Fico sempre um bocado perdido com as versões do "Eurofighter Typhoon", ainda pior por terem 3 países; mas também nunca pensei na possibilidade de voarem com a "Cruz de Cristo".
Independentemente do país de origem um "Tranche 1 - Block 5" não poderá, investindo, ter as capacidades de um "Tranche 2 - Block 15 / EOC 2"? Para o "curto-prazo" não ter o "Captor-E AESA" é o mesmo que ter um aparelho ultrapassado?
Ora bem:
O typhoon mesmo sendo o hipotético tranch1 com upgrade OFP, assim consultando uma specs rapidamente, mesmo com o CAPTOR-M temos em relação ao F-16AM:
-Captor-M tem 3X o alcance que o APG-66V2(A), bem como taxa de refrescamento, ECCM e discriminação de alvos superior conferindo-lhe verdadeira capacidade BVR.
- mesmo com o AIM-120C5 que temos cujo o alcance Maximo vai para além das capacidades do radar APG-66V2(A) , logo estamos bastante dependentes de datalink neste campo.
-o EF tem maior taxa peso-potência, maior taxa de subida, capacidade cruzeiro supersónica com carga de misseis AA, maior capacidade de carga, mais pylons, etc.
- o EF é um verdadeiro caça de superioridade aérea como Portugal nunca teve ao dispor, mesmo sendo uma versão que não é a mais recente.
Desvantagens: sendo usado vai durar tanto tempo como os F-16 PAII. Vão ser retirados muito antes do caça de 6G.
E ainda digo mais... se os States não se mexerem, estão-se a pôr a jeito.
O GRIPEN tem o lobby Brasileiro/EMBRAER, o investimento industrial e agora... a cartada da compra dos aviões através de Portugal.
O EF terá a disponibilidade quase imediata de aviões em segunda mão, a origem "Europa", partilha de armamento com o F16 e o acesso ao G6.
A LM tem de por alguma coisa "palpável" na mesa, não só promessas.
O RAFALE penso já ser uma carta fora do baralho...
É negociar bem. 😉
A Lockheed tem feito bastante bem o trabalho de casa neste respeito, e poder de influencia não lhe falta. O F-35 dificilmente será contornável.
Quanto ao gripen, é um excelente avião para paises que têm uma uma abordagem geo politica e geo-estratégica e infra estruturas que não temos. Tal como a suécia, para enfrentar adversários superiores do outro lado da fronteira que num instante poderiam bombardear todas as bases, seriam precisos abrigos subterrâneos, milhares de KM autoestradas preparadas para servir como pistas (largura e postes de iluminação removíveis e ter rectas pre definidas) bem como pontos de acessos logísticos onde seja possível montar uma base avançada improvisada de preferencia escondidos em floresta. Assim mesmo sem garantia de superiorade aérea, seria muito dificil eliminar totalmente uma força de gripens.
Em Portugal:
-pais periférico voltado para o oceano
-toda a floresta ardeu
-não há abrigos subterrâneos
-não há autoestradas preparadas
-não há redundância de bases
- Mas também não temos a russia ou o irão à porta
-seremos mais inseridos numa força força aliada fora das nossas fronteiras por isso temos de ter forças com alguma capacidade projecção e não escondidas em bases avançadas.
Logo o gripen seria a pior escolha.