Seis concordam em «estudar» novas sanções contra o Irão
As Seis grandes potências chegaram a acordo sexta-feira em Washington para «estudar» a possibilidade de novas sanções contra o Irão, perante a recusa de Teerão de renunciar ao programa de enriquecimento nuclear, revelou o departamento de Estado norte-americano.
Os directores políticos dos ministérios dos negócios estrangeiros dos Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e Alemanha e o responsável chinês do desarmamento «analisaram os desenvolvimentos que aconteceram após o seu último encontro a 19 de Julho e prepararam um encontro de ministros (previsto) para a próxima semana», afirmou o ministério norte-americano dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
Durante as discussões, eles «reafirmaram o seu empenho colectivo em prosseguir a sua dupla estratégia», acrescentou o comunicado, referindo-se à política dos Seis de apresentar propostas de «incentivo» ao regime de Teerão para o convencer a renunciar ao seu programa nuclear e de impor sanções graduais enquanto o Irão recusar suspender as actividades de enriquecimento de urânio.
Os directores políticos «continuam a encorajar o Irão a aceitar a oferta generosa de incentivos que lhe foi apresentada em Junho e mantêm-se empenhados em explorar a possibilidade de medidas adicionais sobre o segundo ponto da sua estratégia», prosseguiu o departamento de Estado.
Durante a reunião, «discutiram as inquietações levantadas pelo relatório do director-geral da AIEA, (Mohamed) ElBaradei, a 15 de Setembro, e apelaram firmemente ao Irão para cooperar plenamente no inquérito» da Agência Internacional de Energia Atómica.
No seu último relatório, publicado quarta-feira, a AIEA revelou que o Irão melhorou a sua capacidade de enriquecimento de urânio, sublinhando que ainda não consegue estabelecer se o programa nuclear iraniano é puramente civil, como afirma Teerão, ou militar, como suspeitam os Ocidentais.
«Os ministros dos 5+1 vão reunir-se na próxima semana à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas», concluiu o departamento de Estado.
Lusa