Penso que é mais uma ideia de "aumentar o número de cascos" do que uma exigência operacional/estratégica. Também se assume que com o aumento da plataforma continental, sejam necessários mais navios para patrulhar a área. No entanto, quando o objectivo é apenas patrulhar/vigiar, UAVs são mais eficientes e baratos, sendo que navios como os NPOs estão relegados para acções de intervenção, fiscalização, salvamentos no mar, etc.
Já agora relembro que, há uns anos, a intenção era ter 10 NPO + 2 NCP, e ainda 8 LFC (que substituiriam os Cacine). Tenho até ideia que eram para ser 12 NPOs, além dos dois de combate à poluição. Entretanto os números foram-se reduzindo, as LFCs passaram de 8 para 5, e entretanto estamos reduzidos aos "4" Tejo, e os NPOs os 10 planeados. Francamente acho que um número mais lógico seria 8 NPOs, sendo a verba dos últimos 2, alocada para as melhorias dos 4 navios por construir (5º ao 8º).
O que é de estranhar é que, estamos na pior fase (em disponibilidade de meios) da Marinha desde há décadas pelo menos, sem reabastecedor, com número mínimo de fragatas, zero helis, metade das lanchas rápidas encostadas por falta de manutenção, sucessivos atrasos nas acções de manutenção da frota, nem meio de se lançar o último Tejo, nem se mandar construir os restantes NPOs... mas, no meio disto tudo, conseguimos enviar um navio para África? Isto não contradiz de certa forma dita necessidade de 10 NPOs? Ou será que ficaram missões por cumprir cá?