Depois de analisar as fotos, pareceu-me que a resistência à explosão nada teve a ver com a blindagem, mas sim com o sopro provocado pela grande quantidade de explosivos.
Quanto à questão do Pandur-II e sobre se aguentaria ou não, isso não se sabe e dependeria da blindagem que lhe tivesse sido aplicada. O Pandur-II pode receber diversos tipos de blindagem e essa é uma das principais diferenças dos novos veículos blindados sobre rodas relativamente aos mais antigos.
Un blindado clasico tipo Piranha, Pandur, BTR 80 o el ya antiguo BMR/Vec estan diseñados para soportar impactos directos de artilleria de pequeño o incluso mediano calibre tipo RPG.
Piranha-IV e Pandur-II são veículos de uma classe diferente do VEC ou do BTR-80. São veículos separados por pelo menos 20 anos de desenvolvimento.
Nenhum destes veículos no entanto tem qualquer capacidade para resistir a armas como o RPG-7.
O RPG-7 só pode ser detido por blindagem modular de várias camadas (muito pesada), por blindagem reactiva explosiva, ou então pelas famosas grelhas de pré-detonação que vemos instaladas em vários veículos.
O MRAP não resistiria melhor à explosão, porque a sua principal característica é a maior resistência a minas. Ou seja, um MRAP resistirá uma explosão com um impacto vertical ascendente sobre o veículo. Mas tem o mesmo problema (aliás maior) quando se trata do sopro provocado por uma explosão que produz uma força que actua sobre a lateral do veículo.
Nenhum veículo blindado, nem sequer um carro de combate pesado ficará no lugar perante a detonação de uma carga de explosivos muito grande.
O efeito sobre a tripulação será sempre devastador, não porque a blindagem seja perfurada, mas sim pelo facto de o choque projectar os tripulantes contra o próprio veículo.
A primeira vítima mortal portuguesa no Afeganistão, foi aliás resultado disto mesmo, ao ser projectada contra o tecto do veículo URO-VAMTAC.
As imagens mostraram o veículo deformado, mas não perfurado. O óbito foi provocado pelo choque.
Isso tanto pode acontecer com um Hummer como com um Leopard-II.
Em termos de guerra assimétrica esse tipo de arma funciona. Mas é uma arma para desgastar psicologicamente o adversário. Não é possível efectuar grandes ofensivas deste tipo, porque o simples transporte de grandes quantidades de explosivos é complicado e exige alguma capacidade logística.