Foto: I GG, Soldados Nacionais

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JNSA

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« Responder #30 em: Maio 19, 2004, 08:19:05 pm »
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Quer enunciar-me um país comunista com plenos direitos democráticos?


Primeiro mostre-me um país com um regime comunista...
 :?
 

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komet

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« Responder #31 em: Maio 19, 2004, 08:21:30 pm »
Isso leva a outra questão :), a impraticabilidade do dito regime, e que o dito leva a outras coisas que pouco ficam a dever ao fascismo.
"History is always written by who wins the war..."
 

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Spectral

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« Responder #32 em: Maio 19, 2004, 08:27:10 pm »
Komet, explique-me só, que complexo seu é esse de desviar a conversa para o comunismo sempre que se fala no fascismo ou nazismo?

Não me leve a mal  :wink:


Cumptos
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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JNSA

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« Responder #33 em: Maio 19, 2004, 08:27:18 pm »
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Isso leva a outra questão , a impraticabilidade do dito regime, e que o dito leva a outras coisas que pouco ficam a dever ao fascismo.


Aí já estamos mais de acordo  :wink:

A tentativa de implementação de um regime comunista não tem que necessariamente levar a algo semelhante ao fascismo (embora infelizmente isso tenha sido a prática...). O problema é que, como se aprende em Direito, a designação do acto não altera a sua substância - da mesma maneira que um trespasse não deixa de o ser, embora lhe chamem uma compra e venda, uma tentativa implementação de uma oligarquia/ditadura, não deixa de o ser, só porque alguém se lembrou de dizer que estava a tentar criar um estado comunista  :wink:
 

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JNSA

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« Responder #34 em: Maio 19, 2004, 08:29:09 pm »
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Komet, explique-me só, que complexo seu é esse de desviar a conversa para o comunismo sempre que se fala no fascismo ou nazismo?


É verdade, Spectral - infelizmente "old habits die hard"  (e isto não acontece só com o Komet...) :wink:
 

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komet

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« Responder #35 em: Maio 19, 2004, 08:33:04 pm »
Imaginem que há uma profissão voluntária na polícia em que um rapaz tem que devolver as carteiras achadas aos respectivos donos, mas em vez disso, acaba por rouba-la. É descoberto e despedido, o próximo rapazinho contractado faz o mesmo, e por aí fora.

A essência do trabalho é de extrema consideração para com o próximo, mas na prática...

No entanto a polícia continua a aceitar os rapazinhos...

Façam a analogia.

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Komet, explique-me só, que complexo seu é esse de desviar a conversa para o comunismo sempre que se fala no fascismo ou nazismo?

Não me leve a mal


De modo algum, falo do comunismo por o achar tão estúpido como é o fascismo ou nazismo, apesar de evitar mete-los no mesmo saco.
"History is always written by who wins the war..."
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #36 em: Maio 19, 2004, 09:39:59 pm »
Citação de: "JNSA"
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Isso leva a outra questão , a impraticabilidade do dito regime, e que o dito leva a outras coisas que pouco ficam a dever ao fascismo.

Aí já estamos mais de acordo  :wink:

A tentativa de implementação de um regime comunista não tem que necessariamente levar a algo semelhante ao fascismo (embora infelizmente isso tenha sido a prática...). O problema é que, como se aprende em Direito, a designação do acto não altera a sua substância - da mesma maneira que um trespasse não deixa de o ser, embora lhe chamem uma compra e venda, uma tentativa implementação de uma oligarquia/ditadura, não deixa de o ser, só porque alguém se lembrou de dizer que estava a tentar criar um estado comunista  :twisted:  :P

PS
Já viram que eu hoje estou a escrever posts com um elevado grau de interesses e de intelectualidade??? ( nota-se ) É do bom humor!
Ricardo Nunes
www.forum9gs.net
 

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JQT

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Partidos de Extrema Direita
« Responder #37 em: Maio 19, 2004, 11:00:50 pm »
A minha opinião é que «ou comem todos ou há moralidade». Se se consentem partidos comunistas (cujo mal que fizeram por todo o mundo é desnecessário lembrar: guerras, holocaustos, miséria, fanatismo), não há razão para que o oposto não se possa exprimir. Mas se o critério é o de não consentir em ideologias anti-democráticas, então que se proíbam todas, sem discriminações positivas.

Mas, mesmo não partilhando as ideias desses movimentos, penso que seria saudável para a democracia se houvesse um elemento exterior cuja ameaça obrigasse os actuais partidos a empenharem-se no progresso do país. Assim, como está, os partidos se sempre têm tudo na mão. A menos que aconteça um terramoto político totalmente imprevisto, o PSD e o PS (apoiados nos respectivos média, na Maçonaria e na Opus Dei) continuarão a dominar a vida política, a governação e, assim sendo, o destino do país. Os nossos filhos, netos e bisnetos continuarão a ser governados pelo PS e pelo PSD, a mesma gente, por muito descontentes e agastados que estejam (e como muitos de nós estamos hoje) com as prespectivas para o país. Nem que a abstenção chegue aos 90%, a coisa continuará na mesma. É preciso abrir os olhos para o facto de que as democracias facilmente se transformam em partidocracias, que mais não são do que oligarquias sujeitas a sufrágio. E na nossa, isso aconteceu muito prematuramente. Pode-se dizer que, por exemplo, no Reino Unido e nos EUA isso aconteceu ainda há mais tempo. Mas a nossa classe política deixa muito a desejar e é praticamente irreformável, porque os partidos são herméticos à dita «sociedade civil». A mera distinção mostra como os governantes estão distantes dos governados. A reforma só pode ser provocada a partir de fora dos actuais partidos, e como quase não há espaço político disponível para o fazer, seria importante que - pelo menos - todos os sectores se pudessem exprimir, quanto mais ameaçar o poder eleitoral do partidos implantados.

Além disso, o conceito de ideias de Extrema Direita é muito relativo. Por exemplo, antes do 11 de Setembro, quem defendia restrições à imigração, nomeadamente dos países islâmicos, era chamado de nazi, xenófobo e racista. Hoje, todos os governos europeus, independentemente da côr política não só restringiram ao máximo a imigração muçulmana e servem-se de todos os pretextos para expulsar os imigrantes que já têm nos seus países. Já ninguém, nem mesmo a Extrema Esquerda, tem coragem de defender a abertura das fronteiras e a legalização imediata de todos os imigrantes. Este é apenas um exemplo.

O que vale são as ideias, não os rótulos.

JQT
 

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dremanu

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« Responder #38 em: Maio 20, 2004, 12:16:51 am »
O que os partidos nacionais têm que entender é que democracia não é sinônimo de anarquia, e governar sem governar, porque é isso que todos eles fazem hoje em dia.

Ditadores, ou regimes fascistas conseguem assumir o poder porque existe um vacuum governamental, e um enorme descontentamento geral na população em relação à situação do país.

Sendo assim, em Portugal, se as condições económicas não melhorarem para o país, e começe a haver mais trabalho para as pessoas, e a qualidade de vida começe a subir de novo nos próximos trés a cinco anos, corremos o risco de ver algo radical a aconteçer neste país. Porque enquanto há trabalho e dinheiro para se ganhar, toda a gente vive feliz e contente, mas quando o trabalho começa a escassear as coisas começam a mudar.

Antigamente, ainda era menos mau porque a maioria da população vivia da agricultura, sem muitos luxos, e portanto acustomada a ser mais ou menos auto-suficiente. Hoje em dia a população Portuguêsa é muito mais urbanizada, daí que precisam de trabalho para poderem comer e viver. Se não há trabalho para pagar as contas, como podem as pessoas viver? Isto só pode levar a instabilidade social. Apesar de eu achar que estamos, no momento longe dessa realidade. No entanto se algo grave se der na ecónomia global, nem quero imaginar o que se pode vir a dar neste país, e nos outros países à nossa volta. É improvavél que algo de grave venha a aconteçer, mas é possível.

E é preferível manter os partidos de extrema-direita perto dos partidos mais moderados, porque assim estes podem ter atenção ao que está a aconteçer nesses meios, e eliminarem a oportunidade de um momento para o outro ver um desses partidos a ganhar uma expansão política que não consegue ser travada. O partido nazi começou num bar de Munique e acabou no poder da Alemanhã.

Sendo que algumas das políticas defendidas pelos partidos de extrema-direita têm valor; Sempre é melhor que sejam os partidos do centro a "apropriar" estas ideias aos partidos de extrema-direita, e implementá-las dentro do processo democrático, do que deixar os radicais subirem ao poder, e deixar que esses apliquem toda a ideologia totalitária.

Tb é melhor dár-lhes uma voz, do que os tentar calar, porque ao tentar se calar a voz dos radicais, dá-se valor ao que eles têm a dizer, porque senão tivesse valor não era proíbido.

É a minha opinião....
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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komet

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« Responder #39 em: Maio 20, 2004, 12:54:17 am »
Não tenho muito a acrescentar ao que já foi dito... é mais que óbvio que da extrema direita podem tirar-se medidas úteis para a situação em que o país se encontra, e se querem moderação, ok, deixem tar lá os sonhadores marxistas ou leninistas ou o raio, mas deem voz a quem quer acima de tudo o bem dos nosso portugueses.

Tenho dito, hoje em dia só se pode exibir a bandeira e gritar "Portugal" se for para ir à bola...
"History is always written by who wins the war..."
 

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dremanu

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« Responder #40 em: Maio 20, 2004, 01:17:31 am »
Estou de acordo Komet! Pelo menos os partidos de extrema-direita alinham ao lado de Portugal, e defendem a construção de um Portugal forte e independente, e da defesa da nossa identidade nacional. Se os partidos do centro se procupassem mais a governar a favor de Portugal e dos Portuguêses, em vez de a favor do comité central de Bruxelas, nem havia partidos de extrema-direita. É isso que as pessoas não parecem entender.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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komet

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« Responder #41 em: Maio 20, 2004, 01:23:28 pm »


Era esta a imagem a que se referia Luso?  :wink:
"History is always written by who wins the war..."
 

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Luso

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« Responder #42 em: Maio 20, 2004, 07:44:25 pm »
Jawol, Komet!

Eu diria que Portugal é o local de onde vêm a Selecção Portuguesa de Futebol.
Reparem que não digo país...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Fábio G.

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« Responder #43 em: Maio 23, 2004, 05:53:19 pm »
Baixas do Corpo expedicionário Português em Flandes:

                         Oficiais      -      Tropas      -       Total

Em combate :        43         -        1627       -        1310

Gaseados:             2           -         68         -         70

Por acidente:         8           -        113        -        121

Por doença:          21          -        508        -       529

Outras causas:      -            -         56         -        56

Total :                  74         -        2012        -       2086


A cifra de 2086 é a cifra oficial dado pelo Ministério de Guerra, mas dis-se que o numero seria de 2089 dos que só 1884 contam com sepultura conhecida, há ainda 1991 dados como desaparecidos na altura supondo-se que muitos morreram.
 

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Lynx

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« Responder #44 em: Junho 17, 2004, 01:45:39 pm »
Uma pequena história de um grande heroi Português

Citar
Carvalho Araújo

A guerra aproxima-se do fim. Estamos a 14 de Agosto de 1918 e o armistício será assinado em 11 de Novembro.

O S. Miguel, cheio de passageiros e de carga, saíra da Madeira a caminho dos Açores. Escolta-o o caça-minas Augusto de Castilho, comandado por Carvalho de Araújo.

— Submarino à vista!

É o submarino alemão U- 139.

‘Há que salvar o S. Miguel’, pensa Carvalho Araújo.

Como O alcance de tiro do caça-minas era menor que o do barco inimigo. Uma só solução se impõe: a de se dirigir na sua direcção, dando tempo para que o paquete se afastasse.

O Augusto de Castilho é atingido pelo fogo do submarino. Há feridos. Mortos. Mas luta-se. As munições estão a esgotar-se.

Entretanto, o S. Miguel vai-se afastando no horizonte. Carvalho Araújo (‘Hei-de morrer como um português’) continua o combate. O S. Miguel está salvo! Acabadas as munições, iça-se a bandeira branca, para salvar vidas. Mais dois tiros. O imediato é ferido de novo, e Carvalho Araújo atingido no peito. Morre o bravo marinheiro mas com a satisfação de ter cumprido o dever.

Mais tarde o comandante do submarino Alemão refere-se ao acontecimento nestes termos:

‘... Era uma antiquada e mísera canhoneira, sem peças capazes de competirem com as nossas, e tinha uma guarnição por metade da do nosso navio. Eu nunca vi uma luta mais valente do que a sustentada por aquele velho calhambeque. Os Portugueses combatiam como diabos, atirando granadas umas atrás das outras, dumas peças de brincar, enquanto nós os varríamos da popa à proa. Catorze dos quarenta homens da guarnição jaziam mortos no convés e a maior parte dos restantes encontravam-se feridos, antes que o barco se rendesse.’

 

                                                                       Matilde Rosa Araújo