Foto: I GG, Soldados Nacionais

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Ricardo Nunes

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Foto: I GG, Soldados Nacionais
« em: Maio 06, 2004, 03:51:23 pm »
Ao navegar pela net encontrei esta foto impressionante de soldados portugueses feitos prisioneiros pelas forças alemãs durante o anos de 1917.



 :shock:

Aqui fica uma palavra de profundo respeito e orgulho por todos aqueles portugueses que lutaram durante a 1ª grande guerra mundial.
Ricardo Nunes
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Luso

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« Responder #1 em: Maio 06, 2004, 05:18:08 pm »
Um meu bisavô materno foi capturado dos alemães depois de ter sido gaseado. Nunca mais recuperou e faleceu em 1926.


Não consigo ter acesso à fotografia...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #2 em: Maio 06, 2004, 06:26:16 pm »
Eu consigo ver a foto perfeitamente Luso.

Tente este link: http://cache.gettyimages.com/comp/32865 ... 1D6B662404

1 grande abraço
Ricardo Nunes
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emarques

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« Responder #3 em: Maio 06, 2004, 06:27:16 pm »
Também não a consigo ver... Em nunhum dos links.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #4 em: Maio 06, 2004, 06:49:17 pm »
Estranho.  :roll:

Quando tiver o servidor do falcoes.net de novo online irei incluir a foto logo que possível.
Ricardo Nunes
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Normando

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« Responder #5 em: Maio 06, 2004, 06:50:54 pm »
É impressão minha ou um dos prisioneiros leva uma Lewis ao ombro?!
Até no cativeiro esses bravos soldados mantinham a postura.

 :Soldado2:
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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Luso

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« Responder #6 em: Maio 06, 2004, 09:04:44 pm »
Obrigado. Já os consigo ver...
É uma Lewis, sim.
Os soldados portugueses foram abandonados vergonhosamente pelo seu governo. Por não haver rendições devidamente elaboradas passavam mais do dobro do tempo na linha da frente que os seus congéneres ingleses. E só tinha bully beef e plum jam, essas iguarias típicamente portuguesas. E a liderança... ah a liderança...
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emarques

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« Responder #7 em: Maio 06, 2004, 09:14:29 pm »
Eu ainda não. O Firefox (browser) diz-me que não consegue mostrar a imagem porque contem erros. O IE queixa-se de qualquer coisa com as permissões.

De qualquer forma:

Lista de prisioneiros portugueses
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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dremanu

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« Responder #8 em: Maio 07, 2004, 03:57:21 pm »
Viva os bravos soldados Portuguêses!!!!

Nem vale a pena a gente pensar na liderança política deste país, isso pode até "poluir"  a memória desses homens que morreram nessa guerra.

Já agora, o soldado que está ao lado so soldado alemão, e que tem o braço ao peito parece ser um oficial, será? Talvéz uma alferes, ou um tenente?
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Normando

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« Responder #9 em: Maio 18, 2004, 05:44:05 pm »
[Citação]

Publico on line http://jornal.publico.pt/publico/2004/0 ... l/P40.html

A Guerra do Corpo Expedicionário Português em Imagens
Por HELENA PEREIRA
Terça-feira, 18 de Maio de 2004

Um militar português repara os fios telefónicos nas trincheiras. Outros carregam sacos de areia e drenam a água com uma bomba. Vários participam ainda numa procissão na localidade de Roquetoire. São fotografias da participação do Corpo Expedicionário Português (CEP) na I Guerra Mundial, editadas em livro pelo Exército na semana passada.

A obra, "Imagens da I Guerra Mundial", inclui uma série de fotografias de Arnaldo Rodrigues Garcez, amigo pessoal do ministro da Guerra, general Norton de Matos, que em 1917 o foi convida, primeiro, para fotografar a instrução do CEP em Tancos e, depois, para seguir para a Flandres como alferes equiparado para fazer a cobertura fotográfica da participação portuguesa na guerra -1551 oficiais e 38 mil praças, sob comando do general Tamagnini.

Trata-se essencialmente de um livro de fotografias, acompanhado por excertos de obras já editadas sobre o CEP, em que se pode acompanhar as várias etapas do contingente português: o embarque de tropas no cais de Santa Apolónia com destino ao porto de Brest, a base em Ambleteuse, cenas da instrução dos militares portugueses em França, como uma aula de esgrima com baionetas ou o treino dos atiradores-ciclistas. Por ordens do comando britânico, o grupo de esquadrões de cavalaria mobilizado em Portugal foi extinto e proposta a criação de um grupo de companhias ciclistas por serem mais fáceis de manter e reabastecer.

Pode ver-se também o dia-a-dia nas trincheiras, alguns prisioneiros alemães, o hospital da Cruz Vermelha Portuguesa e o "1º grupo auxiliar de damas enfermeiras", as visitas do do Presidente da República, Bernardino Machado, e do ministro da Guerra, general Norton de Matos, à divisão de instrução em Tancos e depois à Flandres.

A batalha de La Lys é travada a 9 de Abril, quando se inicia a rendição das tropas portuguesas. Foram mortos dois mil militares portugueses, cinco mil ficaram feridos e seis mil foram feitos prisioneiros.
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komet

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« Responder #10 em: Maio 18, 2004, 06:06:49 pm »
Atiradores ciclistas?  :?
Alguém me explica melhor como funcionava isso?
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Luso

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« Responder #11 em: Maio 18, 2004, 08:53:01 pm »
As bicicletas servem para aumentar a mobilidade da infantaria que antes de combate deveria desmontar os seus "corcéis tubulares".  

E não para fazer cargas!
Ainda não existiam bicicletas tt e a malta não era tão radical. Se calhar era mas depois isso passou-lhes depressa.
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JQT

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Re:
« Responder #12 em: Maio 18, 2004, 10:06:59 pm »
Citar
Um meu bisavô materno foi capturado dos alemães depois de ter sido gaseado. Nunca mais recuperou e faleceu em 1926.


A 1ªGM afectou praticamente todas as famílias portuguesas, e houve muitos soldados gaseados. Dantes, os exércitos costumavam reunir gente de uma determinada povoação numa unidade. A partir de certa altura, deixaram de fazer isso, pois num único ataque às trincheiras inimigas podiam morrer todos os homens de uma povoação, e os recrutados passaram a ser distribuídos por várias unidades. É daí que vem o ditado «Distribuir o mal pelas aldeias».

Em alguns casos, não se pode censurar muito a incompetência das chefias militares da época, porque no quadro de oficiais de baixa patente, muitos simplesmente não estavam preparados para os postos que foram desempenhar. Rapidamente os oficiais devidamente formados morreram e foram substituídos por outros feitos à pressa, a comandarem um exército igualmente formado à pressa e mal apoiado. Posso dar o exemplo do meu bisavô, que em 1916 era tenente. Quando houve a mobilização, foi rapidamente promovido a capitão e quando chegou a Moçambique foi de novo promovido a major para lhe ser entregue o comando de um batalhão. No fundo, era um tenente com autoridade de major, e com a responsabilidade de comandar um batalhão, com os conhecimentos que adquiriu entretanto "em cima do joelho".

Também convém dizer que os republicanos usaram o matadouro que era a frente da Flandres para fins políticos, mandando para lá os militares suspeitos de simpatias com o regresso da Monarquia, e não se preocupando muito com o seu apoio. Quantos mais morressem, melhor para a República. Para África, um teatro de operações considerado mais fácil, foram os mais próximos ao governo do Partido Democrático ou os que, pelo menos, tinham aceite tornarem-se leais à República, em 1911, para poderem regressar ao Exército, após os sanementos do 5 de Outubro.

A maneira incompetente como foi gerida a guerra, o elevado número de mortes, as carências que a população sofreu, o facto de nunca ter sido devidamente justificada (é claro que toda a gente sabia que era para o regime republicano quebrar o isolamento internacional, lambendo as botas à Inglaterra...) e o facto de não termos ganho nada apesar de termos sido um dos vencedores (navios alemães capturados, uns patrulhas ex-autríacos e uma praças na África ex-alemã; não tivémos direito a indemnizações de guerra) foi uma das causas do derrube da I República, anos depois.

Uma guerra em que simplesmente não devíamos ter estado.

JQT
 

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JQT

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Bicicletas
« Responder #13 em: Maio 18, 2004, 10:13:39 pm »
No final do Séc XIX, princípio do Séc XX havia unidades de infantaria que moviam em bicicletas. As bicicletas dobravam-se e podiam ser transportadas às costas. Como alternativa às tropas deslocarem-se a pé, eram uma óptima solução. E uma bicicleta custava muito menos que uma espingarda.

JQT
 

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komet

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« Responder #14 em: Maio 18, 2004, 10:19:18 pm »
Que sistemas anti-carro estavam montados nas binas? Uns panzerfaust no guiador n era má ideia
"History is always written by who wins the war..."