Tranquilo Papatango, isso eu nao escribi apenas peguei de outra fonte
Hellas ->
Veja que não há nenhum problema em colocar textos ou opiniões nossas ou de outrem neste fórum.
O problema, é que muitas vezes, há vários erros que são provocados até pelo próprio desconhecimento das pessoas que não ligam muito a questões históricas.
De feacto, os portugueses foram um dos países que estiveram na aliança que era favorável aos Habsburgos contra os Bourbon.
É até engraçado, porque Portugal separou-se da Espanha dos Habsburgos a que esteve ligado durante seis décadas e acabou a apoiar a mesma cada real.
No entanto, o objectivo era o de impedir a criação de um Super Estado francês sob o dominio da familia Bourbon.
Se portugueses ingleses, austriacos e holandeses não tivessem lutado contra a França, hoje a Espanha que conhecemos não existia, porque o objectivo era unificar a França e a Espanha sob o reino dos Bourbon, juntando não só a peninsula ibérica como os restantes reinos que pertenciam aos Habsburgos.
Por isso, a solução encontrada foi desmembrar o império dos Habsburgos espanhóis dividindo-o aos bocados e conseguindo a garantia de que não haveria união entre a casa de Bourbon em França e a casa de Bourbon na Espanha.
Na realidade, a guerra da sucessão espanhola, foi apenas uma luta entre a principal potência continental da altura (a França) e as potências marítimas (Inglaterra e Holanda) e mais tarde Portugal, a quem os Habsburgos prometeram alguns ganhos territoriais em caso de apoio à sua causa. (Creio que a cidade de Vigo era uma delas, mas estou a falar de memória).
A maior parte das guerras na peninsula, sempre foram resultado de choques entre grandes forças.
Debateram-se na peninsula romanos contra cartagineses
Germânicos e Francos contra muçulmanos
Franceses contra ingleses
e por pouco ingleses contra alemães.
Isso tem a ver com a situação geográfica da peninsula ibérica, que permite ligar a Europa à África e é a parte da Europa mais próxima da América do Sul.
Essas guerras entre vários grupos, são a razão da tentativa de criar agrupamentos de países ibéricos mais consistentes, porque caso contrário, a Peninsula Ibérica seria idêntica aos Balcãs, com mais de sete ou oito países diferentes.
Seria isso melhor ou pior que a situação actual ?
Será que muitos países pequenos se agirem de forma coordenada não são de facto mais fortes que um país de grandes dimensões?
Nunca ninguém conseguiu dominar completamente a peninsula por causa disso.
Pode-se tomar Madrid, e logo aparece Barcelona a dizer que também é capital de alguma coisa. Se não houver Barcelona, aparece Sevilha a dizer que também é capital de um país. Além disso há Lisboa.
A Peninsula Ibérica é uma espécie de animal de muitas cabeças. E é por isso que eu acho que o actual Estado Espanhol é algo contra-natura.
Vai contra tudo o que a História nos ensina.
É um país que (com o devido respeito e vénia aos discordantes), não faz sentido, quando vemos qua a força da Peninsula Ibérica está na força da sua multiplicidade e não na força muitas vezes arrogante de um país que acha que tem o direito de mandar nos outros todos.
Neste peninsula de muitos e diversos povos, a unicidade é sinónimo de decadência. A multiplicidade é sinónimo de resistência.
Sempre foi assim! ! !
Foi assim com os romanos, que não conseguiam dominar a peninsula porque havia uma miriade de povos que se lhes opunham.
Foi assim com os Visigodos, que cairam porque criaram um super estado onde eram odiados por todos os diferentes povos ibéricos.
Foi assim com o conde-duque de Olivares, que esteve na origem da decadência da Espanha dos Habsburgos.
E foi assim, quando Franco interpretando os direitos autonomistas da Catalunha, começou uma guerra civil que matou centenas de milhares de pessoas.
Não há uma Espanha Hellas. Nunca houve!
O que há, é uma enorme e gigantesca mentira criada em 1714, quando um dos povos da peninsula ibérica decidiu que a Nação Castelhana se passaria a chamar Espanha e que todos os outros, para serem espanhóis, tinham forçosamente que ser iguais aos castelhanos.
Essa é a realidade, por dolorosa, irritante e revoltante, que ela possa ser para muitos.
É por isso que aparecem aqueles que se dizem Valencianos, mas também espanhóis.
O problema, é que se sentem valencianos, mas também aceitam a cultura dos castelhanos, porque foi a que lhes foi imposta à força.
O que faz os portugueses diferentes dos restantes povos da peninsula é exactamente isso. Nós recusamos ser castelhanos.
E como somos primeiro portugueses e não fomos forçados a "Amar" a Espanha como os castelhanos queriam, passámos a transferir a nossa aversão e alguma repulsa pelo castelhano, para aversão à Espanha e os espanhóis no seu conjunto, porque vos vemos todos como aquilo em que se tornaram: Castelhanos. De livre vontade ou à força, mas castelhanos.
Venham de Valência ou de Barcelona, da Galiza ou da Cantábria, os povos que aceitaram o DIKTAT de Castela e aceitaram as regras dos castelhanos para criar a tal Hispania, são para nós nada mais nada menos que castelhanos ou espanhóis, dado que uma coisa acaba por ser exactamente igual à outra.
É por isso que esse Hispanismo de que você já tem falado é um sonho falecido (morto) porque a Hispania em que se baseia, foi morta. Ela tinha que ser morta para criar a España dos castelhanos.
Cumprimentos