Ouvi um RP da FAP na TV na transmissão do 10 Junho dizer (mais ou menos com este sentido) que já não faz sentido modernizar ou prolongar mais a vida do F-16. Sendo que a vida útil das células de grande parte da frota terminar em 2030. Porque o paradigma dos aviões de caça tinha mudado com as aeronaves de 5ªG e que o caminho da força aérea teria de ser necessariamente esse.
É a opinião convicta no seio da FAP e também no MDN, ou seja, que o F-16 não estica mais e que o senhor que se segue é o F-35A. Porém, e como referi aqui anteriormente, tudo isso estará dependente da vontade da administração norte-americana que não nos vê actualmente como um alvo prioritário de ajuda militar por estarmos bem distantes da fronteira russa, e por isso a aquisição do Lightning II teria, ou terá, de ser suportada em grande parte ou na sua quase totalidade pelos cofres nacionais pois o trunfo das Lajes perdeu importância e o Governo não parece estar para já a saber capitalizar bem o peso estratégico da BA4 junto de Washington.
Depois do F-16MLU nos ter colocado pela primeira vez em termos de poder aéreo ofensivo num patamar de igualdade com os nossos parceiros da Aliança, é muito natural querermos continuar na
big boys league. O problema é que os outros meninos têm papás ricos e nós não... ou pelo menos não interessados em gastar em "brinquedos" novos, mas sim em poupar para ficar no banco caso um dia o mesmo ameace decretar falência.

E, diga-se de passagem, mesmo a 80M€/unidade, 30 aparelhos daria algo como meia LPM, sem contar com tudo o resto como armamento, infraestruturas (ar-condicionado e desumidificadores

), motores, peças e motores sobressalentes, formação e treino de tripulações de voo e de terra, etc, etc, etc. A seguirmos para o F-35A, das duas uma: ou compramos uma quantia irrisória de caças e valemo-nos da EPAF 2.0/MNFP 2.0 para apoio aquando de BAPs e quejandos, ou é melhor esquecer futuras aquisições para os outros ramos a médio prazo.