Por isso o meu comentário aos jovens fragateiros que diziam que o pessoal das Mekos estavam mais bem preparados que os velhos submarinistas para esta nova classe de submarinos... É a vida...
Caro SSK, a afirmação de que o pessoal que serve nas fragatas estava mais capacitado, não é absurda e tem muito boa justificação.
O «gap» tecnológico que existia (em em alguns casos continuará a existir) entre os submarinos e as fragatas obviamente que leva a que se considere que quem está mais habituado a determinado tipo de sistemas se vai adaptar melhor que quem ainda utiliza sistemas dos anos 60.
O que você pode dizer, e estarei de acordo, é que o pessoal dos submarinos atirou-se a estes novos meios como crianças que se atiram a um brinquedo novo e com uma curiosidade a lembrar um esfomeado que de repente entra num restaurante
Quanto a um segundo sistema de submarinos, não vejo que tipo de sistema poderia ser esse.
Em primeiro lugar os chamados submarinos costeiros são coisas que cada vez fazem menos sentido. Mesmo os submarinos alemães U212, que foram feitos (como todos os submarinos alemães) para águas costeiras (ou será melhor dizer PARA ÁGUAS RASAS), podem operar em mar aberto e são capazes de atingir profundidades muito consideráveis.
Creio que a separação não é, desde há uns bons 15 anos entre submarinos costeiros e oceânicos, mas entre submarinos de águas rasas e submarinos com capacidade para operar em águas mais profundas.
No Mediterrâneo oriental por exemplo, a 3 milhas náuticas da costa você já encontra profundidades superiores a 1.000m. mais dez milhas náuticas e a profundidade ultrapassa os 2.000m.
Ou seja: Temos águas profundas, dentro das águas territoriais.
É por isso que os gregos compraram os U214, porque o Mediterrâneo é um mar de águas profundas e os italianos compraram o U212, porque pura e simplesmente não havia U214 na altura.
Mas eu compreendo o que você está a dizer.
No nosso caso, junto à nossa costa e dentro das nossas águas territoriais, um U214 pode atingir o fundo com muita facilidade e ficar lá à espera, quase que completamente invisível.
Para isso, nós poderiamos utilizar navios menos sofisticados que operassem na costa continental, onde abundam profundidades inferiores a 100m, deixando os U214 para outros cenários.
O problema, é que mesmo os submarinos mais adequados para profundidades menores têm custos igualmente elevados.
Quem analisar a questão e a dimensão da ZEE, percebe que o nosso problema de submarinos não é o facto de os termos, é o facto de termos apenas dois.