"A EDA só abastece a Base das Lajes há poucos anos, até agora a única fonte de energia da BA4 provinha das suas próprias centrais eléctricas, e não da energia produzida pela Central Termoeléctrica do Belo Jardim. Aliás, a população anda um bocado descontente com o facto de andarem a abastecer a BA4, porque para eles nunca falta a luz, e para o resto da ilha o serviço é...bem, não comento. "
A EDA faz o abastecimento, mas os geradores militares da Av. do Império na BA4 continuam como back up, precisamente para suprir as quebras regulares. Quando se procedeu ao acordo com a EDA para o fornecimento de energia, as então ainda FEUSAÇORES tiveram de proceder à renovação total das linhas no interior da Base e, bem assim, às linhas de transporte do exterior, essas sim é que constituem um problema.
"A Ilha Terceira não é abastecida pelos depósitos do Juncal, aliás, não me lembro de tal coisa (só talvez há muitos anos atrás, ou em alguma situação pontual devida à ruptura de stock na ilha). Existe/existia um parque de combustíveis situado em Angra do Heroísmo que abastecia a ilha e também outras do Grupo Central, quando necessário. Digo existia, porque acabou de ser inaugurado (este mês o no mês passado) o novo parque de combustíveis, situado no porto da Praia da Vitória, com capacidade para abastecer os Açores todos, e com capacidade de expansão. "
Finalmente que há...
Mas acredite, o abastecimento era feito a partir do Juncal. A GALP dispunha ali de uma capacidade de armazenamento, estipulada em acordo decorrente do Acordo Técnico na versão inicial, Quando, por razões meteo ou técnicas não era possível proceder a transfegas de combustivel na Praia, avançava o combustível americano, que depois era reposto.
"É verdade que, na sua maioria, são trabalhadores de meia-idade. Aliás, grande parte deles já caminha para a reforma. São muito poucos os novos trabalhadores e, como já referi, volta e meia há despedimentos (para dar um exemplo, havia um Burger King lá que já foi encerrado, e agora estão para fechar mais um dos BX existentes). Fora isso, também aparecem aquelas notícias do tipo "aceitam-se candidaturas de todas as nacionalidades da NATO, excepto portugueses".
Tantas vezes o Diário Insular e a Associação Comercial da Praia consideraram os BX como os causadores da ruína do comercio tradicional local, que as restrições de acesso tiveram de ser implementadas, ou seja, restringiu-se o acesso dos nacionais aos BX. Como estes funcionam integrados numa estrutura não militar ( AAFES), assim que se começou a sentir diminuição nas vendas e nos lucros, cortaram nas despesas de pessoal, os sejam, efectuaram despedimentos, alem de reduzirem os stocks.
"Fora isso, é de relembrar que aumentos salariais de acordo com o que foi assinado, nem vê-los, e de que, apesar de, finalmente, começarem a surgir processos em Tribunal contra as FEUSAÇORES e a serem ganhos pelos trabalhadores, não tem resultado em nada, pela simples razão de que os EUA acham que a Lei da República Portuguesa não se lhes é aplicável"
E de facto até têm razão...
O Acordo de Cooperação e Defesa foi publicado em DR por Resolução da Assembléia da República, com o estatuto de tratado internacional bilateral. Acontece porém que a bilateralidade não existe uma vez que o Congresso dos EUA, oficialmente, não o ratificaram...logo, na perspectiva jurídica dos EUA, o Acordo de Coperação e Defesa é, tão só, um acordo técnico, não um tratado. Nesses termos, os aumentos salariais são aqueles em vigor segundo o estabelecido pelo DoD, que umas vezes podem ser mais do que o estabelecido segundo o Inquérito Laboral, outras vezes podem ser menos...
"Quanto ao molhe militar, é da responsabilidade dos EUA e as obras que se vêem são o simples resultado de que este foi destruído por um temporal que assolou a Ilha Terceira em 2001 (penso), que trouxe umas belas de umas ondas de 14 metros. Aliás, até me admira ainda não estar pronto, visto que o molhe comercial sofreu muito piores danos (praticamente deixou de existir e já quando a obra ia a meio, voltou a ser destruído por outro temporal) e já foi recuperado. Se o vão modernizar, não o sei, mas não me admira. Principalmente a parte das pipelines, visto ser a parte dos combustíveis aquela em que EUA têm investido mais. "
Em bom rigor, as obras são responsabilidade conjunta, trata-se de uma infraestrutura de uso conjunto...como nós assobiamos para o lado quanto a despesas, eles assumiram a conta final ! O investimento é brutal, basta pensar que a Somague montou uma fábrica de estruturas de cimento armado só para o efeito no local.