Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa

  • 5925 Respostas
  • 1905636 Visualizações
*

luis filipe silva

  • Investigador
  • *****
  • 2049
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-1
(sem assunto)
« Responder #300 em: Março 28, 2006, 02:54:38 am »
Tomkat escreveu:
Citar
Na Marinha de Guerra Portuguesa, continuam a ser excelentes navios (para as nossas capacidades), mas com um "calcanhar de Aquiles" tremendo: a sua incapacidade para se defenderem de ataques aéreos, sem a "muleta" (que não possuímos), que são meios navais dedicados a esse tipo de função.

Caro Tomkat.
Você já reparou no título deste tópico?
Pois é isso mesmo. 3 VG, 2 U 214(se não forem vendidos), e NPOs.

E pensar que um colega nosso pensa em porta-aviões. LOL

Saudações

Luis F. Silva
-----------------------------
saudações:
Luis Filipe Silva
 

*

TOMKAT

  • Especialista
  • ****
  • 1173
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #301 em: Março 28, 2006, 06:41:51 pm »
Citação de: "luis filipe silva"
Caro Tomkat.
Você já reparou no título deste tópico?
Pois é isso mesmo. 3 VG, 2 U 214(se não forem vendidos), e NPOs.

E pensar que um colega nosso pensa em porta-aviões. LOL

Saudações

Luis F. Silva


LOL x2
Talvez um dia destes se descubra mesmo petróleo no Beato...
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

*

balburdio

  • Perito
  • **
  • 306
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #302 em: Março 28, 2006, 07:24:29 pm »
Citação de: "Hélder"
Citação de: "balburdio"
Canibalização é o acto de abater uma unidade ao efectivo para servir de fonte de peças para outras unidades.

Não sei como é na Armada mas na Força Aérea canibalizar uma peça é apenas remove-la de uma aeronave e instala-la em outra, mas não necessáriamente de uma aeronave abatida.
Por exemplo um avião tem uma avaria e necessita de uma certa peça, essa peça vai demorar digamos, uma semana a chegar à base, um avião identico está numa inspecção de um mês por exemplo, então retira-se a peça necessária ao avião em inspecção e instala-se no avião que necessíta, e dalí por uma semana quando vier a peça de substituição instala-se essa no avião que se encontra parado em inspecção.


Óbviamente o que é canibalizado é a aeronave e não a peça.
Há uma grande confusão acerca destes simples conceitos.
Canibalizar significa remover a peça da aeronave definitivamente.
Tirar a peça e depois pôr outra não é canibalizar a aeronave.
 

*

p_shadow

  • Perito
  • **
  • 448
  • +2/-0
    • http://www.falcoes.net/9gs
(sem assunto)
« Responder #303 em: Março 29, 2006, 04:20:47 am »
Atenção às confusões, "canibalizar" NÃO é o mesmo que "abater ao efectivo", embora em Portugal assim o possa parecer. :roll:


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

*

Lightning

  • Moderador Global
  • *****
  • 11521
  • Recebeu: 2597 vez(es)
  • Enviou: 3797 vez(es)
  • +983/-1117
(sem assunto)
« Responder #304 em: Março 29, 2006, 08:10:34 pm »
Citação de: "balburdio"
Citação de: "Hélder"
Citação de: "balburdio"
Canibalização é o acto de abater uma unidade ao efectivo para servir de fonte de peças para outras unidades.

Não sei como é na Armada mas na Força Aérea canibalizar uma peça é apenas remove-la de uma aeronave e instala-la em outra, mas não necessáriamente de uma aeronave abatida.
Por exemplo um avião tem uma avaria e necessita de uma certa peça, essa peça vai demorar digamos, uma semana a chegar à base, um avião identico está numa inspecção de um mês por exemplo, então retira-se a peça necessária ao avião em inspecção e instala-se no avião que necessíta, e dalí por uma semana quando vier a peça de substituição instala-se essa no avião que se encontra parado em inspecção.

Óbviamente o que é canibalizado é a aeronave e não a peça.
Há uma grande confusão acerca destes simples conceitos.
Canibalizar significa remover a peça da aeronave definitivamente.
Tirar a peça e depois pôr outra não é canibalizar a aeronave.


Na FAP é e funciona como eu descrevi, uma coisa é instalar uma peça que se encontra em stock, isso é uma instalação, quando essa peça não existe em stock faz-se uma canibalização, isto é, remover uma peça identica de outra aeronave, esta semana eu mais os meus camaradas canibalizamos um motor de um avião para outro.

Gostava de saber como é que se pode canibalizar uma aeronave? nunca vi tal coisa...
Vou removê-la de onde? e Instala-la onde?
Um motor posso removê-lo do avião A e instala-lo no Avião B mas como é que faço isso com um avião inteiro??? :shock:
 

*

balburdio

  • Perito
  • **
  • 306
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #305 em: Março 29, 2006, 10:38:45 pm »
Citar


O facto concreto e real é que com algum (pouco) valor militar apenas podemos contar com 2 unidades navais em permanência, acrescentando-se a ressalva de uma dessas unidades estar ao serviço da NATO.

Tudo o resto não passam de habilidades circunstanciais, que em casos mais complicados cairão pela base por falta de sustentação prática.


Antes de mais o valor militar das VdG está longe de ser pequeno.
São unidades ASW bastante competentes, com capacidade AShW.
Podem desempenhar um leque variado de missões.
Depois, como já disse, as VdG estão disponíveis, as 3 em simultâneo, durante 49% do tempo, estão SEMPRE disponíveis 2(salvo grandes imprevistos).

A prática de trocar peças entre uma unidade operacional e outra em manutenção, não só está longe de ser considerada "desenrascanço", como é adoptada pela generalidade das marinha de guerra dos países mais desenvolvidos.
É aliás tema de estudo na área dos sistemas de apoio à decisão e gestão de projecto.
O moderno software dedicado utilizado na gestão de projectos cíclicos deste tipo contempla esta prática.
A sua adopção e boa implementação permitem enormes economias em tempo e recursos.
Em nenhum manual vem essa prática designada como "Canibalização".

Pelos vistos ser-se desenvencilhado (como aliás é óbvio) é sempre uma qualidade
 

*

balburdio

  • Perito
  • **
  • 306
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #306 em: Março 29, 2006, 10:48:17 pm »
Citar
Refiro-me concretamente à capacidade de luta anti-aérea, inexistente na nossa Marinha.

Inexistente é outra força de expressão, as VdG possuem alguma capacidade de defesa aérea.
De acordo com exercícios levados a cabo nos EUA, tripulações bem treinadas podem facilmente interceptar mísseis sea-skimmer utilizando a combinação Sea Sparrow / CIWS



Citar
Apareça um qualquer meio aéreo minimamenta equipado


Na realidade as VdG só são realmente vulneráveis face a meios aéreos sofisticados capazes de lançar ataques além do horizonte, com mísseis anti-navio, principalmente d otipo supersónico.
 

*

Lightning

  • Moderador Global
  • *****
  • 11521
  • Recebeu: 2597 vez(es)
  • Enviou: 3797 vez(es)
  • +983/-1117
(sem assunto)
« Responder #307 em: Março 29, 2006, 10:57:01 pm »
Concordo com o Balburdio porque quando nos referimos a navios de defesa aérea é em relação a defesa à Àrea e não em auto-defesa.

Uma VdG é capaz de se defender de ameaças aéreas mas não é capaz de defender uma Task Force.
 

*

balburdio

  • Perito
  • **
  • 306
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #308 em: Março 29, 2006, 11:05:46 pm »
Citar
Gostava de saber como é que se pode canibalizar uma aeronave? nunca vi tal coisa...
Vou removê-la de onde? e Instala-la onde?
Um motor posso removê-lo do avião A e instala-lo no Avião B mas como é que faço isso com um avião inteiro??? :shock


O sujeito do verbo CANIBALIZAR, ou seja a coisa que é canibalizada, é o avião e não as peças.

Aliás na verdadeira definição do termo, canibalizar é comer um congénere, em todo ou em partes(peças), disto resulta que a coisa canibalizada é progressivamente consumida por outra coisa (O CANIBAL).

Assim temos um avião CANIBAL e outro avião CANIBALIZADO (a vítima)

O termo é, pelos vistos, utilizado sem grande regra, já que retirar temporáriamente uma peça de um avião para pôr noutro não é canibalização (é quando muito um transplante), o conceito de canibalização em aviação envolve sempre o abate da unidade a canibalizar (já que um avião vítima de canibalização não funciona lá muito bem).
 

*

Lightning

  • Moderador Global
  • *****
  • 11521
  • Recebeu: 2597 vez(es)
  • Enviou: 3797 vez(es)
  • +983/-1117
(sem assunto)
« Responder #309 em: Março 29, 2006, 11:25:37 pm »
Citação de: "balburdio"
Citar
Gostava de saber como é que se pode canibalizar uma aeronave? nunca vi tal coisa...
Vou removê-la de onde? e Instala-la onde?
Um motor posso removê-lo do avião A e instala-lo no Avião B mas como é que faço isso com um avião inteiro??? :shock

O sujeito do verbo CANIBALIZAR, ou seja a coisa que é canibalizada, é o avião e não as peças.

Aliás na verdadeira definição do termo, canibalizar é comer um congénere, em todo ou em partes(peças), disto resulta que a coisa canibalizada é progressivamente consumida por outra coisa (O CANIBAL).

Assim temos um avião CANIBAL e outro avião CANIBALIZADO (a vítima)

O termo é, pelos vistos, utilizado sem grande regra, já que retirar temporáriamente uma peça de um avião para pôr noutro não é canibalização (é quando muito um transplante), o conceito de canibalização em aviação envolve sempre o abate da unidade a canibalizar (já que um avião vítima de canibalização não funciona lá muito bem).


Então só posso admitir é que o portugues correcto não é utilizado no dia-a-dia.

Existe é as duas formas, tanto se remove peças de um avião abatido como de um avião operacional mas que não esteja a voar (avariado ou em inspecção).
Só por curiosidade esses aviões abatidos que servem de peças para os outros são chamados de "vaquinhas"  como em "...o avião A tá a servir de vaquinha". :lol:
 

*

antoninho

  • Analista
  • ***
  • 755
  • Recebeu: 158 vez(es)
  • Enviou: 7 vez(es)
  • +27/-33
(sem assunto)
« Responder #310 em: Março 29, 2006, 11:42:46 pm »
O problema meus amigos não está no que significa em Português a palavra, mas em economia, que significa falta da matéria com que se compra os melões €€€€€€ e contra argumentos vêem os factos que são catastroficos....
 

*

luis filipe silva

  • Investigador
  • *****
  • 2049
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-1
(sem assunto)
« Responder #311 em: Março 30, 2006, 12:49:06 am »
Continuando a fugir do tópico,

citação:
Citar
Concordo com o Balburdio porque quando nos referimos a navios de defesa aérea é em relação a defesa à Àrea e não em auto-defesa.

Uma VdG é capaz de se defender de ameaças aéreas mas não é capaz de defender uma Task Force.


Do que nos esquecemos todos (incluindo eu) é que a nossa marinha actua em conjunto com outras forças navais havendo nesses casos um equilibrio entre os diversos países participantes de qualquer eventual acção militar. Na protecçaõ de uma força naval, além da vertente ASW das VG, os seus sistemas de defesa pontual serão sempre úteis como último reduto (15 Km), dado que para intercepção de longo e médio alcance, haverá sempre aviação embarcada e navios AAW.
Em intervenções exclusivamente nacionais, a nossa esfera de acção será sempre África, e em princípio em missões de resgate de cidadãos. Partindo do princípio que o único país com aviação é Angola, e a missão é de paz, as VG servem perfeitamente.Para mim o único problema,é a quantidade de meios navais militares, para os objectivos estratégicos nacionais. NATO(Snmg 1 e/ou Snmg 2), EUROMARFOR, e alguma eventualidade exclusivamente nacional.

Luis F. Silva
-----------------------------
saudações:
Luis Filipe Silva
 

*

emarques

  • Especialista
  • ****
  • 1177
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #312 em: Março 30, 2006, 03:18:39 pm »
Citação de: "antoninho"
O problema meus amigos não está no que significa em Português a palavra, mas em economia, que significa falta da matéria com que se compra os melões €€€€€€ e contra argumentos vêem os factos que são catastroficos....

Quem disse que é falta de dinheiro? Muitas vezes é simplesmente bom senso. Se uma unidade está parada em inspecção ou noutras reparações e há falta de uma peça noutra unidade, porque é que não se há de usar a peça da que está parada para manter o nível de operacionalidade? Não se podem ter em permanência todas as peças de substituição a ganhar pó à espera que apareça em que as usar, tem muito mais lógica encomendar quando faz falta.

Imagine-se o caso das fragatas, está uma parada numa inspecção, outra está em serviço à OTAN. A terceira, supostamente, está de prontidão. Detecta-se um problema numa peça qualquer da que está em prontidão. Ou se tira a peça da que está parada, o que permite manter o nível de operacionalidade intacto (a que está parada pode perfeitamente esperar pela chegada da peça), ou fica uma fragata parada por causa da inspecção enquanto outra está parada à espera de peças (ou seja, fica-se com uma fragata activa, e essa de serviço à OTAN) ou então tem-se em permanência todos os componentes de uma fragata armazenados à espera sabe-se lá do quê (e provavelmente quando falhar qualquer coisa numa fragata, os componentes armazenados "já passaram de prazo" e é preciso encomendar novo na mesma).
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

*

balburdio

  • Perito
  • **
  • 306
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #313 em: Março 30, 2006, 09:38:52 pm »
Citação de: "Hélder"
Concordo com o Balburdio porque quando nos referimos a navios de defesa aérea é em relação a defesa à Àrea e não em auto-defesa.

Uma VdG é capaz de se defender de ameaças aéreas mas não é capaz de defender uma Task Force.


Exactamente, os mísseis Sea Sparrow servem para alguma coisa.
A eficácia dos modernos modelos deste míssil garante, em conjugação com o CIWS Phalanx, uma defesa eficaz contra mísseis sub-sónicos, independentemente do perfil de vôo da arma atacante.

Poderiamos dizer que contra mísseis supersónicos o caso é diferente, mas convém lembrar que a eficácia de sistemas de defesa mais robustos contra este tipo de mísseis não é muito melhor.

O míssil supersónico continua a ser uma séria ameaça, seja qual for o sistema de defesa disponível.

Em regra, após ser detectado no radar, um míssil subsónico confere ao alvo um tempo de resposta de 120-150 segundos, o que permite elaborar uma estratégia de defesa,  utilizando contramedidas, "jamming", antes de empregar meios de defesa mais duros (mísseis e artilharia).
Um míssil supersónico, como o Moskit (SS-N-22 Sunburn) russo só concede um tempo de resposta de 25-30 segundos o que reduz dramaticamente as opções defensivas.
 

*

antoninho

  • Analista
  • ***
  • 755
  • Recebeu: 158 vez(es)
  • Enviou: 7 vez(es)
  • +27/-33
(sem assunto)
« Responder #314 em: Março 31, 2006, 12:56:31 am »
Se fosse essa a teoria de CANIBALIZAR, de retirar uma peça de uma fragata, parada em manutenção, para outra em operação, eu não  empregaria tal palavrão, que eu saiba isso chama-se REPOSIÇÃO DE MEIOS OPERACIONAIS, nisso estou 100% de acordo.
Já agora quando a FAP recebeu 50 alphas da alemanha quantos ficaram para CANIBALIZAR.
Nos 25 F16 do peace2  quantos ficaram para CANIBALIZAR.
Canibalizar significa essencialmente que a vitima nunca mais ficará operacional, o que não será o caso das fragatas.
Uma boa manutenção sabe perfeitamente quais as peças que mais cedo serão necessárias ou não, problemas de prazo devem-no saber!
Mas se não falta dinheiro nas forças armadas porque se retirou dinheiro da lpm para os meios que actuam no exterior?