Aviação Comercial

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Lusitano89

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Re: Aviação Comercial
« Responder #270 em: Maio 04, 2020, 11:30:04 am »
Air France vai receber 7 mil milhões de euros


 

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Daniel

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Re: Aviação Comercial
« Responder #271 em: Maio 05, 2020, 03:10:16 pm »
KLM inicia retoma gradual das operações na Europa com máscaras obrigatórias
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/klm-inicia-retoma-gradual-das-operacoes-na-europa-com-mascaras-obrigatorias-584563

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A companhia aérea holandesa KLM iniciou esta semana a retoma “gradual e cuidadosa” das suas operações na rede europeia, tornado obrigatório o uso de máscara aos passageiros.

“A KLM Royal Dutch Airlines iniciou esta segunda-feira, 4 de maio, o restabelecimento gradual da sua rede europeia. A companhia aérea retomou o serviço diário para oito destinos adicionais, suspensos em conformidade com as restrições de viagem relacionadas com a Covid-19. A partir de 11 de maio, o uso de máscaras faciais passa a ser obrigatório em todos os voos da rede da KLM”, assegura um comunicado da transportadora aérea.


De acordo c om os responsáveis da KLM, “a fortemente reduzida rede europeia está configurada para conectar-se com o maior número possível de voos na rede intercontinental”.

“As rotas serão reabertas gradualmente, mas poderão ser alteradas semanalmente, dependendo das medidas adotadas pelas autoridades nos destinos”, alerta o mesmo comunicado.

Segundo o documento em questão, “o objetivo da KLM para maio é a retoma de 15% dos seus voos, face ao período anterior ao surto de Covid-19”.

“Atualmente, um número considerável de voos intercontinentais está a ser operado apenas com carga”, acrescenta a companhia aérea holandesa.

No início desta semana, a KLM retomou o serviço – um voo diário, sete dias por semana – para os seguintes destinos: Barcelona, Madrid, Roma, Milão, Budapeste, Praga, Varsóvia e Helsínquia. Estes voos são operados em aviões Embraer.

KLM mantém desde 28 de março um voo diário entre Lisboa e Amesterdão
“Em Portugal, sublinha-se ainda que tem estado a ser operado, desde 28 de março, um voo diário entre Lisboa e Amesterdão-Schiphol, em Boeing B737 (138 lugares), serviço que se mantém igualmente diário ao longo do mês de maio. Em simultâneo, a Air France, a companhia francesa do Grupo Air France-KLM, mantém também em operação três voos semanais entre Lisboa e Paris-Charles de Gaulle, em avião da família Airbus A320”, destaca o comuicado.

A retoma das operações da KLM irá fazer-se com a exigência de obrigatoriedade de utilização de máscaras por parte dos respetivos passageiros a partir de 11 de maio, ate 31 de agosto, pelo menos.

“Desde o início do surto do Covid-19, a KLM introduziu muitas medidas em torno da triagem e da higiene para proteger os clientes e as equipas da KLM, a bordo e nos aeroportos. A política da KLM assenta em diretivas nacionais (RIVM) e internacionais (OMS, IATA) e está em conformidade com as leis e os regulamentos internacionais. Nas situações em que o distanciamento social não pode ser garantido, o uso de máscaras vai ser recomendado ou tornado obrigatório. Alguns destinos exigem já que as máscaras sejam usadas a bordo dos voos”, explicam os responsáveis da transportadora aérea, acrescentando que, “a partir de 11 de maio, e em simultâneo com o restabelecimento da rede da KLM, as máscaras serão obrigatórias a bordo e durante o embarque”.

“Os passageiros são responsáveis por providenciar as suas próprias máscaras”, avisa a KLM, realçando que, “tendo em conta a contínua evolução dos regulamentos e legislação, as máscaras faciais permanecerão, até novo aviso, obrigatórias até 31 de agosto de 2020”.
 

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Lusitano89

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Re: Aviação Comercial
« Responder #272 em: Maio 05, 2020, 04:22:32 pm »
Ryanar contesta ajudas estatais às companhias aéreas de bandeira


 

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miguelbud

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Re: Aviação Comercial
« Responder #273 em: Maio 05, 2020, 08:47:05 pm »
 

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Daniel

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Re: Aviação Comercial
« Responder #274 em: Maio 11, 2020, 03:24:43 pm »
Companhia aérea Avianca pede insolvência devido à pandemia de Covid-19
https://executivedigest.sapo.pt/companhia-aerea-avianca-pede-insolvencia-devido-a-pandemia-de-covid-19/
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A crise decorrente da pandemia de Covid-19 levou a segunda companhia aérea mais antiga do mundo a declarar falência. De acordo com a “CNN”, a companhia aérea colombiana Avianca já avançou com pedido de insolvência nos tribunais norte-americanos, com o objectivo de conseguir um adiamento do prazo de pagamento a vários credores e, assim, tempo para reorganizar as dívidas ou vender parcelas da empresa.

A Covid-19 terá provocado restrições totais ou parciais em 88% dos países onde operava. Contudo, a crise na transportadora já era pública desde o ano passado.


«A Avianca está a enfrentar a crise mais desafiante dos seus cem anos de história, enquanto navegamos pelos efeitos da pandemia de Covid-19», explica o CEO Anko van der Werff em comunicado citado pela “CNN”. «Acreditamos que uma reorganização ao abrigo do Capítulo 11 é o melhor caminho a seguir para proteger os serviços essenciais de transporte aéreo e que fornecemos na Colômbia e noutros mercados da América Latina», acrescentou Werff.

A Avianca, fundada em Dezembro de 1919, é a segunda companhia aérea do mundo, emprega cerca de 21 mil pessoas na América Latina, 14 mil dos quais na Colômbia. A maioria está em lay-off. Tem uma frota constituída por mais de 140 aeronaves, em terra desde Março, quando o presidente colombiano Ivan Duque fechou o espaço aéreo do país.

A empresa já tinha pedido insolvência no início dos anos 2000. Na altura, foi resgatada pelo magnata boliviano German Efromocivh, dono da petrolífera Synergy Group, que avançou com uma proposta para concorrer à privatização da TAP Air Portugal em 2012.

Globalmente, a pandemia do novo coronavírus já provocou mais de 280 mil óbitos e infectou mais de quatro milhões em 195 países e territórios, revela um balanço da agência de notícias “France-Press”, a partir de dados oficiais.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.
 

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Daniel

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Re: Aviação Comercial
« Responder #275 em: Maio 12, 2020, 11:08:31 am »
Crise deverá durar até 2024. Qatar Airways reduz a sua frota em 25%
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/crise-devera-durar-ate-2024-qatar-airways-reduz-a-sua-frota-em-25-587331

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A Qatar Airways vai reduzir a sua frota em 25% face ao ano anterior. O principal acionista do International Group Airlines (IAG) acredita que a pandemia do coronavírus provocou uma crise no setor aéreo que irá durar até 2024, segundo escreve o jornal “El Economista” esta terça-feira, 11 de maio.

“A procura global por viagens levará anos para recuperar da pandemia do coronavírus e muitas viagens de negócios nunca mais voltarão a realizar-se”, referiu Akbar al-Baker, chefe-executivo da Qatar Airways em declarações à agência “Reuters”.

A companhia aérea do Catar possui uma rede de 202 aviões e antes da pandemia do coronavírus fazia ligações para 156 países. O regressos aos céus está programado para o mês de junho com viagens para 80 destinos. Face a esta quebra, a companhia aérea do Catar vai manter algumas aeronaves em terra e os ajustes poderão passar também por despedimentos de trabalhadores.

A Qatar Airways espera vender entre 50 e 60% das suas viagens nas próximas semanas. A companhia aérea estatal é uma das poucas que manteve alguns vôos regulares de passageiros durante a pandemia. “Ainda há muitas pessoas presas fora das suas casas pelo mundo inteiro e pessoas que querem visitar os seus entes queridos”, afirmou Akbar al-Baker.
 

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Lusitan

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Re: Aviação Comercial
« Responder #276 em: Maio 12, 2020, 01:06:57 pm »
https://edition.cnn.com/travel/article/doctor-united-full-flight-social-distancing-trnd/index.html

United Airlines said it would try to keep middle seats empty. This photo shows a nearly full flight


Quando deixam as empresas em roda livre.
 

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Daniel

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Re: Aviação Comercial
« Responder #277 em: Maio 15, 2020, 02:59:28 pm »
Covid-19. Ryanair despede mais de 250 trabalhadores e até ao final do mês fará mais despedimentos
https://executivedigest.sapo.pt/covid-19-ryanair-despede-mais-de-250-trabalhadores-e-ate-ao-final-do-mes-fara-mais-despedimentos/

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A companhia aérea Ryanair despediu mais de 250 trabalhadores de apoio nos aeroportos de Madrid, Londres-Stansted, Dublin e Wroclaw (Polónia), informou, esta sexta-feira, num comunicado, a transportadora, que assegura que fará “novos anúncios” antes do final do mês.

O diretor de pessoal da Ryanair, Darrel Hughes, afirmou que “são momentos muito dolorosos” para a companhia, que se prepara para enfrentar mais ajustamentos devido ao colapso do tráfego de passageiros provocado pela pandemia de covid-19.

“Ainda que estimemos abrir os nossos escritórios a partir de 1 de junho, não precisamos do mesmo número de pessoas nas equipas de apoio durante um ano em que transportaremos menos de cem milhões de passageiros, contra 155 milhões previstos previamente”, explicou.
Hughes adiantou que a companhia aérea continuará em contacto com os sindicatos para analisar o seu plano de reestruturação e adiantou que a direção efetuará “novos anúncios” antes do final do mês.

O CEO (Chief Executive Officer) do grupo Ryanair, Michael O’Leary, já anunciou em abril que a transportadora poderia eliminar até 3.000 postos de trabalho, na maioria pilotos e pessoal de cabine, durante os próximos dois anos devido à queda da procura.

O’Leary confirmou que “mais de 99%” da frota permanecerá em terra até “pelo menos” julho e calculou que o tráfego de passageiros não voltará aos níveis de 2019 “até ao verão de 2022”

O grupo Ryanair operou e vai operar menos de 1% da sua programação normal de voos durante os meses de abril, maio e junho, e esta semana anunciou que apenas retomará 40% dos seus voos regulares a partir do mês de julho.

A Ryanair espera agora transportar menos de 100 milhões de passageiros, menos 35% do objetivo anterior, de transportar mais de 155 milhões de passageiros durante o ano fiscal da companhia que termina em março de 2021.

No comunicado, hoje divulgado, a Ryanair sublinha que enfrenta também uma “intensa concorrência de tarifas em toda a Europa, uma vez que é obrigada a competir com as companhias aéreas de bandeira que receberam mais de 30 mil milhões de euros de subsídios estatais ilegais por parte dos seus Governos, permitindo-lhes operar com tarifas baixas durante muitos anos, beneficiando-se de auxílios estatais ilegais”.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 302 mil mortos e infetou quase 4,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
 

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Lusitano89

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Re: Aviação Comercial
« Responder #278 em: Maio 26, 2020, 10:30:32 am »
Governo alemão resgata Lufthansa


 

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Re: Aviação Comercial
« Responder #279 em: Maio 26, 2020, 12:35:35 pm »
Governo alemão resgata Lufthansa



Mesmo com 9 mil milhões em ajudas, a Lufthansa planeia eliminar 10 mil Postos de trabalho boa. ::)
 

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Re: Aviação Comercial
« Responder #280 em: Maio 26, 2020, 01:47:55 pm »
Governo alemão resgata Lufthansa



Mesmo com 9 mil milhões em ajudas, a Lufthansa planeia eliminar 10 mil Postos de trabalho boa. ::)

Com mais de 130mil postos de trabalho e um grupo que inclui várias transportadoras aéreas, não me parece que uma redução de 10mil postos de trabalho seja assim tão mau. Obviamente que é muita gente, mas colocando em perspectiva o que aconteceria sem a injecção do Estado, parece um mal menor.
 

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Daniel

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Re: Aviação Comercial
« Responder #281 em: Maio 27, 2020, 08:23:04 pm »
Covid-19: Lufthansa adia decisão sobre plano de resgate negociado com Governo alemão
https://executivedigest.sapo.pt/covid-19-lufthansa-adia-decisao-sobre-plano-de-resgate-negociado-com-governo-alemao/

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O grupo aéreo alemão Lufthansa adiou hoje a aprovação do plano de resgate negociado com o Governo alemão devido às condições estabelecidas pela Comissão Europeia (CE).

A Lufthansa informou que o conselho de supervisão discutiu hoje a aprovação do plano apresentado na segunda-feira para atenuar as consequências da pandemia de covid-19 e tomou nota das condições da CE, tendo considerado que vão debilitar a função dos aeroportos da Lufthansa em Frankfurt e Munique como pontos de conexão aérea internacional.

A Lufthansa considera que deve estudar aprofundadamente os efeitos económicos que as condições da CE terão na empresa “e possíveis cenários alternativos”.

Por isso, o conselho de supervisão não pode aprovar o plano de resgate nem convocou uma assembleia-geral extraordinária de acionistas.

Todavia, considera que as ajudas estatais são a única alternativa para garantir a sua solvência.

Numa conferência de imprensa, a chanceler alemã, Angela Merkel, explicou que estão “em curso” negociações com Bruxelas.

Na segunda-feira, a Lufthansa e o Governo alemão indicaram que chegaram a acordo sobre um plano de ajuda de 9 mil milhões de euros, com o Estado a tornar-se o primeiro acionista do grupo com 20% do capital.

O Estado, que regressa ao capital da companhia aérea após 20 anos de ausência, aprovou o plano através de um fundo de estabilidade económica do Governo federal (WSF), criado para atenuar as consequências da pandemia de covid-19.

O acordo surge após longas negociações sobre a ajuda, que se destina a evitar a falência da transportadora, numa altura em que o setor aéreo atravessa uma grave crise.
 

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Re: Aviação Comercial
« Responder #282 em: Maio 27, 2020, 08:25:13 pm »
Gigante da aeronáutica norte-americana atira mais de 12 mil para o desemprego
https://executivedigest.sapo.pt/gigante-da-aeronautica-norte-americana-atira-mais-de-12-mil-para-o-desemprego/

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A gigante da aeronáutica norte-americana Boeing anunciou o despedimento de mais de 12 mil trabalhadores, numa tentativa de tentar reduzir os custos, devido à pandemia de Covid-19.

No último mês, altos cargos da empresa têm avançado que o objectivo é reduzir em 10% os mais de 160 mil postos de trabalho da empresa. «Na sequência do anúncio de redução da força que fizemos no mês passado, concluímos o nosso programa de despedimento voluntário», disse o CEO Dave Calhoun numa nota interna, a que a “CNBC” teve acesso, sublinhando que a empresa chegou ao «infeliz momento de ter de iniciar despedimentos involuntários».

«Esta semana vamos notificar os primeiros 6.770 elementos da nossa equipa americana que serão afectados», revelou Calhoun. Nos próximos meses, serão despedidos outros 5.520 trabalhadores.

Muito afectada devido à crise na aviação provocada pela Covid-19, a Boeing já vinha a debater-se com a mais grave crise da sua história há algum tempo por causa da crise do modelo 737 MAX, que protagonizou dois trágicos acidentes, na Indonésia (2018) e na Etiópia (2019). Em menos de cinco meses, estes acidentes provocaram 346 vítimas mortais.

No final de Abril, a Boeing anunciou o lançamento de oferta de títulos no valor de 25 mil milhões de dólares (23 mil milhões de euros), que inclui instrumentos de dívida, renunciando, assim, aos 17 mil milhões de dólares que lhe foram prometidos através do plano de renascimento da economia norte-americana votado pelo Congresso.
 

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Daniel

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Re: Aviação Comercial
« Responder #283 em: Maio 28, 2020, 09:08:09 am »
EasyJet anuncia redução de 4.500 postos de trabalho
https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/easyjet-anuncia-reducao-de-4-500-postos-de_5ecf6b45b22dd8498318066e

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A companhia aérea britânica EasyJet anunciou hoje a redução de 4.500 postos de trabalho, quase um terço dos seus efetivos, para lidar com o choque da pandemia de covid-19.Com este anúncio, a empresa junta-se assim aos seus concorrentes British Airways, Ryanair ou Virgin Atlantic, que anunciaram recentemente cortes de empregos.

A EasyJet, cuja atividade está parada há semanas, diz que desta forma pretende preservar as suas finanças e adaptar-se ao tráfego aéreo mais fraco por um longo período.
 

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Viajante

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Re: Aviação Comercial
« Responder #284 em: Junho 02, 2020, 10:18:16 am »
Sabia que a redução dos voos comerciais tem um forte impacto na previsão meteorológica?

O tempo anda estranho, mas as previsões não andam melhores. Na verdade, embora os satélites meteorológicos sejam hoje muito precisos, ainda não conseguem dar uma previsão global, regional com a exatidão como estamos habituados. Então o que mudou?

A pandemia da COVID-19 reduziu em mais de 90% a operação comercial das companhias aéreas. Como tal, sem os aviões no ar, os meteorologistas deixam de receber importantes dados em tempo real. Vamos perceber como funciona esta dinâmica.



Aviões são importantes para uma melhor previsão meteorológica

Seguramente não temos essa noção, mas a verdade é que a meteorologia foi a primeira ciência afetada diretamente pela crise sem precedentes gerada pela COVID-19. Assim, para percebermos esta evidência temos de entender que a drástica diminuição dos voos regulares em todo o mundo impôs uma nova realidade a um setor que está com muitos problemas.

Como tal, mais que todos os outros assuntos económicos e financeiros, a quase suspensão completa das operações já causou impactos no próprio conhecimento humano.



Milhares de observações são feitas diariamente

Existem ao redor do planeta vários centros de previsões meteorológicas que utilizam os dados transmitidos por aviões comerciais. Estes dados são usados para uma montagem de sofisticadas e complexas análises climatéricas. Equipados com radares meteorológicos e sistemas de transmissão de dados em tempo real, os aviões comerciais transmitem para os cientistas mais de 230.000 observações diárias sobre o clima.

O Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Alcance (ECMWF) utiliza diariamente os dados e observações registadas pelas aeronaves para produzir previsões meteorológicas numéricas globais e outros dados ao redor do planeta.

Uma das principais fontes de observações baseadas em aeronaves (ABO) na previsão do tempo é o programa AMDAR (Aircraft Meteorological Data Relay), que recebe milhares de pacotes de dados sobre a temperatura do ar, pressão, altura do topo e base das nuvens, humidade relativa do ar, entre outros.

Assim, muitos dos relatórios de aeronaves são fornecidos por aviões das companhias aéreas norte-americanas, com uma cobertura particularmente densa sobre os Estados Unidos. Posteriormente, estes dados são somados aos dados europeus e o resultado traduz-se em contribuições significativas para a investigação meteorológica.



Sem aviões no ar, os dados são escassos

Com a condição a que durante meses a aviação foi confinada, o relatório europeu baseado no AMDAR foi particularmente atingido. Segundo as informações, após a semana do dia 16 de março, este e outros programas apresentaram reduções substanciais.

    As informações mais recentes disponíveis pelas companhias aéreas sugerem que a cobertura europeia do AMDAR será reduzida em mais de 65% no próximo mês e isso deve continuar no verão.

Alertou há umas semanas Steve Stringer, gestor de programas europeu baseado no ABO.

Conforme foi percetível, nestas semanas após os aviões deixarem de voar, os Estados Unidos apresentaram uma diminuição importante na formação dos dados e na cobertura geográfica, que implicou a perda de capacidade nos centros de investigação.

    Prevemos que a redução substancial na disponibilidade de dados AMDAR continue nas próximas semanas, provavelmente gerará algum impacto na produção dos nossos sistemas numéricos de previsão meteorológica.

Afirmou há umas semanas Christopher Hill, do NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), dos Estados Unidos.



Todo o planeta está a ser afetado até que tudo volte a uma normalidade

Nas semanas seguintes, após os EUA terem parado grande parte dos seus aviões, foi a Austrália a alimentar a informação com o seu programa AMDAR. No entanto, algum tempo depois houve igualmente uma grande interrupção do sistema com a suspensão dos voos Qantas Airways, a principal empresa aérea da Austrália.

Coincidentemente, em 2019 foi realizado um teste para estimar o estado do sistema meteorológico ao redor Terra com uma série de previsões realizadas sem o uso do AMDAR, que foram comparadas em tempo real com outra análise utilizando todos os dados enviados por aviões.

Conforme percebemos, os maiores impactos nas previsões ficaram centrados em torno de 250 a 200 hPa (cerca de 11 a 12 km de altura), justamente a altitude usual dos voos de cruzeiro das aeronaves comerciais. Os maiores impactos foram no intervalo de até 24 horas à frente, mas também houve uma redução significativa nas previsões com até 7 dias de antecedência. A faixa da perda de dados interfere numa série de previsões, visto que é onde ocorrem grandes deslocações de massa de ar.



Geograficamente os maiores impactos ocorreram no hemisfério norte, tanto para previsão de vento quanto temperatura. O motivo é ser justamente a região com maior número de voos comerciais, especialmente nos Estados Unidos, Europa e Atlântico Norte. Comparadas às observações com dados enviados por aviões, as previsões de temperatura de 12 horas no hemisfério norte se tornaram 9% piores.

Portanto, ter os aviões estacionados nos aeroportos também limita a condição humana. Surpreendentemente são grandes as discrepâncias entre o que as aplicações meteorológicas dizem e o que na realidade acontece. Está explicada a razão!

https://pplware.sapo.pt/ciencia/sabia-que-a-reducao-dos-voos-comerciais-tem-um-forte-impacto-na-previsao-meteorologica/