As nossas corvetas foram concebidas para o cenário africano da então Guerra Colonial. AÍ SIM, tinham funções de combate. E já na altura as João Coutinho eram completamente obsoletas para cenários de guerra modernos, podendo apenas actuar como "canhoneiras coloniais"
Como tal , após a descolonização tornaram-se redundantes, e até foram feitas tentativas logo na segunda parte da década de 70 para vender pelo menos a classe Baptista de Andrade, salvo erro á Colômbia ,b e nos anos 80 falou-se em tentar vendê-las de novo para financiar a construção da nova classe de fragatas que viria a ser a Vasco da Gama.
Como ninguém lhe pegou, ficámos com 10 navios completamente obsoletos (principalmente as João Coutinho,porque as Baptista de Andrade tinham uma certa vocação ASW), cuja única finalidade após a descolonização era a patrulha marítima: para essa função são navios pouco adequados, com grandes tripulações e elevados custos de manutenção. Não é á toa que se fez o downgrade das BdA, retirando-lhes os sensores ASW e os tubos lança-torpedos, para tentar reduzir os custos.
O facto é que as corvetas são actualmente verdadeiros "elefantes brancos" e sorvedouros de dinheiro. Os espanhois seguiram exactamente o mm caminho que nós, fazendo o downgrade ás Descubierta e indo substituí-las pelos BAM.
Uma marinha da nossa dimensão não pode dar-se ao luxo de dispersar meios em unidades cujo beneficio/custo é altamente prejudicial.
Infelizmente, as 7 que ainda navegam (3 JC+ 3 BdA) têm de se aguentar á bronca, devido ao belo projecto dos NPOs.
Mas para o que elas fazem , um OPV serve perfeitamente.