Ao fim de novecentos anos de gente a morrer para manter este quintal independente, os seus filhos descobrem em VINTE ANOS que a sua nacionalidade é EUROPEU... estamos bem, estamos mesmo muito bem.
Tenha calma e não entre em paranoias. Ninguém está a dizer que deixou de ser português. Aquilo que eu digo é que, quer se goste ou não, nós passamos a fazer parte de uma organização, a EU, e deveremos assumir isso. Em tudo. Logo, também na politica externa. Enquanto não puxarmos todos para o mesmo lado é impossivel essa ligação ser positiva. É utópico? Talvez, mas pelo menos será coerente.
Além disso, mesmo em termos de defesa, penso que será demasiado perigoso continuar a existir e até aumentar o desequilibrio de forças actual. Na guerra fria existiam dois "lados", o ocidente e o leste, teóricamente equilibrados e existiam negociações, por vezes dificeis, ameaças de guerra, algumas escaramuças, etc. Neste momento só há um lado, o dos EUA, que não negoceia nem escuta ninguém, que faz o que quer e entende, que menospreza e não respeita as instituições (a Onu, por exemplo), e que até boicota o comércio entre países só porque considera determinados "não amigos" (o caso da Venezuela foi o último). Penso que este tipo de desequilibrio não é benéfico e que a unica hipótese de contrapor alguma coisa é uma EU forte.