Corrupção em Portugal

  • 997 Respostas
  • 249679 Visualizações
*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 23279
  • Recebeu: 4230 vez(es)
  • Enviou: 2996 vez(es)
  • +3077/-4559
(sem assunto)
« Responder #300 em: Abril 11, 2009, 12:26:47 pm »
Meus senhores se me "conhecem", sabem que eu não sou nem nuna fui Socialista nem apoiante do PM. No entanto têm que perceber algumas coisas:

SE o PR dissolver neste momento a Assembleia da República seria provavel que o Sócrates fosse reeleito (mesmo sem maioria absoluta);

Que essa do "outros" países não pega, já que temos vários países a serem liderados por pessoas que estiveram ou estão sobre suspeita;

Portugal precisa de estabilidade para conseguir sobreviver à crise financeira. Eu pessoalmente prefiro ter um PM fragilizado por suspeitas, do que um PM que está sobre suspeita de algo e é reposto no cargo pelos Portugueses (ganhando desta forma credibilidade e força politica).

Espero que quando haja eleições ele caia do poleiro.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

*

Jorge Pereira

  • Administrador
  • *****
  • 2229
  • Recebeu: 90 vez(es)
  • Enviou: 122 vez(es)
  • +118/-259
    • http://forumdefesa.com
(sem assunto)
« Responder #301 em: Abril 11, 2009, 03:42:13 pm »
Citação de: "AC"
Citação de: "Luso"
E mais: no caso da TVI, os factos não foram desmentidos pelos "acusados".

Se está a falar do vídeo em que o Charles Smith diz que o Sócrates é corrupto, o Charles Smith emitiu uns dias depois um comunicado em que afirmava que «é falso que alguma vez, naquelas reuniões, ou em qualquer outra oportunidade, me tenha referido ao primeiro-ministro de forma injuriosa, bem como a qualquer outro político, ou tenha oferecido, ou prometido contrapartida, ou vantagem, para obter o licenciamento do Freeport»


Agora entramos na fase das cortinas de fumo e de achar que somos todos uma cambada de burros e amorfos:

Então isto?

Citação de: "TOMSK"
A conversa que incrimina Sócrates



Alan Perkins: O que desencadeou a acção da polícia? A queixa era sobre corrupção...
Charles Smith: O primeiro-ministro, o ministro do Ambiente é corrupto.
Alan Perkins: Quando tudo estava a ser construído qual era a posição dele?
Charles Smith: Este tipo, Sócrates, no final de Fevereiro, Março de 2002, estava no Governo. Era ministro do Ambiente. Ele é o tipo que aprovou este projecto. Ele aprovou na última semana do mandato, dos quatro anos. Em primeiro lugar, foi suspeito que ele o tenha aprovado no último dia do cargo... E não foi por dinheiro na altura, entende?Isto foi mesmo ser estúpido...
Alan Perkins:Quando foram feitos os pagamentos? Como estava em posição de receber pagamentos se aprovou o projecto no último dia do cargo?
Charles Smith: Foram feitos depois. Ele pediu dinheiro a dada altura, mas não...

Charles Smith: João, foi aprovado e os pagamentos foram posteriormente?
João Cabral: Certamente... Houve um acordo em Janeiro. Eles tinham um acordo com o homem do Sócrates, penso que é em Janeiro.

Charles Smith: Sean (Collidge) reuniu-se com o tipo. Sean reuniu-se com funcionários dele, percebe? Sean e Gary (Russel) reuniram-se com eles.
Alan Perkins: Houve um acordo para pagar?
Charles Smith: Para pagar uma contribuição para o partido deles.

Charles Smith: Nós fomos o correio. Apenas recebemos o dinheiro deles. Demos o dinheiro a um primo... a um homem...
Alan Perkins: Mas como o Freeport vos fez chegar esse dinheiro?
Charles Smith: Passou pelas nossas contas
Alan Perkins: Facturaram ao Freeport, ok?
Charles Smith: Ao abrigo deste contrato. Era originalmente para ser 500 mil aqui, desacelerámos, parámos a este nível, certo? Isso foi discutido na reunião, lembra-se? Ele disse: «Nós não queremos pagar». Se ler esse contrato, diz aí que recebemos três tranches de 50, 50, 50... Gary disse: «Enviamos o dinheiro para a conta da vossa empresa».

http://www.tvi24.iol.pt/politica/tvi24- ... -4072.html


Será que temos que pedir à CIA e à NSA que confirme a veracidade e autenticidade do DVD?

Não, não, esperem lá, afinal o Mr. Smith confirmou-o:

Citar
Freeport: Charles Smith admite que DVD é verdadeiro

Charles Smith confessou a autenticidade do DVD onde aparece a dizer que José Sócrates "é corrupto". Segundo a TVI, a confissão foi feita aos investigadores ingleses.

A mesma estação de televisão garante ainda que o escocês disse que não sabia que estava a ser gravado, apesar de admitir ser o autor das declarações.

No entanto, depois da TVI ter divulgado a gravação Smith emitiu um comunicado a negar ter injuriado o primeiro-ministro.

http://aeiou.expresso.pt/freeport_charl ... ..=f506039

Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

*

PedroM

  • 167
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #302 em: Abril 11, 2009, 04:30:49 pm »
Essa conversa do DVD é mais do mesmo.

Trata-se do sr. Smith a ser apertado pelo seu novo patrão e a tentar justificar o desaparecimento de 4 milhões de euros. Penso que não haverá dúvidas de que o DVD é autentico, as dúvidas e muitas existem é sobre se o que o sr. Smith nele diz é verdade.

E aqui voltamos sempre à "vaca fria". Ou o ministério publico consegue que o sr. Smith diga como, quando e onde pagou a Sócrates ou então iliba o PM de qualquer responsabilidade neste caso e prossegue as investigações contra aqueles titulares das contas bancárias por onde o dinheiro passou. Isto já foi dito várias vezes e é aqui que voltamos sempre, não é assim?

A mim parece-me que a investigação a Sócrates está num beco sem saída, caso contrário todos saberiamos já que os milhões teriam passado passado pelas contas do PM e em que offshores isso teria acontecido.
Em minha opinião o sr. Smith ao ver-se apertado pelo seu novo patrão sobre o desaparecimento dos tais 4 milhões de euros, não encontrou melhor do que dizer que tinham sido para corromper o ministro do ambiente da altura. Ao dizer isto não sonhou que estava a ser gravado. Curioso é que o próprio patrão do sr. Smith parece duvidar do que este lhe diz, pois pergunta-lhe "quando teriam sido feitos os pagamentos?", ao que o dito sr. responde "em 2002 e 2003".
O novo patrão do sr. Smith volta à carga e pergunta "Que cargo ocupava então o sr. Sócrates?"
A esta questão o sr. Smith responde "Nenhum, era o lider da oposição".
Perante esta resposta, talvez inesperada, o patrão do sr. Smith volta à carga e questiona "Então esse sr. não ocupava nenhum cargo e ainda assim fizeram os pagamentos durante 2 anos?".
Resposta do sr. Smith "Sim, tinhamos um acordo.".

Este dialogo espectacular aparece no DVD e tem lugar não uma mas duas vezes.
Com efeito o novo patrão do sr. Smith parece ter atribuido pouca credibilidade ao relato do seu colaborador, talvez por achar estranho aquele pormenorzinho de ser fazer pagamentos durante 2 anos ao lider da oposição, e questionou-o 2ª vez, talvez para ficar tudo bem explicito no DVD.

Seja como for estou tranquilo neste caso. Como já disse o PM deve ser o português mais investigado de sempre e estou seguro que tudo o que for possivel investigar será investigado, não ficará pedra por virar na vida do PM. Por isso desta vez pelo menos vou ter a certeza de que se não houver acusação é porque nada houve.
Tomara poder dizer o mesmo a respeito de tantos outros casos.
 

*

Jorge Pereira

  • Administrador
  • *****
  • 2229
  • Recebeu: 90 vez(es)
  • Enviou: 122 vez(es)
  • +118/-259
    • http://forumdefesa.com
(sem assunto)
« Responder #303 em: Abril 11, 2009, 04:55:00 pm »
Citação de: "TOMSK"
Perguntas



Porque é que o cidadão José Sócrates ainda não foi constituído arguido no processo Freeport?
Porque é que Charles Smith e Manuel Pedro foram constituídos arguidos e José Sócrates não foi?
Como é que, estando o epicentro de todo o caso situado num despacho de aprovação exarado no Ministério de Sócrates, ainda ninguém desse Ministério foi constituído arguido?
Como é que, havendo suspeitas de irregularidades num Ministério tutelado por José Sócrates, ele não está sequer a ser objecto de investigação?
Com que fundamento é que o procurador-geral da República passa atestados públicos de inocência ao primeiro-ministro?
Como é que pode garantir essa inocência se o primeiro-ministro não foi nem está a ser investigado?
Como é possível não ser necessário investigar José Sócrates se as dúvidas se centram em áreas da sua responsabilidade directa?
Como é possível não o investigar face a todos os indícios já conhecidos? Que pressões estão a ser feitas sobre os magistrados do Ministério Público que trabalham no caso Freeport?
A quem é que o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público se está a referir?
Se, como dizem, o estatuto de arguido protege quem o recebe, porque é José Sócrates não é objecto dessa protecção institucional?
Será que face ao conjunto de elementos insofismáveis e já públicos qualquer outro cidadão não teria já sido constituído arguido?
Haverá duas justiças?
Será que qualquer outro cidadão não estaria já a ser investigado?
Como é que as embaixadas em Lisboa estarão a informar os seus governos sobre o caso Freeport?
O que é que dirão do primeiro-ministro de Portugal?
O que é que dirão da justiça em Portugal?
O que é que estarão a dizer de Portugal?
Que efeito estará tudo isto a ter na respeitabilidade do país?
Que efeitos terá um Primeiro-ministro na situação de José Sócrates no rating de confiança financeira da República Portuguesa?
Quantos pontos a mais de juros é que nos estão a cobrar devido à desconfiança que isto inspira lá fora?
E cá dentro também?
Que efeitos terá um caso como o Freeport na auto-estima dos portugueses?
Quanto é que nos vai custar o caso Freeport?
Será que havia ambiente para serem trocados favores por dinheiros no Ministério que José Sócrates tutelou?
Se não havia, porque é que José Sócrates, como a lei o prevê, não se constitui assistente no processo Freeport para, com o seu conhecimento único dos factos, ajudar o Ministério Público a levar a investigação a bom termo?
Como é que a TVI conseguiu a gravação da conversa sobre o Freeport? Quem é que no Reino Unido está tão ultrajado e zangado com Sócrates para a divulgar?
E em Portugal, porque é que a Procuradoria-Geral da República ignorou a gravação quando lhe foi apresentada?
E o que é que vai fazer agora que o registo é público?
Porque é que o presidente da República não se pronuncia sobre isto? Nem convoca o Conselho de Estado?
Como é que, a meio de um processo de investigação jornalística, a ERC se atreve a admoestar a informação da TVI anunciando que a tem sob olho?
Será que José Sócrates entendeu que a imensa vaia que levou no CCB na sexta à noite não foi só por ter feito atrasar meia hora o início da ópera?

in: Jornal de Notícias de 30-03-2009
Mário Crespo

Afinal, estamos a falar deste senhor, um exemplo de patriotismo:

Citar
SÓCRATES E OLIVENÇA
 

Há jornalistas que nos fazem continuar a acreditar que a liberdade de opinião teima em resistir.

Assim sucedeu no final da XXIII Cimeira Ibérica de Braga, no dia 19 de Janeiro de 2008. Um jornalista da RTP teve a coragem de perguntar ao Primeiro Ministro José Sócrates o que pensava da presença, uma vez mais, de gente a questionar o problema de Olivença. Visivelmente surpreendido, o estadista português disse que tal presença se inseria no folclore habitual de tais eventos... esquecendo-se de referir que os "Amigos de Olivença" foram impedidos de exibir uma faixa ("Olivença é Terra Portuguesa"), salvo se a cinco (!!!) quilómetros de distância, sob ameaça de prisão. O Jornalista insistiu, referindo que talvez fosse tempo de abordar a questão em tais cimeiras. Sócrates repetiu-lhe que tal "situação" se verificava há quinze anos, e que, tal como sempre os vários primeiros-ministros o faziam, considerava tal um folclore. O profissional da Informação reformulou inteligentemente a pergunta, inquirido se, afinal, o problema de Olivença estivera ou não na agenda. O Primeiro-Ministro disse simplesmente que não.

Não chegou, pois, ao extremo de dizer que o problema não existia, o que constituiria algo grave, dada a existência de documentos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, com menos de dois meses, em que é afirmado claramente que Portugal nada fará que ponha em causa os Direitos de Portugal sobre a Região de Olivença. Talvez Sócrates se tenha lembrado que as águas do Alqueva são quase exclusivamente portuguesas por causa de Portugal manter esta posição.
Compreende-se que, em nome do politicamente correcto, se evitem abrir feridas, de parte a parte, nestas cimeiras, embora seja muito discutível a sua real utilidade partindo destes pressupostos. Compreende-se que se façam concessões... e viu-se a rapidez com que o Governo Português prometeu mudar legislação para que os médicos espanhóis não vissem os seus carros multados em Portugal. Parece que nestas cimeiras há um estado que não deixa passar "nada em claro"(e faz muito bem !)e não adia problemas. Critérios, enfim!

É muito lamentável, todavia, a classificação de "folclore" para tais manifestações. Por um lado, faz recordar o episódio do barco português enviado a Timor com Ramalho Eanes como passageiro, que foi barrado por navios indonésios e classificado como "folclórico" por Jacarta. Sócrates, aqui, não foi feliz. Por outro lado, levanta algumas questões práticas: considerará Sócrates "folclóricas" as habituais contestações espanholas à presença britânica em Gibraltar? Ou insinuará que os "manifestantes por Olivença" deverão mostrar-se com trajes folclóricos oliventinos (alentejanos)? Talvez assim as autoridades não os impeçam de exibir uma faixa.

Devo a José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa respeito enquanto Primeiro-Ministro do meu País. Mas não sou obrigado a concordar com ele. E lamento que, falando em nome do País, produza tão infelizes adjectivações..

Estremoz, 19 de Janeiro de 2008
Carlos Eduardo da Cruz Luna
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

*

PedroM

  • 167
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #304 em: Abril 11, 2009, 05:32:41 pm »
Quanto às numerosas e "crespas" questões, só 2 perguntas:

- Alguém tem dúvidas de que José Socrates está a ser investigado?

- Se não foi constituído arguido é porque não há qualquer prova que sustente uma decisão dessas, não há qualquer FACTO que o incrimine.
Se há quem pensa o contrário mais uma vez digo: Venham aqui dizer quais são!

Ao contrário dos julgamentos de carácter que se fazem gratuitamente na comunicação social e na blogosfera, para considerar alguém arguido num processo judicial e necessário que haja fundadas suspeitas, baseadas obviamente em factos que possam ser provados.
Este pormenorzinho dos FACTOS é muito importante, se assim não fosse qualquer um podia incrimar quem quer que fosse bastando para tal inventar uma qualquer história incriminatória. Ora não pode ser assim, não é verdade?

No que se refere a Olivença este não é o tópico para discutir isso.
Além do mais que eu saiba não há ninguém com legitimidade para passar atestados de patriotismo ou para não os passar. Seja ao PM seja a quem for.
 

*

Jorge Pereira

  • Administrador
  • *****
  • 2229
  • Recebeu: 90 vez(es)
  • Enviou: 122 vez(es)
  • +118/-259
    • http://forumdefesa.com
(sem assunto)
« Responder #305 em: Abril 11, 2009, 06:14:32 pm »
Citação de: "PedroM"

Além do mais que eu saiba não há ninguém com legitimidade para passar atestados de patriotismo ou para não os passar. Seja ao PM seja a quem for.



O "estatuto" de patriota não é passado por ninguém. Conquista-se! Pelas palavras, mas acima de tudo, pelos actos.

O povo (todos nós) não comprometido com outros interesses, e que colocam acima de tudo o País, percebe isso perfeitamente. Basta estar atento e juntar as "peças".

Esses facilmente compreendem equações "complexas" como os casos Casa Pia, Operação Furacão, Freeport, etc.
« Última modificação: Abril 11, 2009, 06:47:49 pm por Jorge Pereira »
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

*

AC

  • Perito
  • **
  • 398
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #306 em: Abril 11, 2009, 06:27:40 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Então isto?

Citar
Freeport: Charles Smith admite que DVD é verdadeiro

Charles Smith confessou a autenticidade do DVD onde aparece a dizer que José Sócrates "é corrupto". Segundo a TVI, a confissão foi feita aos investigadores ingleses.

A mesma estação de televisão garante ainda que o escocês disse que não sabia que estava a ser gravado, apesar de admitir ser o autor das declarações.

No entanto, depois da TVI ter divulgado a gravação Smith emitiu um comunicado a negar ter injuriado o primeiro-ministro.

http://aeiou.expresso.pt/freeport_charl ... ..=f506039



Não me vou por a discutir se a gravação existe mesmo e o Sócrates é mesmo corrupto ou não.
Eu estava apenas a responder à afirmação do Luso de que nenhum dos visados teria desmentido as afirmações.
 

*

PedroM

  • 167
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #307 em: Abril 11, 2009, 10:41:20 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Citação de: "PedroM"

Além do mais que eu saiba não há ninguém com legitimidade para passar atestados de patriotismo ou para não os passar. Seja ao PM seja a quem for.


O "estatuto" de patriota não é passado por ninguém. Conquista-se! Pelas palavras, mas acima de tudo, pelos actos.

O povo (todos nós) não comprometido com outros interesses, e que colocam acima de tudo o País, percebe isso perfeitamente. Basta estar atento e juntar as "peças".

Esses facilmente compreendem equações "complexas" como os casos Casa Pia, Operação Furacão, Freeport, etc.


Isso é meia verdade.
A outra metade é que ninguém deve ver o seu patriotismo posto em causa sem razões fortes para tal. Assim como o bom nome, a honestidade, também o patriotismo faz parte daquele "património" de valores a que todos temos direito até prova em contrário. Mas suponho que isto seja pregar no deserto... se o é quanto ao bom nome e honestidade, porque não o há-de ser quando é de patriotismo que se fala?

E já agora para encerrar a questão do patriotismo, que foi aqui posta "a martelo" à falta de melhores argumentos, você acha mesmo que os factos que transcreveu são suficientes para acusar um PM de falta de patriotismo? Eu acho que não.
E não é só por ser este PM, podia ser qualquer outro de qualquer partido que continuaria a pensar o mesmo. Dou-lhe até um exemplo.

A Dra. Manuela Ferreira Leite gabou-se publicamente há cerca de 3 ou 4 meses de ter "afundado" o terceiro submarino português.

As palavras da sra., que eu ouvi, não li nem ouvi ninguém dizer, ouvi da boca dela repito, foram de uma clareza inquestionável, ou seja não são facilmente deturpáveis, e mais palavra menos palavra a coisa saiu-lhe assim:

"O governo preparava-se para encomendar 3 submarinos, coisa que considerei um erro tremendo e foi graças à minha intervenção enquanto ministra das finanças que se passou de 3 para 2 minorando-se assim o erro cometido".

Ora quando esta questão foi abordada aqui no fórum o caro Jorge Pereira veio por em dúvida que a sra. tivesse realmente dito o que disse, que ela deveria ter dito não o que efectivamente disse, mas outra coisa qualquer bem menos gravosa. Isto é verdade e o seu post ainda deve estar para aí num qualquer tópico.

Perante isto podemos considerar que MFL não é patriota? E você? Como fica nesta história? É patriota ou não?

E se MFL ganhar as próximas eleições, chefiar o próximo governo e "afundar" os outros 2 submarinos, colocando-os à venda, como certamente sucederá se ela for de facto 1ª ministra de um governo que tenha de os pagar e incluir nas contas do deficit do estado?

Será só nessa altura que deve ser considerada antipatriota?

Pois eu digo-lhe, quanto a mim nem MLF nem obviamente o Jorge Pereira merecem que se ponha o patriotismo de ambos em causa, dê esta história dos submarinos a volta que der.

É preciso saber distinguir entre divergência de opiniões, que devem ser combatidas e contrariadas por todos os meios legitimos e falta de patriotismo.

Ser patriota é algo que todos os portugueses têm direito a sentir e não se pode tirar isso de ninguém sem razão maior e nunca confundir divergência de opiniões com falta de patriotismo.

Posto isto siga para bingo o debate sobre a corrupção, que o patriotismo é para se sentir e exercer não para se proclamar.
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8711
  • Recebeu: 1858 vez(es)
  • Enviou: 816 vez(es)
  • +1079/-10620
(sem assunto)
« Responder #308 em: Abril 11, 2009, 10:44:55 pm »
Mas quem é que falou na Nelita Ferreita Leite, Pedro?
Ela vale o que vale (nada, para mim) mas não foi isso que me trouxe aqui...
Fala-se de corrupção e sobretudo de Sócrates.

Quem é que falou na Nelita?

Não faça spin, Pedro...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

PedroM

  • 167
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #309 em: Abril 12, 2009, 12:55:51 am »
Luso,

Acho que você percebeu que a MFL foi "chamada" aqui um pouco à pressa unicamente para responder a um tema que por sua vez tinha sido colocado aqui "a martelo", o patriotismo. E somente para ilustrar que independentemente das simpatias políticas de cada um em nenhum momento se deve confundir diferenças de opinião com falta de patriotismo.

Siga o debate sobre a corrupção.

Se você acha que o Socrates é corrupto venha lá então dizer porquê. Vamos lá a ver se é desta!

Por mim quanto ao caso Freeport é deixar trabalhar os magistrados e os polícias encarregues do caso. Se no fim se provar que o PM é culpado que seja demitido e que responda perante a justiça.
Se for ilibado que este caso sirva de lição a todos os juízes e carrascos que já o condenaram e executaram na praça pública sem a mais pequena prova de que ele tenha de facto recebido um euro que seja. Nesse caso fico eu e também muitos portugueses à espera que algumas desculpas sejam avançadas. Algumas aqui neste fórum, também.

Mas o mais importante de tudo é que este caso contribua para que a opinião pública desperte para as insuficiências, os podres e as debilidades da justiça e que se crie um clima propicio para que finalmente se possa começar a reformar a justiça. Se isto acontecer pelo menos para alguma coisa terá valido todo este carnaval.
 

*

Jorge Pereira

  • Administrador
  • *****
  • 2229
  • Recebeu: 90 vez(es)
  • Enviou: 122 vez(es)
  • +118/-259
    • http://forumdefesa.com
(sem assunto)
« Responder #310 em: Abril 12, 2009, 02:58:00 am »
Citação de: "PedroM"
E já agora para encerrar a questão do patriotismo, que foi aqui posta "a martelo" à falta de melhores argumentos, você acha mesmo que os factos que transcreveu são suficientes para acusar um PM de falta de patriotismo? Eu acho que não.

Infelizmente para este país, posso-lhe dar muitos mais:

Citar
Un político portugués que se declara ´iberista confeso´
 
   
Mario Lino defiende la historia y el futuro común de España y Portugal.

http://www.farodevigo.es/secciones/noti ... mplar=2611


Esta vergonha (para não lhe chamar outro nome) está aqui “chapado” num jornal espanhol. Fez correr muita tinta e até provocou uma queixa na PGR por um grupo de Oficiais retirados das Forças Armadas.

O primeiro-ministro como máximo responsável pelo seus membros de governo o que fez? Demitiu-o? Demarcou-se sequer destas declarações que foram motivo de chacota além fronteiras e envergonhou e revoltou quem se diz e sente orgulho de ser português?

Não. Como tal pode-se deduzir que partilha desse “ideal”.


Citar
Nascer em Espanha...

Anos atrás, tive que me deslocar ao Canadá em serviço. Mais propriamente à sua capital, a cidade de Ottawa. Como tive um dia livre antes de iniciar a viagem de regresso a Portugal, aproveitei para fazer de autocarro um circuito turístico pela cidade. Fiquei maravilhado com o que vi. Uma cidade moderna com belos edifícios, bem delineada, onde a paisagem urbana alterna com bosques, cascatas, canais, e magníficos jardins. Tudo muito limpo e arrumado.

Mas não é para descrever esta bela cidade que estou a “teclar” estas linhas. O que pretendo aqui é chamar a atenção para um pequeno pormenor que nunca esqueci e que hoje me parece oportuno recordar. Numa unidade hospitalar da cidade, há um quarto que, ainda hoje, é território holandês.

A história é simples. A família real holandesa teve que abandonar a sua Pátria para não ser feita prisioneira pelas tropas de Hitler, aquando da ocupação da Holanda pelos alemães, na segunda guerra mundial. E a princesa Juliana, mãe da actual rainha Beatriz, refugiou-se posteriormente na capital canadiana onde, em 1943, deu à luz uma menina, a terceira, a quem deu o nome de Margriet. Porém, para que um membro dessa família não nascesse fora do território nacional, as autoridades canadianas concordaram em que o referido quarto do hospital fosse considerado para todos os efeitos território holandês.

Este curioso episódio, apesar de ter acontecido apenas porque se tratava de membros da realeza, não deixa de ter significado pelo que revela da importância de se nascer em solo pátrio. Magriet podia muito bem ter nascido no Canadá e ser registada no seu Consulado como cidadã holandesa. Mas foi assim, porque o local de nascimento é, por tradição, um factor de grande peso na assunção da nacionalidade. Uma espécie de direito natural inalienável.

Desgraçadamente, em Portugal, os mais altos responsáveis da Nação já não pensam assim e as futuras mães da região de Elvas vão ter que dar à luz em solo espanhol. Uma vergonha! E parece-me impensável que qualquer outro país que se preze enverede por tal política. A começar pelos nuestros hermanos, que nunca se sujeitariam a semelhante humilhação.
                                     
Pelos vistos, nascer em solo pátrio é de somenos importância face à poupança de uns miseráveis trocos que, diga-se em abono da verdade, não terão grande peso na economia do país, tal é o descaminho que os dinheiros públicos estão a levar. Embora seja inviável garantir que todos os filhos de emigrantes portugueses nasçam em solo pátrio, como aconteceu à princesa holandesa, parece da mais elementar decência que se garanta tal situação a quem viva no País.

É evidente que o próximo passo na senda da poupança será, fatalmente, pedir aos espanhóis que nos venham governar porque, como se tem visto, com portugueses fica demasiado caro. Para lá de dar mau resultado.


Costa Monteiro


Penso não ser necessário mais comentários…


Sobre um recente acordo de cooperação transfronteiriça na área da saúde:


Citar
Porém Pedro Nunes, bastonário da Ordem dos Médicos considerou que o acordo luso-espanhol «é uma perda de soberania». Para o bastonário, o acordo de cooperação «é perigosíssimo e é um risco enorme para o futuro se corresponder a um desinvestimento de Portugal na saúde nas regiões periféricas».


Lembra-se quando o nosso primeiro-ministro disse que a sua prioridade era Espanha, Espanha, Espanha?

De facto tinha razão!:roll:



E já que tocou no tema dos submarinos:

Citar

Sentido de Estado. Merecíamos mais

Nuno Vieira Matias, ex-chefe do Estado-Maior da Armada, almirante reformado

Se não tivesse visto, não teria acreditado no que o ministro da Economia, senhor Manuel Pinho, disse acerca dos submarinos portugueses no programa televisivo Prós e Contras. Fiquei perplexo com a ignorância demonstrada e também com a falta de sentido de Estado que alardeou. Insistentemente, o senhor ministro acusou com veemência a "oposição de direita de aprovar a compra de submarinos por mil miIhões de euros... compra disparatada, porque os três submarinos não servem rigorosamente para nada".

Pelos vistos, ignorou, ou quis ignorar, que o Sistema de Forças Nacional aprovado em 1998, sob proposta de um governo PS, já previa, como anteriormente, três submarinos.

Ignorou, igualmente, que o Dispositivo de Forças, aprovado nesse ano por um ministro da Defesa desse mesmo Governo, incluiu "três submarinos diesel eléctricos", com a anotação "em processo de substituição".

Ignorou também que a Assembleia da República aprovou, em sucessivas leis de programação militar (LPM), o programa de aquisição de três submarinos, com notável consenso. Cito apenas a Lei Orgânica 5/2001, de I4 de Novembro, que aprovou a LPM onde foram apontados quase
360 milhões de contos para esse programa. ao longo de um largo período de tempo.

Voltou a ignorar que foi um Govemo do PS que lançou o demorado processo de aquisição dos submarinos e até chegou a seleccionar os dois concorrentes finais, de entre os cinco que apresentaram propostas de fornecimento.

Ignorou, e isso é ainda mais grave, que o processo de aquisição dos submarinos impõe um programa de contrapartidas para a economia nacional, de valor pelo menos igual ao custo dos navios.

O desconhecimento, se foi disso que se tratou, teria sido rapidamente ultrapassado com uma explicação séria, caso tivesse havido vontade de a procurar. Já a falta de sentido de Estado, ostentada repetidamente, é mais difícil de suprir. Não é que a um ministro se deva exigir que saiba de submarinos, mas de um cidadão é de esperar que conheça o País que somos e que muitos de nós exigimos que continue a ser.

Esse País, Portugal, tem um território descontínuo com a maior zona marítima da UE e, amenos que alguém pretenda alienar os seus direitos soberanos ou jurisdicionais em favor de qualquer outro Estado, é ao nosso que incumbe proteger, também nesse espaço, os nossos interesses contra velhos e contra novos e imprevisíveis riscos e ameaças.

Para isso, como para a participação em forças de alianças e coligações de que Portugal faz parte, é preciso uma Marinha e esta, para ser minimamente eficaz, tem de ter submarinos, como o prova o que se passa no mar de todos os países que se prezam de o ser. Esperar que sejam outros, apenas, a defender os nossos interesses já deu mau resultado, várias vezes, ao longo da nossa história.

Ler o Conceito Estratégico de Defesa Nacional é útil. Entendê-Io, ainda o é mais. Evitaria que o senhor ministro usasse o demagógico "argumento" da troca de meios militares por hospitais, estratagema sempre exemplificado nos manuais de planeamento de forças, como fazendo
parte do grupo das razões mais primitivas. É que, para decidir entre hospitais e qualquer outro
bem, é preciso que o Estado tenha independência e segurança para o poder fazer. Já agora, seriam só dois hospitais, uma vez que estão em aquisição dois e não três submarinos.
Saiba também isso, senhor ministro.

E o primeiro-ministro, demarcou-se destas críticas irresponsáveis do seu ministro da economia? Pois não. Assim sendo, mais uma vez então podemos deduzir que…as aprova!


Quanto a patriotismo, estamos conversados.:roll:


Citação de: "PedroM"
E se MFL ganhar as próximas eleições, chefiar o próximo governo e "afundar" os outros 2 submarinos, colocando-os à venda, como certamente sucederá se ela for de facto 1ª ministra de um governo que tenha de os pagar e incluir nas contas do deficit do estado?

Será só nessa altura que deve ser considerada antipatriota?


Sim, assim como qualquer outro que avance com esta estúpida ideia. Seja de direita ou de esquerda.

Agora, essa sua certeza caso MFL ganhe as eleições é tão credível como o patriotismo do nosso primeiro-ministro e sua equipa. Mas, se eles (PS) voltarem a ganhar… não sei não!
 :roll:
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

*

oultimoespiao

  • Perito
  • **
  • 468
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +8/-0
(sem assunto)
« Responder #311 em: Abril 12, 2009, 03:31:46 am »
Vejo que nao faltam (para choques) ao socrates, devem andar a mamar do mesmo bico.
 

*

PedroM

  • 167
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #312 em: Abril 12, 2009, 09:44:28 pm »
Antes de mais boa Páscoa a todos os foristas.

Caro Jorge Pereira,

Não vou citar todo o seu post porque, em conjunto com a minha resposta, ficaria um monstro praticamente ilegível. Assim sendo deixo só duas notas.


É muito feio o que você fez ao citar o texto em que a Manuela Ferreira Leite se gaba de ter afundado o 3º submarino. Você colocou o texto de modo a dar enfase ao combate ao deficit e truncou a passagem em que a senhora se gaba, preto no branco, de ter conseguido que se passasse de 3 para 2 submarinos.
Mais abaixo deixo o texto completo onde realço essa passagem essa parte que curiosamente desapareceu do texto que postou.  
Para quem me acusou de citar o que a sra. tinha dito fora de contexto e que tal procedimento "era feio", não está nada mal não senhor...
Acontece que eu estava a citar a sra. de memória e não baseado em qualquer texto ou video que tivesse consultado. Aliás continuo convencido que a sra. produziu afirmações mais sintéticas do que aquelas que você postou e que vou postar abaixo na versão completa, e que nessas afirmações era ainda mais notório o ar triunfal da sra. ao comunicar aos portugueses que a ela se devia que fossem apenas 2 e não 3 os submarinos encomendados. Acontece que como não encontro o video que o poderia provar, vou "meter a viola no saco" quanto a essas afirmações e cingir-me àquilo que pude encontrar, e que você também encontrou, e que para o caso é mais do que suficiente.
Já não meto a viola no saco é quanto a achar que se a sra. for 1o ministro de um governo que tenha de colocar os submarinos no deficit, mais depressa os colocará à venda. Mas isto é somente uma convicção pessoal.
Já agora uma sugestão para o futuro. Quando colocar um texto retirado da net porque não colocar o link para o mesmo para que todos possamos ter acesso à mesma informação?

Quanto ao patriotismo. É só para dizer que, em minha opinião, està errado quando pensa que é mais patriota que MFL ou qualquer outro portugês, só porque a sra. e muitos portugueses são de opinião que Portugal devia ter zero submarinos e você acha que devia ter 3, 30 ou 300, não sei nem me interessa. E o mesmo vale relativamente a Socrates ou qualquer membro deste governo ou de governos anteriores.

Aí vai então o tal texto com as declarações da Dra. MLF e link para o mesmo. Realço a bold o parte que misteriosamente não constava do seu texto.

Tondela, Viseu, 11 Out (Lusa) - A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, garantiu hoje que a compra de dois submarinos só não foi "um verdadeiro desastre" para as contas públicas graças à sua intervenção no sentido de diminuir os encargos.
O semanário Sol noticia hoje que "o impacto que terá no défice das contas públicas a compra de dois novos submarinos já foi escolhido pela equipa de José Sócrates como um dos temas da frente de combate político ao PSD" e que o assunto servirá para atacar a líder da oposição.
"Manuela Ferreira Leite teve uma intervenção directa neste dossiê, quando era ministra das Finanças do Governo de Durão Barroso, e esse facto vai ser usado como arma de arremesso contra o PSD durante a campanha eleitoral", escreve o jornal.
Ao falar aos jornalistas em Tondela (Viseu), à margem do congresso distrital autárquico do PSD, Manuela Ferreira Leite admitiu que este até é um tema que lhe agrada debater, porque esteve nele "muito envolvida, mas no sentido contrário àquele em que é dada a notícia".
Referiu que, durante o Governo de António Guterres, do qual fazia parte José Sócrates, tinha sido lançado um concurso "para três submarinos, em condições absolutamente lesivas do interesse nacional em termos de taxa de juro".
"Eram três submarinos com uma taxa de juro de sete por cento, na altura em que a taxa de juro - mesmo no mercado, não era preciso ser para o sector público -, era de um por cento, 1,5 por cento", referiu.
Neste âmbito, enquanto líder da bancada do PSD, lutou "violentamente contra isso" e, após a eleição de Durão Barroso para primeiro-ministro, na condição de ministra das Finanças, conseguiu que "passasse de três para dois submarinos e que os encargos com a dívida fossem menos de metade".
"Portanto, eu estou bem satisfeita pelo facto de esse assunto vir à baila, porque significa que se isso não é um verdadeiro desastre a mim se deve", frisou.
A líder social-democrata lembrou ainda que nessa altura o PS atacou esta posição com o argumento de que se estava "a arranjar uma lei de programação militar semelhante à da Argélia".

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Ferreira- ... ut=10&tm=8
 

*

Jorge Pereira

  • Administrador
  • *****
  • 2229
  • Recebeu: 90 vez(es)
  • Enviou: 122 vez(es)
  • +118/-259
    • http://forumdefesa.com
(sem assunto)
« Responder #313 em: Abril 13, 2009, 02:52:58 am »
Caro PedroM:

Vamos por partes.

1- A citação que coloquei retirei-a de um documento em PDF que possuo no meu PC. Eu normalmente coloco sempre a fonte quando esta se encontra online. Basta consultar algumas das minhas mensagens. Quanto a isso esteja descansado, não houve manipulação da minha parte.

O cerne da questão é que, os submarinos estão quase prontos, e prestes a ser entregues à Armada graças a um governo de coligação, do qual era ministra das finanças a pessoa a que o senhor e o PS tentam agora dar a entender que considera ou considerou os submarinos um erro.

Meu caro, o que considerou um erro, foi "as condições absolutamente lesivas do interesse nacional em termos de taxa de juro" que se pretendia aplicar à aquisição, vinda do anterior Governo PS. A ideia chave é essa. Tudo o resto são aproveitamentos de palavras e frases tiradas do contexto.

Não tenha dúvidas que se tivesse sido o actual governo a tomar a decisão pura e simplesmente não tínhamos submarinos. Ponto final.

Patético e criminoso é usar os submarinos como arma de arremesso político, criticando a sua compra, quando se preparam para avançar com um projecto absurdo e megalómano chamado TGV, que tem um custo estimado de 8.000 milhões de euros (sem contar com as derrapagens). INACREDITÁVEL!


2- Não sou defensor de MFL em particular nem de quem quer que seja. Defendo, desde a minha modesta posição de cidadão que ama este país, Portugal e seus interesses. Se considerar que a pessoa A ou a organização B defende melhor esses mesmos interesses, também passam a ser defendidos e apoiados por mim. Simples.

Citação de: "PedroM"
Quanto ao patriotismo. É só para dizer que, em minha opinião, està errado quando pensa que é mais patriota que MFL ou qualquer outro portugês, só porque a sra. e muitos portugueses são de opinião que Portugal devia ter zero submarinos e você acha que devia ter 3, 30 ou 300, não sei nem me interessa. E o mesmo vale relativamente a Socrates ou qualquer membro deste governo ou de governos anteriores.

A resposta é dada pelo  próprio Almirante Vieira Matias:


Citar
Esse País, Portugal, tem um território descontínuo com a maior zona marítima da UE e, amenos que alguém pretenda alienar os seus direitos soberanos ou jurisdicionais em favor de qualquer outro Estado, é ao nosso que incumbe proteger, também nesse espaço, os nossos interesses contra velhos e contra novos e imprevisíveis riscos e ameaças.

Para isso, como para a participação em forças de alianças e coligações de que Portugal faz parte, é preciso uma Marinha e esta, para ser minimamente eficaz, tem de ter submarinos, como o prova o que se passa no mar de todos os países que se prezam de o ser. Esperar que sejam outros, apenas, a defender os nossos interesses já deu mau resultado, várias vezes, ao longo da nossa história.


Se o caro PedroM não se importa de:

- Portugal alienar os seus direitos soberanos ou jurisdicionais em favor de qualquer outro Estado, como seria o caso se abdicarmos de ter submarinos.

-Ter que nascer em território espanhol.

-Ter que ir a uma consulta em território espanhol.

-Ter no seio do governo iberistas confessos.

-Ter primeiros-ministros que gozam com reivindicações territoriais legítimas.


Eu importo-me. E muitos portugueses se importam. Cada vez mais. Felizmente.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 6855
  • Recebeu: 7595 vez(es)
  • Enviou: 5147 vez(es)
  • +10194/-2932
(sem assunto)
« Responder #314 em: Abril 13, 2009, 12:35:37 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Eu importo-me. E muitos portugueses se importam. Cada vez mais. Felizmente.


E pode contar com mais um, Jorge. A Brites é que fez bem quando os desancou à pazada.  :twisted:
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)