O GALE - Missões, Organização, Aeronaves

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lurker

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« Responder #225 em: Fevereiro 10, 2007, 03:40:51 pm »
Caro Mar Verde,
como já lhe disse, é normalissimo um concurso público acabar em tribunal e não é por má vontade de quem o dirige. Até o concurso do EH-101 teve o seu dia em tribunal, mas esses estão cá.
Os concursos públicos regem-se por conceitos juridicos um tanto vagos, como "boa fé" e "imparcialidade". E com os valores em causa, é economicamente muito interessante para um concorrente tentar a sua sorte em tribunal quando o concurso não lhes corre de feição.
E os concorrentes tendem ter melhores advogados que o Estado...

O facto de a Eurocopter já ter comprador para as aeronaves que o exército não aceitou não afecta o direito deles a uma indeminização.

A necessidade de manter boas relações com o Estado Português também é relativa. O Estado Português não pode desistir do programa NH-90 por birra e fazê-lo impunemente: há obrigações contratuais a respeitar e relações com muito mais entidades que a Eurocopter.

Já respondi aqui à questão dos misseis:
Não existe nenhum problema com a Eurocopter ter ganho o concurso em 1999 sem ter então a dita capacidade, uma vez que o prazo para entregar as aeronaves era de 2001 a 2002. Ou seja, eles tinham cerca de 2 anos e meio para obter essa certificação.

Reparei que noutro post colei o link errado. Aqui está o despacho e o comunicado do Governo sobre a rescisão do contrato.

Infezlimente não consigo encontrar o dito contrato em lado nenhum, mas considerando os valores envolvidos, não me parece possivel que a capacidade de laçar missieis tenha sido colado ao contrato posteriormente.
 

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Mar Verde

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« Responder #226 em: Fevereiro 11, 2007, 09:08:14 pm »
Citação de: "Jornal de Noticias, 17 de Setembro de 2005"

Militares nas autárquicas
Oficiais e sargentos do Grupo de Avião Ligeira do Exército, que nunca teve qualquer aeronave, estão sem nenhuma actividade Força gasta um milhão de euros por ano

Carlos Varela

Cinco pilotos do Exército tentaram candidatar-se às autárquicas de forma a cortar o vínculo com o Estado e passar à vida civil, uma vez que já não encontram perspectivas de carreira nas fileiras
, soube o JN junto de fontes militares. O Estado-Maior do Exército confirmou a intenção dos militares, mas apontou que "apenas dois militares, um sargento e um oficial, vão participar nas autárquicas". Quanto às razões nada foi adiantado.

As questões, no entanto, segundo soube o JN, prendem-se com a indefinição que envolve a unidade onde estão colocados o Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE), uma unidade criada em Tancos, há cinco anos, para operar helicópteros, com uma orgânica de cerca de 120 homens e um comando de coronel, mas que na prática nunca cumpriu a missão para a qual foi criada: o voo táctico. É que não há, nem nunca houve, helicópteros, embora seja mantida há cinco anos toda a estrutura de comando, como se de uma unidade operacional se tratasse.

Os gastos anuais atingem mais de um milhão de euros, além do investimento, há três anos, em infra-estruturas aeronáuticas que importaram em outro tanto. Quanto aos homens, a única coisa que fazem é preencher papéis do serviço normal de escalas e refeições e assinar formulários, além de cartas para Estado-Maior do Exército, por um lado, e para as associações de militares depois, perante o silêncio da chefia.

Mas os gastos nesta "unidade-fantasma" não se ficam por aqui, é que os 22 pilotos que compõem o quadro do GALE já perderam todas as qualificações, o que significa que o Estado - Ministério da Defesa e Exército - perdeu mais de 200 mil euros por militar, o custo de um curso de pilotagem. E o mesmo acontece com os mecânicos, dezenas de homens que foram também tirar cursos de qualificação de manutenção de helicópteros, não só em Portugal, mas também em Espanha e França, tal como os pilotos.


Um dos cinco militares em causa - quatro oficiais e um primeiro-sargento - viu recusada a pretensão de concorrer às autárquicas, outro concorreu mas o processo burocrático não correu bem, um outro desistiu e dois outros mantêm-se na corrida eleitoral.

No entanto, a falta de esperança e indefinição no prosseguimento da carreira é de tal ordem que dois dos candidatos faziam parte do grupo de três militares que a meio do Verão foram repescados pelo Exército para reiniciar as qualificações na Força Aérea.

No entanto, qualquer um deles arrisca-se a ter de voltar ao Exército, uma vez que a actual lei prevê que o militar deve voltar ao ramo no caso de não ser eleito, o que alterou a anterior lei que permitia a passagem à reserva, logo que o militar conseguisse a inscrição numa lista. Era, aliás, um artifício muito usado pelos pilotos da Força Aérea, mas este ano, segundo o Estado-Maior do ramo, "não houve qualquer militar que recorresse às autárquicas".


Citação de: "Diário de Noticias, 8 de Abril de 2005"
Exército reteve 45 milhões de euros

O Tribunal de Contas acusou o Exército de usar ilegalmente 45 milhões de euros destinados a programas de reequipamento
- da 3.ª Lei de Programação Militar (LPM) -, verbas "alegadamente utilizadas para financiar as Missões Humanitárias e de Paz cometidas" ao ramo.

"Trata-se de uma prática recorrente de utilização ilegal das dotações orçamentais, na medida em que foram utilizadas para fins diferentes dos previstos na lei", refere o tribunal numa auditoria a programas financiados pela 3.ª LPM e destinados à Brigada Aerotransportada Independente (BAI) e ao Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE).

Apesar das explicações do Exército, apontando dificuldades de execução orçamental da LPM e responsabilizando o Governo por não pagar a tempo as missões externas, o tribunal não o desculpa ao escrever que "acaba por reconhecer as insuficiências do sistema de controlo interno e a existência de procedimentos financeiros anómalos".

Um facto que sobressai ao longo do relatório é o de o tribunal afirmar sistematicamente que as verbas em causa foram "alegadamente utilizadas" pelo Exército com as suas Forças Nacionais Destacadas.

O tribunal assinala que "a gestão financeira pelo Exército [da LPM] caracteriza-se pela requisição sistemática de duodécimos da dotação orçamental correspondente, sem qualquer correspondência com as necessidades financeiras concretas decorrentes da execução" dos programas em causa.

Acresce que "a auditoria detectou confirmações da recepção de bens e da prestação de serviços ao arrepio da realidade", declara o Tribunal de Contas, reconhecendo ainda estar-se perante um "facto que é do conhecimento do Governo há vários anos".
 

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Leonidas

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« Responder #227 em: Fevereiro 20, 2007, 02:46:13 am »
Saudações guerreiras

Quanto á existência da unidade “virtual” destinada aos hélis para o Exército continuar a existir, talvez possa ter que ser interpretada como um mal menor face a uma realidade futura que, caso se pensasse na sua desactivação mesmo que temporária fosse, poderia levar à desistência do poder político em investir nesta unidade, ou o exército ser forçado a reaver as suas prioridades e em último recurso desistir também da unidade.

A sua existência virtual vejo-a em si como uma medida de pressão com um só fim, aquele para que foi criado. O precedente tá criado.  Se se fosse cometer o erro de acreditar na banha da cobra dos políticos que tivemos e, enfim...que vamos tendo também, a esta hora estaríamos muito pior.

A perda de profissionais qualificados, embora tenhamos que ficar revoltados com tudo isto, não é de admirar, mesmo que alguns possam ter sido repescados para outras aeronaves. É que, mesmo por hipótese, os hélis que venham a existir na unidade se forem os mesmos que se rejeitaram há uns anos, vai dar ao mesmo, terá que recomeçar tudo de novo.

Em relação aos pilotos é que me deixa fulo da vida. Ora há falta deles para umas funções, ora “de repente” até havia pilotos para outras. Enfim, as trapalhadas do costume e aquelas que vamos conhecendo.      

Citar
Deverá ser aberto um concurso mas o ‘heli’ ligeiro mais bem posicionado é o A-109, que também deve substituir os Alouette III da Força Aérea (a operar desde a guerra colonial e agora usados na instrução de pilotos), podendo optar-se por uma logística e manutenção comum aos dois ramos.


Pois eu também digo que o A-109 pode ser uma excelente opção, mas para quando? Aí é que tá!! A notícia tem muito que se lhe diga!! Então as FA’s portuguesas vão prescindir de um héli ligeiro na classe do Alouette ou pouco mais que isso? Não tou bem a ver a coisa. Será que a instrução recairá somente em aeronaves de asa fixa? Quero acreditar que seja uma interpretação jornalística. Será que os simuladores darão resposta a tudo?
Cumprimentos
 

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Get_It

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« Responder #228 em: Fevereiro 20, 2007, 03:01:23 am »
Citação de: "Leonidas"
É que, mesmo por hipótese, os hélis que venham a existir na unidade se forem os mesmos que se rejeitaram há uns anos, vai dar ao mesmo, terá que recomeçar tudo de novo.
Embora o cancelamento da encomenda dos EC-635 tenha sido um passo dado para trás, também pode ser bem justificado, pois na altura só iam ser comprados nove helicópteros para o GALE (act. UALE), agora com uma nova compra vão ser compradas logo 18 unidades, tanto para o Exército como para a FAP. Talvez se poupe algum dinheiro, ou que pelo menos se consiga mais contrapartidas pelo maior número de unidades encomendas, mas depois há o facto que sempre perdemos anos de experiência e de operacionalidade.

Citação de: "Leonidas"
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Deverá ser aberto um concurso mas o ‘heli’ ligeiro mais bem posicionado é o A-109, que também deve substituir os Alouette III da Força Aérea (a operar desde a guerra colonial e agora usados na instrução de pilotos), podendo optar-se por uma logística e manutenção comum aos dois ramos.

Pois eu também digo que o A-109 pode ser uma excelente opção, mas para quando? Aí é que tá!! A notícia tem muito que se lhe diga!! Então as FA’s portuguesas vão prescindir de um héli ligeiro na classe do Alouette ou pouco mais que isso? Não tou bem a ver a coisa. Será que a instrução recairá somente em aeronaves de asa fixa? Quero acreditar que seja uma interpretação jornalística. Será que os simuladores darão resposta a tudo?
Cumprimentos

Ou eu percebi mal, ou você está a querer dizer que os A-109 depois na FAP não farão instrução. Se for assim acho que essa ideia está incorrecta, pois os A-109 têm toda a capacidade para instruir pilotos para os três ramos. Quanto aos simuladores, sem dúvida que dão resposta a tudo, são uma óptima ferramenta para simular falhas que nunca poderiam ser simuladas numa aeronave devido aos altos riscos, e depois claro, diminui os custos.

Cumprimentos,
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Leonidas

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« Responder #229 em: Fevereiro 20, 2007, 03:18:26 am »
Caro Get_it, eu não dúvido das capacidades do A-109 para instrução. Aquilo que me parece pouco correcto é o facto de se relegar a instrução em aprendizagem em aeronaves da categoria do A-109 sabendo que, para uma questão básica, há hélis ainda mais ligeiros e que podem fazer a mesma coisa por menos dinheiro. O A-109 tem dois motores. Os Aluette têm só um. Só por aí veja a diferença.

Se os A-109 ou outro vier decerto que também haverão voos de instrução, mas para as missões especificas que foi adquirido. Não faz muito sentido outra coisa.
 
Cumprimentos
 

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Get_It

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« Responder #230 em: Fevereiro 20, 2007, 03:39:24 am »
Citação de: "Leonidas"
Caro Get_it, eu não dúvido das capacidades do A-109 para instrução. Aquilo que me parece pouco correcto é o facto de se relegar a instrução em aprendizagem em aeronaves da categoria do A-109 sabendo que, para uma questão básica, há hélis ainda mais ligeiros e que podem fazer a mesma coisa por menos dinheiro.
Um helicóptero ainda mais ligeiro pode ser mais barato, mas como Portugal é um país pequeno o A-109 torna-se também barato, pois além de ficarmos com um helicóptero de instrução ficamos com um helicóptero com capacidades para muitas outras missões ao qual a UALE e a FAP se dedicam.

Citação de: "Leonidas"
O A-109 tem dois motores. Os Aluette têm só um. Só por aí veja a diferença.

Por acaso em relação ao número de motores dos helicópteros 'candidatos' para futuro helicóptero ligeiro das nossas FA, tinha sido colocado ano passado, ou aqui ou no 9G's, um post interessante que os comparava. Vou tentar o encontrar e colocar aqui como referência.

Cumprimentos,
« Última modificação: Setembro 10, 2008, 05:03:10 pm por Get_It »
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« Responder #231 em: Fevereiro 20, 2007, 04:07:38 am »
Encontrei o post sobre o número de turbinas, foi colocado pelo JNSA no 9G's em Fevereiro de 2006: http://www.falcoes.net/9gs/viewtopic.php?p=6404#6404.
Citação de: "[url=http
JNSA[/url]"]
(...)
Mono-turbinas (ex: EC-120B, A119 Koala)
Vantagens
-mais adequados à instrução básica de pilotos
-menores custos de operação e aquisição
-baixos custos de utilização quando em missões de ligação (leia-se, táxis de generais, almirantes, presidentes...  :mrgreen:  )
Desvantagens
-menos adequados a missões militares puras, como heliassalto, reconhecimento ou CASEVAC
-caso se considere essencial um héli mais capaz (bi-turbina) para cumprir as missões supra-mencionadas, teríamos que operar dois modelos em vez de um
-o facto de dispor apenas de um motor limita a capacidade de carga, de sobreviver a fogo inimigo e de operar em ambientes mais exigentes (operar sobre mar e/ou a grande altitude e/ou com temperaturas elevadas)

Bi-Turbinas (ex:A109, EC-635)
Vantagens
-mais adequados a missões militares puras
-maior versatilidade, podendo cumprir eficazmente um maior leque de missões
-maior redundância de sistemas e capacidade de operar em ambientes mais exigentes
Desvantagens
-menos adequados ao treino inicial de pilotos
-maiores custos de operação e aquisição
-maior desperdício de verbas do Ministério da Defesa sempre que for utilizado para passear algum "VIP"
(...)

Aliás, faço minhas as palavras escritas por ele:
Citação de: "[url=http
JNSA[/url]"]Tendo feito esta breve comparação (e convidando desde já todos os participantes a emendar ou adicionar o que acharem por bem) creio que, desde que isso não dificulte demasiado o treino de pilotos, se deveria optar por um helicóptero bi-turbina. Os custos são superiores mas creio que será melhor do que usar dois modelos quando um pode servir (isto porque penso que não deveremos abdicar de um helicóptero para complementar os NH-90, mas desenvolverei esse ponto de seguida).

Assim, e tendo em conta que já desistimos do EC-635, acho que podemos avançar com o A109 como uma escolha razoável para: treino de pilotos, ligação, reconhecimento armado, heliassalto, MEDEVAC/CASEVAC e, caso isso seja necessário por algum motivo imponderável, SAR e patrulhamento marítimo (costeiro).


Cumprimentos,
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Leonidas

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« Responder #232 em: Fevereiro 20, 2007, 04:28:22 am »
Esta gente não me deixa ir para a cama.  :arrow:  Versão bimotor: http://www.eurocopter.com/site/FO/scrip ... 97&lang=EN

 :arrow: Versão monomotor: http://www.eurocopter.com/site/FO/scrip ... 92&lang=EN

Cumprimentos
 

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zecouves

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« Responder #233 em: Fevereiro 20, 2007, 09:52:26 am »
Se essa Unidade de Aviação do Ligeira do Exército (UALE) chegar a ser levantada, estou curioso para ver os custos de manutenção da dita cuja. Se actualmente o Exército só vive práticamente para as FND, quero ver onde vão arranjar "aquilo com que se compram os melões" para a UALE + FND + tudo o resto dos "tristes" do Exército.

Num País com as fortes limitações do nosso, acho incrivel como a Marinha tem um tipo de aeronaves, o Exército outro, a Força Aérea outro e com um pouco de sorte a GNR também vai ter no futuro as suas "asinhas", enfim, haja dinheiro!

Grande Carnaval!
 

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Get_It

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« Responder #234 em: Fevereiro 20, 2007, 02:40:35 pm »
Citação de: "zecouves"
Num País com as fortes limitações do nosso, acho incrível como a Marinha tem um tipo de aeronaves, o Exército outro, a Força Aérea outro e com um pouco de sorte a GNR também vai ter no futuro as suas "asinhas", enfim, haja dinheiro!

Comprados os NH-90 TTH e recebendo o Exército (finalmente) as primeiras unidades, acho que se poderá  garantir que no futuro a Marinha irá substituir os seus Lynx por NH-90 NFH, ou seja menos um modelo, o que vai ajudar a diminuir o "Carnaval".

Quanto à GNR, deixe-me acrescentar também o MAI, pois acho que podíamos ter aproveitado a compra dos helicópteros ligeiros para o Exército e para a FAP, e ter encomendado logo 18 helicópteros para esse ramo mais uns outros tantos para a GNR e o MAI. Eu sei que para o MAI e que para GNR/PSP/Protecção Civil teria de ser em princípio uma versão civil, mas mesmo assim acho que daria para comprar o mesmo modelo, pois se formos a ver, tanto o EC-635 como o A-109 têm versões civis - respectivamente o EC-135 e o A-119 Koala.
Mas OK, o mais provável é que os outros ministérios iriam-se aproveitar da vantagem da logística necessária ser a mesma e lá iam arranjar maneira de ser o Exército e a FAP a operar os helicópteros deles, o que seria impossível - mais uma vez, devido à falta de pilotos e de fundos.

Cumprimentos,
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JLRC

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« Responder #235 em: Fevereiro 21, 2007, 12:28:52 am »
Citação de: "Leonidas"
 
Bom, o ideal seria o mesmo héli. Um com a versão monomotor e outro com a versão bimotor.


O A-109 tem um irmão quase gémeo mas monomotor, o A-119 Koala, que ao contrário do que afirma o Get_it não é a versão civil do A-109 mas sim um outro helicóptero, com versões militar e civil. Na minha opinião o ideal seria um mix de A-109/A-119 para o Exército, FAP, GNR, Polícia, Bombeiros, etc. Seria uma boa oportunidade para uniformizarmos frotas e pouparmos dinheiro fazendo uma grande compra, o que acarretaria também melhores contrapartidas.

A-119 Koala

http://www.agustawestland.com/products0 ... _product=4

A-109 LUH

http://www.agustawestland.com/products0 ... _product=3

Vejam as fotos dos 2 hélis nas respectivas galerias.
 

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Leonidas

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« Responder #236 em: Fevereiro 23, 2007, 01:27:35 am »
Saudações guerreiras

Devo confessar que também é uma excelente proposta e ideia do JLRC. Nem me lembrei dessa possibilidade. Porém se repararmos um pouco nas especificações técnicas de ambas as propóstas, os motores apresentam diferenças. Não têm a mesma designação. Não sei se é importante e se essa diferença representa um novo motor ou se são algumas modificações em pormenores que não são significativos em termos de custos. Se alguém poder dar uma achega neste item...

Cumprimentos
 

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Leonidas

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« Responder #237 em: Fevereiro 24, 2007, 01:38:44 pm »
Saudações guerreiras

Zé couves:
Citação de: "Zé Couves"
Se essa Unidade de Aviação do Ligeira do Exército (UALE) chegar a ser levantada, estou curioso para ver os custos de manutenção da dita cuja. Se actualmente o Exército só vive práticamente para as FND, quero ver onde vão arranjar "aquilo com que se compram os melões" para a UALE + FND + tudo o resto dos "tristes" do Exército.

Grande Carnaval!

Em relação aos custos de manutenção, desconfio que até poderão ser mais baixos comparados com a frota PUMA existente até então. Dê uma olhadela no relatório: http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres ... emacif.pdf

Até a mim me surpreendeu pelo ridículo!!! Divida o valor do custo por 10 milhõees de habitantes. Uma boa pista para se fazer uma estimativa para a actual frota de EH-101.

Citação de: "Zé couves"
Num País com as fortes limitações do nosso, acho incrivel como a Marinha tem um tipo de aeronaves, o Exército outro, a Força Aérea outro e com um pouco de sorte a GNR também vai ter no futuro as suas "asinhas", enfim, haja dinheiro!


Ás vezes não pode ser de outra maneira, paciência!
Quanto aos EH-101 e NH-90 não podia ser de outra maneira. O Merlim é mais potente e pode fazer coisas que o NH-90 não faz tão bem. Embora possa parecer á primeira vista uma má decisão  a não uniformização desta frota, neste caso é mais inteligente olhar para o lado positivo da coisa. Embora sejam hélis diferentes, têm um importante item em comum que são os mesmos motores.

 Em relação aos Lince da Armada, também não há nada a fazer. O ideal seria adquirirmos uma frota de cinco NH-90 NHF para harmonizar com a frota do Exército e modernizar a frota da Marinha, mas com as restrições orçamentais é completamente impossível. E atenção que as actuais VdG teriam que sofrer alterações possivelmente algo dispendiosas para operar com o NH-90.

Haveria a possibilidade de se uniformizar a frota ao contrário, ou seja, tudo com Lince, mas acho que no longo prazo iríamos pagar uma factura ainda maior, do que se operássemos com 5 NH-90 NHF e demais hélis diferentes na FAP e Exército, que não os EH-101 e futuros NH-90, lógico. Não há nada a fazer senão procurar hélis com capacidades abaixo do Lince – dado que será suficiente - mas que não comprometem, que é o caso dos A-109 Power, por exemplo, para a cavalaria aérea. Como o JLRC disse, também para a GNR e PSP daria um bom héli.

Mesmo assim, para mim, não deixa de ser díscutivel a sua compra dado que as FA´’s têm/terão hélis que poderão dar uma ajudinha. Para dar uma olhadela no trânsito, por exemplo, até um Robinson/ Enstrom ou outros ultra-leve podem muito bem fazer essa função. Nem precisão de serem hélis novos. No mercado de 2ª mão devem haver boas propostas.

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Na minha anterior intervenção, quando me referi ás duas propostas e diferenças de motor, entre o A-109 e A-119, vale também para o Fennec da Eurocopter que postei em 1º. Na prática nunca há um bimotor e monomotor com motores exactamente iguais, como se dá a entendar.    

Cumprimentos
 

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Lightning

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« Responder #238 em: Fevereiro 24, 2007, 10:27:14 pm »
Citação de: "Leonidas"
Em relação aos custos de manutenção, desconfio que até poderão ser mais baixos comparados com a frota PUMA existente até então. Dê uma olhadela no relatório: http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres ... emacif.pdf


Eu acho que tem toda a lógica que uma unidade sem helicopteros (UALE) tenha um custo inferior que uma unidade operacional (Pumas da FAP), até digo que se fosse o oposto é que era um escandalo.

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Ás vezes não pode ser de outra maneira, paciência!
Quanto aos EH-101 e NH-90 não podia ser de outra maneira. O Merlim é mais potente e pode fazer coisas que o NH-90 não faz tão bem. Embora possa parecer á primeira vista uma má decisão  a não uniformização desta frota, neste caso é mais inteligente olhar para o lado positivo da coisa. Embora sejam hélis diferentes, têm um importante item em comum que são os mesmos motores.

Concordo, e admito que até fui dos que inicialmente fui contra o NH90 e um defensor do aumento da frota dos EH101, mas a verdade é que em transporte táctico é melhor possuir NH90 do que EH101, mas em SAR, CSAR e transporte a partir de navios o EH101 é melhor, por isso a nivel das aeronaves fizemos o melhor, agora cada um tem é a sua opinião sobre se é economicamente viavel, se temos elementos,etc.
Acredito que o NH90 passe a ser um elemento nas FND com as brigadas do exército (estilo paras+NH90 ou comandos+NH90), enquanto que o EH101 continue a uma aeronave com a missão principal de Busca e Salvamento em Portugal, mas em situações pontuais pode enviar helicopteros CSAR para assegurar Busca e Salvamento em Combate num sistema de rotação com outros paises (durante a guerra do Kosovo certa altura os EUA pediram aos aliados que efectuassem rotação em CSAR com eles mas só os Franceses aceitaram pois só eles, à exepção dos americanos, é que possuiam helicopteros e equipas especificamente treinadas para CSAR) ou participar numa Task Force da Armada numa operação do género da Guiné em 1998 mas claro só quando existir um LPD ou plataforma do género que possibilite o transporte desses helicopteros, mas no fundo o EH101 irá participar em missões pontuais no estrangeiro ao contrário do NH90.

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Em relação aos Lince da Armada, também não há nada a fazer. O ideal seria adquirirmos uma frota de cinco NH-90 NHF para harmonizar com a frota do Exército e modernizar a frota da Marinha, mas com as restrições orçamentais é completamente impossível. E atenção que as actuais VdG teriam que sofrer alterações possivelmente algo dispendiosas para operar com o NH-90.


Eu acho que não, assim a Marinha passava a ter 2 tipos de helicopteros para a mesma função e depois quando fosse comprar substituir os Lynx por NH90 já teriam NH90 em meia idade, ou aguenta os Lynxs que tem e safam-se só com os 5 até os substituirem todos ou compram alguns Lynx em segunda mão mas que também sejam substituidos quando todos forem.

Citar
Haveria a possibilidade de se uniformizar a frota ao contrário, ou seja, tudo com Lince,


Acho muito dificil, o mesmo helicoptero vai equipar o Exercito e a FAP e duvido que a FAP o queira para instrução, só se fosse um ajuste directo entre o estado e a empresa, isto é, sem haver concurso.
 

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Leonidas

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« Responder #239 em: Fevereiro 25, 2007, 02:53:21 am »
Saudações guerreiras
 
Citação de: "Lightning"
Citação de: "Leonidas"
Em relação aos custos de manutenção, desconfio que até poderão ser mais baixos comparados com a frota PUMA existente até então. Dê uma olhadela no relatório: http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres ... emacif.pdf


Eu acho que tem toda a lógica que uma unidade sem helicopteros (UALE) tenha um custo inferior que uma unidade operacional (Pumas da FAP), até digo que se fosse o oposto é que era um escandalo.
 

Foi uma falha minha não ter dito que estava a falar de custos só para a frota de hélis NH-90, dado que são novos e têm em comum coisas com os EH-101.