Tensão em Timor Leste

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JoseMFernandes

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« Responder #255 em: Novembro 25, 2006, 04:08:42 pm »
No semanario EXPRESSO de 25/11/2006:
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Timor
Ameaça de morte contra estrangeiros
 
Na semana em que a GNR partiu para Díli, a ONU avisa que o caos está de volta

A ONU emitiu esta semana um alerta para todos os estrangeiros em Timor-Leste, avisando-os que correm risco de vida. Esta nota foi feita na sequência da morte do missionário brasileiro, no passado domingo, em Díli, cujo relatório policial, a que o Expresso teve acesso, dá conta de um notório sentimento antiaustraliano que se está a registar naquele país.
Segundo este documento oficial, várias testemunhas do momento de agressão a Aurélio Brito, 25 anos, cujo carro foi atacado por jovens armados no centro da capital timorense, relataram ter ouvido a multidão gritar “Vamos matar os australianos! Matem os australianos”.

A polícia da ONU, onde estão integrados elementos da GNR e da PSP, entre forças de segurança de outras nacionalidades (incluindo australianas), considerou que, apesar do episódio evidenciar apenas uma ameaça sobre os cidadãos australianos, todos os estrangeiros “são alvos potenciais”, “porque os agressores não distinguem nacionalidades no meio dos ataques”. “Todos os estrangeiros devem tomar medidas preventivas para enfrentar ameaças e possível assassínio”, diz o relatório de segurança.

Fontes policiais acrescentaram que as avaliações de ameaça feitas pelas autoridades dão como muito previsível um grande aumento de violência entre gangues, na próxima semana.
É este cenário que vão encontrar os 120 militares da GNR, que, na quarta-feira, partiram para Timor, para substituir o 1º subagrupamento Bravo. No total, a GNR conta com 150 militares, estando a preparar o envio de mais 120 - um 2º subagrupamento solicitado por Díli.Entretanto, subsiste algum mal-estar entre os elementos da PSP, que viajaram para Timor no mês passado. Conforme o Expresso noticiou, estes viajaram em voo civil pelo que não puderam levar as suas armas, que chegaram esta semana, mas sem munições. Entretanto, a PSP utiliza balas emprestadas.
 

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PereiraMarques

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« Responder #256 em: Novembro 25, 2006, 04:49:53 pm »
Citação de: "Lancero"



Provas do envolvimento estrangeiro no conflito de Timor? Pelo que me lembra de ler as armas "mais pesadas" das FDTL eram as 5,56mm FN Minimi ou, quanto muito, os canhões de 20mm Oeirkon instalados nos Navios-Patrulha. Nunca vi referências ao 66mm M-72 LAW.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #257 em: Novembro 25, 2006, 04:55:49 pm »
Citação de: "Lancero"
:roll:







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Rebel military leader Major Alfredo Reinado who escaped from a Dili jail in August shows his bazooka at his hiding place on Saturday 25 November 2006. East Timor Prime Minister Jose Ramos-Horta Friday urged international peacekeepers to arrest rebel military leader Major Alfredo Reinado who has made several public appearances since escaping from jail in August. EPA/ANTONIO


Mas que macho men! Só pela postura de "Bad Boy", já se vê o tipo de individuo que é. Estas cenas são normais em putos de 18 anos durante a recruta e não de um oficial!  :evil:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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ricardonunes

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« Responder #258 em: Novembro 25, 2006, 05:01:47 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Citação de: "Lancero"

 Nunca vi referências ao 66mm M-72 LAW.


O "Zézé Badboy", não estará a pousar com material "inop" deixado para trás na nossa ultima estada no territorio?
Potius mori quam foedari
 

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Lancero

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« Responder #259 em: Novembro 25, 2006, 05:42:14 pm »
Mais provavelmente equipamento roubado às FDTL no início do conflito deste ano
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Luso

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« Responder #260 em: Novembro 26, 2006, 12:35:52 am »
Estas fotos ficam bem no tópico "uma imagem vale por mil palavras".
Temos aqui um rico artista.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Nuno Bento

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« Responder #261 em: Novembro 27, 2006, 08:30:46 am »
Citação de: "PereiraMarques"
Citação de: "Lancero"


Provas do envolvimento estrangeiro no conflito de Timor? Pelo que me lembra de ler as armas "mais pesadas" das FDTL eram as 5,56mm FN Minimi ou, quanto muito, os canhões de 20mm Oeirkon instalados nos Navios-Patrulha. Nunca vi referências ao 66mm M-72 LAW.


Das conversas que tenho tido em Timor com a cooperacao militar Portuguesa e com alguns militares australianos posso afirmar com razoavel seguranca que o equipamento usado pelo Reinalno nas fotos e provalvelmente equipamento do exercito Australiano emprestado so para a foto. As FDTL nao usam Steyr (so as unidades de reserva da Policia de Timor e que a usam) mas o exercito australiano tanto usa a Steyr como o Law em grande numero e por diversas vezes nos ultimos tempos elementos do exercito australiano estiveram jundo do Major Reinaldo, e publico em Timor.
Quanto os canhoes de 20mm Oeirkon instalados nos Navios-Patrulha foram substituidos por metralhadoras browning de calibre .50 fornecidas pelos nossos fuzileiros, pois o governo australiano recusou se a vender municoes para os Oeirkon.
 

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Lancero

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« Responder #262 em: Dezembro 09, 2006, 05:32:35 pm »
O bom rapaz na primeira pessoa novamente:

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EAST TIMOR: I WILL NOT BE DISARMED SAYS HIGH-RANKING REBEL

Dili, 5 Dec. (AKI) - Renegade East Timor soldier Major Alfredo Reinado says that no one will disarm him. Met by Adnkronos International (AKI) at a ceremony he attended in Ainaro district, about 113 kilometers south of Dili, last Saturday, Reinado reiterated his intention to face justice, one day. "It is not necessary to arrest me. I am Major Alfredo Reinado, I am a gentleman and I will return to Dili to face justice," he said. "However, nobody will disarm me, not even our president, Xanana Gusmao, or our prime minister, Jose Ramon-Horta,” added Reinado, who said that he is still a member of the military police since nobody has sacked him.

Major Alfredo Reinado is tiny southeast Asian nation's highest ranking deserter. He abandoned the army on 4 May 2006 to join approximately 600 former soldiers who had been sacked in March 2006 after complaining of ethnic discrimination over promotions. Their dismissal started the East Timor crisis. Arrested for his role in the violence, Major Reinado is still at large after having escaped from prison on 30 August.

"The weapons I have – continued the rebel soldier – belong only to the people of East Timor and I am now defending their interests."

Major Reinado said he should not be considered the only "guilty party" for the disorder that began in East Timor in May.

"I should not be considered the only suspect. Former prime minister Mari Alkatiri and former defence minister Roque Rodrigues should also face the tribunals," said Reinado.
Alkatiri and Rodrigues are among those suspected to have armed a civilian militia for political ends.

In the meantime, arresting Major Reinado has turned into a political issue in Dili with ramifications that involve also the international forces currently present in the former Portuguese colony.

Deputy UN envoy to East Timor, Major General Erick Huck Gim Tan, has recently stated that Reinado "will one day be brought to account for his actions. That is the view of UNMIT [United Nations Integrated Mission in Timor-Leste] and it has not changed."

Yet, the Australian forces, the largest contingent of peacekeepers landed in the country to restore order after the May riots, have said that they are not making any effort to arrest. Ramon-Horta has said he wishes the "Reinado issue" to be solved peacefully.

"If it can be solved through peaceful means, I would prefer that, even if it takes months," Ramon-Horta told AKI, when approached last Friday. "But this does not mean that Reinado will not face justice," he added.

Interior minister Alcino Barris stressed that "There is a letter from the tribunal to arrest Reinado and the Timorese police will arrest him one day. This is our promise to the people of East Timor," he told Adnkronos International (AKI).

"We can not do that now – he continued - because Reinado declared clearly to the public that he will be back to face a legal process or justice. So we have to be patient. It is better for us to solve the problem without bloodshed."

Yet, House Speaker, Francisco "Lu-Olo" Guterres, has urged the government to arrest Reinado, before the country’s next election in May. "If not, Major Reinado and his group will intimidate Fretilin’s political leaders during the campaign and the vote," he told AKI.

Headed by Alkatiri, Fretilin is the country’s largest party.



http://www.adnki.com/index_2Level_Engli ... 7182&par=0
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lancero

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« Responder #263 em: Dezembro 21, 2006, 04:36:02 pm »
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Timor-Leste: Comandante das forças armadas esteve reunido com líder dos militares rebeldes  

     Díli, 21 Dez (Lusa) - O comandante das forças armadas timorenses, brigadei ro-general Taur Matan Ruak, reuniu-se hoje com o major Alfredo Reinado, líder do s militares rebeldes que em Maio passado abandonaram a cadeia de comando, revelo u à Lusa o comandante Ruak.

     "Foi interessante o encontro. Acordámos que é importante ultrapassar as di ferenças, dialogando por meios pacíficos", salientou Taur Matan Ruak à Agência L usa.

     Após o encontro, que decorreu no Quartel-General das Falintil-Forças de De fesa de Timor-Leste (F-FDTL), em Taci Tolo, na entrada oeste de Díli, Alfredo Re inado regressou ao distrito de Cova Lima, onde se mantém em fuga desde que em Ag osto fugiu da prisão, onde aguardava a instrução do processo por posse ilegal de armas.

     "Fui mandatado pelo Estado de Timor, pelo primeiro-ministro, para manter c ontacto com o senhor Alfredo e esperar todos os meios pacíficos de ultrapassar e sta situação", acrescentou Taur Matan Ruak à Agência Lusa.

O major Alfredo Reinado abandonou a cadeia de comando a 03 de Maio, no aug e da crise político-militar que se arrasta em Timor-Leste desde finais de Abril.  

     A 23 de Maio, Alfredo Reinado envolveu-se em confrontos com outros militar es das F-FDTL, em Fatuhai, leste de Díli, de que resultaram mortos do lado das f orças governamentais.

     Cerca de dois meses depois, a 25 de Julho, após vários desenvolvimentos pa ra a resolução da crise, que tiveram como reflexo a demissão do então primeiro-m inistro Mari Alkatiri, o major Alfredo Reinado foi surpreendido, na capital timo rense, na posse ilegal de armas e diverso equipamento militar.

     Detido para ser investigado, Alfredo Reinado logrou escapar da prisão de B écora, em Díli, a 30 de Agosto, mantendo-se desde então a monte, com um mandado  de captura que nunca foi accionado.

     Em várias ocasiões, Alfredo Reinado desdobrou-se em declarações à imprensa , fazendo-se fotografar com armas pesadas, assegurando que resistiria a qualquer tentativa de captura.

     No quadro dos esforços para resolver de forma pacífica a situação de Alfre do Reinado, a quem relatórios da ONU e do Parlamento Nacional recomendam a insta uração de processos-crime, devido à sua participação directa em crimes de sangue , o primeiro-ministro José Ramos-Horta deu luz verde aos contactos com as chefia s militares.

     "Não é segredo que o governo deu luz verde ao comando das F-FDTL para tent ar uma solução pacífica para o impasse", revelou quarta-feira à Lusa o primeiro- ministro.

     Nas declarações que hoje fez à Lusa, o brigadeiro-general Taur Matan Ruak  confirmou essas diligências.

     "Fui mandatado pelo Estado de Timor, pelo primeiro-ministro, para manter c ontacto com o senhor Alfredo e esperar todos os meios pacíficos de ultrapassar e sta situação", disse Taur Matan Ruak à Lusa.

     "Foram enviados alguns comissários para o local em que (o major Alfredo Re inado) se encontra. O primeiro foi no dia 09 (de Dezembro), o segundo a 15 e no  do dia 19 resultou o encontro desta manhã", acrescentou.

     O brigadeiro-general Taur Matan Ruak disse ainda à Lusa que "o processo de diálogo vai continuar", mas não confirmou a realização de novos encontros.

     "Foi interessante o encontro. Acordámos que é importante ultrapassar as di ferenças, dialogando por meios pacíficos. De resto, o processo vai continuar", v incou.

     A 02 de Novembro, numa entrevista à Agência Lusa e questionado sobre a sit uação de Alfredo Reinado, designadamente sobre o eventual regresso desse oficial e de outros camaradas de armas às F-FDTL, o brigadeiro-general Taur Matan Ruak  reconheceu que se trata "de um assunto muito complicado".

     "É uma pergunta muito difícil de responder. Ainda não tomei uma decisão. N o fundo é um problema político, mas espero que nos próximos tempos encontraremos uma solução para este problema, que é muito complicado", salientou.

     Se a saída dos peticionários - militares que abandonaram as forças armadas em Fevereiro alegando perseguições de índole étnica -, constituiu um "problema  complicado", "então muito mais complicado ainda são os indivíduos que saíram com armas", numa referência a Alfredo Reinado.

     "Espero primeiro que tudo que eles contribuam para a paz. O resto, natural mente, vai ter que ser orientado. Qualquer decisão que venha a ser tomada vai se r na base dos nossos regulamentos, com as regras institucionais que temos", dest acou então.















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ANT52 - 20061221 - JAKARTA - JAKARTA - INDONESIA*
epa00889886 East Timor Rebel military leader Major Alfredo Reinado (C) is escorted by Australian peacekeepers for a meeting with Brigadier General Taur Matan Ruak in Dili on Thursday 21 December 2006. An army rebel who played a key role in the revolt that sent East Timor into chaos earlier this year held reconciliation talks with the defence chief. EPA/ANTONIO DASIPARU
EPA / STF / ANTONIO DASIPARU



*Há quem ainda não tenha percebido que timor não é Indonésia
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PereiraMarques

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« Responder #264 em: Dezembro 22, 2006, 02:39:31 pm »
Resolução do Conselho de Ministros n.º 169/2006, D.R. n.º 245, Série I de 2006-12-22
Presidência do Conselho de Ministros
Determina a integração do Subagrupamento Bravo da Guarda Nacional Republicana na UNMIT, enquanto unidade constituída de polícia, e autoriza o comandante-geral da GNR a contratar os serviços e a adquirir o material adicional necessário e específico para a constituição e manutenção daquela força

http://www.dre.pt/pdf1sdip/2006/12/24500/85358535.PDF
 

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TOMKAT

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« Responder #265 em: Dezembro 29, 2006, 02:22:23 am »
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Timor-Leste: 13 agentes da PSP partem sábado para reforçar missão de paz em Díli

Lisboa, 28 Dez (Lusa) - A Polícia de Segurança Pública (PSP) vai reforçar o contingente integrado na Missão de Paz das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) com a partida de mais 13 agentes no sábado, divulgou hoje aquela força em comunicado.

O grupo, que vai juntar-se aos 37 elementos que a PSP tem em Timor-Leste desde Outubro e aos outros cinco que permaneciam no território desde 2003, tem previsto chegar a Díli no primeiro dia de 2007, acrescenta o comunicado.

De acordo com a PSP, os 55 polícias - dez oficiais, 16 chefes e 29 agentes - irão "monitorizar acções de comando e planeamento" e encarregar-se das tarefas de informação policial, "apoio à vítima, ordem pública, segurança pessoal, investigação criminal, trânsito e prevenção rodoviária" e do "policiamento de proximidade".

Os homens da PSP também irão ensinar "ética e deontologia profissional" aos seus congéneres timorenses, refere o comunicado.

Além deste contingente, comandado pelo intendente Carlos Simões de Almeida, a PSP mantém em Timor-Leste desde Maio uma equipa do Grupo de Operações Especiais (GOE) que está encarregue da segurança da Embaixada de Portugal, dos agentes diplomáticos e de outros cidadãos portugueses.

As condições de segurança em Díli melhoraram significativamente nas últimas semanas, com os casos de perturbação da ordem pública a tornarem-se mais esporádicos, principalmente confrontos entre grupos de artes marciais rivais, mas sem atingirem o grau de violência anterior.

Timor-Leste viveu em 2006 um ano de retrocesso, com uma crise que levantou dúvidas sobre a sua viabilidade como Estado e lhe ofuscou a imagem de "jóia da coroa" das Nações Unidas no processo de construção de nações.

Apenas quatro anos depois de ver a independência reconhecida pela comunidade internacional (20 de Maio de 2002), Timor-Leste voltou a viver um cenário de violência e destruição, com um saldo de cerca de 60 mortos, incluindo um cidadão brasileiro.

A crise desencadeada em Abril com a demissão de cerca de 600 dos 1.400 efectivos das forças armadas timorenses, por alegada discriminação étnica, também provocou 180 mil deslocados, muitos dos quais continuam em campos de acolhimento por receio de violência ou simplesmente porque as suas casas foram destruídas.

Ao nível das forças de segurança, a crise resultou na desintegração da polícia e na deserção de vários militares, o mais mediático dos quais, o major Alfredo Reinado, continua a monte depois de ter fugido da prisão de Díli, onde chegou a estar detido por posse ilegal de armas.

AR/PAN.

Lusa/Fim
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Lancero

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« Responder #266 em: Janeiro 15, 2007, 10:35:44 am »
Um teoria para o LAW nas mãos de Reinado

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Snapped — one fugitive, one rocket launcher

Tom Hyland
January 14, 2007

EAST TIMOR'S fugitive rebel leader Alfredo Reinado, wanted for attempted murder and armed rebellion, has been photographed with a rocket launcher of the same type as those stolen from the Australian Army.
The picture was taken late last year, about the time Reinado attended a seminar in the presence of Australian troops, who have close and cordial relations with him despite his fugitive status.
The launcher on Reinado's shoulder is a light anti-armour weapon (LAW), of the same type issued to Australian troops in East Timor.
The weapons have been at the centre of a security scare in Australia, where stolen rockets allegedly fell into the hands of terrorists. NSW police are still trying to find six of the missing launchers.
News that Reinado, who escaped from a Dili jail last August, has his hands on a missile capable to disabling a tank or bringing down a helicopter has raised intriguing and alarming speculation in Timorese and security circles.
A security expert said it was possible the missile came from criminal sources in Australia.
And if Reinado had more than one of the rockets, it raised serious problems for Australian forces if they tried to move against him, the expert said.
A spokesman for Defence Minister Brendan Nelson denied Australian troops had allowed Reinado to pose with an Australian LAW.
Nor, he said, had the Australian Defence Force supplied such weapons to the East Timorese Defence Force, from which Reinado deserted last May as East Timor's security forces disintegrated and the country descended into political chaos. He said all the LAWs issued to Australian troops in Timor were accounted for.
Last month, the Government announced an audit of stocks of the LAW, which fires a 66mm missile, following thefts from Australian armouries.
This month, a Sydney man was charged with possessing stolen rockets. Police alleged the weapons were in the hands of a terrorist group that planned to use them to attack targets in Sydney, including the Lucas Heights nuclear reactor.
The Reinado photograph was taken in late November, when the rebel leader spoke in the town of Suai at a seminar to promote reconciliation attended by government and church leaders. In interviews at the time, Reinado boasted he had no intention of surrendering or handing over his weapons.
Australian officers also defended their decision not to arrest him, saying they were acting on the advice of the Dili Government, which hopes to entice the former major to surrender and avoid more bloodshed in the traumatised nation.

Theories abound as to where Reinado obtained the weapon.
An East Timorese blogger has speculated it may have come from Indonesian sources or even from criminal connections in Australia. An international security expert said neither East Timor's police nor army officially possessed LAWs, but it was possible such rockets had been obtained and never entered in official inventories.
It was also possible the launcher came from "across the border" in Indonesia or from Australian criminals.
It was unclear from the Reinado photo whether the launcher was armed. The LAW is a one-shot weapon, and the one in Reinado's hands could already have been fired or was a safe training model.
But if it was an armed weapon, and Reinado had more of them, "it's pretty serious", the expert said. "An LAW could shoot down a Black Hawk helicopter, no problem," he said.
LIFE AND TIMES OF ALFREDO REINADO


■Former head of East Timor's military police ■Deserted with 20 soldiers in May last year.
■Abducted by Indonesian troops as a boy during occupation of East Timor and forced to work as an army porter.
■Escaped to Australia by boat in 1995.
■Returned to East Timor after its independence and in 2002 joined his country's new armed forces.
■Arrested by Australian troops on firearms charges last year.
■Led a mass escape from jail in August.


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Alfredo Reinado with a light anti-armour weapon, capable of bringing down a helicopter or punching a hole in an armoured personnel carrier.


http://www.theage.com.au/news/national/ ... ntentSwap1
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« Responder #267 em: Fevereiro 06, 2007, 04:28:31 pm »
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ONU não paga a Portugal
2007/02/06 | 12:10
MAI analisa envio de mais uma unidade policial para Timor. Mas Portugal está «muito desagradado» com a forma como as Nações Unidos têm gerido a GNR no território e queixam-se de ainda não terem recebido «nenhuma despesa»


O Ministério da Administração Interna vai analisar o envio de mais uma unidade policial para Timor-Leste se as Nações Unidas formalizarem o pedido, apesar de Portugal estar desagradado com a organização por falha de compromissos, disse fonte ministerial à agência Lusa.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, propôs segunda-feira o prolongamento da missão da ONU em Timor-Leste (UNMIT) por mais 12 meses e o estacionamento de mais uma unidade policial portuguesa em Dili.

«Se houver um pedido formal das Nações Unidas (para o envio de uma nova unidade policial), Portugal não deixará de o analisar», disse fonte do Ministério, adiantando que o envio terá sempre de ser no âmbito da acção das Nações Unidas no território e tendo em conta a relação de amizade entre Portugal e Timor-Leste.

Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse à Lusa que o governo português encara a possibilidade de analisar um pedido, igualmente condicionado a uma formalização por parte das Nações Unidas.

A fonte do MAI contactada pela Lusa disse no entanto que «Portugal está muito desagradado com a forma como as Nações Unidas têm gerido a presença da GNR no território».

«Primeiro, porque ainda não foi possível assinar o acordo entre as Nações Unidas e Portugal em relação à presença da GNR no território», desde Junho de 2006, referiu.

A mesma fonte lembrou que apesar de as Nações Unidas terem «obrigado» os primeiros elementos da GNR a permanecerem no território seis meses, mais dois que o previsto, «Portugal ainda não foi ressarcido pelas Nações Unidas». As Nações Unidas ainda «não pagaram nenhuma despesa» correspondente à integração da GNR em Timor-Leste no seio da ONU, referiu a fonte, acrescentando que compete à organização pagar 60 por cento das despesas da presença portuguesa no território.

Portugal mantém actualmente em Timor-leste uma força da GNR, com cerca de 140 elementos, posteriormente integrada na Polícia das Nações Unidas (UNPOL).


Fonte
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« Responder #268 em: Fevereiro 07, 2007, 01:01:03 pm »
Manifestação contra Mari Alkatiri desviada do centro de Díli

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Uma manifestação com cerca de 2500 pessoas contra o ex-primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, foi hoje afastada do centro de Díli, pela intervenção das forças policiais da ONU.

Os manifestantes, transportados desde Liquiçá (a 36 km de Díli) por mais de 50 camiões, são chefiados por Vicente Rai Los, a principal testemunha do processo contra Mari Alkatiri, entretanto arquivado.

O arquivamento do processo, anunciado por Mari Alkatir na segunda-feira, é um dos motivos desta marcha durante a qual estão a ser gritadas palavras de ordem contra o ex-primeiro-ministro.

A manifestação entrou em Díli às 19h00 (10h00 em Lisboa) por uma das avenidas principais da capital, mas pouco tempo depois foi travada pelas forças policias das Nações Unidas.

Durante as negociações, em que participaram elementos da GNR e, por banda dos manifestantes, o deputado eleito pelo PSD e agora independente Leandro Isaac, foi decidido que o desfile não iria atravessar o centro da cidade, na qual se encontram refugiados da zona leste da ilha, possíveis adversários dos homens de Rai Los.

"É uma reivindicação contra o actual governo e contra a conspiração política do actual governo", disse Isaac à Lusa, depois de revelar que a manifestação é liderada por Rai Los.

"É uma reivindicação pela justiça no seu todo", acrescentou o deputado independente, que disse que a marcha foi organizada pelo Movimento de Unidade Nacional para a Justiça.

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« Responder #269 em: Fevereiro 08, 2007, 05:17:23 am »
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A missão da ONU em Timor-Leste deve ser prolongada, diz Ban
Segunda-feira 5 Fevereiro 2007 2:06 PM ET
Por: Michelle Nichols

Nações Unidas, Fev 5 (Reuters) – Uma missão da ONU em Timor-Leste prevista expirar este mês deve ser prolongada por 12 meses e mais polícia vai ser enviada para a pequena nação antes da eleição presidencial em 9 de Abril, disse o Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon na Segunda-feira.

Ban, num relatório ao Conselho de Segurança, disse que a situação geral tinha melhorado em Timor-Leste, que se tornou independente em 2002, mas a segurança permanece volátil e particularmente frágil em partes da capital Dili.

A Austrália liderou uma força de 3,200 tropas estrangeiras para o país mais novo da Ásia-Pacífico em fim de Maio depois de o despedimento de 600 soldados amotinados ter desencadeado o caos e a continuada violência esporádica relacionada por gangs.

"O compromisso a longo prazo da comunidade internacional com Timor-Leste mantém-se crítico para possibilitar o regresso desta nova nação para o caminho da estabilidade e do desenvolvimento num clima de governação democrática, responsável e compreensiva," disse Ban no seu relatório.

A missão corrente da ONU, conhecida como a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste ou UNMIT, está agendada expirar em 25 de Fevereiro. É composta por cerca de 1,068 polícias e até 35 oficiais de ligação militar. Foi aprovada pelo Conselho de Segurança em 25 de Agosta para seis meses.

"Na minha opinião, um prolongamento do mandato da UNMIT por um período de 12 meses enviará um sinal importante para a disponibilidade do Conselho de Segurança para manter o seu compromisso com Timor-Leste," disse Ban.

"De modo a reforçar a segurança para o processo eleitoral crítico, apoio o pedido do governo que seja destacada uma unidade adicional de polícia formada," disse.

Ban disse que a Austrália assinou um acordo em 25 de Janeiro para fornecer tropas para proteger a missão da ONU, juntamente com uma capacidade de resposta rápida para a polícia da ONU. A Austrália correntemente tem cerca de 800 tropas em Timor-Leste, ao lado de 120 soldados da Nova Zelândia.

O Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão disse na semana passada que uma data para as eleições parlamentares será marcada depois da eleição presidencial de 9 de Abril. O antigo guerrilheiro respeitado, eleito em 2002, tem dito repetidas vezes que não concorrerá outra vez.

Mari Alkatiri saiu de primeiro-ministro em 26 de Junho depois de ter sido alargadamente culpado pela violência. Foi substituído pelo laureafo do Nobel da paz José Ramos-Horta.

Ban disse também que os desafios humanitários em Timor-Leste, que tem sido atormentado pela pobreza e alto desemprego juvenil, excedeu a capacidade do governo com mais 100,000 pessoas deslocadas e apelou às dádivas internacionais.

"É provável que a crise em relação aos deslocados continuará por algum tempo devido a factores subjacentes. Mais de 2,200 casas foram destruídas e mais de 1,600 danificadas," disse Ban.

O território de cerca de um milhão de pessoas votou em 1999 num referendo para a independência para a Indonésia, que o anexou depois de Portugal ter posto fim à sua governação colonial em 1975. Tornou-se completamente independente em 2002 depois de um período de administração da ONU.
A primeira vítima de todas as guerras é a verdade