Tanto quanto sei, Portugal não adquiriu à Holanda 37 carros de combate, mas sim 36.
O 37º veículo é um chassis adaptado para treino dos condutores.
Para além de 37 Carros de Combate foi também adquirido um 38º, apelidado de “buggy”, adaptado à instrução de condução, e um “39º em peças”. Ou seja, espera-se com este fornecimento e bem assim como algum outro material diverso (um lote de sobressalentes, ferramentas especiais para casco e torre e manuais técnicos em suporte digital e convencional) manter a operacionalidade das viaturas durante algum tempo sem necessidade de recorrer ao “mercado”.
Fonte : https://www.operacional.pt/leopard-2-a6-em-panoramica/
Só falta virem os especialistas a terreiro dizer que o deplorável estado operacional da frota se deve a ter sido recebido apenas um CC, o 39*, em peças, para serem utilizadas como sobressalentes !
Abraços
Seria de esperar por quem lida com isto, que tivesse noção da necessidade de manutenção/substituição de peças, ao longo do tempo de operação dos meios. Meios que são cada vez mais complexos e exigentes também nessa manutenção.
Mas parece que o mal é geral, Exército, Marinha e Força Aérea, adquire-se e depois pilha-se, sem ter stock normal ou prever a necessidade de peças em tempo. Porque embora possam ocorrer avarias pontuais, noutras questões existe uma previsão do seu gasto e com isso se solicitar as aquisições para substituição. Não é diferente de se gastar munições. Se temos x e gastamos y, depois em tempo devem ser repostas. Peças idem. Fazem x quilômetros, fazem x horas de uso. Então muito pode ser antecipado.
Compreende-se que não tenhamos em stock tudo e em quantidade, mas existindo uma linha de produção deve manter-se a ligação e em tempo adquirir.
Na segunda guerra é que reciclavam peças de aviões destruídos para montar mais rapidamente outros e a assim aumentar o fornecimento. Aconteceu durante a chamada batalha de Inglaterra.