Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real

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teXou

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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #945 em: Setembro 13, 2010, 09:29:47 pm »
Caro papatango, o pior perigo para a soberania nacional chama-se: Tratado de Lisboa.  :G-bigun:
"Obviamente, demito-o".

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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #946 em: Setembro 13, 2010, 09:54:34 pm »
Citação de: "papatango"

A dissolução de um estado noutro, não só é uma ameaça real como é uma realidade.
Poderiamos falar de várias dessas dissoluções, umas com sucesso e outras sem sucesso. Países mais poderosos que Portugal desapareceram, para dar lugar a federações. Portugal não é assim tão forte, tão poderoso, tão invencível, nem os portugueses são assim tão fortes e determinados. Somos um povo como os outros, constituido por gente normal.

Mas creio poder afirmar que esse reconhecido medo ancestral, não é medo, é isso sim, desconfiança.
E essa desconfiança está escorada nos factos históricos, nas invasões, nas violações, e na barbárie que caracterizou as invasões e as violações, em nome de uma falsa Unidade Ibérica, em que uns acreditaram e continuam a acreditar e outros que sempre contra ela se levantaram.
Esse projecto falso era referido e aplaudido nas ruas de Madrid, ainda em 1939.
E 1939 não é exactamente uma data assim tão ancestral.

Não foi o periodo da monarquia Austríaca que mostrou qualquer incompatibilidade entre Castelhanos e Portugueses. Nesse caso, como a Catalunha também se separou em 1640, isso também seria prova de incompatibilidade. Quem conhecer Barcelona e Madrid, se pensar um pouco, vai perceber que os castelhanos são muito mais parecidos com os portugueses que com os catalães.

A incompatibilidade entre Portugal e Castela é demonstrada em dois periodos históricos diferentes.
O primeiro, ocorre com  a crise dinástica portuguesa a que chamamos crise de 1383-1385 e que culmina com a confirmação de que Portugal não aceita um monarca de Castela e que culmina com a batalha de Aljubarrota.
A outra prova de incompatibilidade, é inversa e foi resultado da crise dinástica em Castela quase 100 anos depois, em que a maioria da nobreza castelhana confirma que não aceita um monarca português e afirma isso na batalha de Toro.

As provas da separação, são muito anteriores ao período da monarquia Austríaca, ainda que a historiografia espanhola (extremamente fiável como sabemos) pura e simplesmente ignore a ligação indirecta entre estes  dois factos.
Quando os dois reinos estão em crise e têm que escolher quem os governe, tanto portugueses quanto castelhanos se recusam mutuamente.

O problema actual reside no simples facto de as questões iberistas serem resultados de interpretações filosóficas, históricas e mesmo geográficas muito posteriores quer aos dois episódios de sucessão dinástica, quer mesmo à participação de Portugal na Coroa dos Habsburgos.
Muitos sectores continuaram a apresentar justificações para uniões politicas, no século XIX, no final do século XIX (após a derrota espanhola de 1898) e até mesmo nos anos 60 (vide as afirmações do ministro dos negócios estrangeiros de Franco «Castielha» a Franco Nogueira, que este descreve na suas memórias).

O problema portanto está vivo e bem vivo.
E não adianta tentar tapa-lo com uma peneira.

X 2 :G-bigun:
Chamar aos Portugueses ibéricos é 1 insulto enorme, é o mesmo que nos chamar Espanhóis.

A diferença entre as 2 designações, é que a 1ª é a design. Grega, a 2ª é a design. Romana da península.

Mas tanto 1 como outra são sinónimo do domínio da língua, economia e cultura castelhana.

Viva Portugal
 

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papatango

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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #947 em: Setembro 13, 2010, 10:32:16 pm »
O Tratado de Lisboa é um problema em termos de soberania nacional, mas também o é para outros estados. Nós não somos os únicos prejudicados.
No entanto, o que é preocupante é a relação entre os iberismos e o Tratado de Lisboa, ou o seu hipotético falhanço.

Pode ser preocupante, porque se falha o Tratado de Lisboa e há um problema com a União Europeia, se as ideias iberistas estiverem suficientemente inculcadas nos portugueses, então teremos novamente uniões ibéricas.

O que nos resta sem União Europeia ?

Infelizmente, teremos sempre a pairar sobre nós sombra da Espanha, enquanto essa Espanha existir.
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teXou

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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #948 em: Setembro 13, 2010, 11:25:43 pm »
Então caro papatango para você, os futuros Estados Unidos da Europa põem menos problemas que a atual Espanha para a nossa soberania  ?
Qual peso terá a voz de Portugal nessa Europa ?  :!:  :|
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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #949 em: Setembro 14, 2010, 12:56:40 am »
Citar
Mas creio poder afirmar que esse reconhecido medo ancestral, não é medo, é isso sim, desconfiança.
E essa desconfiança está escorada nos factos históricos, nas invasões, nas violações, e na barbárie que caracterizou as invasões e as violações, em nome de uma falsa Unidade Ibérica, em que uns acreditaram e continuam a acreditar e outros que sempre contra ela se levantaram.
Esse projecto falso era referido e aplaudido nas ruas de Madrid, ainda em 1939.
E 1939 não é exactamente uma data assim tão ancestral.

X 2


Citar
A incompatibilidade entre Portugal e Castela é demonstrada em dois periodos históricos diferentes.
O primeiro, ocorre com a crise dinástica portuguesa a que chamamos crise de 1383-1385 e que culmina com a confirmação de que Portugal não aceita um monarca de Castela e que culmina com a batalha de Aljubarrota.
A outra prova de incompatibilidade, é inversa e foi resultado da crise dinástica em Castela quase 100 anos depois, em que a maioria da nobreza castelhana confirma que não aceita um monarca português e afirma isso na batalha de Toro.

Concordo, mas a ressalva do dominio filipino e consequente Restauração também a considero importante neste contexto.


Citar
O problema portanto está vivo e bem vivo.
E não adianta tentar tapa-lo com uma peneira.

Sem duvida, mas a questao é a abordagem que é feita ao problema. Com uma abordagem de pura responsabilização das classes que nos governam (que têm inegável responsabilidade) estamos a colocar-nos (povo) fora do problema, quando na realidade também temos uma quota-parte bastante elevada. Seja na apatia flagrante com que vemos certas coisas acontecerem, seja no sentido de voto que damos nas eleições, seja no facilitismo com que regemos a nossa vida. Se esperamos que a volta venha de cima, a História prova justamente o contrario. A maior vantagem que qualquer corrente iberista tem é a nossa apatia e desilusão e isso conta mais do que as atitudes de qualquer classe governante.
 

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Vicente de Lisboa

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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #950 em: Setembro 14, 2010, 09:37:05 am »
Citação de: "teXou"
Então caro papatango para você, os futuros Estados Unidos da Europa põem menos problemas que a atual Espanha para a nossa soberania  ?
Qual peso terá a voz de Portugal nessa Europa ?  :roll:
Os Estados Unidos da Europa - coisa que não existe e está mais longe de existir hoje do que estava há 10 anos - não seriam deveras controlados por Portugal, e teríamos mesmo menos peso neles do que uma Alemanha, uma França ou uma Inglaterra. Por outro lado, seriam uma sentença de morte à Grande Castela. Vede o que se passa na Bélgica, e imagine-se isso com 5 ou 6 partes.

Mas isso são contas de outro rosário.
 

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papatango

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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #951 em: Setembro 14, 2010, 03:39:15 pm »
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Então caro papatango para você, os futuros Estados Unidos da Europa põem menos problemas que a atual Espanha para a nossa soberania ?
Qual peso terá a voz de Portugal nessa Europa ?

São situações diferentes.

Os Estados Unidos da Europa ou os projectos federais que eventualmente poderão implicar, têm como objectivo a criação de uma espécie de Super-estado, agregando vários países europeus. A ideia, é que quem conseguir condicionar as decisões desse super estado, terá uma influência a nível mundial capaz de ombrear com os outros super-poderes que inevitavelmente se vão degladiar (economicamente mais que militarmente). Esses super-poderes (não falo de super potências militares) são os Estados Unidos, a China e a India.

Os países pequenos, entenderam há muito, que a sua margem de manobra é muito reduzida. O problema são sempre as empresas e os negócios. Um pequeno país, isolado e sem pertencer a um bloco, tem sérias dificuldades em se desenvolver.
A independência de Portugal dentro de uma federação europeia poderá dissolver-se, mas a nossa história e a nossa identidade nacional não seriam postas em causa.

Mas se o projecto europeu falhar, a situação para as pequenas nações mantém-se: Mercados pequenos e necessidade de acordos com outros para permitir às economias pagar salários, comprar e vender, ou seja sobreviver.

Se a União Europeia falhar, nuama altura em que por causa da União Europeia, a nossa relação com a Espanha é muito mais aberta que o que alguma vez foi, é normal que a Espanha passe a ser vista como o mercado que nós precisamos para sobreviver.
Mas isso foi básicamente o que as elites portuguesas viram nos reinos do Habsburgo em 1580: Uma válvula de escapa para uma economia que não estava a funcionar.

Para nosso azar, não temos mais nenhum país vizinho que possamos utilizar com contrapeso e o único que temos por vizinho, continua a ter complexos sobre a questão das unidades politicas.
Lembro aqui o que disse ontem sobre a tese do Antonio Telo.

A importância de Portugal decai à medida que a Espanha se vai tornando cada vez mais irrelevante.
Os espanhóis, nunca aceitaram essadecadência como normal, e continuam a ver na união politica uma forma de assumir uma posição de maior liderança na Europa.

Para parte da elite espanhola, Portugal faz falta, porque daria à Peninsula Ibérica uma dimensão politica, economica e demográfica idêntica à de países como a Inglaterra a França e a Alemanha.
Mas a França e a Alemanha não têm o tremendo trunfo que constitui a ligação da Espanha aos países da América Latina e de Portugal ao Brasil e a vários países africanos.

A ideia dos espanhóis, é que tal Ibéria assumiria inevitavelmente um papel de liderança na Europa, não só pela dimensão demográfica dos seus quase 60 milhões de habitantes, mas por ter do outro lado do Atlântico parceiros culturalmente equivalentes e mais 500 milhões de pessoas que partilham uma cultura relativamente comum.
Nem a Alemanha, nem a França nem a Italia podem colocar tantas cartas em cima da mesa. Nesse campo só a Grã Bretanha pode competir. A Alemanha apresenta o poder da sua economia, a sua relação crescente com a Rússia e o poder sobre os países da Europa Central.

A França, essa apresenta praticamente nada. Não tem Império que não sejam os países muçulmanos que colonizam a própria França e está cercada por países que potencialmente podem valer mais que ela.
É por isso que Sarkozi se tenta aproximar do mundo latino-americano (vide relações com o Brasil).

Já o problema, na Peninsula Ibérica está mais que estudado. Há um problema continuo que nunca foi resolvido e que se chama Castela.
Leia o «Espanha Invertebrada» e a questão castelhana para entender o que se passa.
O problema castelhano é tal, que depois de 1975 com a morte de Franco, há teses que afirmam que a divisão autonómica de Castela, que foi subdividida em várias comunidades, teve como objectivo ultrapassar o eterno problema da preponderância castelhana na politica espanhola, ao dividir Castela em várias comunidades, para que assim Castela não pudesse de forma tão evidente como sempre o tinha feito anteriormente, impor a sua vontade, resultado da sua superioridade demográfica.

O problema castelhano é que eles querem ser Espanha, querem mandar na Espanha porque afinal eles são a maioria.
Se Portugal fizesse parte dessa realidade, nós seriamos apenas 20% desse país e teriamos direitoa a 20% de tudo. Mas um país só é país quando é 100% de tudo. Eu quero ser cidadão de um país onde os portugueses mandem 100% e não 20%

Quando o alcoolatra da federação portuguesa de futebol, aceita aquela aviltante participação portuguesa na candidatura ao mundial, É a Ibéria no seu explendor, é a Ibéria segundo a visão castelhana moderna.

Portugal representa 20% e tem direito a 20%. A Federação Portuguesa de Futebol, aceitou a Ibéria. O resultado não foi um fifty-fifty como alguns julgariam. Os espanhóis vêm a colaboração ibérica de uma forma muito diferente de nós.
Nós queremos igualdade, eles querem os 80% que representam.

Eu quero um país em que as tradições, a história, os costumes sejam 100% daquilo que sempre foram. Eu não quero um país que seja 20% de uma Ibéria inventada pela cabeça dos castelhanos.

Deste ponto de vista, sim, o federalismo europeu é menos mau que o Iberismo.
Esperemos que o eventual falhanço do primeiro, não acabe por conduzir à vitória do segundo.

Eu não quero ser 20% de coisa nenhuma.
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Cabeça de Martelo

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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #952 em: Setembro 14, 2010, 03:53:56 pm »
Fiquei sem fôlego...brutal! :G-beer2:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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João Vaz

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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #953 em: Setembro 14, 2010, 06:09:01 pm »
64 páginas e...nada de invasão  c34x

Já não nos bastava a burrice quimérica de Alcácer-Quibir, ainda encaixámos uma ocupação de 60 anos. Não admira que desde então, nunca mais nos tenhamos parado de lamuriar. Lá ficou o fado, o Quinto Império e o tal estresse pós-traumático.

Mas uma coisa parece-me garantida, pelo que leio aqui: algures na página 65 os espanhóis vão estar entre nós  :mrgreen:

P.S. Para quem ainda duvida dos factos, aconselho leiam as cartas do Duque de Alba, comandante supremo das forças militares espanholas em Portugal entre 1580 e 1582, publicadas na Coleccion de Documentos Inéditos para la Historia de España e constatem pessoalmente o que, desde o início, os líderes militares da principal potência europeia do Renascimento pensaram realmente acerca da anexação e (des-)governo de Portugal. Quase me pareceu vislumbrar as observações do Eça de Queirós na sua Campanha Alegre...
« Última modificação: Setembro 14, 2010, 06:11:23 pm por João Vaz »
"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
Pero de Magalhães de Gândavo, História da Província Santa Cruz, 1576
 

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Vicente de Lisboa

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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #954 em: Setembro 14, 2010, 06:10:40 pm »
Grão a grão...:twisted:



Mas sinceramente discordo do caro papatango.
Não vejo um hipotético colapso Europeu como benéfico à Grã Castela.

É que se a União cair, caiu pelos nacionalismos. E se os nacionalismos voltam a estar em berra, os Catalães e Bascos vão querer ainda mais do que já têm. Alias, já querem, mas estão a ir com calma. Sem UE, Madrid deixa de ser uma voz a pedir fundos em Bruxelas para ser só o cobrador de impostos. Isto também radicaliza as "nacionalidades". Sem Shengen, exportar para o resto da Europa fica mais difícil. Isto também causa incómodos.

Claro que Castela pode sempre forçar a sua vontade, pelo dinheiro, pela força, pela diplomacia - ou pode simplesmente acontecer que efectivamente haja mais gente que se sente Espanhola do que Catalã etc etc. Mas o fim da Europa em si não lhe é favorável.

Ou seja, e fazendo zoom para trás - Espanha está num aperto. Dentro da Europa as fronteiras esbatem-se e as regiões vão lentamente ganhando mais força. O Principio da subsidiaridade e a liberdade de comércio/movimento diminuem cada vez mais os laços a Madrid. Se a Europa acaba, tem de escolher entre forçar um retrocesso nas autonomias (arranjando sabe-se lá que sarilhos)ou abrir ainda mais a mão (perdendo sabe-se lá que poderes).
 

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papatango

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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #955 em: Setembro 14, 2010, 06:40:36 pm »
Citação de: "Vicente de Lisboa"
É que se a União cair, caiu pelos nacionalismos. E se os nacionalismos voltam a estar em berra, os Catalães e Bascos vão querer ainda mais do que já têm. Alias, já querem, mas estão a ir com calma. Sem UE, Madrid deixa de ser uma voz a pedir fundos em Bruxelas para ser só o cobrador de impostos. Isto também radicaliza as "nacionalidades". Sem Shengen, exportar para o resto da Europa fica mais difícil. Isto também causa incómodos.
Vamos tentar abstrair-nos da questão Espanha/Castela.
Os presentes problemas da União Europeia, não são - pelo menos por enquanto - problemas entre Nações. Ou seja, não há na União Europeia problemas com nacionalismos, exactamente porque desde a sua criação a antiga CEE e actual UE é uma União de Estados e não uma união de Nações.

Se a União não funcionar (e estamos apenas a falar de hipóteses) o problema afecta os pequenos países mais que os grandes países.
Com maiores mercados internos, e empresas com muito maior capacidade exportadora, os paíse de maior dimensão acabarão por tomar a liderança nas suas respectivas regiões.

Porque é que você acha que apareceram tantas nações pequenas nas últimas décadas ?
Essas nações apareceram porque a União Europeia era um negócio muito melhor que a União dentro de uma qualquer realidade federal ou confederal.

Um país como a Eslovénia, por exemplo.
Fazia parte da antiga Jugoslávia e dentro desse país gozava de alguma autonomia como estado federado e os eslovenos tinham acesso a um mercado jugoslavo de mais de 20 milhões.
Se não houver U.E. a Eslovénia é demasiado pequena, para não ter que estabelecer algum tipo de associação, seja com a Áustria, seja com a Croacia seja com a Itália.
Se a União Europeia ruir, você vai ver um re-arranjo dos equilibrios nacionais entre os Estados e os pequenos Estados-Nação que existem.

O problema no nosso caso, é que nós não temos hipótese de escolha como os eslovenos, os eslovacos, os checos, os dinamarqueses ou os belgas (ou ainda os valões ou os flamengos). Nós temos apenas um único vizinho e estamos isolados.

Estamos mais isolados ainda, quanto maior for a nossa ligação à Espanha. Nos anos de 1930 a Espanha representava 4% das nossas exportações. Nós eramos uma ilha, conforme fomos ao longo da nossa história.
A União Europeia acabou por nos ligar à Espanha mais que alguma vez estivemos.
Se a U.E. desaparecer, a nossa ligação mais forte será com a Espanha, o país, que mais problemas e complexos tem com a nossa existencia.

Para piorar as coisas, em caso de colapso da União Europeia, não podemos de deixar de considerar que um dos movimentos mais lógicos, será o de união entre países mais próximos, no sentido de evitar que tudo o que a União Europeia representou se perdesse.

Se a União Europeia desaparece, vários países vão tentar recuperar e reconstruir zonas de interesse que hoje estão completamente interligadas.
Os movimentos nacionalistas, perante o fim da União Europeia  (que seria um movimento de fragmentação), perderiam adeptos porque seriam uma fragmentação dentro da fragmentação e qualquer cidadão europeu percebe que um micro-estado sem, a protecção da UE não tem futuro.

Na actual situação é a UE que dá força aos movimentos independentistas nos vários países membros, porque a própria UE pode garantir a sua subsistência. Mas como disse acima a UE não é uma Europa de Nações é sim uma Europa de Estados. Se aumenta o número de Estados, resultado do reconhecimento do direito das Nações (Catalunha, Escócia, País Basco, Córsega, Flandres, Valónia e até a Baviera) então a UE fica ainda mais complicada de gerir.

Por absurdo, era quase como se voltasse o período da Idade Média, com uma multiplicidade de Feudos, todos parte da União Europeia e cada um a ver se contribuía o menos possível.

Logo: A um hipotético fim da UE, vão sobreviver grupos semi-fracturados do restar dessa UE.
- Restará o BENELUX, que aliás esteve na génese.
- Poderá haver alguma ligação entre Grã Bretanha e Irlanda.
- Os estados escandinavos, voltar-se-ão uns para os outros.
- Alguns dos balcânicos e da Europa Central poderiam associar-se (com base religiosa, exemplo da Croácia, Eslovénia, Áustria e Hungria).
- Outros ainda, ficariam isolados geograficamente (Polónia) e poderiam associar-se por necessidade a países vizinhos: A Polónia com os estados bálticos, embora estes últimos prefiram associar-se aos escandinavos.

Na nossa situação geográfica, perante tal colapso do sistema europeu o que é que acha que nos vai caber na rifa  ?
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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #956 em: Setembro 14, 2010, 07:43:56 pm »
O tratado de Lisboa é basicamente a constituição europeia chumbada em 2005 pelos belgas e holandeses, só que lhe mudaram o nome para tratado, mas basicamente é o esboço de um estado federal á imagem dos EUA, não fossem eles quem em parte estão por detrás de tudo, isto o senhor barroso está onde está porque o senhor Kissinger disse o seguinte na altura da cimeira das Lajes que: “Ele (Durão) pode ser o pior primeiro ministro da história de Portugal, mas será o nosso homem na Europa.”

Por isso o que esta em marcha é a constituição de um estado federal à imagem dos EUA, o que o Texou chama e bem de Estados Unidos da Europa.

Não há que ter dúvidas, e a questão é que Castela e os socialistas  iberistas traidores querem sob o argumento da “construção europeia”, este termo dá-me náuseas, levar á absorção de Portugal por Espanha.

Vejam o que diz o  Luis Amado, em Setembro do ano passado, diz isso mesmo:

Portugal só pode ser um país plenamente inserido na Europa quando a Espanha o for, a Ibéria for, a Península Ibérica for um espaço de integração económica e política”.:snipersmile:

Ao minuto 8:50 saísse com outra, ele a dizer que Sócrates lhe disse, que quando era pequeno ia várias vezes com o pais a Salamanca,  nunca se sentiu estrangeiro, que Sócrates só se sentiu estrangeiro pela primeira vez quando foi a França, em Salamanca sentia-se em casa, pois, aos poucos ele vai-se confessando, o traidor.

Durante a entrevista não faz mais nada que insultar os Portugueses com conversa do ibérico para aqui, e ibérico para ali, mas depois ao minuto 9:35 este tipo chega ao cúmulo de dizer o seguinte:

“ Hoje os ibéricos estão na moda, Durão barros, é ibérico, português, António Guterres é um ibérico, Filipe gonzalez é um ibérico, espanhol, javier Solana é um ibérico”

Mas que palhaça da é esta? Chamar-nos ibéricos é o mesmo que nos chamara espanhóis, é um insulto, e vejam como isto é concertado.

Depois continua e diz que temos que nos unir e fazer coisas boas como o campeonato de futebol, que palhaçada, é de vómitos esta entrevista.

O futebol e este mundial de futebol, é feito apenas com o objectivo de castelhanziar os portugueses, de modo a que estes se considerem ibéricos no dia e que isso acontecer estão castelhanziados.

Pior estas mentes, preparam-se na minha opinião para depois do mundial acabaram com o nosso campeonato de futebol, e criar também um campeonato de futebol a que chamariam de ibérico, e não é fantasia.

O Sporting já nada ser sondado para isto, em primeiro lugar o Bettencourt está ligado ao Santander Totta, o que só por si é perigoso, se bem que nunca lhe ouvi nada que me levasse a crer que está alinhado, mas pior do que isso tem lá um boy muito perigoso de nome Salema Garção, que trabalhou em madrid e que já se mostrou favorável á criação de uma liga ibérica numa noticia que eu vi no Dn, na altura fiquei chocado em ouvir isto de um dirigente do Sporting, vejam aqui:

http://bussola.blogs.sapo.pt/119972.htm ... omentarios


Dizia ele que não alinhava na do papão espanhol, tínhamos que apostar na ibericidade e olhava com muita simpatia para a liga ibérica, diz o traidor, liga ibérica que lhe foi proposta, imagine lá por quem?

Rui Pedro Soares, nem mais nem menos que o boy do Sócrates na PT, o tal da Face Oculta e do negócio com o Figo que foi chamado á comissão parlamentar de inquérito, diga lá, isto começa a fazer sentido?

Mais, o Benfica também já esta ficar minado, tem lá já um peão da maçonaria iberista dentro, de nome Luís Nazaré, um dos economistas que defendiam acerrimamente o TGV, ate encabeçou o manifesto pró-TGV, e pior do que isso, eu ouvi em Maio deste ano este senhor dizer no expresso da meia noite da sic noticias, que o TGV serve para nos ligar ao centro da ibéria!

Vejam bem a afirmação que este tipo faz, assim de caras na televisão, com a maior das descontracções, este pais esta cheio de traidores.

E cuidado com a federação, o Figo não é de confiança, mora em Madrid e tem inúmeras ligações a Castela, pior do que este é o Futre que também já foi falado, que disse numa entrevista á RTP que se sentia ibérico, e não Português.

Dentro desta lógica encontra-se também a proposta de por o aragones aos comandos da selecção nacional, um castelhano.

Mas sobre esta temática vou colocar um post no tópico do mundial que analisa isto, bem como outros assuntos.

Voltando ao tema, este senhor Navaro voltou ao sociedade das nações, e desta vez foi bem entalado pelo Nuno Rogeiro como patriota que é, que não esteve com papas na língua e lhe perguntou se o facto da ETA existir não se de apenas ao facto da espanha nunca autorizar um referendo para a independência do Pais Basco.

Vejam aqui o vídeo a partir do minuto 5:45

http://sic.sapo.pt/programasinformacao/ ... s&videoId={48392578-A861-4D5F-893C-F319386457B9}

A resposta do senhor chocou-me ainda mais, em primeiro lugar porque este senhor diz que a percentagem de nacionalistas Bascos é igual ou quase igual à de não nacionalistas, o que é falso, visto que a larguíssima maioria dos Bascos é a favor da independência do Pais Basco como prova uma sondagem feita pela euronews em Junho de 2009 http://pt.euronews.net/2009/06/25/novo- ... ontra-eta/

Os que ele considera não nacionalistas e não independentistas não são bascos são sim espanhóis/castelhanos que se mudaram para o Pais Basco de malas e bagagens ou deles rescendidos, e que são digamos que colonos castelhanos.

Em segundo lugar, e como que a fugir à questão colocada por si usa a táctica recorrente por parte dos espanhóis para acalmar ímpetos independentistas dos Bascos, Galegos e Catalães que é promover e tentar passar a mensagem que os Portugueses querem fazer parte da espanha, e que estão convertidos ao iberismo, o que é redondamente falso, o que há cá são meia dúzia de cipaios comprados pelos interesses castelhanos, e isso foi dito muito claramente por este senhor embaixador quando afirmou que, e estou a citar:

“Na Europa na qual estamos a viver felizmente Portugueses e espanhóis eu me pergunto o que é a independência, hoje compartilhamos a mesma moeda, Portugal e Espanha, nós estamos unidos, compartilhamos o direito, estamos a falar de cooperação judicial, policial, estamos a fazer operações militares conjuntas, os nossos militares estão juntos, no Líbano, nos diferentes teatros internacionais”

Um escândalo.

Finalmente remata dizendo que a União Europeia nunca vai aceitar que uma parte de um estado membro se torne independente de outro no seu interior, mas segundo a retórica iberista deste senhor aceitaria a extinção de Portugal como estado independente passando essa soberania para Madrid sendo nós Portugueses empacotados numa federação com sede em Madrid, onde passaríamos a ser considerados seres inferiores, “Untermenschen” como diziam os nazis alemães, que é o que Sócrates e Zapatero andam a  fazer nas costas dos Portugueses sob a desculpa da integração europeia.

Ou seja, não vale a pena tentar tapar o sol com a peneira, como muitos europeístas disfarçados de patriotas mas que na verdade são uns traidores iberistas tentam fazer crer, o problema existe.

A Espanha está-se a tentar aproveitar do dito processo de integração europeia para engolir Portugal, e os que dizem que o problema não existe muitos deles estão alinhados e dizem-no de modo a que o processo de castelhanização/iberização do pais se faça sem que o povo literalmente se aperceba, o objectivo é fazer isto pela socapa sem que a população se aperceba, ou pelo menos, de modo a que essa constatação se de o mais tarde possível, enquanto isso não acontece eles vão construindo a ibéria, calmamente e sem ninguém a denunciá-los.

E digo mais, Castela está numa corrida contra o tempo, a única solução para manter aquilo junto é meter os Portugueses neste saco de gatos que chamam espanha, para assim tantar tirar o argumento da independência aos catalães e bascos pelo menos.

Para isso Castela, tal como no passado subornou as elites portuguesas, dantes comprava fidalgos, agora comprou o Ps na totalidade, e já vai com parte do psd, o Meneses já esta também alinhado com Castela e aprova disso é a afirmação em que vem defender o ensino do castelhano em Portugal, que vai de acordo às afirmações do embaixador castelhano como podem confirmar.

Depois essa ideia de que com o federalismo europeu, a espanha se partiria  não é de todo viável, na minha opinião Castela sairia antes disso acontecer.

E o próprio embaixador castelhano diz que a EU nunca admitiria que uma parte de um estado membro de separa-se e se torna-se independente de um actual estado membro, ou seja, diz que a Eu nunca admitiria que a Catalunha se separasse de espanha, e nisso Castela contaria com o apoio Francês, devido à questão occitana, no máximo o que aconteceria seria o fim da EU.

Agora essa de que a EU vai dividir a espanha, para mim isso é retórica iberista de modo a desviar atenções, o que esta ser planeado por castelhanos e franceses, pelo menos estes, é que Portugal seja engolido por Castela e não a divisão da espanha.

Isto é tudo um grande puzzle, é só juntar as peças.

Neste processo Castela conta como sempre com o apoio da França contra Portugal, a França sempre conspirou contra Portugal e é um grande aliado da Espanha na questão dos separatismos espanhóis.

Em primeiro lugar logo pela questão basca que também mete a França ao barulho, se bem que os bascos defendem a independência apenas do pais basco espanhol, mas paris teme o efeito contagio.

Depois devido á Catalunha, é que os occitanos acordaram, e bastou ver a volta a frança para a ver a diferença nas bandeiras, na zona de paris era só bandeiras de espanha, cá para baixo, junto ao mediterrâneo e aos Pirenéus, em vez de bandeiras da França viam-se era bandeiras da occitania.

A França não é nem de longe nem de perto um estado nação, e para alem do mais, a capital paris é muito assimétrica em relação ao território, o que agrava ainda mais a questão.

Por isso é que para mim a aliança inglesa se reveste de grande importância, e é por esta razão que o tenho defendido aqui afincadamente, porque neste cenário os ingleses alinhariam connosco, em contraposição á aliança Franco-espanhola, Isto porque a Inglaterra nunca quis que a espanha ganhasse o poder do atlântico, porque isso diminuiria o seu, por isso a Inglaterra será sempre nossa aliada, somos como uma espécie de gémeos siameses, se um se afogar o outro com certeza acontece-lhe o mesmo.

Basicamente os ingleses estiveram sempre ao nosso lado, e estamos condenados a entender-nos.

Depois podem dizer que esta aliança anda meia adormecida, anda sem dúvida meia adormecida, porque os iberistas que desgovernam Portugal estão alinhados com Castela e fazem tudo para acabar com ela, por eles era enterrada já hoje.

Mas com certeza que os ingleses não andam a dormir, e tratarão de nos dar a mão novamente.

Eu ate gostava que a Inglaterra se farta-se desta UE, e manda-se os franceses e alemães às couves.

 Podem ter a certeza que não demoraria muito tempo para que nós lhes seguíssemos as pisadas, eles vinham-nos buscar.

Por mim a EU acabava já hoje.

E papatango respondendo á sua pergunta, num cenário de desmoronamento  da UE o que nos vai cair na rifa será obviamente o aprofundar das relações com o brasil, com os palop, cultivando ao mesmo tempo a aliança inglesa, e mantendo boas relações com os states tal como até hoje.

Deixe-se de ideias, não precisamos desses castelhanos para nada eles apenas nos querem aculturar e castelhanizar à maneira deles e tomar conta do nosso mar.:G-bigun:
Chamar aos Portugueses ibéricos é 1 insulto enorme, é o mesmo que nos chamar Espanhóis.

A diferença entre as 2 designações, é que a 1ª é a design. Grega, a 2ª é a design. Romana da península.

Mas tanto 1 como outra são sinónimo do domínio da língua, economia e cultura castelhana.

Viva Portugal
 

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Onurb

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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #957 em: Setembro 14, 2010, 11:35:47 pm »
Numa possível dissolução da UE só vejo um caminho para Portugal o de sempre o MAR, o outro caminho já aqui falado seria o caminho do "Mundial Futebol" 80% para Espanha 20% para Portugal.

Não sei qual o futuro da UE e se o futuro for a dissolução temos de estar prevenidos com o um plano B que não esteja dependente da Espanha.

-A nível económico/tecnológico devemos desenvolver o quanto antes a muito falada economia do MAR e as potencialidades da nossa enorme ZEE (Transportes, Construção Naval , Exploração de recursos etc...) .
-A nível politico e comercial desenvolver a CPLP e principalmente desenvolver mais as relações com o Brasil.

Devemos trabalhar/desenvolver já componente Atlântica e explorar ao máximo a nossa presença na UE.

Acredito num futuro promissor para Portugal, o futuro de Portugal está nas mãos dos Portugueses e acredito que a nossa aventura na história ainda tem muitos capítulos para se escrever.

E por muitos Iberistas que existam eu farei a minha parte transmitindo aos meus filhos o orgulho de ser Português e que vale sempre a pena acreditar e defender a nossa terra.
"Vossa Exelencia deseja sair por aquela porta ou por essa janela?..."

Lisboa 1 Dezembro 1640
Os Conjurados á Duquesa de Mântua

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papatango

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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #958 em: Setembro 14, 2010, 11:36:24 pm »
Citar
Não há que ter dúvidas, e a questão é que Castela e os socialistas iberistas traidores querem sob o argumento da “construção europeia”, este termo dá-me náuseas, levar á absorção de Portugal por Espanha.
Pois pelo que expliquei anteriormente acredito exactamente no contrário.

Tal absorção só ocorrerá, ou só terá possibilidades de ocorrer, se não houver União Europeia. A UE é neste momento a nossa tábua de salvação. Basicamente estamos entre a espada e a parede.

Mas há quase 900 anos que andamos por cá. É tanto tempo que a espada e a parede já quase que são da família ...  :mrgreen:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
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Re: Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real
« Responder #959 em: Setembro 15, 2010, 12:07:08 am »
Citação de: "Onurb"
Numa possível dissolução da UE só vejo um caminho para Portugal o de sempre o MAR, o outro caminho já aqui falado seria o caminho do "Mundial Futebol" 80% para Espanha 20% para Portugal.

Não sei qual o futuro da UE e se o futuro for a dissolução temos de estar prevenidos com o um plano B que não esteja dependente da Espanha.

-A nível económico/tecnológico devemos desenvolver o quanto antes a muito falada economia do MAR e as potencialidades da nossa enorme ZEE (Transportes, Construção Naval , Exploração de recursos etc...) .
-A nível politico e comercial desenvolver a CPLP e principalmente desenvolver mais as relações com o Brasil.

Devemos trabalhar/desenvolver já componente Atlântica e explorar ao máximo a nossa presença na UE.

Acredito num futuro promissor para Portugal, o futuro de Portugal está nas mãos dos Portugueses e acredito que a nossa aventura na história ainda tem muitos capítulos para se escrever.

E por muitos Iberistas que existam eu farei a minha parte transmitindo aos meus filhos o orgulho de ser Português e que vale sempre a pena acreditar e defender a nossa terra.

x 2 :G-beer2:

Finalmente alguem me dá razão na questão BRASIL:

"A nível politico e comercial desenvolver a CPLP e principalmente desenvolver mais as relações com o Brasil."

Temos que fazer de Portugal uma porta de entrada do Brasil na europa, de modo a marcar território em relação a castela através do Brasil, mostrando-lhes que so se estarem ameter com Portugal estão a por em causa os interresses do Brasil.

Cumprimentos.
Chamar aos Portugueses ibéricos é 1 insulto enorme, é o mesmo que nos chamar Espanhóis.

A diferença entre as 2 designações, é que a 1ª é a design. Grega, a 2ª é a design. Romana da península.

Mas tanto 1 como outra são sinónimo do domínio da língua, economia e cultura castelhana.

Viva Portugal