Programa de substituição do C-130

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sivispacem

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #225 em: Novembro 23, 2012, 08:35:44 pm »
Citação de: "nelson38899"
Finalmente um boa noticia, só espero que o MLU seja feita cá.

Segundo creio, trata-se apenas de uma actualização do equipamento de navegação, necessária para as operações no congestionado espaço aéreo europeu... E com verbas desta grandez nem sei se o glass cockipt poderá ser concretizado.

Mas alguém que saiba mais que eu que se chegue à frente
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #226 em: Janeiro 02, 2013, 04:49:59 pm »
Citação de: "sivispacem"
Citação de: "nelson38899"
Finalmente um boa noticia, só espero que o MLU seja feita cá.

Segundo creio, trata-se apenas de uma actualização do equipamento de navegação, necessária para as operações no congestionado espaço aéreo europeu... E com verbas desta grandez nem sei se o glass cockipt poderá ser concretizado.

Mas alguém que saiba mais que eu que se chegue à frente

Creio que não, que se tratam apenas de aviónicos. A modernização deveria ser bem mais extensa (vida útil da célula, alterações ao radar, novas pás para os motores, etc), mas nesta altura infelizmente tal não é possível. Diria mesmo que isto é um upgrade in extremis porque as aeronaves já estavam impedidas de voar sobre certos países dada a obsolescência/falta de certos equipamentos.
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #227 em: Janeiro 21, 2013, 03:21:00 pm »




fotos retiradas e sem autorização do facebook  do Walkarounds
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #228 em: Janeiro 22, 2013, 08:25:14 pm »
Algumas fotos da cerimónia decorrida ontem de manhã, dia 21 de Janeiro, na BA6 de apresentação do C-130 "16806" com decoração alusiva às 70501 horas de voo da Esquadra 501 "Bisontes".  :arrow: http://forum.contatoradar.com.br/index. ... 501-horas/
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #229 em: Janeiro 30, 2013, 08:29:20 pm »
Ficou lindo na minha opinião o C-130H-30 "16806".  :D






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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #230 em: Janeiro 31, 2013, 10:09:50 am »
Já estão todos pintados de cinzento?
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #231 em: Janeiro 31, 2013, 11:27:49 am »
Citação de: "P44"
Já estão todos pintados de cinzento?

Ainda não. À medida que forem passando por manutenções mais prolongadas nas OGMA, ou então no decurso do iminente processo de modernização, assim as aeronaves sairão já envergando o novo esquema de pintura.  :)
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #232 em: Junho 03, 2013, 12:45:56 am »
Eu sei que o pessoal já está a pensar que o KC-390 da Embraer é certo, é bom para a industria, etc, mas podemos ver que mais se passa por ai, como o mercado de "semi-novos" :mrgreen: .

Parte do The Strategic Defence and Security Review

Citar
withdraw the C-130J Hercules tactical transport aircraft from service by 2022, a decade earlier than planned, as we transition to the larger and more capable A400M aircraft;



Que tal uns C-130J usados, foram construidos o ano passado, agora depende é como os ingleses os vão tratar até 2022 (10 anos), e os nossos aguentarem até lá.
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #233 em: Junho 03, 2013, 02:09:49 am »
Eu ainda não percebi porquê é somos obrigados a comprar o KC-390 só por a EMBRAER produzir cá componentes. Afinal de contas eles já tiveram acesso a bastante tecnologia através de programas com universidades, institutos e empresas que foram financiados por fundos estatais ou europeus. Que eu saiba há empresas nos EUA que ganharam contractos para estudos e algumas vão fabricar também componentes para o KC-390 e a USAF não vai comprar o KC-390.

Já parecemos é os franceses e companhia, a investir dinheiro no Brasil por causa do FX-2 e o concurso continua sempre a ser adiado pelos políticos que volta e meia numa visita estatal dizem que o concurso vai para a frente e que a empresa X tem excelentes chances de ganhar, e depois de mais dinheiro investido o resultado é o mesmo: nada.

Depois claro ficamos estupefactos com países como a China, Índia, etc., que têm uma indústria bem maior que a nossa quando o que nós apenas fazemos é a parte de investigação e desenvolvimento e exportamos a tecnologia (não produtos nem serviços) e depois não produzimos nada. É evidente que depois apenas tem a área de I&D desenvolvida, uma área que se formos a ver tem um tempo de vida/trabalho curto para cada projecto, e o número de postos de trabalho bastante reduzido e uma taxa de desemprego alta.

Mais especificamente quanto à substituição do C-130 vamos começar a ter mais opções. Temos esses C-130J em segunda-mão. O A400M está agora a entrar em serviço e muitos dos países membros vão também querer reduzir as suas encomendas devido à crise, logo também deve existir acesso às aeronaves iniciais em segunda-mão conforme os países cumprem os contractos e vão recebendo novas aeronaves. Afinal de contas, dado que temos os C-295 até não faz muito sentido o KC-390 por uma questão de logística e das capacidades das aeronaves.

Outra coisa, será que no futuro vamos mesmo substituir os C-130? Isto mais dado à nossa política pró-Europeia/NATO mais forte nos últimos anos e a existência do EATC e da SAC da NATO bem como o número de pilotos-comandantes que vamos conseguir manter nos próximos anos ou simplesmente as nossas necessidades. Talvez vamos ver o fim de qualquer esforço para substituir o C-130 e simplesmente participar no EATC e com alguma sorte reforçar a frota de C-295. Talvez no máximo, para mantermos os outros países contentes, adquiríssemos um ou dois A400M para integrar completamente no EATC e utilizássemos a plataforma logística dos outros membros.

Está aqui colocada mais lenha na fogueira...

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #234 em: Junho 03, 2013, 02:36:31 am »
Citação de: "Get_It"
Talvez vamos ver o fim de qualquer esforço para substituir o C-130 e simplesmente participar no EATC e com alguma sorte reforçar a frota de C-295.

Mas para participar no EATC, temos mesmo que "participar", faz-me lembrar a conversa que as vezes ouço "Para que é que temos tropa se estamos na NATO?" ou quer dizer participar com o C295?

Citar
Talvez no máximo, para mantermos os outros países contentes, adquiríssemos um ou dois A400M para integrar completamente no EATC e utilizássemos a plataforma logística dos outros membros.

O que é que é isso de utilizar a plataforma logística dos outros?
É algo tipo EPAF, em que se um F-16 português avariar em qualquer pais EPAF, ou o oposto, um F-16 de um pais EPAF avariar cá, se poder apoiar na cadeia logística que cá existe, em vez de ter que fazer voos de sustentação logística do pais de origem?
É que se for isso, os equipamentos tem que ser pagos na mesma :mrgreen: , ganha-se é em tempo e na despesa do transporte para trazer esse equipamento.
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #235 em: Junho 05, 2013, 03:57:10 pm »
Citação de: "Lightning"
Mas para participar no EATC, temos mesmo que "participar", faz-me lembrar a conversa que as vezes ouço "Para que é que temos tropa se estamos na NATO?" ou quer dizer participar com o C295?
Algo desse género, mas dependeria do que escolhêssemos. Uma participação no SAC da NATO, através de fundos e tripulação de voo portuguesa, provavelmente ficaria mais caro devido ao C-17 ser a aeronave operada. Contudo, aliado a soluções civis quando necessário, poderia ser o suficiente para o transporte de equipamento e militares para missões internacionais, resposta a catástrofes naturais e, dependendo realmente da autonomia que a força tem, para situações ao estilo da Guiné.

Outra opção poderia ser apenas o EATC, através de uma participação com o C-295, logo faria sentido um aumento da frota para contribuir e também para garantir as missões de treino (ambas FAP e pára-quedistas), evacuações médicas e patrulha marítima/SIFICAP. Quando necessário algo mais "pesado" para o transporte recorria-se aos meios dos outros membros.

Citação de: "Lightning"
O que é que é isso de utilizar a plataforma logística dos outros?
É algo tipo EPAF, em que se um F-16 português avariar em qualquer pais EPAF, ou o oposto, um F-16 de um pais EPAF avariar cá, se poder apoiar na cadeia logística que cá existe, em vez de ter que fazer voos de sustentação logística do pais de origem?
É que se for isso, os equipamentos tem que ser pagos na mesma :mrgreen: , ganha-se é em tempo e na despesa do transporte para trazer esse equipamento.
Não, nada do género da EPAF. Adicionalmente à participação com os C-295 na EATC passaríamos a participar também no EATC com outros membros ao estilo do que é feito com no SAC e com a frota E-3 da NATO. Isto é, através do EATC e com o apoio dos outros países membros, seriam comprados dois ou três A400M sendo o treino e a manutenção feita pela infraestrutura logística já existente dos outros membros. Portugal apenas participaria com fundos, tripulação de voo (como no E-3) e possivelmente pessoal de apoio de forma a podermos garantir uma pequena autonomia quando a operar de locais onde não calha bem aos outros países ter militares deles no terreno (*cough*África*cough*).

Tendo escrito isto, a minha principal preferência seria pela aquisição do A400M ou C-130J-30 para a FAP.

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #236 em: Junho 05, 2013, 05:25:49 pm »
Eu continuo a defender a aquisição do KC-390 para a FAP.

Porquê?

Simples, representa um investimento (também) em Portugal, o aparelho tem tudo para ser óptimo e tem várias vantagens operacionais frente ao C-130.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #237 em: Junho 05, 2013, 05:59:39 pm »
Não somos obrigados a estar a comprar o KC-390 só para serem produzidos componentes cá em Portugal. Afinal de contas temos empresas  que invistam no programa na mesma e a EMBRAER continua a precisar de know-how em áreas como materiais e sensores que não têm lá.

Quanto ao A400M, mesmo Portugal tendo deixado o programa, há empresas e institutos nacionais que trabalharam no projecto através de subcontractos da Airbus & companhia. Logo também existiu investimento em Portugal.

Já em relação ao C-130J seria uma forma de continuarmos a ver o investimento que houve em relação a certificações da Lockheed Martin e que tem permitido ver outros países virem cá fazer a manutenção das suas frotas. Além disso temos visto outras parcerias com empresas nacionais e a OGMA com a Lockheed Martin por causa dos programas do P-3. Algo que poderia ser reforçado com uma compra de novos C-130.

Se querem apenas investimento brasileiro em Portugal então há outras formas, não é preciso estar a comprar uma aeronave para a FAP que acaba por estar mais perto do C-295 em termos de capacidades do que o C-130 ou o A400M.

Cumprimentos,
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #238 em: Junho 05, 2013, 06:06:20 pm »
Citação de: "Get_It"

Se querem apenas investimento brasileiro em Portugal então há outras formas, não é preciso estar a comprar uma aeronave para a FAP que acaba por estar mais perto do C-295 em termos de capacidades do que o C-130 ou o A400M.

Cumprimentos,


Em que dados estás a basear-te para dizer isso? O KC390 voa mais depressa que o C-130, pode carregar cargas mais volumosas e nenhum dos aparelhos chega sequer perto do A-400M.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #239 em: Junho 05, 2013, 06:28:21 pm »
Eu não acredito que Portugal prescinda de possuir uma esquadra de aviões tipo C-130 autónoma para pertencer a essas organizações.

Para fazer o que os C-17 do SAC fazem, nós para já termos os Antonov do SALIS, enquanto houver o contracto de aluguer desses aviões, não precisamos do SAC.

O EATC não é bem o que tem dito, o EATC é mais uma espécie de "Comando Operacional" de aviões de transporte, um pais diz que precisa de transportar x carga do ponto A para o ponto B mas não tem essa capacidade, o EATC sabe quantos aviões estão disponíveis pelos países membros e organiza os aviões necessários para cumprir a tarefa, mas cada pais tem os seus aviões sediados nos seus países, e mantidos pelos próprios, podem é fazer missões em proveito de um outro pais que pode precisar, por isso é que falei na EPAF, a EPAF é que é focada na parte de investigação (de modernizações futuras), logística, gestão, instrução de pilotos, em comum, o EATC não tem nada disto, é só a parte "operacional".

Para nós não dá muito jeito pertencer ao EATC, os países membros são todos entre a França e a Alemanha, estamos geograficamente distantes.

Tudo o que seja relativo a deixarmos a logística dos nossos aviões no controlo de outros países para mim é um erro, se houver casos disso gostava de saber pois desconheço, é que tudo o que nós não quisermos fazer, vamos ter que pagar para os outros fazerem, e a mão de obra na Alemanha e na Holanda até é barata :wink: