Caro Luis,
Deixe-me lhe dizer, em primeiro lugar e até para situar a discussão, que desde há muito, entendo terem de ser todos os assuntos do Estado, militares inclusivé, alvo de discussão e apreciação pública, como de resto se faz em muitos dos Países Europeus com tradição democrática e civilista.
Recordo-me bem como pela primeira vez, na história da segunda e terceira republica, foram publicamente questionadas as questões de opções militares, na altura associadas à opção pelos A7 P em detrimento dos F-5 E, e da ajuda que então dei à discussão por alguns jornais, nomeadamente o "Tal e Qual".
E se antes não o foram, e muitos motivos ao longo do século XX existiram para se discutir outras opções, o caso das G3 e das FN na década de 60 do século passado, foram um bom exemplo disso, foi porque não existia a Liberdade que hoje felizmente existe.
Não posso por isso estar mais de acordo com a total apreciação e discussão por todos, das questões que envolvem o País e os impostos pagos pelos cidadãos.
Por isso, ao contrário do que já aconteceu neste "forum", nunca escreverei uma nota a verberar, quem acha que se trata de investimentos sem retorno os milhões (um bilião) pelos vistos, gastos na aquisição de submarinos de difícil ou impossivel retorno, numa altura de distensão Mundial.
É aliás ilustrativo da forma pouco séria, como alguns dos escribas permanentes deste "Forum" reagem, a forma como fui tratado, quando há mais de um ano, aqui sugeri uma discussão em torno da aquisição de meios aéreos, de asa fixa e móvel, com capacidade anfíbia no primeiro caso e que pelas suas características possibilitassem o aproveitamento 365 dias/ano em acções militares e civis. Hoje, afinal, caminha-se para a aquisição de meios permanentes de combate a fogos e socorro das populações, que permitem pelas suas características durante o resto do ano, executar tarefas de natureza diversa. O que propunha na altura era uma discussão em torno das opções destinadas a substituir os Aviocar e que essas opções tivessem em vista o melhor serviço aos Portugueses a quem em primeiro lugar se destinam.
Agora, sem julgar ninguém, porque não disponho, nem ninguém aqui neste forum, que se pretende sério, até ao momento demonstrou possuir, coloca-se o problema de saber quem é o culpado pelos atrasos na entrada ao serviço do País dos NPO`s.
É a Marinha, diz alguém, que se limitou a ler o que terá sido dito por um Administrador do ENVC, o tal, que se não fosse esta encomenda poderia ir por "àgua abaixo" -confesso que não abona muito uma administração de um estaleiro que ia fechar as portas-
Não é a Marinha mas sim os estaleiros, dirão outros.
Eu não alinho, nem por um nem por outro. Mas, enquanto Português, alinho na necessidade de termos toda a informação, de uma parte e de outra sem tibiezas e com total clareza. Para então sim, de posse da informação relevante poder ter uma opinião.
E por isso cá ficarei, à espera de respostas inteligentes, para as questões colocadas por alguns dos intervenientes, nos quais obviamente me incluo.
Cumprimentos