a procissão ainda vai no adro.
Modernizações – Decorre, desde março de 2018, nos Países
Baixos e, desde outubro do corrente ano, em Portugal, a fase
de execução do programa de modernização de meia-vida
(MLU) das fragatas da classe «Bartolomeu Dias». O programa,
edificado em cooperação internacional, entre Portugal,
Holanda e Bélgica, por via do M-Frigates Users Group (acordo
WA Upkeep), aproxima-se a passos largos do seu fim. No NRP
Bartolomeu Dias falta instalar o sistema de Guerra Electrónica
EW/ESM (cuja data de entrega pelo fabricante à Marinha
Portuguesa foi atrasada em vários meses, consequência da
situação pandémica mundial), a cargo da Arsenal do Alfeite,
S.A. (AASA); perspetiva-se que seja concluída até março de
2022, constituindo uma excelente oportunidade para a AASA
trabalhar com sistemas mais sofisticados. Posteriormente,
prevê-se o regresso do navio a Den Helder, para concluir os
vários testes de aceitação e de funcionamento do sistema Vigile
D; o navio iniciará então o seu plano de treino para emprego
operacional, que se perspetiva para o segundo semestre de
2022. Já o NRP D. Francisco de Almeida, terminou em novembro
os trabalhos de reparação da plataforma (que incluíram os
motores diesel propulsores e geradores, as linhas de veios e
hélices, e a preparação do navio para receber os vários sistemas
modernizados e substituídos, incluindo os sensores e sistemas
de armas (SEWACO)) no estaleiro Damen Shiprepair Vlissingen;
os stakeholders nacionais e internacionais garantem a conclusão
do programa de modernização até julho de 2022, muito embora
a integração do sistema EW/ESM se prolongue até novembro.
https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/2022/569/
Segundo a revista da Marinha a BD vai regressar à Holanda para concluir a Modernização ou seja lá o que for.
Ou seja, trocando por miúdos,
PORTUGAL, nem uma única fragata em condições possui, para cumprir o que temos de cumprir para com a NATO, tão simples quanto isso !!
Mas que grande borrada em termos de planeamento existe na Marinha, primeiro foram 63 milhões para o MLU dos cinco Lynx, helis esses que aos poucos foram sendo internado em Yeovil, como se estivessem de quarentena, mas uma quarentena bem prolongada e, como se não bastasse, nem um FLIR estas alminhas que mandam na Marinha se lembraram de orçamentar;
Seguiu-se o fabuloso MLU da BD, uma das apenas duas fragatas destinadas a receberem melhorias significativas de modo a serem as unidades destinadas a poderem ser empenhadas em conflitos de intensidade média/alta, e o que aconteceu ??
O fabuloso MLU só imobilizou a unidade em mais de três anos em Den Helder. Mas como se não bastasse a BD Retorna a Portugal coxa com apenas uma turbina em funcionamento, sendo necessário reparar a anomalia cá para que depois, em MAR/ABR22 regresse à Holanda para provas finais;
Ainda a BD estava no seu MLU, por obra de outro grande e excelente planeamento, foi destacada para a mesma intervenção a FdA, fragata esta que ainda se encontra em Den Helder,
deixando com esta intervenção a Marinha sem qualquer Fragata minimamente actualizada, esperemos bem que este MLU seja mais rápido do da Irmã mais velha;
Depois, da imobilização da BD, aconteceu o abate do AOR, em 01JUL2020, quase há dois anos, peça fundamental numa Marinha que se preze e que faça um planeamento digno do Nome que Ostenta, para que, em situações de emergência, ao se accionar uma força de algumas unidades de combate ou de apoio a crises humanitárias, exista um apoio logistico adequado, e permanente á frota;
Esta breve resenha,
sem sequer mencionar a vergonha da situação operacional das três pseudo-fragatas da classe VdG, serve para demonstrar aos teóricos deste forum, aqueles que até planeiam o empenhamento e substituição de meios Navais de combate de Superfície, como se a Marinha tivesse algo com que intervir em situações de conflito, e/ou se estivesse na posse de uma meia dúzia de Fragatas minimamente modernas, ou modernizadas, equipadas com armamento e sensores actuais que estivessem aptas para ser empregues em conflitos fossem de média ou mesmo alta intensidade.
Meus caros deixem-se de fazer jogos de tabuleiro onde se mexem as peças que representam unidades a 100%, ou Frotas de Navios com centenas de misseis, nós não temos nenhum meio naval de combate de superficie minimamente equipado para combater ao lado das forças navais dos Países Europeus, é a triste realidade que foi forjada por N Primeiros Ministros, MDN e MF, dos Governos PS e PSD do pós 25/4.
Abraços