Iraque a ferro e fogo

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europatriota

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« Responder #225 em: Junho 20, 2004, 02:32:18 pm »
NVF:
Deixe-se de manias de perseguição...
A minha observação ao JNSA deve-se apenas ao facto de ele pretender entrar numa discussão jurídica tão técnica e bizantina (saber se o facto de as constituições nacionais se terem de adaptar à Constituição Europeia, e antes, ao Tratado de Roma, demonstrava ou não a primazia desta) que não teria nenhum interesse para não juristas.
A Grande Europa, respeitadora do direito internacional, da dignidade dos povos e da paz mundial deve unir-se, rearmar-se e liderar o mundo rumo à Paz Perpétua kantiana
 

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NVF

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« Responder #226 em: Junho 20, 2004, 02:48:05 pm »
Euro, perdoe-me o juízo de intenções — capacidade que, ao contrário de si, eu ainda não refinei —, mas assentava-lhe que nem um luva. Ainda por cima, depois do paternalismo que demonstrau em relação ao Flash.

Curiosamente, o paternalismo é algo que caracteriza as relações da Europa com o chamado 3º mundo — em particular com África.
Talent de ne rien faire
 

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komet

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« Responder #227 em: Junho 20, 2004, 02:52:04 pm »
Suspeito que isto ainda vai acabar em topic locked.
"History is always written by who wins the war..."
 

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JLRC

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« Responder #228 em: Junho 20, 2004, 03:57:09 pm »
Caros companheiros
Tenho lido com estupefacção as diatribes que têm escrito neste Forum e confesso, embora tivesse desistido de entrar em discussão de tão baixo nivel, não resisti e aqui estou a dar a minha opinião.
Não sobre o tópico inicial, mas sim sobre o baixo nível a que este tópico chegou. Em relação ao companheiro Europatriota ou será "Eurofanático?", quero lembrar que os extremismos conduziram sempre a situações trágicas como por exemplo no Irão com os fanáticos religiosos. A própria Al-Qaeda é consequência de extremismi religioso, mais que nacionalismo muçulmano. Houve muita coisa que disse com a qual eu concordo, também não morro de amores pelos EUA, mas isso não significa que me alegre com as mortes de soldados americanos no Iraque ou que tenha ficado contente com o 11 de Setembro, antes pelo contrário. Para que os seus argumentos sejam levados em conta é preciso que você respeite os outros e os seus argumentos. As suas observações infelizes sobre o companheiro [PT]HKFlash são de um baixo nível preocupante, porque indiciam uma mente preconceituosa e com complexos de superioridade, que pelos vistos se julga infalível. O Hitler, o Franco, o Mussolini e o Salazar também pensavam assim!!!!
Tenha um pouco mais de humildade e quando não tenha razão reconheça-o. Aos restantes colegas de Forum apelo a que não entrem neste tipo de diálogo nem se deixem arrastar pela maneira de argumentar do companheiro Europatriota e que tentem elevar a discussão.
Gostaria de lhes expressar as minhas opiniões sobre a política americana mas não quero lançar mais achas para a fogueira, pelo menos agora.
Cumprimentos para todos
JLRC
 

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NVF

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« Responder #229 em: Junho 20, 2004, 05:10:27 pm »
Não pude evitar, JLRC, mas será que você se apercebeu que essas ilustres personalidades que menciona são todas europeias?  :twisted:
Talent de ne rien faire
 

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JNSA

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« Responder #230 em: Junho 20, 2004, 05:23:05 pm »
Citação de: "europatriota"
A minha observação ao JNSA deve-se apenas ao facto de ele pretender entrar numa discussão jurídica tão técnica e bizantina (saber se o facto de as constituições nacionais se terem de adaptar à Constituição Europeia, e antes, ao Tratado de Roma, demonstrava ou não a primazia desta) que não teria nenhum interesse para não juristas.


Bem, europatriota, você veio aqui levianamente afirmar que a UE era uma Federação; eu demonstrei juridicamente que isto não é verdade; você nem parece ter lido a minha resposta, ou se leu, a sua capacidade de interpretação é diminuta; depois, na sua resposta, contraditoriamente, veio apoiar os meus argumentos; não conseguiu rebater qualquer das minhas afirmações, e depois ainda vem dizer que eu estou a entrar numa discussão bizantina... :?  Por mim, esta discussão fica por aqui...
 

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JLRC

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« Responder #231 em: Junho 20, 2004, 06:33:11 pm »
Citação de: "NVF"
Não pude evitar, JLRC, mas será que você se apercebeu que essas ilustres personalidades que menciona são todas europeias?  :twisted:


É verdade, mas como me estava a dirigir a um "Europatriota", achei oportuno. Mas poderia por exemplo ter falado no presidente Roosevelt (o 1º, não o Franklin) que para fazer o canal do Panamá não exitou em retalhar um país, roubando-lhe parte do seu território para fazer um estado fantoche, o actual Panamá, ou podia falar em Peron, Pinochet e em muitos outros, não percebo a sua observação. Só quiz demonstrar o perigo dos fanatismos e da infalibilidade. Sinceramente não apanhei o sentido da sua observação.
Cumprimentos
JLRC
 

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europatriota

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« Responder #232 em: Junho 20, 2004, 06:45:35 pm »
Citar
Bem, europatriota, você veio aqui levianamente afirmar que a UE era uma Federação; eu demonstrei juridicamente que isto não é verdade


Você demonstrou juridicamente o quê ? Eu não vi nada... Já leu ao menos a Constituição portuguesa ? Sabe você o que é uma federação ? E só leu Jorge Miranda ? Olhe que há muitos outros constitucionalistas, incluindo outros europeus...

Como disse , não interessa aqui desenvolver muito questões técnicas. A Constituição portuguesa só pelos portugueses pode ser alterada. Mas se por hipótese (académica, dado que há verdadeiramente uma comunidade de princípios gerais do direito na Europa) ela violasse  num ponto essencial (a proibição da discriminação em razão da nacionalidade, por exemplo) a CONSTITUIÇÃO EUROPEIA (e antes desta, o tratado de Roma, que já era a verdadeira constituição material da Europa), e se não fosse alterada, a única saída seria a expulsão de Portugal da União...

Quem é que lhe disse que se a Constituição federal não revogar directamente a norma constitucional contrária de um estado federado já não há federalismo ? Conhece algum exemplo disso ? A UE é uma união (federal) de Estados livres de sairem a qualquer momento, mas que enquanto se mantêm na União estão claramente vinculados às normas e decisões maioritárias desta. Sobre isso não há dúvidas !

E acha que numa simples comunidade intergovernamental ou mercado comum, haveria lugar a pagamentos de biliões dos países  mais ricos aos menos desenvolvidos (Portugal já recebeu mais de 40 biliões de euros...) ou não acha que isso denota claramente uma solidariedade federal entre os vários estados federados ? Ou para você o federalismo está bem quando se trata de receber, mas não quando se trata de manifestar solidariedade com o Todo de que somos parte ? Conhece mercados comuns com Presidente, com Ministro dos Negócios estrangeiros, com política externa comum e com decisões por maioria (55% dos estados e 65% da população) que vinculam todos, mesmo os que votaram contra ?

Deixe-se de disparates... e veja mas é se é um bom patriota da sua Pátria Federal, a Europa ! BIBAUROPA !
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europatriota

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« Responder #233 em: Junho 20, 2004, 06:55:56 pm »
Sobre o nível da discussão neste thread: não acham  que é apesar de tudo o debate mais elevado de todo o forum ? Onde se discutem abertamente questões mais interessantes da actualidade, com exposição de pontos de vista contrários, isto é, verdadeiro debate ?

E temos um critério objectivo para chegar a essa conclusão: o do número de comentários...

Ou pensarão alguns que os frequentadores do forum  preferem as discussões de "baixo nível" ? Eu acho que não: se acorrem preferencialmente a este debate é porque o consideram de nível superior a outros...

Pelo menos eu não presumo do baixo nével dos meus colegas de forum...
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Ricardo Nunes

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« Responder #234 em: Junho 20, 2004, 06:59:38 pm »
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Sobre o nível da discussão neste thread: não acham que é apesar de tudo o debate mais elevado de todo o forum ?

Não.

Citar
Eu acho que não: se acorrem preferencialmente a este debate é porque o consideram de nível superior a outros...


Caro amigo, longe disso! Apenas gosto de mandar uma boa gargalhada ao ler os seus comentários!  :lol:  :lol:

Cumprimentos,
Ricardo Nunes
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Fábio G.

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« Responder #235 em: Junho 20, 2004, 07:00:55 pm »
TSF

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Violência aumenta em vésperas da transição do poder
A violência no Iraque está a aumentar no momento em que se aproxima a data da transferência do poder para os iraquianos, marcada para dia 30 deste mês. Depois desta data o ex-presidente Saddam Hussein passará para a autoridade do novo Governo do Iraque.  
 
( 15:38 / 20 de Junho 04 )

Segundo um responsável da coligação Saddam Hussein e nove outros responsáveis do antigo regime vão passar para a autoridade do governo iraquiano mas ficarão sob a guarda dos americanos.

Esta mudança deverá acontecer pouco depois da transferência de poderes a 30 de Junho, numa altura em que a violência aumenta no país.

Este domingo mo centro de Bagdad uma bomba artesanal matou uma pessoa e feriu três outras. A norte do Iraque, um chefe tribal que integrava o conselho local de Tikrit (a 180 quilómetros de Bagdad) foi abatido, esta manhã, por desconhecidos.

Já a Sul, equipas de peritos estão a trabalhar nas reparações de dois oleodutos sabotados.

No sábado, em Bassorá, um civil português António Monteiro Abelha, de 35 anos, morreu depois de um engenho explosivo ter destruído a viatura em que seguia.

Neste mesmo dia um norte-americano e dez iraquianos morreram na sequência de confrontos entre membros da resistência e tropas norte-americanas a oeste do Iraque, noticiam hoje as agências internacionais.

Na quinta-feira, um atentado suicida contra um centro de recrutamento do exército em Bagdad fez 35 mortos e 141 feridos.
 

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Fábio G.

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« Responder #236 em: Junho 20, 2004, 07:04:20 pm »
TSF

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 • IRAQUE
Moqtada al-Sadr entre os convidados para a Conferência Nacional
O líder radical xiita Moqtada al-Sadr foi convidado a participar, no final de Julho, numa conferência realizada para nomear um Conselho Nacional, apesar do mandado de detenção de que é alvo, anunciou este domingo um responsável iraquiano.
 
( 17:42 / 20 de Junho 04 )

«Foi enviado um convite a Moqtada al-Sadr», afirmou, em conferência de imprensa, em Bagdad, o presidente do comité encarregue de preparar esta conferência, Fuad Maassum.

«Moqtada al-Sadr começou a transformar a sua milícia em organização política, o que é considerado um passo positivo e a corrente que dirige tem muita influência no país», acrescentou Maassum, para justificar este convite.

O responsável acrescentou que cerca de mil pessoas, representantes de todas as correntes políticas, regiões e as tribos do Iraque, foram convidadas para esta conferência, que deverá nomear um Conselho Nacional, composto por 100 membros.

Este organismo, uma espécie de Parlamento, acompanhará o governo interino, para o qual a coligação vai transferir o poder a 30 de Junho até à eleição de uma Assembleia Nacional, que deverá ter lugar até Janeiro de 2005.
 

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Fábio G.

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« Responder #237 em: Junho 20, 2004, 07:07:19 pm »
TSF

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Saddam Hussein poderá enfrentar pena de morte

Saddam Hussein poderá vir a enfrentar a pena de morte se for considerado culpado pelo tribunal de crimes de guerra, disse à BBC Salem Chalabi, que está a organizar os processos de acusação contra o ex-ditador iraquiano.



Salem Chalabi explicou que a lei iraquiana permitia a execução de assassinos e violadores, mas uma moratória imposta recentemente pela coligação suspendendo a pena capital terá que ser levantada pelo governo interino para permitir a condenação à morte.
Chalabi acrescentou que centenas ou milhares de iraquianos têm acorrido junto das autoridades judiciais para apresentar provas contra os dirigentes do antigo regime, mas sublinhou ser improvável que os julgamentos se iniciem antes de pelo menos um ano.

Salem Chalabi – sobrinho de Ahmed Chalabi, que já foi o «melhor amigo» dos EUA no Iraque, mas que agora está desacreditado – está a organizar os processos contra Saddam e contra outros ex-dirigentes suspeitos de crimes de guerra.

Chalabi, director do tribunal iraquiano para os crimes de guerra, disse que estão a decorrer «intensas negociações» com a coligação sobre o tratamento a dar a Saddam Hussein. A aplicação da pena de morte é muito polémica no seio da coligação, com países como o Reino Unido a opor-se fortemente à sua imposição.

Acrescentou que espera que Saddam possa ficar «relativamente depressa» sob custódia iraquiana depois da transição de poderes, a 30 de Junho, juntamente com outros «alvos altamente valiosos» que estão sob custódia da coligação.

20-06-2004 15:35:04
 

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JNSA

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« Responder #238 em: Junho 20, 2004, 08:56:39 pm »
Europatriota, eu estava decidido a não continuar esta discussão, mas já que passou à fase do ataque pessoal sinto-me no direito de responder.

Citação de: "europatriota"
Você demonstrou juridicamente o quê ? Eu não vi nada... Já leu ao menos a Constituição portuguesa ? Sabe você o que é uma federação ? E só leu Jorge Miranda ? Olhe que há muitos outros constitucionalistas, incluindo outros europeus...

Se o europatriota se desse ao trabalho de ler outros tópicos que não este, saberia que eu sou estudante de Direito; como tal a sua afirmação inicial carece de qualquer fundamento.

Não gosto de me "armar", mas no exame de Ciência Política e Direito Constitucional tirei uma das três melhores notas entre cerca de 300 alunos. Para além disso, as minhas afirmações são baseadas no estudo de eminentes constitucionalistas e especialistas em Direito Comunitário (a minha Prof. de Introdução ao Direito é uma das maiores especialistas portuguesas em Direito Comunitário e Internacional Público). A menos que o europatriota seja um catedrático com provas dadas, o que não é o que se retira dos seus argumentos, então não lhe dou qualquer credibilidade para discutir estas posições.

Parte do programa de Ciência Política é o estudo dos modelos de estado, entre os quais a Federação - pelas suas palavras depreendo que sei muito melhor do que você o que ela é.

Citação de: "europatriota"
Como disse , não interessa aqui desenvolver muito questões técnicas.

Isso é que interessa, visto que é a Ciência Constitucional e Política que dá a definição do que é uma Federação.

Citação de: "europatriota"
Mas se por hipótese (académica, dado que há verdadeiramente uma comunidade de princípios gerais do direito na Europa) ela violasse num ponto essencial (a proibição da discriminação em razão da nacionalidade, por exemplo) a CONSTITUIÇÃO EUROPEIA (e antes desta, o tratado de Roma, que já era a verdadeira constituição material da Europa), e se não fosse alterada, a única saída seria a expulsão de Portugal da União...

Quantas mais vezes é que tenho que dizer que numa Federação, um Estado não pode ser dela expulso, ou dela sair (secessão). Uma Federação é um Estado Composto, sendo um dos seus princípios, a unidade do Estado - se um Estado pode abandonar a UE ou dela ser expulso, então a UE não é uma Federação.

Citação de: "europatriota"
Quem é que lhe disse que se a Constituição federal não revogar directamente a norma constitucional contrária de um estado federado já não há federalismo ? Conhece algum exemplo disso ? A UE é uma união (federal) de Estados livres de sairem a qualquer momento, mas que enquanto se mantêm na União estão claramente vinculados às normas e decisões maioritárias desta. Sobre isso não há dúvidas !


A Constituição de um Estado Federal prevalece sobre a de um Estado Federado por razões hierárquicas; o Direito Comunitário prevalece, em alguns casos, sobre o Direito Português, por razões de divisão de competência (leia os artigos 7º e 8º da Constituição, se os souber interpretar)

Se a Constituição da UE não revoga nos pontos contrários as constituições dos Estados, sendo estes a alterar livremente as suas, então ela não tem força para as derrogar, logo não tem prevalência hierárquica.

Numa Federação, um Estado não é livre de a abandonar (sabe o que foi a Guerra Civil Americana?)

Por outro lado fala de decisões maioritárias (típicas de Federações), mas na realidade os tratados da UE só podem ser alterados por unanimidade, o que excluí o modelo federal, na qual a Constituição pode ser imposta aos Estados.


Pelo seu constante discurso, não espero que compreenda, ou muito menos aceite os meus argumentos. Ficam apenas para registar a minha posição sobre o assunto, assente num estudo muito mais aturado do que o seu.

Como tal, não voltarei a intervir nesta discussão.
 

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europatriota

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« Responder #239 em: Junho 20, 2004, 11:18:07 pm »
Que presunção, que arrogância, que ignorância a sua, meu caro JNSA !!! Vejam este naco de prosa de um fedelho-caloiro que fez o primeiro ano de Direito:

Citar
Ficam apenas para registar a minha posição sobre o assunto, assente num estudo muito mais aturado do que o seu.

Espero que os seus professores não leiam os disparates que escreveu aqui...

Citar
numa Federação, um Estado não pode ser dela expulso, ou dela sair (secessão). Uma Federação é um Estado Composto, sendo um dos seus princípios, a unidade do Estado - se um Estado pode abandonar a UE ou dela ser expulso, então a UE não é uma Federação
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Onde é que você leu isso ? Então a URSS e a Checoslováquia não eram federações  com direito de secessão, que até foi exercido em ambas ? Uma federação não substitui os níveis de governo estaduais. O direito de secessão ou a sua ausência são absolutamente irrelevantes para caracterizar uma federação. E há uma multi-level-governance...de acordo com o princípio da subsidariedade.

Os tratados CE só podiam ser alterados por unanimidade, certo, mas já leu a nova Constituição europeia ? Então vai verificar que afinal sempre há federalismo constitucional. Esse era aliás um dos 2 últimos pontos em que o modelo federal não "explicava" inteiramente a construção europeia. Está superado. O outro é a a falta de um poder fiscal federal. As receitas da União são colectadas pelos Estados-membros. Mas esse ponto ainda será mais fácil de corrigir no futuro.

Mas olhe: há dezenas de milhares de artigos sobre o assunto que você poderá consultar via Internet para colmatar a sua ignorância´, como, p. ex. "Who is afraid of a European Federation - How to constitutionalise a Multi-level Governances System", de T. Börzel e T. Risse. Eis um excerto:
 
Citar
Fischer proposes a `European Federation' composed of a `European Parliament and a European government which really do exercise legislative and executive power within the Federation.' This European federation is to be based on a constitutional treaty which regulates, among others, the `division of sovereignty' between the European institutions and the nation-states (...) The question is not whether national sovereignty exclusively resides in the Member States or whether it is to be transferred to the European Union, but how to organise the division and sharing of sovereignty rights between the various levels of government.

Yet, if we compare the current structure of the EU to the concept of `federation' as used in the literature on federalism, the EU looks like and behaves like a federation, except for two major features. First, the EU lacks `taxing and spending' power. Second, the Member States continue to be masters of the constitutive treaties, at least formally speaking.


Fisher é o MNE alemão, um dos "pais" da Constituição, e como todos eles fala sempre em União Federal... Porque não lhes escreve a dizer que estão enganados... :)

P.S. Já agora, se você tem um ano de estudo do direito, eu tenho algumas dezenas de anos, nomeadamente  no domínio do direito comunitário e ciência política, com várias pós-graduações. Fui assistente durante vários anos antes de ir trabalhar para a Europa nas mesmas áreas, pelo que conheço bem a Europa e o Mundo, o suficiente para saber que os países europeus não integrados na Grande Europa seriam irrelevantes no Mundo, enquanto que unidos serão o centro desse Mundo...
A Grande Europa, respeitadora do direito internacional, da dignidade dos povos e da paz mundial deve unir-se, rearmar-se e liderar o mundo rumo à Paz Perpétua kantiana