Também questiono a existência de Carros de Combate no exército português.
Pergunto aos entendidos se não seria mais eficaz adoptar um bom blindado de combate de infantaria (mais leve), bem protegido com blindagem adicional. A luta anti-carro seria feita por mísseis.
O canhão, de 35/50mm, poderia disparar munição programável que pode servir em diversas plataformas: na Marinha como um novo CIWS ou como armamento dos NPO´s e no próprio Exército como defesa antiaérea de ponto (Millenium).
Referência: CV90 MKIII.
no combate terreste há 3 fases:
1 - reconhecimento/exploração : viaturas ligeiras/rápidas, helitransporte, reconhecimento aéreo, artilharia móvel ligeira(eventualmente)
2 - ataque/avanço : artilharia pesada móvel, tanques (MBT), blindados de combate, apoio aéreo
3 - consolidação : artilharia, blindados e infantaria (muita infantaria)
ora apesar de todas as teorias a prática demonstrou que não há substituto para o MBT principalmente quando se vão enfrentar outros MBTs.
a questão está neste ponto actualmente:
"o tanque é um meio obsoleto excepto se o inimigo tiver tanques"
podemos contudo sair um pouco do tradicional conceito de tanque: veículo massivamente blindado, dotado de lagartas, equipado com um canhão de grande calibre e alta velocidade de saída.
Futuras blindagens à base de materiais compósitos e com tecnologias de protecção activa podem reduzir drasticamente o peso necessário.
Novas formas de propulsão tais como a eléctrica com turbo-alternadores ligeiros e motores nos cubos ou eixos das rodas podem tornar as lagartas coisa do passado, finalmente futuras armas eléctricas ou de mistura fuel-ar conjugadas com avanços nas munições e a auto-propulsão (foguetes) das ogivas, e com tecnologias de esplosivos fazendo uso de nano-detonadores e esplosão modelada por computador podem reduzir o calibre das armas.
mas tudo isto é futurologia
imaginemos um tanque do futuro:
- blindagem em matriz de nanotubos de carbono ultra ligeira
- protecção activa por descarga eléctrica
- turbo-gerador baseado num motor turbo-helice(PT6B) : >1000 cv
- gerador auxiliar diesel 250cv(MTU)
- 8 motores eléctricos:1 por roda = 8 rodas motrizes: 8x100cv = 800 cv
- capacidade anfíbia (peso 15-20t) : propulsão hidro-jacto
- almofada de ar auxiliar amovível (hovercraft) para deslocação rápida em superfície irregular/aquática
- peça : canhão automático 50mm/75mm, alma lisa, propulsão fuel-ar, munição assistida por foguete, ogiva com nanodetonadores computorizada
- 3 metralhadoras: coaxial: .50, torre: 2 x 7,62mm
- mísseis ATGM : MAPATS, LAHAT, MOKOPA, Khrizantema, Refleks,...
- misseis SAM ligeiros : Stinger, Mistral, Roland, ...
- sistema de apontamento laser : LADAR
- tripulação : 3
- capacidade para 5 soldados infantaria
- protecções individuais internas
- nas versões mais leves pode ser helitransportado
- elevada redundancia de sistemas devido à arquitectura "tudo eléctrico"
- possibilidade de ser operado à distancia recorrendo a uma rede de comunicações de batalha com elevada integração funcional (TCP/IP)
- elevada modularidade dos sistemas
- substituiria:
tanques, blindados de combate, blindados de transporte, anfíbios, etc.
curiosamente a única coisa que falta para podermos ter esta maravilha é mesmo a blindagem em nanotubos sem a qual isto não passa de uma casca de noz num campo de batalha cada vez mais perigoso!