Caro Lince:
1) Pois, as comparações. Não sou só eu a fazê-las... Freitas do Amaral já salientou os paralelismos perturbantes entre a visão neo-conservadora do mundo e a ideologia nazi.
O desprezo de todo o direito internacional e tratados assinados, o culto absoluto da Força militar, a missão trancendente, divina ou não, de dominar o mundo através da guerra, o conceito de guerra preventiva (sem provocação ou agressão prévia da outra parte), as torturas e execuções sumárias em campos de concentração e extermínio (Konzentrations- und Vernichtungslager), como Guantanamo, Abu Graibh, Samarra, Bagadad ,Cabul ou Bagram, entre outros espalhados pelo mundo, qual gulague neo-con, tratando as vítimas como sub-homens (Untermenschen) sem direitos de qualquer espécie, tudo isso releva da barbárie nazi e nada tem a ver com os valores democráticos e liberais do Ocidente...
O mesmo se diga mutatis mutandis do carniceiro Sharon e das suas SS Tsahal, as tropas de ocupação: o conceito de "povo eleito" por um deus privativo e não universal lembra a raça superior ariana, a Herrenvolk (a raça de senhores, por oposição aos Untermenschem). E o que é que distingue a missão divina de conquistar pelas armas, extermínio e limpeza étnica um Grande Israel (Eretz Israel), do projecto hitleriano de conquistar Espaço Vital (Lebensraum) a leste, exterminar a população aí residente e construir a Grande Alemanha, o Reich dos 1000 anos ?
Como vê, quando utilizo o paralelismo nazi em relação ao eixo busho-sharonesco, faço-o com base em argumentos sólidos. Os falcões neo-cons e likudistas têm um projecto comum de domínio mundial de matriz nazi e devem imperativamente ser contidos pela Europa e pelo Mundo, se quisermos impedir esses irresponsáveis militaristas de nos precipitarem o num Armaggedon apocalíptico.
2) Pede-me ainda que indique a fonte de uma afirmação sobre a eventual posse por forças árabes de bombas nucleares miniaturizadas que poderiam usar como meio de dissuasão de futuras ocupações/intervenções em terra árabe, ou como retaliação a novos massacres e humilhações sofridas, a exemplo do 9/11...
Vi invocada essa possibilidade em 2 ou 3 artigos de imprensa lidos na internet durante estes últimos 2 anos... que não arquivei, obviamente. Nada é certo em matéria nuclear... Até a posse por Israel de armas de destruição maciça (lá está, dois pesos e duas medidas...o que é intolerável e insultuoso para a dignidade da nação árabe...), de que ninguém duvida é negada por Israel... O que é certo é que já há oficialmente uma bomba islâmica (Paquistão), que segredos nucleares foram passados a outras potências islâmicas e que algumas destas, a começar pelo Irão, já terão a referida arma ou estarão muito próximas desse objectivo, esencial para se furtarem à chantagem nuclear dos nazi-sionistas e poderem resolver a questão palestiniana no campo de honra e convencionalmente...
Esses esforços de se dotar da arma nuclear proliferaram e inrtensificaram-se sobretudo a partir da invasão do Iraque pelos bushistas... Todos viram então que o Iraque só foi invadido porque Bush e Bliar sabiam não existirem tais armas no Iraque e que ao mesmo tempo um país (Coreia do Norte) que afirmava desafiadoramente dispor dessa arma...não foi invadido !!! A lição de Bush foi pois: obtenham rapidamente armas nucleares ou serão invadidos (sobretudo se tiverem petróleo...).
Para além disso, nesses artigos referia-se que a Al Queda poderia já com elevada probabilidade dispor de armas nucleares da dimensão de uma mala adquiridas na Ucrãnia (com um milhão de dólares aí pode-se comprar tudo...) ou no islâmico Casaquistão e proviriam dos enormes arsenais da ex-União soviética... Eu, se fosse a Bush, não abusava muito da força, até porque os árabes, que vêem todas as noites na Al Jazira as barbaridades busho-sharonescas da Palestina e Iraque, estão fartos e sedentos de vingança... Também os alemães ficaram surpreendidos com a reação heróica dos supostamente Untermenschen russos... É perigoso desprezare humilhar o adversário..