1- A citação que coloquei retirei-a de um documento em PDF que possuo no meu PC. Eu normalmente coloco sempre a fonte quando esta se encontra online. Basta consultar algumas das minhas mensagens. Quanto a isso esteja descansado, não houve manipulação da minha parte.
Esclarecido. Amanhã também me pode acontecer a mim, é um preço que se pode pagar quando se escreve e se participa num debate.
Agora não tendo sido sua a manipulação, de alguém foi. Quero dizer que as suas fontes, quem lhe organizou o dito ficheiro e/ou quem lho enviou, não são fiáveis, porque de facto houve truncagem (manipulação) da informação.
O cerne da questão é que, os submarinos estão quase prontos, e prestes a ser entregues à Armada graças a um governo de coligação, do qual era ministra das finanças a pessoa a que o senhor e o PS tentam agora dar a entender que considera ou considerou os submarinos um erro.
Não se convença disso. Então mas a frase que faltava no seu texto, e que no fim de contas vem nem mais nem menos do que alterar todo o sentido do que a sra. disse, não alterou em nada o modo como avalia as declarações de MFL? Ainda continua convencido que quem quer que seja que tenha retirado aquela (e apenas aquela!) frase o fez inadvertidamente? Acha a frase inócua?
O cerne da questão é que havia uma proposta do governo de António Guterres que previa a compra de 3 submarinos e que acabou por ser concretizada pelo governo de Durão Barroso, mas apenas para 2 unidades, GRAÇAS À OPOSIÇÃO e obstinada actuação da dra. MFL, ministra das finanças desse governo. Aqui abro um parêntesis para dizer que muito deve ter suado Paulo Portas para vencer a oposição da dra. MFL. Justiça lhe seja feita.
Meu caro, o que considerou um erro, foi "as condições absolutamente lesivas do interesse nacional em termos de taxa de juro" que se pretendia aplicar à aquisição, vinda do anterior Governo PS. A ideia chave é essa. Tudo o resto são aproveitamentos de palavras e frases tiradas do contexto.
Errado, ou meio certo, como queira. MFL considerou de facto um erro a operação de compra dos submarinos na forma como ela estava montada. Mas a sra. opôs-se com igual denodo à ideia da compra de submarinos, como ela própria ufanamente o admite, e se só afundou um foi porque não consegui afundar os 3 (salvé Paulo Portas!).
O argumento do deficit nestas circunstâncias é apenas uma desculpa. O que queria que a sra. dissesse? Que se opunha à compra dos submarinos porque:
- Estava mal disposta nesse dia?
- Lhe apeteceu?
- Achava preferível a aquisição de mais uma esquadrilha de F16?
É evidente que o argumento só poderia ser o deficit, não é verdade?
Volta a insistir nas palavras fora do contexto. Nesse caso peço-lhe para reler o que MFL disse e que postei na íntegra. Leia o que ela disse e não o que eu escrevi. Assim não haverá descontextualização possível.
Parece-me é que desta vez a minha memória funcionou melhor que o seu PDF.
Não tenha dúvidas que se tivesse sido o actual governo a tomar a decisão pura e simplesmente não tínhamos submarinos. Ponto final.
Concordo. E acrescento também que certamente não teríamos submarinos se MFL fosse 1º ministro. E diga ainda mais, estou convicto que se a sra. for chefe do próximo governo tudo fará para “afundar” os 2 submarinos que iremos receber, colocando-os à venda.
A meu ver o mérito da aquisição dos submarinos cabe, ao nível político, por inteiro a Paulo Portas. Por isso já há meses escrevi neste fórum que a decisão aparentemente errada de PP, dar prioridade aos submarinos em detrimento do Navpol, estava afinal certíssima. Se assim não tivesse acontecido, hoje provavelmente nem uma coisa nem outra.
Patético e criminoso é usar os submarinos como arma de arremesso político, criticando a sua compra, quando se preparam para avançar com um projecto absurdo e megalómano chamado TGV, que tem um custo estimado de 8.000 milhões de euros (sem contar com as derrapagens). INACREDITÁVEL!
A sra. É a favor de:
0 Kms de autoestradas;
0 Barragens;
0 TGV;
0 Aeroportos;
0 Modernização de Portos;
O que o faz pensar que não é a favor de 0 submarinos?
Dê-lhe lá esse crédito, afinal é ela que o reclama.
2- Não sou defensor de MFL em particular nem de quem quer que seja. Defendo, desde a minha modesta posição de cidadão que ama este país, Portugal e seus interesses. Se considerar que a pessoa A ou a organização B defende melhor esses mesmos interesses, também passam a ser defendidos e apoiados por mim. Simples.
Acredite que a esmagadora maioria dos portugueses defendem e querem o melhor para o seu país e são patriotas sim senhor. E isso é verdade tanto para aqueles que compartilham as suas opiniões, as minhas ou os que se lhes opõem. Simples.
Se o caro PedroM não se importa de:
- Portugal alienar os seus direitos soberanos ou jurisdicionais em favor de qualquer outro Estado, como seria o caso se abdicarmos de ter submarinos.
-Ter que nascer em território espanhol.
-Ter que ir a uma consulta em território espanhol.
-Ter no seio do governo iberistas confessos.
-Ter primeiros-ministros que gozam com reivindicações territoriais legítimas.
Eu importo-me. E muitos portugueses se importam. Cada vez mais. Felizmente.
Claro que me importo, eu e seguramente a larga maioria dos portugueses.
O que não acho é que seja legitimo retirar o “estatuto” de patriota a alguém e por maioria de razão, ainda menos a um 1º ministro do país, apenas porque assinou contratos transfronteiriços com Espanha para prestar melhores cuidados de saúde a uma população que de outro modo os não teria, ou porque se recusou a responder e ridicularizou um individuo que aprontou um número de circo numa cimeira onde foi GRITAR uma questão que ele sabia não ter resposta ali.
Por mim dou por terminado este assunto dos submarinos/MFL/patriotismo.
A minha intenção até era demonstrar que a dra. MFL nunca deverá ver o seu patriotismo questionado por causa da questão dos submarinos, dê este assunto as voltas que der, e afinal,por pouco a sra. quase acabava a fazer parte da sua lista de “não patriotas”. Ele há cada uma…