Porque deviam ter todos lutado até à morte para um ter um final exatamente igual.
Mas porque é que o resultado teria que ser esse?
Não é tarefa do administrador garantir que tal situação nunca ocorresse?
Nota: este é um off-topic claramente, mas atendendo a que o assunto deste tópico já deixou de o ter até lá para finais de dois mil e vinte e tais ou trinca e muitos, talvez se fale de coisas com algum interesse efectivo.
Quando eu falo do General Vassalo, falo considerando-o como o militar de topo mais interessado em outras coisas alheias ao seu mister.
Repare que Manuel António Vassalo e Silva foi agraciado com a Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Industrial, o que só lhe ficou muito bem, mas denuncia a falta da vertente do combate, da guerra. Pode revelar o construtor, mas um militar deve ser primeiro um destruidor.
- Acho eu!

Provavelmente serei injusto com Vassalo, se considerarmos o pouco tempo que terá tido para preparar defesas (dois anos) mas foi a ele que o Destino escolheu.
Com efeito, mais teremos a dizer do seu antecessor, General Paulo Bénard Guedes, outro militar aparentemente pouco interessado em questões militares e que ocupou o lugar de governador entre 52 e 58. Este General também foi formado na Escola Superior Colonial (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa).
Atendendo a que PBG este no cargo 6 anos nos anos de 52 e 58, deveria ter este senhor efectuado a verificação das defesas e das munições disponíveis e procedido à sua substituição, considerando que na altura as munições .303 e 7.92 assim como armas ligeiras de qualidade eram ao preço da chuva, tal como o eram a artilharia e morteirame. O que poderia ser mais chato seriam as armas anti-carro (M20) que seriam novas e mais caras mas certamente já disponíveis em 1958. Embora tais aquisições pudessem ficar mais baratas comprando, por exemplo, stocks franceses, ingleses ou mesmo americanos, não eram coisa impossível.
Ou seja, havia a hipótese de se fazer um esforço que não foi feito, porque pelos vistos o que interessava era o tacho, e a preocupação pelas verdadeiras questões militares era pelos vistos muito reduzida.
Albuquerque não construiu o Império da Ásia ignorando a questão militar como foi feita.
Mas o que interessa agora mesmo é: o que nos trazem os militares com preocupações excessivamente “civis”, secundárias ou acessórias como o nosso Almirante Hidrográfico?
E o CEMFA, cuja carreira foi feita a pilotar aviões de transporte?
Não deverão todos os CEM serem oriundos de especialidades directamente ligadas ao combate?
Não deverá o CEMA ter sido comandante de uma das poucas fragatas, ou Comandante dos Fuzileiros?
O CEME ter o curso de operações especiais?
O CEMFA ter sido piloto de Caça ou de Helicóptero?
Existirá alguma diferença de atitude entre o militar de linha de frente e o burocrata?
Pergunto isto porque gostaria de assistir a umas demissões em bloco e em sucessão de CEMs, que deveriam ser gente com eles no sítio, mais que qualquer outro e denunciassem esta pouca vergonha.
E nenhum faz.
Ou será que afinal no futuro apenas nos resta desistir?
É que para isso já basta o que temos. E o que temos é realmente apenas simbólico e uma fachada, uma reles fachada.