, mas o caso acabou por ter um impulso definitivo com os relatórios das averiguações da inspecção do Ministério das Obras Públicas e da Inspecção de Finanças, desencadeados após a tomada de posse do primeiro Governo de José Sócrates.

Além dos responsáveis pela administração dos Correios, a investigação da Polícia Judiciária apontou para o envolvimento de vários intermediários, neles se incluindo destacados militantes do PSD de Coimbra. Por um lado, era preciso assegurar o negócio de compra e, por outro, a imediata revenda a uma empresa do universo do Banco Espírito Santo, a ESAF, Espírito Santo Activos Financeiros, SA. Isso implicava garantia de rentabilidade, ou seja, de que haveria clientes para o arrendamento dos espaços, o que seria feito através de serviços e organismos públicos sediados na cidade.

O negócio concretizou-se a 20 de Março de 2003, com os CTT a venderem o prédio de Coimbra por pouco mais de 14,8 milhões de euros à empresa Demagre, que logo a seguir o revendeu à ESAF por 20 milhões. As escrituras foram feitas uma a seguir à outra no Cartório Notarial de Alcobaça e, logo a seguir, no mesmo dia, os gerentes da Demagre levantaram um milhão de euros em notas de 500 no banco ao lado, que os investigadores concluíram terem sido para luvas.

Outra singularidade do caso: a Demagre ser detida por empresas registadas no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas que só nesse mesmo dia foi adquirida pelos dois protagonistas do negócio. O seu capital social era de cinco mil euros.

Suspeitas de corrupção

Apesar de a Polícia Judiciária (PJ) ter encontrado documentos sugerindo o pagamento de luvas e comissões a vários intervenientes, o Ministério Público não conseguiu acusar muitos deles pelo crime de corrupção por não haver provas de que tenham recebido as verbas. Sintomático é o caso do milhão levantado em notas de 500 no banco em Alcobaça no dia das escrituras. O comprador, sócio da Demagre, foi obrigado a deixar no banco uma declaração dizendo que era para "pagamento de comissão de intermediação", tendo-lhe sido apreendida também uma lista com os supostos destinatários. Uma semana depois foram levantados da mesma conta, agora em Lisboa, mais 600 mil euros em 12 molhos de 50 mil, correspondendo a uma outra lista de seis destinatários com "dois molhos para cada".

No caso do milhão de Alcobaça, o empresário disse à PJ que o dinheiro foi logo ali entregue numa pasta ao seu advogado que estaria encarregado da distribuição. Este confirmou ter recebido a pasta, mas disse que se deslocou de imediato para o escritório do mesmo empresário, em Lisboa, onde a depositou. A PJ não encontrou, no entanto, quaisquer vestígios de passagem da viatura do advogado nesse dia pelas portagens da A1. Já quanto aos 600 mil euros em pacotes de 50 mil, os investigadores acabariam por encontrar alguns depósitos de 50 mil nas contas de parte dos destinatários da lista apreendida ao sócio da Demagre. Tudo isto acontece no âmbito de uma conta condicionada autorizada pelos máximos responsáveis do BCP, aberta pelos sócios da empresa compradora com vista ao negócio - ou seja, foi autorizado o levantamento daquele milhão e a emissão do cheque de 14,8 milhões, por antecipação à entrada do cheque de 20 milhões que a ESAF haveria de depositar para a compra do edifício de Coimbra.



Aqui um caso de corrupção com imagem de marca dos laranjinhas. E assim se vai desbastando o erario publico.
 

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Cabecinhas

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Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #567 em: Dezembro 07, 2012, 07:48:00 pm »
Assassinato politico à descarada.
 

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #568 em: Dezembro 08, 2012, 01:10:41 pm »
aos poucos a censura vai-se instalando. O Relvas e os amigos angolanos já conseguiram correr com o Nuno Santos da RTP, agora quiseram queimar outra voz incómoda.

Medina Carreira pode ter sido usado como nome de código para ocultar cliente
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2012/12 ... ar-cliente
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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #569 em: Dezembro 10, 2012, 03:25:19 pm »
Relvas... ou Don Corleonne?
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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