Menina desaparecida no Algarve

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Cabeça de Martelo

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« Responder #135 em: Outubro 02, 2007, 03:03:23 pm »
A PJ está certissima!
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lancero

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« Responder #136 em: Outubro 02, 2007, 05:17:52 pm »
Pois, mas o homem já foi demitido...
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Luso

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« Responder #137 em: Outubro 02, 2007, 06:32:54 pm »
Martelo, desculpe-me discordar mas um representante da PJ não pode efectuar tais declarações. É preferível que estivesse calado (ele - não o Martelo!)

Enquanto não arranjo tempo para escrever sobre o CPP e sobre o PSD, segue uma pequena nota sobre as declarações hoje à imprensa, sobre o Caso Maddie, do elemento da PJ 'coordenador' da 'investigação'. Numa palavra lamentável. Jogar, outra vez, a cartada 'nacionalista, desta vez declarando guerra (!) à polícia inglesa, 'a soldo dos McCann' é de uma imbecilidade atroz. Vai ser, aliás, curioso seguir os próximos passos quer do Governo, quer da Direcção Nacional da PJ, nesta matéria. Estas declarações provam, à exaustão, porém um facto - Com ou sem 'culpas' do lado de lá, todo o processo, desde o início, do lado de cá, foi conduzido com os pés. 'Berrar' agora,ainda por cima tarde e a más horas, só reforça o facto.

http://grandelojadoqueijolimiano.blogsp ... convm.html

Recomendo cuidado na tomada de posição sobre este assunto. Nem tudo o que parece é. Uma hipótese remete-nos para uma situação monstruosa e outra certamente para algo muito pior.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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comanche

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« Responder #138 em: Outubro 02, 2007, 07:31:38 pm »
Madeleine: Director Nacional da PJ diz que responsável pela investigação "cessou comissão de serviço" (ACTUALIZADA)


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Lisboa, 02 Out (Lusa) - O director nacional da Polícia Judiciária, Alípio Ribeiro, disse hoje que o responsável da PJ pela investigação do caso Madeleine McCann, Gonçalo Amaral, "cessou a comissão de serviço" como coordenador do Departamento de Investigação Criminal de Portimão.

"Foi uma decisão tomada pelo director nacional", acrescentou Alípio Ribeiro, à margem da conferência internacional sobre "Guerras, Mulheres e Direitos", em Lisboa.

O coordenador da investigação do caso da menina inglesa desaparecida no Algarve acusou, em declarações publicadas hoje pelo Diário de Notícias, a Polícia inglesa de investigar "unicamente" pistas e informações "trabalhadas" pelos pais de Madeleine McCann.

"A Polícia britânica tem estado unicamente a trabalhar sobre aquilo que o casal McCann pretende e lhe convém", disse Gonçalo Amaral, quando comentava a notícia publicada segunda-feira em vários jornais ingleses dando conta de um e-mail anónimo enviado para o site oficial do príncipe Carlos que acusa uma ex-empregada do Ocean Club, empreendimento de onde desapareceu a criança de quatro anos, de ter raptado a menina por vingança.

Gonçalo Amaral disse ao DN que tal informação não "tem qualquer credibilidade para a Polícia portuguesa", estando "completamente posta de parte".

Acrescentou que os seus colegas ingleses "têm vindo a investigar dicas e informações criadas e trabalhadas pelos McCann, esquecendo-se que o casal é suspeito da morte da sua filha Madeleine".

Para o até agora responsável pelo Departamento de Investigação Criminal de Portimão da PJ, a história do rapto por vingança não passa de "mais um facto trabalhado pelos McCann".

O Ocean Club "está situado na Praia da Luz e não em Londres, o que significa que tudo o que diga respeito ao aldeamento e respectivos funcionários já foi ou está a ser investigado pela Polícia Judiciária", adiantou.

Garantiu que não será um "e-mail, ainda por cima anónimo, que é fácil saber de onde partiu, que vai distrair a linha de investigação" da PJ.

Em reacção aos comentários de Gonçalo Amaral, o ministro da Justiça, Alberto Costa, reafirmou hoje que as relações entre a PJ e a Polícia britânica no caso Madeleine são de "cooperação profícua".

"É preciso centrarmo-nos no trabalho e não no comentário", afirmou Alberto Costa, que não se quis alongar em declarações sobre a críticas feitas pelo até agora coordenador do caso e responsável pelo Departamento de Investigação Criminal de Portimão, Gonçalo Amaral.

Por sua vez, a Polícia britânica reiterou hoje que continua a "apoiar a Polícia portuguesa" no caso do desaparecimento de Madeleine McCann, recusando comentar as críticas feitas por Gonçalo Amaral.

"A Polícia de Leicestershire é uma entre várias agências da lei [britânicas] que continua a apoiar a Polícia portuguesa na sua investigação ao desaparecimento de Madeleine McCann", declarou hoje à agência Lusa uma porta-voz daquela força.

Madeleine McCann desapareceu de um apartamento da Praia da Luz onde passava férias com os pais e os irmãos a 03 de Maio.

Depois de a PJ ter investigado a tese de rapto, os pais da menina, Kate e Gerry McCann, foram constituídos arguidos a 07 de Setembro, tendo abandonado o país dois dias depois.

Kate e Gerry McCann são, segundo os seus porta-vozes, suspeitos de homicídio involuntário e de ocultação de cadáver.

No entanto, os McCann não deixam de clamar a sua inocência e apelam à continuação das buscas para tentar encontrar a sua filha, hoje com quatro anos.

 

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« Responder #139 em: Outubro 02, 2007, 09:02:55 pm »
Citação de: "Lancero"
Pois, mas o homem já foi demitido...


"Baixar as Calças", cap. 156837337224 :roll:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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papatango

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« Responder #140 em: Outubro 02, 2007, 09:18:08 pm »
Se a policia portuguesa não tivesse o hábito de «apertar» as pessoas para obter provas

Se a policia não parecesse ter o hábito de culpar a mãe sempre que uma criança desaparece, vide o caso Joana.

Se a policia não estivesse habituada à lei da OMERTÁ portuguesa, em que ao abrigo do segredo de justiça se pode ser desleixado e incompentente.

eu teria outra opinião.

Assim, e porque a policia portuguesa tem telhados de vidro e parece estar a protestar apenas porque ao contrário de outros casos a sua incompetência foi posta a nú, porque o segredo de justiça não funcionou para proteger os desleixados, eu não atiro pedras aos pais da criança.

A policia portuguesa até ao momento, foi demonstratamente relapsa e  desleixada. Não contou com a pressão mediática e agora está a jogar a tecla nacionalista.

Devemos apelar para o nacionalismo quando temos razão.
Se não temos, temos é que tentar explicar que embora tudo tivesse sido mal feito desde o inicio, a policia pode até ter razão e este caso cheira mal de todos os lados.

Se a policia acha que houve um homicidio, apresente o corpo de delito. Caso contrário, não se safa sem uma confissão. E a policia sabe que nunca vai conseguir uma confissão de gente instruida e com dinheiro para gastar em acesores de imprensa.

A meu ver este caso está encerrado.
Se o assassino for inteligente e tiver dinheiro, dá um bailinho à policia portuguesa. Se for português, tudo fica em segredo de justiça como aconteceu no caso do Rui Pedro e outros.

Se for estrangeiro, teremos outra vez mais um espectáculo deste tipo, em que a policia e todo o sistema judicial não entendem que o mundo mudou e acabam por ridicularizar todo o país, como está a acontecer neste caso com a policia judiciária portuguesa.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
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Cabeça de Martelo

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« Responder #141 em: Outubro 03, 2007, 12:42:45 am »
Desculpa-me PT mas neste caso tenho uma opinião completamente diferente da tua. A PJ está a fazer um bom trabalho de investigação, são os Britânicos através dos media que estão a manipular tudo. Ainda hoje via as "gordas" de um jornal inglês e eles ainda estão convencidos de que a menina está e Marrocos. Eles querem à força que a menina esteja em Marrocos só para não ter que aceitar que TALVEZ ela esteja já morta e possivelmente pelos próprios país.
A Joana foi assassinada e esquatejada, esperemos que não tenha acontecido o mesmo a pobre Madeleine.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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« Responder #142 em: Outubro 03, 2007, 08:09:45 am »
Uma entrevista decapitou o responsável pela investigação do caso Maddie e é reveladora de duas coisas. A primeira é que a PJ continua sem perceber que as relações com a Comunicação Social têm de ser feitas por profissionais de comunicação e não por polícias. É um problema que se arrasta há anos.
 
 
 
 
Ninguém ainda percebeu naquela casa que o mundo fechado, clandestino e estranho acabou no dia em que explodiu a Comunicação Social, nomeadamente televisões privadas, rádios e jornais. E ninguém se rala. Sempre assim foi, sempre assim será.

Gonçalo Amaral é polícia, é investigador criminal e é há vários meses insultado por um polícia inglês reformado, com acesso aos media, que se atira a ele como gato a bofe. Não tenho dúvidas de que é difícil viver com alguém, a partir de Inglaterra, a destruir o bom nome da carreira de um profissional empenhado. E como não sabe, e ninguém lho exija que saiba, respondeu rijo na entrevista que deu.

Ora foi aqui que se lixou. Porque ele deve investigar, pois é a sua profissão, e quem lhe deve defender a reputação é a instituição onde ele trabalha.

A entrevista correu-lhe mal, não se fez explicar com clareza e saiu a aparência de um tiro contra a polícia britânica. E quer o Gonçalo Amaral quer a PJ sabem que os seus colegas ingleses têm dado o litro neste caso.

A direcção da PJ foi pelo caminho natural: retirou-lhe o processo. Mas natural, natural mesmo, era a direcção perceber que não pode deixar investigadores sobre o fogo de gente que se compromete com uma das partes. Esse detective inglês reformado está comprometido com a sua xenofobia, com a sua própria vaidade, e sentado na bancada dispara contra quem está em jogo.

É um tonto.

O Gonçalo Amaral zangou-se com um tonto e fez exactamente aquilo que aqueles, que não querem ver o processo esclarecido, queriam. Não tenho dúvidas de que amanhã a raiva contra a polícia portuguesa vai ser maior. A culpa é do Gonçalo? É, acidentalmente. A culpa é de quem insiste em não perceber a ebulição das notícias pelo Mundo e continua a viver numa carapaça de silêncios. Também eles tontos.

Francisco Moita Flores
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« Responder #143 em: Outubro 03, 2007, 08:12:09 am »
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Gonçalo Amaral, coordenador da Polícia Judiciária de Portimão, foi ontem demitido. Fazia 48 anos e a prenda de aniversário da polícia que serve há 17 já se adivinhava desde as primeiras horas da manhã. Alípio Ribeiro ficou furioso com as declarações que leu no ‘Diário de Notícias’ – e que eram atribuídas a Gonçalo Amaral – e ao princípio da tarde era-lhe comunicada a cessação da comissão de serviço.

 
 
 
 
Gonçalo Amaral ainda tentou, de manhã, alegar que as suas declarações haviam sido truncadas. Não acusara a polícia inglesa de “ajudar” os McCann, referira-se, isso sim, aos polícias reformados que estavam a fazer investigações privadas para o casal.

De nada lhe valeram as explicações. O director nacional da PJ alegou quebra de confiança, por entender que tinha sido violado o pacto de silêncio instituído.

S e esta foi a razão “oficial”, outras explicações existem para o afastamento do coordenador da PJ que desde Maio de 2006 liderava o departamento algarvio. Designadamente, a suspeita de que um trabalho biográfico publicado na imprensa espanhola há menos de um mês teria sido impulsionado pelo próprio. Internamente eram muitas as vozes que atribuíam as fugas de informação a Gonçalo Amaral, deixando-o numa posição cada vez mais delicada.

Na PJ de Faro, onde regressa a partir de hoje, era também voz corrente que a demissão estava iminente. Sujeito aos mais violentos ataques da imprensa inglesa, foi também com desconforto que a direcção da PJ conheceu a acusação contra os elementos da PJ no caso Joana (um processo liderado por Gonçalo Amaral), fragilizando a direcção de um inquérito que estava debaixo de fogo desde a primeira hora.

As pretensas declarações do inspector-coordenador também causaram desconforto ao nível do Governo. Que terá ficado na incómoda posição de desmentir a falta de colaboração entre as polícias portuguesa e inglesa, atribuindo tudo a um mal-entendido.

Paralelamente, a pressão inglesa era intensa. Sempre que as críticas subiam de tom às autoridades do nosso país, o “ódio” concentrava-se em Gonçalo Amaral. Ainda anteontem um diário britânico dizia que o coordenador da PJ só trabalhava “quatro horas e meia por dia” e que não tinha ainda investigado muitos dos avistamentos denunciados ao longo do processo.

“Foi a primeira vítima e serve para bode expiatório para os ingleses”, disse um responsável da PJ ao CM, traduzindo o desconforto ontem vivido por muitos outros que, ao longo do dia, estranhavam a demissão daquele responsável.

Confrontado pelos jornalistas numa cerimónia pública onde se encontrava, Alípio Ribeiro respondeu laconicamente que os motivos que ditaram a demissão do coordenador da PJ eram “óbvios”. Recusou, no entanto, que a mesma tivesse sido decidida pelo ministro. O sucessor de Gonçalo Amaral só deverá ser conhecido para a semana.

"ACUSARAM-NO DE SER UM BÊBADO"

Tendo em conta “as acusações de ser um bêbedo e trabalhar quatro horas por dia, com referências à filha e à mulher, por parte de alguma imprensa inglesa, a decisão de afastar Gonçalo Amaral deste caso é correcta”, diz ao CM Carlos Anjos, presidente da Associação Sindical da PJ. “Mas se há outros motivos por trás deste afastamento não vamos comentar, deverá ser o director nacional [Alípio Ribeiro] a dar essas explicações”. Certo para Carlos Anjos é que o responsável pela PJ de Portimão, “enquanto ser humano, tinha de ser resguardado dos violentos ataques de que tem sido alvo. A PJ tem mais coordenadores e já há algum tempo que a ASFIC defende ser esta a melhor solução”. O dirigente sindical realça que ainda “puseram em causa a sua honorabilidade profissional”.

LÊ 'BÍBLIA' E CITA ESCRITURAS

Gonçalo Amaral nasceu há 48 anos. Casado pela segunda vez, o ex-coordenador da PJ de Portimão – onde vive actualmente – tem três filhas. A mais nova tem quatro anos, a mesma idade de Madeleine McCann, e a mais velha 23 e é fruto do primeiro matrimónio. Católico, o ‘perseguidor dos McCann’ – como titulou o ‘El Mundo’ em artigo recente dedicado à sua figura – tem a ‘Bíblia’ como livro de eleição, gosta de citar as Escrituras e exibe um crucifixo pendurado ao pescoço. Detesta ser alvo de mediatismo e não suporta que o chamem de deselegante.

MINISTROS QUEREM LISTA NA INTERNET

Os ministros da Justiça e dos Assuntos Internos da UE propuseram ontem a criação de um mecanismo de alerta de rapto dirigido ao público e a divulgação de uma lista de crianças desaparecidas que será colocada no futuro portal da Justiça. A ideia é, segundo explicou Alberto Costa, que este mecanismo funcione de uma forma “flexível, complementando a cooperação entre autoridades dos Estados-Membros. Deverá assentar essencialmente nos media e ser dirigido ao público em geral”. O alerta de rapto já existe em vários países e pretende-se que seja alargado à escala europeia. “Será um elemento fundamental na protecção das crianças”, frisou Alberto Costa. Os ministros consideram útil a divulgação da lista de crianças desaparecidas. O protótipo estará pronto no final do ano.

NOTAS

TROCOU CURSO DE ENGENHARIA PELA POLÍCIA JUDICIÁRIA

Em 1981, Gonçalo deixou o curso de Engenharia em Coimbra para ingressar na PJ. Dedicou-se à formação policial: fez cursos de Sociologia, Psicologia, Psiquiatria e Investigação Criminal na Escola de Polícia de Lisboa. Depois cursou Direito.

ERA UM NOVATO QUANDO FOI PARA MADRID

Estava na PJ apenas há três anos quando foi trabalhar para Madrid e teve o primeiro contacto com a polícia espanhola. Voltou a trabalhar em Espanha em várias ocasiões. Em 2005, instalou-se em Sevilha para investigar o homicídio de um polícia português.

DOIS HOMICÍDIOS DE MENORES EM TODA A CARREIRA

Na Judiciária há 17 anos, Gonçalo subiu à categoria de inspector-chefe em 1998. Durante toda a carreira, enfrentou três casos de homicídio de menores. O caso de um homem que pontapeou a filha até à morte, nos Açores, e o caso Joana.

REUNIÃO EM ESPANHA

Gonçalo Amaral e Guilhermino Encarnação (director da PJ de Faro) estiveram ontem em Huelva, mas desconhecem-se os contornos do encontro

ACUSOU POLÍCIA BRITÂNICA

A ‘Sky News’ diz que Amaral foi despedido por afirmar que a polícia britânica estava a ser manipulada pelo casal McCann

PROMOÇÃO COMPROMETIDA

Gonçalo Amaral é um dos candidatos a coordenador superior da PJ e os recentes acontecimentos podem prejudicá-lo

MENSAGENS DE APOIO

Centenas de mensagens de apoio dirigidas a Gonçalo Amaral estão a circular nos sítios on-line da imprensa portuguesa
Eduardo Dâmaso / Tânia Laranjo / A. L


CM
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« Responder #144 em: Outubro 03, 2007, 01:29:34 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Desculpa-me PT mas neste caso tenho uma opinião completamente diferente da tua. A PJ está a fazer um bom trabalho de investigação, são os Britânicos através dos media que estão a manipular tudo. Ainda hoje via as "gordas" de um jornal inglês e eles ainda estão convencidos de que a menina está e Marrocos. Eles querem à força que a menina esteja em Marrocos só para não ter que aceitar que TALVEZ ela esteja já morta e possivelmente pelos próprios país.
A Joana foi assassinada e esquatejada, esperemos que não tenha acontecido o mesmo a pobre Madeleine.

a proposito dessa manipulação...

(do Portugal Diário)

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Madeleine McCann e os «Spin Doctors»2007/10/03 | 11:43
«Spin Doctor» é como se fosse um assessor de imprensa, que tenta «virar» ou condicionar a agenda mediática e as notícias que saem ou vão sair. Tentam «vender o peixe», minimizar danos de uma má notícia, aconselham os seus clientes na sua relação com a imprensa. Os pais de Maddie têm agora ao seu serviço um ex-spin doctor de Gordon Brown, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha. É uma escalada na luta mediática relacionada com este caso...

Uma coisa é certa: o caso Maddie ultrapassou há muito o «mero» desaparecimento de uma criança (se é que há alguma coisa de «mero» num desaparecimento). Um dia mais tarde este caso será estudado nos cursos de comunicação, jornalismo, relações públicas. Parece-me óbvio que para além da atenção mediática incrível que já define este caso, ou se calhar por causa disso mesmo, este acontecimento tornou-se uma verdadeira batalha mediática.

Pelo menos da parte dos pais da criança há uma preocupação óbvia sobre o que se escreve, diz e aparece nos jornais, rádios e televisões. Porquê? Percebo a lógica de manter o caso nas parangonas, numa (hipotética) esperança de que a miúda seja vista nalgum sítio. Na minha opinião, esta visibilidade toda só pode fazer mal. Ora coloquem-se na pele de um eventual raptor: o que faziam se a foto da criança que raptaram andasse em todo o lado há meses intermináveis? Ou não a deixavam sair de vossa casa ou então... acho que nem é preciso escrever a outra opção. Será que isto auxilia um eventual reconhecimento, partindo do princípio que se tratou de um rapto? Tenho muitas muitas dúvidas. Porquê então contratar assessores de imprensa?

Os spin doctors existem há muito tempo. Parece-me, contudo, que se tornaram figuras com visibilidade através de Alaistair Campbell, o spin doctor-mor e eminência parda de Tony Blair. Campbell, um ex-jornalista, juntou-se a Blair ainda antes deste se tornar primeiro-ministro e conduziu não só o seu relacionamento com a imprensa (ao que parece brilhantemente) como (parece-me) se tornou também um conselheiro incontornável, por quem tudo ou quase tudo passava. Definições de políticas, estratégias, gestão de egos e motivações pessoais de gente à volta de Blair (como o agora primeiro-ministro Gordon Brown), etc. Pelo menos é o que interpreto do livro «The Blair Years ¿ extracts from the Alaistair Campbell Diaries», um calhamaço com quase 800 páginas que é o responsável por andar a dormir pouco ultimamente, tal a vontade de ler «só mais uma página» antes de dormir.

Durante a campanha eleitoral que levou Blair a primeiro-ministro, os Conservadores mandaram uma galinha andar atrás do que seria o futuro primeiro-ministro. A ideia era simples: chamar medroso a Blair relativamente à autonomia da Escócia. O que fazer para esta estratégia não funcionar? Se Blair respondesse à provocação, os objectivos de John Major estavam atingidos. A estratégia adoptada foi simples e eficaz: Entrar na brincadeira. Numa acção de campanha, a galinha foi convidada a jantar com Campbell. Quando isso foi recusado, a equipa de Blair fez saber que a galinha tinha sido raptada pelos Conservadores, que não a deixavam fazer o que queria e que ela afinal queria passar para o lado dos trabalhista.

Engraçado, não? A notícia que podia ser «Blair é um medroso» passou a ser um «fait-divers» engraçado e virado contra o autor: é que havia deputados de Major que tinham passado para o lado de Blair. Como a galinha queria fazer. Spin doctorismo no seu melhor...

Especulando acerca do caso de Maddie, agora que os pais contrataram Clareance Mitchell ex-spin doctor de Gordon Brown (que também trabalhou com Blair, logo aprendeu com o mestre Campbell), e as recentes notícias de avistamentos em Marrocos, e-mails anónimo enviados para o Príncipe Carlos (porquê o Príncipe Carlos e não a polícia? Para dar mais cedibilidade? Para mais facilmente aparecer nas notícias? Porque foi mesmo assim?), ponho-me a pensar: Será que o alvo da galinha desta história (versão e-mail e avistamento) não será a polícia portuguesa?

A regra do spin doctorismo é virar as notícias a favor de quem nos contrata. Não deixam de ser interessantes estas notícias de avistamentos e afins, agora que a atenção mediática está na suspeição sobre o casal McCann... Ainda estará? Ou está a virar outra vez para a possibilidade da criança andar por aí, à espera de ser vista? Curioso...


Victor Silva
Psicólogo
http://victor-silva.blogspot.com
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« Responder #145 em: Outubro 03, 2007, 07:01:50 pm »
Citação de: "cabeça de martelo"
Eles querem à força que a menina esteja em Marrocos só para não ter que aceitar que TALVEZ ela esteja já morta e possivelmente pelos próprios país.
A Joana foi assassinada e esquatejada, esperemos que não tenha acontecido o mesmo a pobre Madeleine.


Eu pessoalmente não acredito em bruxas, nem acredito que elas existam.

Não acham estranho que a PJ, sempre que não consegue encontrar a vítima num caso mediático resolva por as culpas em cima de mães esquartejadoras de crianças ?

Não acham que é incrivelmente conveniente que sejam as mães a esquartejar as próprias filhas ?
Fica tudo resulvido e a PJ com fama de polícia eficiente.

Eu afirmo, que se não tivesse sido o criminoso sistema de protecção ao desleixo chamado «segredo de Justiça», sem capacidade ou vontade para investigar o desaparecimento, até a mãe do Rui Pedro já tinha sido "convencida" a confessar que afinal também tinha esquartejado o filho.

Esta história "FEDE" e o FEDOR não vem só da imbecil comunicação social inglesa, vem também de pessoas como esse senhor Moita Flores, em que protege a corporação para a qual trabalhava sem capacidade para fazer uma análise racional. E quem diz o Moita Flores também fala dos pseudo-investigadores da TVI naquele programa apresentado pela mesma senhora que apresentava a Quinta das Celebridades.

Os cancros da PJ são conhecidos, e os desleixos também, mas não se  podem desmascarar por causa do «espirito de corpo»

Os ingleses têm feito coberturas xenófobas ridiculas e patéticas SIM. Aquela de que o inspector bebia TINTOL é ridicula, mas também temos que entender que em Inglaterra, onde só há 30 minutos de intervalo para almoço, não passa pela cabeça de ninguém que um inspector tenha duas ou três horas para almoçar fumar a sua cigarrada e beber a sua meia garrafita (ou mais) de tintol de Serpa.

Temos que nos perguntar de forma honesta, racional e livre de nacionalismos, se a PJ estará a agir bem, e se não estará enterrada até ao pescoço num atoleiro que ela própria criou por negligência grosseira.


Pode até ser culturalmente aceitavel para nós, que um homem beba uma garrafa de vinho tinto ao almoço. Mas não seria mais correcto que quem tem uma investigação deste tipo nas mãos evitasse este tipo de problemas.

Estamos a passar por parvos, terceiro-mundistas e imbecis e com razão, porque temos pessoas na PJ que NÃO SABEM DIALOGAR COM A COMUNICAÇÃO SOCIAL.

Como é que queremos que os britânicos nos levem a sério, quando eles nem sequer entendem o que quer dizer ARGUIDO, e traduziram para "Formal Suspect" ao mesmo tempo que GONÇALO AMARAL É ARGUIDO NO CASO JOANA ?????


O homem que trata do caso Maddie é ao mesmo tempo "Formal Suspect" no caso Joana, e é acusado de achar que quando desaparecem crianças, em 90% dos casos a culpa é dos pais.

A presença deste senhor à frente do caso é mais uma catastrófica, ridicula e incrivelmente desleixada demonstração de uma incompetência sem limites. Será que não havia mais ninguém que este tipo?

E uma última coisa:
Eu sei que não tem nada a ver, e que não podemos julgar as pessoas pela cara, mas num caso mediático como este, colocar à frente da investigação um homem que tem cara de Capo da Camorra napolitana, é a pior coisa que se pode fazer.

Será que não há ninguém com um bocadinho de massa cinzenta na porr%% da Policia Judiciaria ?

Eu por mim estou farto de ver os senhores da PJ a fazerem declarações em que se desculpam uns aos outros. A Po##a é que os argumentos apresentados pelos bifes fazem sentido. É uma M##da irritante ver isto, mas a verdade é que fazem sentido e as acusações que eles fazem batem certo.

Acabem de vez com o Segredo de Justiça neste caso.

A SKY NEWS afirmou ontem claro e em bom som QUE É MENTIRA que os Páis tenham telefonado primeiro para a Sky News  que para a policia.

Eu como cidadão quero saber o que é que a PJ tem a dizer sobre isto e sobre as ouras alegações.

Quem não deve não teme.

Enquanto este caso estiver escondido por detrás da capa do segredo de justiça, todo o país vai ser ridicularizado, e provavelmente sem que haja razões para isso.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
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« Responder #146 em: Outubro 04, 2007, 12:09:14 pm »
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Mário Lino
jornalista  
 
 Toda a verdade sobre Madeleine

 03-10-2007 11:09:00  
   
 Provavelmente, está a ler estas linhas na esperança de saber o que se passou com Madeleine McCann, cinco meses depois do seu desaparecimento. Ainda não vai ser desta.

À semelhança do que têm feito distintos jornais da nossa praça, lembrei-me de “sacar da cartola” de um título que vendesse bem, mas que amanhã possa ser transformado em: “Quase toda a verdade sobre…”. No dia seguinte em: “Afinal não era verdade aquela verdade”; e por aí fora, como têm feito, aliás, vários periódicos nacionais e estrangeiros. Ao menos aqui, é de borla.

Mas já agora, que captei a sua atenção (ou talvez não), aproveito para deixar alguns considerandos sobre o caso que tenho seguido de perto, desde o primeiro dia.

A crónica até já era para ter saído, mas afinal não saiu. Assim, não sai sozinha. Sai após um destacado dirigente da PJ ser afastado do caso, depois de o spokesman oficial bater com a porta, dos media britânicos regressarem à base, e até do próprio casal McCann ter também ele… saído.

É curioso ver como se saem todos, ao fim deste tempo, na fotografia de um caso que “abalou o mundo”.

Gonçalo Amaral sai como “vítima das circunstâncias”, e um herói para os colegas, depois de ter comentado o que muitos deles pensam mas não podem dizer.

Olegário de Sousa saiu cansado. Cansado de falar muito e dizer pouco, obstruído por um segredo de justiça que só existia para ele, enquanto à sua volta as “fontes anónimas” enchiam as páginas dos jornais.

Os media britânicos saem como justiceiros e só é pena que não tenham sido eles próprios a liderar a investigação, caso contrário, a criança já teria sido descoberta.

Os McCann saem como suspeitos, mais do que vítimas. Mas todos somos inocentes até prova em contrário.

Eis-nos chegados, pois, ao cerne da questão. A prova. O caso não parece fácil, e a forte pressão governamental (ou será um acaso o facto de Clarence Mitchell abandonar o Governo?) por parte dos britânicos não tem facilitado a tarefa à Polícia Judiciária.

É bem fácil criticar, que a polícia não vedou a cena do crime, que só tarde pediu a presença dos cães ingleses, etc. Mas nem tudo foram “trapalhadas”, como afirmou o “famoso” especialista da Sky News, Martin Brunt. Ao chamar os cães britânicos e ao envolver os laboratórios ingleses, a PJ fez uma “jogada de mestre”, para se defender.

Foram os “infalíveis” e milionários cães britânicos (que agora os advogados se apressarão a denegrir) que detectaram o odor a cadáver no apartamento e no automóvel dos McCann. Foi um laboratório britânico – dos melhores do mundo – que identificou, alegadamente, uma amostra de ADN correspondente à criança, na bagageira do veículo alugado pelos McCann. Difícil de acreditar? Sem dúvida. Mas de quem é a culpa? É dos britânicos.

Os media ingleses “agarram-se” ao facto de que a investigação foi mal conduzida, apimentando a estória com os almoços de duas horas dos inspectores, e sabe-se lá o que mais viria a lume, além do caso Joana, se Amaral não tivesse saído agora. Que se a ideia é pôr de rastos a PJ, então quem melhor do que os tablóides ingleses para o fazer? Mas ainda não os vi a denegrir os cães ou os laboratórios, que até aqui lhes mereciam a máxima confiança.

É um facto que Amaral foi longe demais. Disse que os McCann estavam a minar a investigação, criando novas pistas a cada dia. A exposição valeu-lhe a guia de marcha para Faro. E o que aconteceu à mãe de Kate, que afirmou que a Polícia portuguesa “plantou provas para incriminar o casal”? Nada.

A prontidão com que tanto o Ministro da Justiça como o director nacional se apressaram a reagir à demissão de Amaral foi alucinante, quando comparada com o muro de silêncio que teceram, e se impôs que defendessem a reputação do país e da nossa polícia. Mas não.

Ao que parece, a prova não é suficiente. Nem as estatísticas, nem o facto de os pais afirmarem colaborar com a justiça, mas se recusarem a responder a mais de 40 perguntas consideradas fundamentais para o esclarecimento do caso.

Acreditando que os polícias não são infalíveis, existem factos nesta estória que são difíceis de explicar.

Porque ligou o casal para uma televisão, antes de ligar para a polícia? Porque contratou um advogado português, antecipando que a PJ teria o resultado dos testes de laboratório, sem se ter dito que os pais eram suspeitos? Porque contratou um gabinete de elite, com o assessor do primeiro-ministro a trabalhar só para eles?

Por outro lado, como poderiam livrar-se de um corpo, sem serem detectados? Como teriam coragem para prosseguir com a “farsa mediática”? Com tantos porquês, parece que estaríamos na idade da inocência. Mas, quando se olha para o retrato de toda esta “novela” constatamos que, de facto, estamos muito longe disso.

O certo é que está o “caldinho arranjado”. Os britânicos salvam os seus compatriotas, com direito a escolta e comitiva até à chegada a casa. Passam o atestado de incompetência à polícia, esquecendo que eles próprios estão também desde o início envolvidos na investigação.

A PJ faz o papel do odioso porque teorizou aquilo que a todos menos interessa: que os pais possam ser culpados.

O Governo português “safa-se” aos olhos dos ingleses e do mundo (que os dos portugueses pouco interessam). Deixa o casal regressar a Inglaterra, podendo até ser suspeito da morte da filha, porque “sem corpo, não há caso”.

Ahh… All is well when it ends up well - Tudo está bem, quando acaba bem.

Mas… e a Madeleine, alguém sabe onde ela está?
 


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"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Jorge Pereira

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« Responder #147 em: Outubro 04, 2007, 03:20:53 pm »
Citação de: "papatango"
Eu pessoalmente não acredito em bruxas, nem acredito que elas existam.

Não acham estranho que a PJ, sempre que não consegue encontrar a vítima num caso mediático resolva por as culpas em cima de mães esquartejadoras de crianças ?

Não acham que é incrivelmente conveniente que sejam as mães a esquartejar a próprias filhas ?
Fica tudo resulvido e a PJ com fama de polícia eficiente.

Eu afirmo, que se não tivesse sido o criminoso sistema de protecção ao desleixo chamado «segredo de Justiça», sem capacidade ou vontade para investigar o desaparecimento, até a mãe do Rui Pedro já tinha sido "convencida" a confessar que afinal também tinha esquartejado o filho.


Neste aspecto não concordo consigo. Quantos casos há em que as crianças não apareceram e em que os pais foram condenados pelo desaparecimento?

Para mim o caso da Joana, apesar de ter sido mal investigado no início, está perfeitamente esclarecido. Não acredito nos disparates que por aí se dizem. Aliás, o livro do ex-inspector que trabalhou nele e que aborda o caso é bastante explícito e não tenho razões nem dados credíveis para duvidar dele.

Agora faço uma pergunta a todos e respondam-me com sinceridade:

Acham sinceramente difícil, (especialmente pessoas ligadas como nós estamos de diversas formas às questões de defesa) fazer desaparecer por completo um corpo humano? E se for um corpo de uma criança, não será mais fácil ainda?

E nestes casos, havendo provas ou confissões que corroborem o envolvimento de determinada pessoa ou pessoas no crime, devem estas ser ilibadas porque pura e simplesmente não foi encontrado o corpo que afinal não é assim tão difícil de fazer desaparecer?

O que me dizem? Será que aquela máxima de «se não há corpo não há crime» faz sentido?

Citação de: "papatango"
Os ingleses têm feito coberturas xenófobas ridiculas e patéticas SIM. Aquela de que o inspector bebia TINTOL é ridicula, mas também temos que entender que em Inglaterra, onde só há 30 minutos de intervalo para almoço, não passa pela cabeça de ninguém que um inspector tenha duas ou três horas para almoçar fumar a sua cigarrada e beber a sua meia garrafita (ou mais) de tintol de Serpa.

Temos que nos perguntar de forma honesta, racional e livre de nacionalismos, se a PJ estará a agir bem, e se não estará enterrada até ao pescoço num atoleiro que ela própria criou por negligência grosseira.

Pode até ser culturalmente aceitavel para nós, que um homem beba uma garrafa de vinho tinto ao almoço. Mas não seria mais correcto que quem tem uma investigação deste tipo nas mãos evitasse este tipo de problemas.

Estamos a passar por parvos, terceiro-mundistas e imbecis e com razão, porque temos pessoas na PJ que NÃO SABEM DIALOGAR COM A COMUNICAÇÃO SOCIAL.

Completamente de acordo. Mas há uma questão: Já li que foi desmentindo os tempos empregues na hora do almoço que os britânicos referiam.

Citação de: "papatango"
Como é que queremos que os britânicos nos levem a sério, quando eles nem sequer entendem o que quer dizer ARGUIDO, e traduziram para "Formal Suspect" ao mesmo tempo que GONÇALO AMARAL É ARGUIDO NO CASO JOANA ?????

O homem que trata do caso Maddie é ao mesmo tempo "Formal Suspect" no caso Joana, e é acusado de achar que quando desaparecem crianças, em 90% dos casos a culpa é dos pais.

A presença deste senhor à frente do caso é mais uma catastrófica, ridicula e incrivelmente desleixada demonstração de uma incompetência sem limites. Será que não havia mais ninguém que este tipo?

Será que não há ninguém com um bocadinho de massa cinzenta na porr%% da Policia Judiciaria ?

Acabem de vez com o Segredo de Justiça neste caso.

A SKY NEWS afirmou ontem claro e em bom som QUE É MENTIRA que os Páis tenham telefonado primeiro para a Sky News que para a policia.

Eu como cidadão quero saber o que é que a PJ tem a dizer sobre isto e sobre as ouras alegações.

Quem não deve não teme.

Enquanto este caso estiver escondido por detrás da capa do segredo de justiça, todo o país vai ser ridicularizado, e provavelmente sem que haja razões para isso.


Também aqui estou de acordo. Só que a lei do segredo de justiça foi instituída pelo poder legislativo e não pelas forças de segurança.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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André

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« Responder #148 em: Outubro 05, 2007, 06:08:56 pm »
Jornais ingleses acusam PJ de atacar os McCann

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O Daily Mirror acusa esta sexta-feira os inspectores portugueses de se «esconderem atrás do anonimato para acusar os McCann de actos inenarráveis». O ataque surge através da publicação da primeira entrevista dos pais de Madeleine desde o seu regresso ao Reino Unido.
Kate e Gerry McCann, de acordo com o diário britânico, tiveram de lidar com longas horas de interrogatório, realizado por Tavares de Almeida, que terá pedido para sair do caso, e com as «duras críticas» da imprensa portuguesa.

Contudo, o casal reafirma que nenhuma das situações foi mais difícil do que a noite do desaparecimento da filha. Para Kate, «o tempo passou de forma surreal, cada dia parece uma semana».

Já Gerry considera o momento em que foram constituídos arguidos um dos mais difíceis, «mas não consegue ser pior do que a noite em que Maddie desapareceu», ressalva.

Os pais de Maddie, que desapareceu a 3 de Maio da Praia da Luz, no Algarve, afirmou que, desde o regresso a casa, tem recebido todo o apoio da família e amigos, assim como o de estranhos, pretendendo agora reorientar a investigação para a busca da filha de quatro anos.

Diário Digital

 

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André

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« Responder #149 em: Outubro 08, 2007, 08:52:11 pm »
Paulo Rebelo substitui Gonçalo Amaral na PJ de Portimão

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Paulo Rebelo, com carreira no combate à droga e na Directoria de Lisboa, é o substituto de Gonçalo Amaral, afastado da coordenação do Departamento de Investigação Criminal de Portimão, que investiga o «caso Maddie», confirmou fonte da PJ.
Paulo Rebelo ocupava as funções de director nacional adjunto.

O novo responsável pelo DIC de Portimão da PJ fez carreira na Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE) e esteve à frente da Directoria de Lisboa durante a investigação de pedofilia que resultou no processo Casa Pia.

Paulo Rebelo esteve também na condução do inquérito à fuga de informação relativa ao caso Freeport, de Alcochete.

Diário Digital / Lusa