Finalmente: Leopard II para Portugal

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PereiraMarques

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« Responder #375 em: Fevereiro 11, 2008, 11:15:08 pm »
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Victor Barreira JDW Correspondent, Lisbon


É membro cá do fórum, ele que se acuse :wink:
 

Leopard 2 A6
« Responder #376 em: Fevereiro 12, 2008, 01:47:11 am »
São 37 CC + 1 de Instrução
As munições são 450 HEAT-T type DM-12A1  RWM 84-2 e 444 granadas de fumo para morteiro.
O primeiro grupo de carros chega a Portugal no final de Setembro (são 8 CC + 1 de Instrução)
Os restantes chegam ao longo de 2009 (os ultimos 9 em Novembro)
O fornecimento de CC aos Canadianos que os querem empregar no Afeganistão, a necessidade de inspeccionar e corrigir as deficiências nos CC destinados a Portugal (lembrem-se que os CC são em segunda mão) e a necessidade de Portugal obter formação especializada neste novo sistema, ~impede que venham todos ao mesmo tempo e logo à cabeça.
Alerta está
 

O CC Leopard 2 A6
« Responder #377 em: Fevereiro 12, 2008, 01:56:31 am »
Para os mais curiosos c34x
Para mais informação tentem uma das melhores páginas da Internet sobre este sistema:
http://fprado.com/armorsite/leo2.htm
Vale a pena :)
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Garcia

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« Responder #378 em: Fevereiro 12, 2008, 12:10:08 pm »
Bastante interessante  :wink:
 

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balburdio

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« Responder #379 em: Fevereiro 12, 2008, 07:14:27 pm »
Citação de: "ShadIntel"
De qualquer forma, penso que o canhão do Leo 2A6 pode disparar quase todo o tipo de munições de 120mm da NATO.


na realidade é uma peça de alma lisa, pelo que só dispara munições adaptadas a este tipo de cano (com estabilizadores aerodinâmicos)

a munição especialmente concebida e ideal para esta peça é a DM53

a DM63 é basicamente uma modificação desta com uma maior tolerancia térmica a nível da precisão, algo que no nosso clima temperado é praticamente inútil, mas que oferece ainda uma menor erosão do cano.
Já a munição israelita M-338 permite uma mellhoria real da precisão no âmbito das munições de energia cinética.

Contudo melhor seria mesmo adquirir os kits Lahat que permitem o disparo de mísseis "beam-rider" a partir do canhão, com um alcançe superior a 6km e uma precisão de 70cm que podem ser disparados "off bore sight"

Isto e claro adquirir no mínimo dos mínimos 50 tanques
 

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balburdio

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Re: Leopard 2 A6
« Responder #380 em: Fevereiro 12, 2008, 07:15:59 pm »
Citação de: "Sentinela Alerta"
São 37 CC + 1 de Instrução
As munições são 450 HEAT-T type DM-12A1  RWM 84-2 e 444 granadas de fumo para morteiro.
O primeiro grupo de carros chega a Portugal no final de Setembro (são 8 CC + 1 de Instrução)
Os restantes chegam ao longo de 2009 (os ultimos 9 em Novembro)
O fornecimento de CC aos Canadianos que os querem empregar no Afeganistão, a necessidade de inspeccionar e corrigir as deficiências nos CC destinados a Portugal (lembrem-se que os CC são em segunda mão) e a necessidade de Portugal obter formação especializada neste novo sistema, ~impede que venham todos ao mesmo tempo e logo à cabeça.


só vamos adquirir munições HE????
absurdo, essa munição não tem qualquer efeito num CC moderno!!
 

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Eurico Viegas

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« Responder #381 em: Fevereiro 12, 2008, 08:59:28 pm »
As DM12A1 podem ser antigas, mas para começo servem perfeitamente para Portugal. Estão uma geração atrás das munições HEAT mais avançadas do Exército americano, mas ainda estão em uso nos EUA e na Alemanha, pelo menos.

Pergunta: Os M60A3 tinham alguma munição APFSDS disponível?
disce quasi semper victurus, vive quasi cras moriturus
 

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Scarto

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« Responder #382 em: Fevereiro 13, 2008, 01:27:02 am »
Posso não ser o maior entendedor,mas entre HEAT e HE existe bastantes diferenças caro Balburdio.
Portanto penso que não ficaremos nada mal servidos,tal como já tinha sido referido no post do Eurico Viegas.

Já agora,na busca por alguma informação desta munição deparei-me com este link engraçado:

http://www.fas.org/man/dod-101/sys/land/row/weg.pdf

Tem bastante informação,que talvez tenha interesse para alguns :)
 

Muniçoes e outras coisas
« Responder #383 em: Fevereiro 13, 2008, 11:05:50 am »
Meus amigos
Munições custam dinheiro.
É perfeitamente irrealista querer manter uns milhões de euros empatados em munições de elevada capacidade e de utilização duvidosa e muito alargada no tempo. Nenhum Exército, ou país, no seu perfeito juízo, fará alguma coisa destas.
As munições, em especial as reais, não só são extremamente caras como têm prazos de validade. Para além disso as munições reais não constituem o investimento ideal para a instrução.
Será melhor investir em munições de instrução (recordo que, mesmo estas, podem custar cerca de 1500 € cada, é dinheiro) bem sei que quem não tem dinheiro não tem vicíos mas é importante considerar sempre o custo-benefício de cada um dos investimentos
O que é que pensam da munição de instrução DM 78 KE que veio substituir as DM 38/ DM 48 já obsoletas ?

Quanto à munição HEAT - DM-12 A1 aqui vão as características:

120 mm High explosive Anti Tank –Tracer, DM12A1, with electrical (bottem)fuze DM781A1

Purpose: The HEAT-T, DM12A1 is of German (RWM) origin with armour penetrating capabilities to defeat the light armour threat and fragmentating capabilities to defeat enemy obstacles.

Dimensions:
Length round   981mm
Diameter projectile   120mm

Mass:
- Round      23,3 kg
- Projectile      13,5 kg
- Propelling charge   5,5 kg
- Primer electric   0,19 kg
- High explosive   1,8 kg
- Tracer      14 g
- (Bottom) fuse   145 g

Internal ballistics:
- Muzzle velocity   1140 m/s
- Max. gas pressure   450 MPa
Alerta está
 

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tenente

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Re: Leopard 2 A6
« Responder #384 em: Fevereiro 17, 2008, 11:10:10 am »
Boas,

Não são HE são HEAT. Estas munições têm características Anti Tanque.

High explosive anti-tank (HEAT) rounds are made of an explosive shaped charge that uses the Neumann effect (a development of the Munroe effect) to create a very high-velocity jet of metal in a state of superplasticity that can punch through solid armor.

Abraços/Ten

Citação de: "balburdio"
só vamos adquirir munições HE????
absurdo, essa munição não tem qualquer efeito num CC moderno!!
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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nelson38899

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« Responder #385 em: Fevereiro 29, 2008, 09:46:30 am »
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Germany's IBD Deisenroth Engineering has recently expanded its product range and is researching new materials to provide improved counters to current threats. Its Leopard 2A4 Evolution demonstrator incorporates add-on AMAP-R roof armour, giving protection against both bomblet SC and EFP attack.
www.janes.com
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Lancero

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« Responder #386 em: Abril 04, 2008, 03:19:25 pm »
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Exército: Brigada Mecanizada vai receber 37 blindados Leopard II, num investimento de 80ME  



    Santa Margarida, Constância, 04 Abr (Lusa) -- A Brigada Mecanizada vai receber, a partir de Setembro, 37 carros de combate Leopard II, o que vai representar "um importante salto tecnológico e qualitativo" na operacionalidade desta unidade do Exército, frisou hoje o Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME).  

 

    O general José Luís Pinto Ramalho presidiu hoje, no Campo Militar de Santa Margarida, à cerimónia comemorativa do 30º aniversário da Brigada Mecanizada (BrigMec), tendo assistido ao desfile das forças em parada, que incluíam os 690 militares e 160 viaturas do Agrupamento Mecanizado que integrará a Nato Response Force 12 (NRF-12) a partir de 2009.  

 

    Para Pinto Ramalho, o investimento que está a ser feito para reforço da capacidade mecanizada da brigada dará ao Exército português "maior adequabilidade operacional no quadro da Aliança" Atlântica e permitirá uma aproximação "aos Exércitos de referência".  

 

    Segundo fonte da BrigMec, está previsto um investimento total de 80 milhões de euros para aquisição de 37 carros de combate Leopard II, estando prevista a chegada dos primeiros seis em Setembro.  

 

    Nesse âmbito, encontram-se actualmente em formação na Holanda quatro sargentos de um total de 16 que serão formados nos próximos meses, para permitir a entrada em funcionamento das primeiras unidades "com eficiência e de acordo com as elevadas exigências técnicas", como realçou o comandante da BrigMec.  

 

    O major-general António Pereira Agostinho referiu ainda o lançamento, "esperado a breve trecho", do programa de "upgrade" de viaturas blindadas da família M113, ficando a brigada com capacidade para desempenhar mais eficazmente o seu papel como "força mecanizada moderna da Força Operacional do Exército".  

 

    As viaturas blindadas de transporte de pessoal da família M113 "são ainda as mesmas" com que a Brigada foi dotada, aquando da sua criação, em 1978, realçou.  

 

    Pereira Agostinho lembrou que só em 2007 o Grupo de Artilharia de Campanha 15,5 Autopropulsado "viu chegar os últimos seis obuses para a sua terceira bateria e os carros de combate M60, sucessores dos M48 do início, estão a atingir o fim da sua vida útil".  

 

    Esse "défice de modernidade", como lhe chamou, não impediu, contudo, que a Brigada desempenhasse "um papel primordial", nomeadamente nas missões de paz, desde 1997, na Bósnia-Herzegóvina e nas participações no Kosovo, em Timor-Leste e, mais recentemente, no Líbano, sublinhou.  

 

    Pereira Agostinho advertiu que "a introdução de novos equipamentos por si só não basta", sendo preciso "guarnecê-los com efectivos bem preparados e em quantidade que garantam a capacidade para os manter em níveis e operacionalidade exigentes, dando coerência ao volume de investimento efectuado".  

 

    O CEME garantiu ser objectivo que 2008 "seja também um ano de esforço colectivo na área de obtenção de recursos humanos, por forma a atingir-se o objectivo estrutural preconizado, indispensável à manutenção da eficácia do Ramo".  

 

    Pinto Ramalho apontou o aprontamento do Agrupamento Mecanizado para a NRF-12 como uma prioridade, a par da preparação da Unidade de Engenharia que integra um batalhão da União Europeia, garantindo "os recursos humanos e materiais indispensáveis ao cumprimento da sua missão, no âmbito da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte)".  

 

    O comandante da BrigMec referiu a preparação do agrupamento para a NRF-12, que decorre ao longo deste ano, como "uma das missões mais exigentes de sempre" da brigada.  

 

    A certificação nacional da força que constituirá a participação nacional na NRF-12 vai ocorrer durante o exercício Rosa Brava 08, que vai decorrer nas próximas semanas, prosseguindo depois o treino internacional, frisou.

 

    A Brigada Mecanizada, designação adoptada em 2006, tem a sua origem na Divisão Nun'Alvares (terceira divisão de Infantaria), criada em 1953 pelo Exército para responder aos compromissos assumidos por Portugal como membro da OTAN.  

 

    A brigada celebra o seu dia no aniversário da Batalha dos Atoleiros (06 de Abril de 1384), na qual se destacou a acção de D. Nun'Álvares Pereira, padroeiro da BrigMec.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Jorge Pereira

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« Responder #387 em: Abril 10, 2008, 07:27:11 pm »


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LAHAT é um míssil projetado pela IAI subsidiária da MBT para atender os requisitos dos exercito. Utilizando método de busca do alvo semi-ativo, o LAHAT foi projetado para ser disparado de um tanque ou por mira indireta, por outro tanque, helicóptero ou observadores avançados. Para disparar o LAHAT requer uma mínima exposição na posição de tiro, (somente visão de comando) tal que o tanque indicador (não necessariamente o tanque que disparou) tem que manter a linha de visão do alvo durante o vôo do míssil.

Com uma baixa assinatura de disparo (flash e poeira), a posição de disparo é muito difícil de ser detectada, de todas as distâncias. A trajetória do míssel pode ser acertada de aparelhagem no tanque (ataque de topo) ou helicóptero (ataque direto). O tempo de vôo é maior que da munição cinética (14 segundo em um raio de 4.000 metros) mas como a indicação do alvo é somente necessária na fase final do vôo, o tanque pode disparar o LAHAT de uma posição escondida ou usar indicação remota para máxima proteção. Finalmente, o míssil usa uma carga perfilada que pode destruir todos as modernas blindagens, incluindo aqueles com poder reativo. A carga principal tem um alto poder de penetração capaz de perfurar 800 mm, destruindo todos os veículos blindados conhecidos mesmo em altos ângulos de impacto típicos de ataque de trajetória de topo. A introdução do LAHAT em tanques convencionais requer modificações mínimas, substituindo o modulo LRF/laser, e incluindo o programa do LAHAT no computador de controle de fogo.

O míssil LAHAT tem um alcance de 8 km quando lançado de uma plataforma no solo, e mais de 13 km, quando disparado de uma alta elevação. O acerto do míssil no alvo e de uma precisão de 0.7 metros CEP em um ângulo maior que 30 graus, oferecendo uma penetração maior que 800 mm para blindagem a aço devido à ogiva de alta performance. O míssel pesa 13 kg, e um lançador múltiplo pode ser adaptado em plataformas terrestres ou aéreas, pesando 75kg, incluindo 4 mísseis.




 :arrow: http://www.israeli-weapons.com/weapons/ ... LAHAT.html

 :arrow: http://www.defense-update.com/directory/lahat.htm
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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paraquedista

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« Responder #388 em: Abril 18, 2008, 01:29:17 pm »
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Pereira Agostinho lembrou que só em 2007 o Grupo de Artilharia de Campanha 15,5 Autopropulsado "viu chegar os últimos seis obuses para a sua terceira bateria e os carros de combate M60, sucessores dos M48 do início, estão a atingir o fim da sua vida útil".



Esta citacao tirada do artigo das comemoracoes dos 30 anos da BMI, deixa-me a pergunta se recebemos mais 6 M109-A5...e que pensava que o total seriam apenas as 14 unidades adquiridas a uns anos...

Alguem sabe mais alguma coisa sobre isto ?

A confirmar-se passamos a ter 20 M109-A5...18 na BMI e 2 para instrucao
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #389 em: Abril 18, 2008, 06:43:35 pm »
O Exército recebeu mais 4 obuses em 2007. Este dado foi referido no artigo da Fuerzas Militares del Mundo relativo ao equipamento do Exército português (nº 64). Segue o texto original em português:

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No campo da artilharia auto-propulsionada, a Brigada Mecanizada possui uma bateria com seis obuses M109 A2 e outras duas dotadas dos mais modernos M109 A5. O Exército pretende receber obuses M109 A5 suplementares para substituir os M109 A2 existente – em 2007 recebeu quatro adicionais, somando 18 obuses. São peças de artilharia que correspondem aos requisitos do Exército, oferecendo um alcance na ordem dos 24 quilómetros e de 30 quilómetros com munições de propulsão assistida. O Exército irá incorporar o Automatic Fire Control System nos seus M109 A5; o que, conjuntamente com a capacidade dos novos rádios tácticos PRC-525 para transmissão de dados, melhorará a capacidade de resposta da artilharia de campanha. | Pedro Monteiro

Pelo que sei, a ideia era obter mais obuses para permitir uma componente de treino. Actualmente, a BrigMec tem 3 bocas de fogo, com 6 M109 A5 cada. Isto significa que todos os M109 A5 existentes estão em Santa Margarida. Aproveitando o off-topic, uma fotografia de um M109 no Rosa Brava de 2007. A edição deste ano não será, contudo, a última com os M60 pois a BrigMec deverá, ainda, manter um pequeno número de carros de combate operacionais pelo menos até chegarem todos os 37 Leopard 2A6. Existe, entretanto, um debate sobre se se devem manter os M60 em parelelo, conforme vem publicado na última Atoleiros.



Cumprimentos,
Pedro Monteiro