Os países emergentes estão a aumentar as despesas militares e a lançar ambiciosos programas de armamento, como China, Índia e Brasil. Os EUA decidiram parar programas destinados às guerras do futuro, mas concentram-se em equipar as suas forças militares actuais.
Na Europa, a crise justifica dietas demasiado apertadas na defesa. Alemanha, França e Inglaterra, para lá dos menos poderosos, diminuem drasticamente os investimentos com as forças militares. A percentagem média dos gastos com a defesa, que já rondava apenas 1,7% do PIB (inferior ao compromisso de 2%), desceu abaixo de 1,5%. Nas decisões que exijam exibição ou emprego da força, os europeus tinham peso insignificante. Agora é quase nulo. Confirmando que, nas alterações geopolíticas do mundo, o maior perdedor de todos é o continente europeu.
General Loureiro dos Santos, CM de 20 de Junho de 2010