Polémicas e guerras entre ramos à parte, acho que isto é mais um caso de "preso por ter cão e preso por não ter cão", porque se o Exército tivesse aceitado os Puma mais cedo isto dos NH-90, e por extensão dos helicópteros ligeiros, tinha acabado. Sem dúvida que alguém no governo teria pensado "ah, se conseguem utilizar os Puma então que se utilizem os fundos que existem para os modernizar para mais 40 anos de voo e que se acabe com os NH-90". Sinceramente não faço ideia do que teria sido mais correcto. Aceitar os Puma? Comprar Blackhawk? Comprar Cougar? FUK, se os Mi-8/Mi-17 são realmente baratos de operar, a Rússia que tivesse pago a sua dívida com estes helicópteros para o UALE?!
A verdade é que a palhaçada começou com o cancelamento dos helicópteros ligeiros e com o colocar na gaveta de qualquer plano de aquisição, com crise ou sem crise, quer fosse para o UALE ou para a FAP. A palhaçada foi ainda mais afundo com a criação da EMA. Não é preciso NH-90, Puma, UH-60 ou o que seja de helicópteros médios/pesados para as missões de interesse público (MEDEVAC/INEM, combate aos incêndios). Bastava helicópteros ligeiros que na sua missão principal poderiam substituir os All III nas missões de treino e executar as missões de apoio aéreo próximo e até algum transporte tanto na FAP (e Marinha no caso do treino) como no Exército. Não era preciso para aqui EMA's nem andar a enviar o pessoal fazer formações em Espanha e noutros países.
A verdade "essencial" aqui é que nunca houve interesse político e houveram sim outros interesses em garantir que nada poderia colocar em causa os contratos para as empresas privadas/públicas. O Exército teve mais olhos que barriga? MEH, não foi esse o grande problema aqui.
Abraços,