Missão militar portuguesa no Afeganistão

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PereiraMarques

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1530 em: Março 28, 2011, 03:20:31 am »
 

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nelson38899

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1531 em: Abril 09, 2011, 06:39:57 pm »
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No interior do hummer não há disposição para dizer piadas nem tão pouco para comentar as prestações das equipas portuguesas nas provas europeias. Circula-se nas ruas traiçoeiras de Cabul, onde, por estes dias, o nível da ameaça foi colocado num "estado alto, muito credível".
 
Durante a tarde de ontem, uma reunião no quartel general da ISAF (forças da NATO) em que o comando português deveria ter participado foi mesmo cancelada por razões de segurança.
 
Às primeiras horas da manhã, à chegada ao aeroporto de Cabul, o Expresso tinha à sua espera uma escolta de dois hummer para o transporte até Camp Warehouse - onde está sedeada a Força Nacional Destacada, composta por 175 homens, e em fase de rotação.
Ainda Terry Jones...

A capital afegã vive dias de grande tensão, desde que, em Mazar-e-Sharif, no norte - que integra o primeiro lote de províncias e cidades a transitarem para a responsabilidade afegã, em julho -, três funcionários da ONU e quatro gurkas, que faziam segurança, foram assassinados por uma multidão enfurecida, em protesto contra a queima do Alcorão por seguidores do pastor evangélico norte-americano Terry Jones.
 
No hummer português, o condutor, o chefe de viatura e o apontador da metralhadora (com o corpo fora da viatura, dirigindo a metralhadora paralelamente ao seu olhar) seguem silenciosos passando a estrada a pente fino, à procura do mais pequeno indício estranho.
"Buracos com estrada dentro"

Para evitarem a Autoestrada 7, onde, ainda esta semana, três insurgentes tentaram atacar a base norte-americana de Phoenix, seguem por um percurso alternativo, muito acidentado, onde em vez de estrada "há buracos com estrada dentro", graceja o chefe de viatura.
 
Na berma da estrada, há crianças que acenam à passagem das viaturas na esperança de serem correspondidas. Os militares portugueses não se deixam distrair. No tablier da viatura, há uma lista colada com algumas dezenas de marcas, tipos, cores e matrículas de carros - a maior parte Toyotas e Land Cruiser - procurados por serem suspeitos.
 
Explica o chefe de viatura: "Carros com crianças dentro dificilmente representam perigo. Já carros com muitas pessoas vestidas com burca são de desconfiar. Alguns podem ser homens. Eu, muitas vezes, olho para as pessoas e fixo-me na sua mão esquerda, para ver o que transportam. Os muçulmanos fazem tudo com a mão direita. Cumprimentam, comem, acenam. Com a mão esquerda fazem coisas menos dignas." Limpam-se com a mão esquerda após fazer as necessidades, por exemplo. É a mão amaldiçoada que, quem sabe um dia, bem pode matar

http://aeiou.expresso.pt/nivel-elevado-de-ameaca-em-cabul=f642859
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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nelson38899

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1532 em: Abril 18, 2011, 08:00:20 pm »
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Um grupo de 113 militares portugueses que integravam desde Outubro do ano passado a Força Nacional Destacada (FND) ao serviço da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF) no Afeganistão regressa a Portugal na madrugada de terça-feira.

A chegada do contingente, comandado pelo coronel de artilharia António Emídio da Silva Salgueiro, está prevista para as 2h00 de terça-feira ao Aeródromo de Trânsito N.º1, em Figo Maduro.

Os militares pertencem à Brigada de Intervenção (BRIGINT), Brigada de Reacção Rápida (BRR) e à Brigada Mecanizada e desempenharam missões de formação, apoio e monitorização e ligação.

Com a partida do contingente que agora regressa foi dado início no ano passado à "reformulação do dispositivo" militar nacional integrado na ISAF.

Recentemente, o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, adiantou que os militares que Portugal vai enviar para o Afeganistão para formar o Exército daquele país -- que corresponde a um pedido do comando da própria ISAF - vão estar divididos em três equipas e sedeados em Cabul.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1833210
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Ranger1972

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1533 em: Abril 20, 2011, 06:12:23 pm »
Atualidade  Afeganistão: Cavaco travou envio de comandos ...  «  Atualidade  « Página Inicial |
 

Afeganistão: Cavaco travou envio de comandos para o pior cenário de guerra
O Governo português ponderou enviar uma companhia de comandos entre 2009 e 2010 para o pior cenário possível da guerra no Afeganistão, em que 150 militares iam combater sem quaisquer restrições, sob as ordens dos ingleses. Cavaco travou o plano.
Micael Pereira (http://www.expresso.pt)
8:00 Quarta feira, 20 de abril de 2011  Última atualização há 54 minutos  
 
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Uma companhia de 150 comandos esteve para ir combater na zona mais perigosa do Afeganistão, entre 2009 e 2010, sob o comando das tropas britânicas, sem qualquer restrição no uso da força e com um risco elevado de vir a ter baixas, pelo que se percebe na correspondência diplomática norte-americana.

O contingente iria ser colocado em Helmand, a mais difícil de todas as províncias, no sul do país, ao lado de Kandahar. Com uma forte presença de talibãs, intensificada a partir de 2006, é lá que é produzido quase todo o ópio afegão.

Um telegrama confidencial enviado para Washington a 21 de maio de 2009 pela embaixada dos Estados Unidos em Lisboa revela que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, confirmou ao embaixador Thomas Stephenson a intenção de Portugal "em fazer regressar uma Quick Reaction Force à ISAF (a missão da NATO no Afeganistão), muito provavelmente integrada com o comando britânico na província de Helmand", o ponto nevrálgico da guerra naquela altura. No verão de 2009, a província entraria numa fase de ferro e fogo, com a maior operação de marines desde a guerra do Vietname.


 
 

A intenção de enviar tropas especiais para o "inferno" de Helmand e "sem caveats", sem limitações de combate, parece ter-se mantido de pé durante pelo menos sete meses. Em novembro de 2009, o comandante-chefe das forças terrestres britânicas, Peter Wall, veio a Portugal para se encontrar com o Estado-Maior do Exército, admitindo ao Expresso que os ingleses "adorariam trabalhar juntos com os portugueses" e que os 150 comandos portugueses destacados para irem para o Afeganistão podiam contar com apoio logístico para participarem na frente de batalha. Os britânicos tinham o comando de toda a região sul do país, incluindo Helmand e Kandahar.

Os americanos tinham sabido por fontes informais no Governo, e um mês antes do encontro com o ministro, da missão a Helmand. Stephenson promoveu nessa altura uma reunião com os seus homólogos da França, da Itália, da Dinamarca, da Polónia e da Austrália para convencerem Lisboa a mandar mais homens para a guerra, ao mesmo tempo que revelava ao Departamento de Estado que ia passar a trabalhar com o embaixador britânico no mesmo sentido.

O plano Helmand, contudo, nunca foi assumido publicamente pelo Governo português e caiu por terra. Uma companhia de comandos foi em missão para o Afeganistão nos primeiros meses de 2010 mas ficou instalada em Cabul, sem se envolver em manobras de ataque.

No encontro com o embaixador, de maio de 2009, o ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que estava à espera de que o Conselho Superior de Defesa Nacional, que inclui o Presidente, desse luz verde ao plano. "Amado contou que os contactos com o Presidente dão a entender que ele está inclinado a apoiar esse cenário", escreveu Stephenson. Mas o apoio, pelos vistos, não veio.

O que não seria, de todo, uma surpresa. Cavaco Silva é referido várias vezes na correspondência como o principal entrave a uma maior participação portuguesa na guerra, em contraste com o Governo.
 
Num almoço de um assessor diplomático de Amado com um conselheiro da embaixada dos EUA, relatado num telegrama confidencial de 9 de novembro de 2007, a clivagem com Belém já era notória. "Paulo Lourenço disse que a decisão de reduzir a contribuição de Portugal na ISAF de uma companhia de reação rápida (150 comandos) para um C-130 e uma equipa de 15 militares em agosto de 2008 foi tomada durante uma discussão acalorada do conselho superior de defesa", vem no telegrama.

"Ele disse que os chefes dos ramos, o CEMGFA, o primeiro-ministro e os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros se opuseram todos à redução de tropas. Foi claro que a força de bloqueio foi o próprio Presidente, aparentemente motivado pela preocupação sobre a escalada da violência, a possibilidade crescente de haver baixas e o impacto disso na opinião pública".

A retirada dessa companhia de comandos em agosto de 2008, que tinha estado em Kandahar e sofreu uma baixa, foi muito mal recebida pelos americanos, criando um embaraço diplomático. "Nós expressámos a nossa profunda preocupação por termos conhecido inicialmente essa decisão ao lermos um artigo de uma agência de notícias iraniana sobre uma ida do ministro da Defesa a uma comissão parlamentar", lê-se no mesmo telegrama. Numa nota final, o embaixador nota que o assessor diplomático, Paulo Lourenço, "foi franco nos seus comentários, que são consistentes com relatos anteriores de uma série de fontes de que o Presidente Cavaco Silva não era um grande fã da participação de Portugal na ISAF".

Confrontado com o teor dos telegramas, o gabinete do ministro da Defesa não quis comentar, remetendo para as declarações públicas feitas por Augusto Santos Silva quando o Expresso começou a publicar os telegramas do WikiLeaks, a 26 de fevereiro, em que condenou a divulgação dos documentos. O ministro dos Negócios Estrangeiros também optou por não reagir.

Texto publicado na edição do Expresso de 16/04/2011
 

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ACADO

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1534 em: Abril 21, 2011, 01:16:16 am »
Para se mandar Homens para o combate tem de se ensiná-los a Combater...
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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1535 em: Abril 21, 2011, 10:20:26 am »
Citação de: "ACADO"
Para se mandar Homens para o combate tem de se ensiná-los a Combater...

Estavas a portar-te bem à tanto tempo...
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Cabecinhas

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1536 em: Abril 21, 2011, 11:32:25 am »
Citação de: "ACADO"
Para se mandar Homens para o combate tem de se ensiná-los a Combater...

Sim... mestre :!:
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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HSMW

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1537 em: Abril 21, 2011, 12:35:46 pm »
Ou será que é em combate que se aprende realmente o que é combater?  c34x
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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tyr

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1538 em: Abril 21, 2011, 01:01:50 pm »
E os cursos de combate portugueses não o ensinam????
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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ACADO

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1539 em: Abril 24, 2011, 06:08:13 am »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Citação de: "ACADO"
Para se mandar Homens para o combate tem de se ensiná-los a Combater...

Estavas a portar-te bem à tanto tempo...

à tanto tempo que não se falava de quanto mal o Soldado Português está preparado para o Combate...
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ACADO

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1540 em: Abril 24, 2011, 06:09:39 am »
Citação de: "Cabecinhas"
Citação de: "ACADO"
Para se mandar Homens para o combate tem de se ensiná-los a Combater...

Sim... mestre :!:

que a força esteja contigo companheiro... ahahah
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ACADO

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1541 em: Abril 24, 2011, 06:16:07 am »
Citação de: "HSMW"
Ou será que é em combate que se aprende realmente o que é combater?  c34x

Isso é de certeza!!
Portanto, desde 1965 ...50 anos?? ah não, são quase!
Mais o que não queremos aprender, mais o que não treinamos, mais o que não nos deixam fazer, mais o que não temos material, etc etc...
Sim, dá o mesmo do costume, o Soldado Português comum não está preparado para o Combate.
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Camuflage

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1542 em: Abril 24, 2011, 02:07:25 pm »
Não foi assim há tanto tempo que andaram em combate, em 1999 ainda deram uns tiros em Timor.
 

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ACADO

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1543 em: Abril 24, 2011, 03:02:01 pm »
Citação de: "Camuflage"
Não foi assim há tanto tempo que andaram em combate, em 1999 ainda deram uns tiros em Timor.

ahahah!!
Não é preciso tanto, para isso também deram uns tiros no Iraque e no Afeganistão.
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Camuflage

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1544 em: Abril 24, 2011, 05:34:55 pm »
Os tiros para o ar não contam. Em Timor estiveram em combate directo, relembro as noticias: http://www.dailymotion.com/video/x6zsgg ... bra-1_news