Tensão em Timor Leste

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ricardonunes

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« Responder #270 em: Fevereiro 19, 2007, 10:18:47 am »
Timor-Leste: Soldado da GNR investigado por perda de arma

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Um soldado da GNR em Timor-Leste está a ser investigado por perda da sua arma de serviço, num incidente considerado «muito grave» pelas instituições envolvidas, confirmou à Lusa fonte da Guarda em Díli.
O incidente ocorreu «há cerca de dez dias» durante uma operação na periferia da capital timorense, com o roubo de uma arma a um elemento da GNR «à civil, mas em serviço», declarou à Lusa um oficial do subagrupamento Bravo.

A arma que não voltou ao quartel é uma pistola HK-USP Compact, de 9 milímetros, arma pessoal dos soldados do subagrupamento Bravo.

«Estas situações são sempre tratadas como graves», sublinhou o mesmo oficial da GNR.

«Estamos a avaliar, por um lado, qual o grau de responsabilidade do militar e, por outro, estamos a fazer todos os possíveis para recuperar a arma», adiantou a fonte.

Os procedimentos de segurança internos dos soldados da GNR foram «revistos e reforçados» para evitar a repetição de incidentes como este, acrescentou o oficial, que não está autorizado a prestar quaisquer outras informações.

Além da investigação interna feita pela GNR, o caso é alvo de uma investigação paralela da UNMIT, a missão integrada das Nações Unidas em Timor-Leste, e está ainda a ser acompanhado pelos serviços de inteligência timorenses.

O subagrupamento Bravo, com 143 soldados, é uma das quatro FPU (unidade de polícia formada) que operam em Timor-Leste no quadro da missão internacional de paz.

A perda de armas de serviço «não é uma situação virgem mesmo em Portugal», comentou outra fonte da GNR em Díli, sublinhando que o incidente ocorre na contracorrente da folha de serviços «inatacável» do subagrupamento Bravo no país.

É um factor de consternação adicional para o comando do subagrupamento Bravo o facto de a investigação ser conhecida no segundo dia de férias do seu comandante, capitão Barradas, e também dois dias depois da visita a Timor-Leste do secretário de Estado adjunto e da Administração Interna, José Magalhães.

A visita serviu para definir em detalhe a proposta portuguesa de reforço do seu contingente na missão internacional.

O Governo português propõe a Timor-Leste e às Nações Unidas reforçar o subagrupamento Bravo com dois pelotões, ou entre sessenta a oitenta soldados, depois de avaliar as necessidades operacionais e os custos logísticos.

A decisão final cabe às Nações Unidas que poderão decidir a 22 de Fevereiro, em Nova Iorque, o envio dos dois pelotões da GNR para Timor-Leste.

Diário Digital / Lusa

18-02-2007 11:46:10
Potius mori quam foedari
 

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Nuno Bento

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« Responder #271 em: Fevereiro 20, 2007, 04:17:19 am »
Nao sabia de tal noticia.

Vou tentar investigar junto da GNR o que realmente se passou.
Se tiver sucesso depois digo.

Ja agora aqui vai uma foto da arma em causa




 

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ricardonunes

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« Responder #272 em: Fevereiro 22, 2007, 09:47:10 am »
Timor: Ataques à ONU «desacreditam o país», diz chefe missão

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Os ataques sistemáticos a veículos das Nações Unidas na capital timorense «desacreditam o país», declarou hoje o chefe da missão internacional em Timor-Leste (UNMIT).
«Estragar uma viatura não resolve o problema, exacerba-o», afirmou Atul Khare, representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, durante a conferência de imprensa semanal da UNMIT.

«Tenho vergonha», sublinhou Atul Khare num dia em que o chefe de missão usou um registo mais enfático do que é habitual.

«Nunca vi um povo que ataca os veículos da ONU», acrescentou Atul Khare, que falou da importância de «moralidade, educação cívica e boa liderança política».

A violência de rua e a escassez de arroz produziram um agravamento das condições de segurança em Díli desde segunda-feira, com ataques a viaturas da ONU e do Estado.

Em apenas 24 horas, foram danificados por apedrejamento 38 veículos da ONU, dos quais 24 da Polícia das Nações Unidas (UNPol).

Sete elementos da UNPol ficaram feridos durante operações de manutenção da ordem pública durante uma Quarta-Feira de Cinzas muito tensa.

«Isso pode ou não estar associado à criminalidade e aos grupos rivais», comentou Atul Khare, que nas últimas 48 horas visitou focos de violência «em todo o lado e a todas as horas».

As Forças de Segurança Internacionais colocaram patrulhas adicionais de soldados australianos durante as 24 horas do dia e a UNPol reforçou a sua operacionaldade com elementos adstritos a tarefas administrativas ou de treino.

A UNMIT prendeu 148 pessoas em Díli em relação aos ataques a veículos e armazéns de alimentos: 32 na segunda- feira, 79 na terça-feira, 16 durante o dia de quarta-feira e 21 à noite.

«Não são apenas crianças com pedras» com que a UNPol está a lidar, frisou Atul Khare.

«Gostava que vissem as armas que apreendemos na casa de uma única pessoa, o líder do PSHT, em 31 de Janeiro», referiu o chefe de missão, falando de «criminosos misturados nos grupos de artes marciais».

Sobre uma eventual intencionalidade política atrás da violência em Díli, Atul Khare respondeu que «em países que vivem situações de pós-conflito, as causas dos problemas são sempre complexas. Não há uma causa apenas».

O chefe da UNMIT admitiu que «a escassez de arroz está a ter um papel importante» no aumento de tensão na capital.

O Governo anunciou quarta-feira que contratou a colocação no país de 6.700 toneladas de arroz nas próximas quatro semanas e que continua em negociações com a Austrália para aquisições adicionais.

Diário Digital/Lusa

22-02-2007 9:18:30
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ricardonunes

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« Responder #273 em: Fevereiro 25, 2007, 12:21:10 pm »
O "badboy" continua a fazer das suas :?

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Timor-Leste: Grupo de major Reinado assalta posto polícia em Maliana

 Díli, 25 Fev (Lusa) - O posto da polícia de fronteira de Maliana, sudoeste de Timor-Leste, foi assaltado hoje por um grupo de homens liderado pelo major Alfredo Reinado, disse à agência Lusa fonte que está a investigar o incidente.

 
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N: «Operação de captura em curso»
« Responder #274 em: Fevereiro 25, 2007, 06:11:40 pm »
Lembraram-se agora: :roll:
Citação de: "SIC Online/Lusa"
Operação de captura em curso
(25-02-2007 16:57)
    
Forças policiais e militares internacionais estão envolvidas numa operação para capturar o major Alfredo Reinado, que assaltou um posto da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), disseram à Lusa fontes da ONU em Díli.

O assalto ao posto policial de "Junction Point Charlie", em Tonubibi, Maliana (cerca de 150 quilómetros a sudoeste de Díli, próximo da fronteira com a Indonésia), ocorreu cerca do meio-dia (hora local), quando um grupo de nove homens "fortemente armados e no qual está incluído o major Reinado" entrou no posto da PNTL, afirmou à Lusa a porta-voz Polícia das Nações Unidas (UNPol), comissária Mónica Rodrigues.

Está neste momento em curso uma operação no Sudoeste do país para capturar o major fugitivo e o seu grupo, envolvendo efectivos da UNPol.

Outra fonte das Nações Unidas confirmou que as Forças de Estabilização Internacionais (ISF), constituída por militares australianos e neozelandeses, lançaram também uma resposta ao assalto, sem detalhar se se trata de uma operação independente ou em coordenação com a UNPol.

O grupo de Alfredo Reinado levou todas as armas dos oito elementos da PNTL que estavam de serviço na altura, além das armas guardadas nas instalações, num total de dezassete pistolas HK-33, adiantou a porta-voz da UNPol.

"Não houve confronto nem resistência" durante o assalto, indicou a comissária Mónica Rodrigues, não só porque o ataque "foi inesperado" como devido ao armamento exibido pelo grupo de Reinado.

O major, segundo contaram à UNPol elementos da PNTL, "levou as armas dizendo que precisa delas para defender o país", acrescentou a porta-voz.

Alfredo Reinado, ex-comandante da Polícia Militar timorense, protagonizou alguns dos episódios mais violentos da crise política e militar de Abril e Maio de 2006.

Em Julho, foi detido em Díli na posse de material de guerra, mas desde 30 de Agosto que está em fuga com um grupo de cerca de meia centena de homens armados, depois de ter escapado da prisão de Becora em Díli.

fonte: http://sic.sapo.pt/online/noticias/mundo/20070225+Operacao+de+captura+em+curso.htm


Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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N: «Operação de captura em curso»
« Responder #275 em: Fevereiro 25, 2007, 06:12:22 pm »
Lembraram-se agora: :roll:
Citação de: "SIC Online/Lusa"
Operação de captura em curso
(25-02-2007 16:57)
    
Forças policiais e militares internacionais estão envolvidas numa operação para capturar o major Alfredo Reinado, que assaltou um posto da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), disseram à Lusa fontes da ONU em Díli.

O assalto ao posto policial de "Junction Point Charlie", em Tonubibi, Maliana (cerca de 150 quilómetros a sudoeste de Díli, próximo da fronteira com a Indonésia), ocorreu cerca do meio-dia (hora local), quando um grupo de nove homens "fortemente armados e no qual está incluído o major Reinado" entrou no posto da PNTL, afirmou à Lusa a porta-voz Polícia das Nações Unidas (UNPol), comissária Mónica Rodrigues.

Está neste momento em curso uma operação no Sudoeste do país para capturar o major fugitivo e o seu grupo, envolvendo efectivos da UNPol.

Outra fonte das Nações Unidas confirmou que as Forças de Estabilização Internacionais (ISF), constituída por militares australianos e neozelandeses, lançaram também uma resposta ao assalto, sem detalhar se se trata de uma operação independente ou em coordenação com a UNPol.

O grupo de Alfredo Reinado levou todas as armas dos oito elementos da PNTL que estavam de serviço na altura, além das armas guardadas nas instalações, num total de dezassete pistolas HK-33, adiantou a porta-voz da UNPol.

"Não houve confronto nem resistência" durante o assalto, indicou a comissária Mónica Rodrigues, não só porque o ataque "foi inesperado" como devido ao armamento exibido pelo grupo de Reinado.

O major, segundo contaram à UNPol elementos da PNTL, "levou as armas dizendo que precisa delas para defender o país", acrescentou a porta-voz.

Alfredo Reinado, ex-comandante da Polícia Militar timorense, protagonizou alguns dos episódios mais violentos da crise política e militar de Abril e Maio de 2006.

Em Julho, foi detido em Díli na posse de material de guerra, mas desde 30 de Agosto que está em fuga com um grupo de cerca de meia centena de homens armados, depois de ter escapado da prisão de Becora em Díli.

fonte: http://sic.sapo.pt/online/noticias/mundo/20070225+Operacao+de+captura+em+curso.htm


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Nuno Bento

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« Responder #276 em: Fevereiro 25, 2007, 11:18:46 pm »
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Segundo timorense morre devido incidente 6/feira no aeroporto
Díli, 24 Fev (Lusa) - Um segundo timorense morreu sexta-feira após ter sido atingido no peito por um soldado australiano durante um incidente junto ao aeroporto de Díli, disse hoje fonte hospitalar.

Atoy Dasy morreu devido à perda de sangue após ter sido operado ao peito, indicou Américo dos Santos, responsável pela Unidade de Emergência do Hospital Nacional de Díli.

O governo australiano disse que o soldado disparou a sua arma em legítima defesa, após ter sido atacado por um grupo de homens que atiravam setas metálicas.

Na altura do incidente com as Forças de Estabilização Internacional (ISF) no aeroporto de Díli um timorense foi atingido na cabeça e morreu pouco depois e dois outros ficaram gravemente feridos.

O comandante das ISF em Timor-Leste, brigadeiro Mal Rerden, afirmou no mesmo dia que "não houve fogo indiscriminado" no campo de deslocados do aeroporto de Díli, versão contestada pelos refugiados ali instalados.

Cerca das 09:00 locais (zero horas em Lisboa) de sexta-feira, "as ISF responderam a distúrbios" junto ao aeroporto e abriram fogo sobre civis timorenses, disse.

"Apenas dois soldados dispararam" durante a operação, declarou o brigadeiro Mal Rerden, das Forças de Defesa Australianas e comandante dos efectivos australianos e neozelandeses que integram as ISF, insistindo que "isso prova" que os "soldados mostraram grande contenção".

Os deslocados do campo do aeroporto contam uma versão bastante diferente dos acontecimentos e acusam as ISF de terem iniciado os confrontos.

O incidente aconteceu horas depois do Conselho de Segurança da ONU ter aprovado o reforço e prolongamento por um ano da Missão das Nações Unidas em Timor-Leste.

Os australianos foram alertados para estarem atentos a novos ataques após o incidente de sexta-feira, que ocorreu um dia depois de sete oficiais das Nações Unidas terem sido feridos à pedrada por elementos de gangs.

PAL/PRM-Lusa/Fim
 

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Nuno Bento

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« Responder #277 em: Fevereiro 25, 2007, 11:24:51 pm »
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Domingo, Fevereiro 25, 2007
Portugal disponível para aumentar contingente GNR - MAI
Ministro da Administração Interna, António Costa, sobre reforço do contingente português em Timor-Leste.

Lisboa, 23 Fev (LusaTV) - Portugal está disponível para reforçar o contingente da Guarda Nacional Republicana (GNR) estacionado em Timor-Leste, dependendo a decisão da integração das forças portuguesas na missão das Nações Unidas, disse hoje o ministro da Administração Interna.

à margem de uma visita às instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), António Costa explicou que Portugal tem disponibilidade para aumentar o contingente "com um a dois pelotões", mas sublinhou que é necessário que as Nações Unidas regulem "um conjunto de questões".

"É necessário que as Nações Unidas finalmente assinem com Portugal o acordo para a integração das nossas forças na missão das Nações Unidas que tem estado a acontecer sem que esse acordo esteja assinado e, por outro lado, é necessário que as condições materiais que nós estabelecemos como necessárias possam também ser garantidas para que essa missão se possa concretizar", adiantou António Costa aos jornalistas.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu, quinta-feira, prorrogar por mais um ano o mandato da Missão Integrada em Timor-Leste (UNMIT) e reforçar em 140 efectivos o contingente policial estacionado naquele país.

A extensão do mandato e o reforço dos efectivos policiais foi justificada com a realização de eleições presidenciais, marcadas para o próximo dia 09 de Abril e ainda pela situação de segurança, considerada como "frágil e volátil".

Perante esta decisão, o ministro da Administração Interna afirmou que há disponibilidade, mas que aguarda que as Nações Unidas cumpram a sua parte, sublinhando, inclusivamente, que o sucesso da missão não está dependente da participação de reforço português.

SV/EL-LusaTV/Fim

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Portugal disponível para reforçar missão com um ou dois pelotões-MAI

Lisboa, 23 Fev (Lusa) - Portugal está disponível para reforçar com um ou dois pelotões o actual contingente em missão em Timor-Leste, desde que as Nações Unidas resolvam as "questões técnicas e de fundo" que faltam, anunciou hoje o ministro da Administração Interna.
António Costa falava aos jornalistas à margem de uma visita às instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), para ver as novas funcionalidade do sistema de atendimento.

Questionado pelos jornalistas sobre o futuro da GNR em Timor, o ministro afirmou que Portugal já se disponibilizou para "a possibilidade de reforçar de um a dois pelotões a companhia em missão em Timor-Leste".

Contudo, António Costa salientou ser necessário regular uma série de questões com as Nações Unidas, para saber se é possível concretizar esta medida.

"Primeiro, é necessário que as Nações Unidas assinem com Portugal o acordo de integração das nossas forças na missão das Nações Unidas, que tem estado a decorrer sem acordo. Depois é preciso que as condições materiais necessárias possam ser garantidas para que a missão se concretize", afirmou, acrescentando: "aguardamos que as Nações Unidas cumpram a sua parte".

O ministro da Administração Interna afirmou que o actual contingente que está em missão em Timor vai cumpri-la até Junho, mas sublinhou que para reforçar o contingente, é fundamental que "as Nações Unidas também completem todos os arranjos administrativos que pressupõem".

A missão de Portugal em Timor implica "aumento de pessoal, reforço de equipamento e maior despesa", sustentou.

Segundo o responsável, sem o acordo das Nações Unidas, tem sido Portugal e o Estado de Timor-Leste a pagar a factura.

"É necessário que as Nações Unidas concretizem rapidamente a sua parte do acordo", porque "Portugal e Timor têm cumprido", afirmou. "Uma coisa é estarmos disponíveis, outra é haver acordo para o envio dessas forças", concluiu o ministro.

AL-Lusa/Fim

Postado por Malai Azul em 23:38
 

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Lancero

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« Responder #278 em: Fevereiro 26, 2007, 06:54:11 pm »
Get It,

Só agora é que Xanana se apercebeu que não pode mais continuar a proteger Reinado. Quer limpar-se antes de sair.

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Timor: «Reinado passou dos limites», diz Xanana

O Presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, anunciou esta segunda-feira que autorizou uma operação de captura do major Alfredo Reinado, depois de constatar que o militar fugitivo «passou dos limites».
Alfredo Reinado, que fugiu de uma prisão em Díli em 30 de Agosto de 2006, assaltou no domingo três postos da polícia de fronteiras no Sudoeste do país.

Numa comunicação ao país a ser transmitida esta noite pela televisão timorense, o Presidente da República refere que Alfredo Reinado e o seu grupo levaram 25 armas e uniformes de postos policiais no distrito de Maliana.

«Hoje de manhã, reuni-me com o primeiro-ministro, com o representante especial do secretário-geral da ONU, o brigadeiro Rerden, para analisar a situação do Alfredo, e a estupidez que ele fez ontem», declarou Xanana Gusmão, referindo a reunião de emergência com José Ramos-Horta, Atul Khare e o comandante das Forças de Estabilização Internacionais (ISF).

«Como Presidente da República e comandante das Forças Armadas», Xanana Gusmão afirmou que «tudo foi feito» para resolver o caso Alfredo Reinado «por meios pacíficos» e evitando a «solução militar».

«Alfredo aproveitou-se sempre da situação para manipular», dizendo «hoje uma coisa e amanhã outra», e o Presidente da República considera que o militar «não é consistente com o que diz».

Alfredo Reinado, ex-comandante da Polícia Militar, foi uma das figuras centrais na crise política e militar de Abril e Maio de 2006. Foi detido em Julho na posse ilegal de material de guerra, durante uma operação de busca a três residências em Díli.

Há três semanas, o procurador-geral da República, Longuinhos Monteiro, chegou a acordo com Alfredo Reinado para que ele respondesse pela morte de um soldado das F-FDTL a 23 de Maio e pela posse ilegal de armas.

Diário Digital / Lusa

26-02-2007 15:58:03
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Nuno Bento

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« Responder #279 em: Fevereiro 26, 2007, 11:11:51 pm »
Tou para ver o que isto vai dar.
O Xanana sempre protegeu o Reinaldo. O reinaldo por sua vez sabe muita coisa que pode incriminar gente muito importante, e esclarecer muito do que se passou em abril Maio do ano passado.

A meu ver o Sr Reinaldo vai acabar morto para nao haver hipotese de denunciar ninguem(ou uma pessoa muito importante ou um pais vizinho). No entanto este conta com grande apoio Popular na regiao de fronteiro onde a mesmo quem lhe chame o "Patriota", pelo que a sua morte pode originar desacatos e torna-lo um martir.

So o futuro vai dizer.
 

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Lancero

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« Responder #280 em: Fevereiro 27, 2007, 12:04:52 am »
Penso que o Xanana já deverá ter tudo negociado com Reinado e Australianos. Faz-se agora uma detenção (pelos australianos, para parecer bem), espera-se mais um tempo para o julgamento (só depois das presidenciais), o homem é condenado em altura de eleições para primeiro-ministro e aí volta tudo a malhar no Alkatiri e na sua ala da Fretilin (atanção que não os apoio, a ninguém aliás).
Política manhosa...
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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ricardonunes

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« Responder #281 em: Fevereiro 27, 2007, 10:21:58 am »
Timor: Major Reinado e peticionários cercados pelas ISF


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O major Alfredo Reinado está cercado em Same (interior Sul do país) por tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais (ISF), afirmou hoje à Lusa por telefone o deputado independente Leandro Isaac.
O pessoal civil das Nações Unidas foi «aconselhado a não permanecer na área», segundo uma fonte da missão internacional, e os professores portugueses saíram do distrito antes do cerco das ISF.

«Estamos à beira de uma guerra civil», declarou Leandro Isaac a partir de Same, onde «por acaso» se encontra cercado pelas ISF juntamente com Alfredo Reinado e, disse, «muitos, muitos, muitos peticionários».

«Há dez minutos, um oficial de ligação australiano deu um ultimato ao major Alfredo para se render», acrescentou Leandro Isaac durante o curto contacto telefónico com a Lusa, pouco depois das 15:00 locais (06:00 em Lisboa).

As ISF montaram um cordão de segurança em redor de Same e «ninguém pode entrar nem sair, a não ser que tenha um “bonna fide” do Governo timorense», explicou à Lusa uma fonte oficial das forças australianas.

Segunda-feira à noite, o Presidente Xanana Gusmão anunciou que autorizara uma operação de captura de Alfredo Reinado, depois de o major fugitivo ter «feito a estupidez» de assaltar três postos de Polícia de Fronteira no domingo.

Os assaltos, no distrito contíguo de Maliana (Sudoeste), renderam a Reinado e ao seu grupo 25 armas e uniformes.

«Reinado passou dos limites», declarou o Presidente da República na sua comunicação ao país.

«Fizemos todo o possível para evitar uma solução militar» para o problema de Alfredo Reinado, explicou o chefe de Estado.

«Fizemos todo o possível para ajudar a resolver o problema através de meios pacíficos», acrescentou o Presidente.

«O Alfredo sempre tentou aproveitar essa situação para manipular», acusou Xanana Gusmão, «e não é consistente com as suas ideias».

Por decisão de todos os órgãos de soberania timorenses, o caso do major Reinado, acusado de posse ilegal de material de guerra e de tentativa de «revolução contra o Estado», estava a ser resolvido por um processo negocial com o procurador-geral da República, Longuinhos Monteiro.

Diário Digital / Lusa

27-02-2007 7:55:45

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Rui Elias

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« Responder #282 em: Fevereiro 27, 2007, 10:59:54 am »
O que eu acho absolutamente espantoso é o facto de Reinado ter sido detido pela GNR, ter-se evadido, depois ter estado sob custódia dos amigos australianos, e agora andar a fazer das suas.

Creio que Xanana só agora viu em Reinado um problema, já que a justiça timorense ilibou Mari Alkatiri das acusações políticas de que tinha vindo a ser alvo.

O que faria falta era empenho.

E Portugal, com meios (que não os tem) poderia dar um jeito nisso.

Se se já tivesse o LPD na zona, mais uma ou duas fragatas, 3 helis EH-101 com Rangers, seriam o suficiente para enviar ao encontro dos acampanmento o Reinado, capturá-lo mais aos amigos, embarcá-los num dos EH-101 e trazê-lo a Dili para uma prisão de alta segurança.

Seria uma bofetada nos australianos.

Mas infelizmente nada temos para fazer valer o que seria uma política externa efectiva.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #283 em: Fevereiro 27, 2007, 11:30:44 am »
Rui se enviássemos algo do género para o terreno, estariamos sobre o comando Australiano, por isso seria o mesmo que nada.  :?
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Rui Elias

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« Responder #284 em: Fevereiro 27, 2007, 02:26:49 pm »
Cabeça:

Portugal, com mais meios, poderia sempre intervir com base num assunto bilateral entre as autoridades timorenses e as de Lisboa, e à margem da ONU.

Aliás, quando a GNR foi para lá foi-o com esse estatuto, e só muito depois é que se integrou nas forças policiais da ONU, quando trocaram as boinas.