Hotelaria mantém panorama negativo em Fevereiro
Os estabelecimentos hoteleiros portugueses registaram 1,9 milhões de dormidas em Fevereiro, menos 0,4% do que em igual mês do ano passado, enquanto os proveitos totais somaram 83,6 milhões de euros e os de aposento cifraram-se em 54,3 M€, o que traduz quebras de 6,9% e 4%, respectivamente, informa esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
As dormidas dos residentes sofreram uma descida de 3,1%, ao passo que as dos não residentes, que pesam 63,2% no total, aumentaram 1,2%.
Nos dois primeiros meses do ano, a hotelaria registou 1,4 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas, o que se traduz num aumento de 1,5% do número de hóspedes e numa redução de 0,9% nas dormidas. Igual tendência se verifica no mês de Fevereiro, em que os estabelecimentos hoteleiros acolheram 749,3 mil hóspedes (mais 1,9% do que no mês homólogo) e 1,9 milhões de dormidas, valor ligeiramente inferior ao de Fevereiro de 2010 (-0,4%).
Considerando o tipo de estabelecimento, observaram-se acréscimos homólogos das dormidas nos hotéis-apartamentos (+4,1%), nas pousadas (+3,7%) e nos hotéis (+2%). Para o crescimento dos hotéis-apartamentos contribuíram as unidades de cinco e quatro estrelas, as primeiras com maior impacto (+31,1%), em parte resultante do aumento da oferta turística desta categoria de estabelecimentos. Nos hotéis verificou-se igualmente o contributo positivo de quase todas as categorias, à excepção das unidades de quatro estrelas (-2,1%), que representavam cerca de 50% do total das dormidas em hotéis. Os resultados dos aldeamentos e apartamentos turísticos permaneceram negativos (-9,8% e -6%, respectivamente), embora menos acentuados do que no mês anterior.
Os residentes contribuíram com 687,1 mil dormidas, correspondendo a um decréscimo homólogo de 3,1%, mantendo a tendência que se vem verificando há quatro meses consecutivos. Em contrapartida, os não residentes continuam a apresentar resultados positivos (variação homóloga de 1,2%), na sequência da melhoria de desempenho de alguns dos principais mercados emissores.
O mercado francês e o espanhol evidenciaram crescimentos homólogos superiores a 15%, seguindo-se o holandês e o alemão (+4% e +2,2%, respectivamente). Os mercados brasileiro, britânico e italiano evoluíram negativamente, o britânico mantendo a tendência do mês anterior e o brasileiro e italiano correspondendo a uma inversão de tendência, após um período alargado de resultados positivos.
Por regiões, o Alentejo (+9,7%) e o Algarve (+1,1%) apresentaram evoluções positivas, Lisboa e Madeira não apresentam alterações sensíveis no número de dormidas (-0,3% e -0,4%, respectivamente), enquanto as restantes regiões evoluíram negativamente, de forma mais expressiva nos Açores (-7,7%) e no Centro (-5,5%).
O Alentejo manteve a liderança em termos de crescimento de dormidas, beneficiando do aumento da procura dos seus principais mercados emissores, nomeadamente o nacional e o espanhol.
No Algarve destaca-se o contributo positivo dos mercados espanhol e holandês, embora o principal mercado emissor da Região, o britânico, apresente ainda decréscimo tal como sucedeu em Janeiro.
Em Fevereiro, os estabelecimentos hoteleiros apresentaram uma taxa de ocupação de 26%, inferior à do período homólogo em 1,2 p.p.
No mês de Fevereiro, a hotelaria apresentou 83,6 milhões de euros de proveitos totais e 54,3 milhões de proveitos de aposento, valores que correspondem a decréscimos homólogos de 6,9% e 4%, respectivamente.
Nos dois primeiros meses do ano, os estabelecimentos hoteleiros registaram 158,8 milhões de euros de proveitos totais e 103,5 milhões de proveitos de aposento, representando variações homólogas negativas de 6,8% e 4,6%, respectivamente.
O Rendimento Médio por Quarto (Rev Par) foi de 15,1€, inferior ao do período homólogo (16,5€).
Lusa